sábado, 5 de novembro de 2016

30 - A PAZ DE DEUS


Jr 29.7: “Procurai a paz da cidade para onde vos fiz transportar; e orai por ela ao SENHOR, porque na sua paz, vós tereis paz...”
DEFINIÇÃO DE PAZ
            A palavra hebraica para “paz” é shalom. Denota muito mais do que a ausência de guerra e conflito. O significado básico de shalom é harmonia, plenitude, firmeza, bem-estar e êxito em todas as áreas da vida.
1)    Pode referir-se à tranqüilidade nos relacionamentos internacionais, tal com a paz entre as nações. “Porque (Salomão) dominava sobre tudo... e tinha paz de todas as bandas em roda dele.” (1Re 4.24).
2)    Pode referir-se, também, a uma sensação de tranqüilidade dentro de uma nação durante tempos de prosperidade e sem guerra civil.
3)    Pode ser experimentada com integridade e harmonia nos relacionamentos humanos tanto dentro do lar “Melhor é um bocado seco e com ele a tranqüilidade do que a casa cheia de vítimas, com contenda.” (Pv 17.1), quanto fora “... tende paz com todos os homens” (Rm 12.18).
4)    Pode referir-se ao nosso senso pessoal de integridade e bem-estar, livre de ansiedade e em paz com a própria alma “Em paz também me deitarei, e dormirei...” (Sl 4.8) e com Deus “... Temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1).
5)    Finalmente, embora a palavra shalom não seja empregada em Gn 1-2, ela descreve o mundo originalmente criado, que existia em perfeita harmonia e integridade. Quando Deus criou os céus e a terra, criou um mundo de paz. O bem-estar total da criação reflete na breve declaração: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gn 1.31).
A INTERRUPÇÃO DA PAZ
            Quando Adão e Eva deram atenção à voz da serpente, e comeram da árvore proibida (Gn 3.1-7), sua desobediência introduziu o pecado e se interrompeu a harmonia original do universo.
1)    Naquele momento, Adão e Eva experimentaram, pela primeira vez, culpa e vergonha diante de Deus (Gn 3.8), e uma perda da paz interior.
2)    O pecado de Adão e Eva no jardim do Éden destruiu seu relacionamento harmonioso com Deus. Antes de comerem daquele fruto, tinham íntima comunhão com Deus, mas depois esconderam-se “da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim” (Gn 3.8). Ao invés de sentirem anelo pela conversa com Deus, agora tiveram medo da sua voz “e ele disse: ouvi a tua voz soar no jardim, e temi...” (Gn 3.10).
3)    Além disso, interrompeu-se o relacionamento harmonioso entre Adão e Eva como marido e mulher. Quando Deus começou a falar-lhes a respeito do pecado que haviam cometido, Adão lançou a culpa em Eva (Gn 3.12) e Deus declarou que a rivalidade entre homem e mulher continuaria (Gn 3.16). Assim começou o conflito social que agora é parte integrante das difíceis relações humanas, desde as discussões e a violência no lar, até os conflitos e guerras internacionais.
4)    Finalmente, o pecado interrompeu a harmonia e a unidade entre a raça e a natureza. Antes de Adão pecar, trabalhava alegremente no jardim do Éden, e andava livremente entre os animais, dando nome a cada um (Gn 2.19,20). Parte da maldição divina após a queda envolvia a inimizade entre Adão e Eva e a serpente (Gn 3.15), bem como uma nova realidade: o trabalho produziria suor e labuta (Gn 3.17-19). Antes havia harmonia entre a raça humana e o meio ambiente, agora luta e conflito de modo que “toda criação geme e está juntamente com dores de parto até agora” (Rm 8.22). Nos versículos 22-27 do capítulo 8 carta aos Romanos, Paulo fala de três gemidos diferentes: o da criação, o dos crentes e o do Espírito Santo. A “criação” (isto é, a natureza animada e inanimada) tornou-se sujeita ao sofrimento e às catástofres físicas, por causa do pecado humano.


A RESTAURAÇÃO DA PAZ
                Embora o resultado da queda fosse a destruição da paz e do bem-estar para a raça humana, e até mesmo para a totalidade do mundo criado, Deus planejou a restauração do shalom: Logo, a história da reconquista da paz é a história da redenção em Cristo.
1)    Tendo em vista que Satanás deu início à destruição da paz no mundo, o restabelecimento da paz deve envolver a destruição de Satanás e do seu poder. Por isso, muitas das promessas do AT a respeito da vinda do Messias eram promessas de vitória e paz vindouras. Davi profetizou que o Filho de Deus governaria as nações “Pede-me, e eu te darei as nações por herança e os confins da terá por sua possessão” (Sl 2.8). Isaías vaticinou que o Messias reinaria como o Príncipe da Paz (Is 9.6,7). Ezequiel predisse que o novo concerto de Deus se propôs estabelecer através do Messias seria um concerto de paz (Ez 34.25) E Miquéias, a profetizar o nascimento em Belém do rei vindouro, declarou: “E este será a nossa paz” (Mq 5.5).
2)    Por ocasião do nascimento de Jesus, os anjos proclamaram que a paz de Deus acabava de chegar à terra “Gloria a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens!” (Lc 2.14). O próprio Jesus veio para destruir as obras do diabo “Quem comete pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.” (1Jo 3.8) e para romper todas as barreiras de conflito que tomasse parte da vida a fim de trazer a paz. Jesus deu aos discípulos a sua paz como herança perpétua antes de ir à cruz “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou: não vo-la dou como o mundo a dá.” (Jo 14.27). Mediante a sua morte e ressurreição, Jesus desarmou os principados e potestades hostis, e assim possibilitou a paz “e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus.” ((Cl 1.20). Por isso, quando se crê em Jesus Cristo, se é justificado mediante a fé se tem paz com Deus (Rm 5.1). A mensagem que os cristãos proclamam são as boas-novas da paz.
3)    Apenas saber que Cristo veio como o Príncipe da Paz não garante que a paz se tornará automaticamente parte da vida: para experimentar a paz tem que estar unido com Cristo numa fé ativa. O primeiro passo é crer no Senhor Jesus Cristo. Quando assim faz, a pessoas é justificada pela fé “Sabemos que o home não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo...” (Gl 2.16), e assim tem paz com Deus (Rm 5.1). Juntamente com a fé, deve-se andar em obediência aos mandamentos divinos a fim de viver-se em paz “Se andardes nos meus estatutos, e guardardes os meus mandamentos, e o fizerdes. Também darei paz na terra...” (Lv 26.3,6). Os profetas do AT declararam freqüentemente que não há paz para os ímpios “os ímpios, diz o meu Deus, não têm paz.” (Is 57.21). A fim de que os crentes conheçam sua paz perpétua, Deus lhes tem dado o Espírito Santo, que começa a operar em nós um aspecto do fruto, que é a paz. “Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, PAZ, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gl 5.22). Com a ajuda do Espírito, deve-se orar pedindo paz “e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.” (Cl 4.7). Essa paz consiste em uma tranqüilidade interior, que o Espírito Santo nos transmite. Quando colocamos diante de Deus, em orações, as nossas inquietações, essa paz ficará como guarda à porta do nosso coração e de nossa mente, para impedir que os cuidados e angústias perturbem a vida e a esperança em Cristo. Temos que deixar essa paz governar nossos corações, temos que buscar essa paz e segui-la, e nos esforçarmos para vivermos em paz com o próximo.

AMÉM!
Erivelton R. de Jesus

Fontes: Bíblia de Estudos Pentecostal e outros. 

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