domingo, 18 de outubro de 2020

57 - Três classes de pessoas

 TRÊS CLASSES DE PESSOAS

            1Co 2.14,15: Ora, o homem natural não compreende as coisas do espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem todas as cousas, e ele de ninguém é discernido.

 

                        DIVISÃO BÁSICA DA RAÇA HUMANA

            As Sagradas Escrituras dividem todos os seres humanos em geral, em duas classes:

1)      O homem/mulher natural (gr psuchikos “ψυχικος”), denotando a pessoa irregenerada, isto é, governada por seus próprios instintos naturais, conforme descrito em 2Pe 2.12 “Mas estes, como bestas brutas (animais irracionais), que seguem a natureza, feitas para serem presas mortas, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção”. Tal pessoa não tem o Espírito Santo, está sob o domínio de Satanás e é escravo da carne com suas paixões, “entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamento; e éramos, por natureza, filhos da ira, com também os demais.” (Ef 2.3). Pertence ao mundo, está em harmonia com ele e rejeita as coisas do Espírito. A pessoa natural não consegue compreender a Deus, nem os seus caminhos; pelo contrário, depende do raciocínio ou emoção humanas.

2)      O homem/mulher espiritual (gr peneumatikos “πνευματικος”), denota a pessoa regenerada, isto é, que tem o Espírito Santo. Essa pessoa tem mentalidade espiritual, conhece os pensamentos de Deus e vive pelo Espírito de Deus conforme 1Co 2.11-13 “Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim também, as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus. Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus foi dado gratuitamente. Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais.”.  Tal pessoa crê em Jesus Cristo, esforça-se para seguir a orientação do Espírito que nela habita e resiste aos desejos sensuais e ao domínio do pecado, “porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis. Pois, todos que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus”. (Rm 8.13,14).

Como tornar-se um crente espiritual?

Aceitando pela fé a Salvação em Cristo, a pessoa é regenerada; o Espírito Santo lhe confere uma nova natureza mediante a concessão da vida divina. Essa pessoa nasce de novo, é renovada, torna-se uma nova criatura e obtém a justiça de Deus mediante a fé em Cristo.

                             UMA DISTINÇÃO ENTRE OS CRENTES

      Embora o crente nascido de novo recebe a nova vida do Espírito, ele tem residente em si a natureza pecaminosa, com suas perversas inclinações, conforme descrito muito bem em Gálatas 5.16-21 como obras da carne. A natureza pecaminosa que no crente existe, não pode ser mudada em boa; precisa ser mortificada e vencida pelo poder e graça do Espírito Santo. O crente obtém tal vitória negando-se a si mesmo diariamente, deixando todo impedimento ou pecado, resistindo a todas as inclinações pecaminosas. Pelo poder do Espírito Santo, o próprio crente guerreia contra a natureza pecaminosa e diariamente a crucifica e a mortifica. Pela abnegação e submissão à obra santificadora do Espírito Santo em sua vida, o crente em Cristo experimenta a libertação do poder da sua natureza pecaminosa e vive como um crente espiritual, conforme nos instrui a carta aos Romanos 6.13 “nem ofereçais cada um os menbros do seu corpo ao pecado, como instrumento de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça.”

      Nem todo crente  se esforça como devia para vencer plenamente sua natureza pecaminosa. Ao escrever aos coríntios (1Co 3.1-3), que alguns deles viviam com carnais (gr sarkikos “σαρκικος”), isto é, ao invés de resistirem com firmeza às inclinações da sua natureza pecaminosa, entregavam-se a algumas delas. Embora não vivessem em contínua obediência, estavam em parceria com o mundo, a carne e o diabo em certas áreas de suas vidas, e mesmo assim querendo permanecer como povo de Deus. “Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios, ou provocaremos zelos no Senhor? Somos, acaso, mais fortes do que Ele?”  (1Co 10.21,22).

1)      A figura do crente carnal.

Embora os crentes de Corinto não vivessem em total carnalidade e rebeldia, nem praticassem grave imoralidade e iniqüidade, que os separaria do reino de Deus, estavam vivendo de tal maneira que na não crescia na graça. E assim como recém-convertidos, sem divisar o pleno alcance da salvação em Cristo. A carnalidade deles era vista na “inveja e contendas”  como está relatado em 1Co 3.3 “porque ainda sois carnais, pois havendo entre vós inveja, contendas e dissenções, não sois, porventura, carnais e não andais segundo os homens?”. Não se afligiam com a imoralidade dentro da igreja. Não levavam a sério a Palavra de Deus, nem os ministros do Senhor. Moviam ação judicial, irmãos contra irmãos, por razões triviais. Observe-se que os crentes coríntios que estavam vivendo em imoralidade sexual e pecados semelhantes, Paulo os têm como excluídos da salvação em Cristo. “Geralmente, se ouve entre vós imoralidade (porneia) e imoralidade tal, como nem mesmo entre os gentios, isto é, haver quem se atreva a possuir a mulher de seu próprio pai. Já em carta vos escrevi que não vos associásseis com os impuros; Mas , agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra ou maldizente, ou beberrão, ou roubador, com esse tal, nem ainda comais.” (1Co 5.1,9,11). “Ou não sabeis que os injusto não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis; nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus” (1Co 6.9,10).

2)       Perigos para cristãos carnais

Os cristãos carnais corriam o perigo de se desviarem da pura e sincera devoção a Cristo e de se conformarem cada vez mais com o mundo. Caso isso continuasse, seriam castigados e julgados pelo Senhor, e se continuassem a viver segundo o mundo, acabariam sendo excluídos do reino de Deus. Realmente, alguns deles já estavam mortos espiritualmente, por viverem em pecados que levam a isso. Em sua carta aos Romanos 8.13, Paulo nos declara: “Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte, se pelo Espírito, mortificardes os efeitos do corpo; certamente vivereis.”.

3)      Advertências aos cristãos carnais

Se um crente carnal não tomar a resolução de se purificar de tudo quanto desagrada a Deus, ele corre o risco de abandonar a fé. O crente carnal deve tomar cuidado, como exemplos o fato trágico dos filhos de Israel, que foram destruídos por Deus por causa de seus pecados. Os cristãos carnal devem entender que é impossível participar das coisas de Deus e das coisas de Satanás ao mesmo tempo. Devem separar-se completamente do mundo e purificar de tudo quanto contamina o corpo e o Espírito, aperfeiçoando a sua santificação no temos do Senhor, “Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne côo do Espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor do Senhor”. (2Co 7.1).

 

 

 

Amém!