01 - A CRIAÇÃO
Gn 1.1 “No princípio criou Deus os céus e a
terra.”
O Deus da criação
DEUS UM SER INFINITO:
Deus se revela na Bíblia como um ser
infinito, eterno, auto-existente, e como causa primária de tudo que existe,
nunca houve um momento em que Deus não existisse. Conforme afirma Moisés: “Antes que os montes nascessem, ou que tu
formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade tu és Deus. (Sl
90.2), ou seja, Deus existiu eternamente e infinitamente antes de criar o
universo finito. Ele é anterior a toda criação, no céu e na terra.
DEUS UM SER MORAL:
Deus também se revela como um ser pessoal que
criou Adão e Eva à sua imagem e semelhança. Como Adão e Eva foram criados à
imagem e semelhança de Deus. Podiam comunicar-se com Ele, como está escrito em
Gn 1.26,27.
DEUS UM SER MORAL:
Deus também se revela como um ser moral que
criou tudo bom, portanto, sem pecado. Ao terminar a obra Deus contemplou tudo o
que tinha feito, e viu que era tudo muito bom.
Inclusive Adão e Eva não tinham pecados, até
chegar o dia em que Eva foi tentada pela serpente ou satanás como queiram, foi
quando o pecado entrou no mundo. (Gn 3; Rm 5.12; Ap 12.9) “Pelo que, como por um homem entrou o pecado
no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens,
por isso que todos pecaram.”
A Atividade da criação
Para nós termos uma noção de como Deus é
poderoso que a atividade que Deus usou para criar o mundo foi apenas falando.
Exemplo: ”E disse Deus haja luz.” (GN
1.6)
Mas Deus pai não realizou essa grande obra
sozinho, toda a trindade desempenhou sua parte na criação, Pai, Filho e
Espírito Santo.
Como?
Em Gênesis 1. 26 temos a comprovação, veja: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa
imagem...” Esta expressão do verbo fazer na primeira pessoa do plural (nós) nos
mostra que a trindade se faz presente.
Mas Jesus não veio só no Novo Testamento?
Sim, Ele veio a terra em forma de homem,
muitos anos após a criação, mas ele também esteve presente na criação.
Como?
Jesus, o filho é a própria palavra (verbo)
com é citado no evangelho de João 1.1-3 “No
princípio, era o verbo, e o verbo estava com Deus e o verbo era Deus. Ele
estava no princípio com deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele
nada do que foi feito se fez.”
No livro de Hebreus temos a afirmação
enfática que Deus fez o universo por meio de seu Filho. (Hb 1.2) “A quem constituiu herdeiro de tudo, por
quem fez também o mundo.”
Mas você me disse que houve a participação de
uma terceira pessoa, o Espírito Santo, como?
Ele está descrito como pairando (se movia)
sobre a face das águas e sobre a face do abismo preparando-as para as
atividades criadoras de Deus. Para que tudo acontecesse quando Deus dissesse a
palavra “haja”.
O Espírito Santo Também esteve preparando os
grandes homens da bíblia para quando Deus mandasse ir, eles fossem e
realizassem uma grande obra. Hoje não é diferente Ele estar nos preparando para
uma grande obra de Deus, uma obra tão grande quanto no dia da criação, Ele está
esperando apenas um convite nosso, um simples espaço em nossos corações, para
que Ele possa entrar e Deus possa realizar a sua obra.
Mas a obra do Espírito Santo não pára por aí,
Ele vai continuar conosco, nos guiando, nos auxiliando, nos consolando, nos
aconselhando, etc. Então não resista mais, se entregue a Ele, que, como no
princípio tudo era sem forma, e depois que o Espírito preparou e Deus agiu tudo
ficou perfeito e lindo, e sem pecado, então deixe Ele te preparar, e tudo na
sua vida vai ser novo.
O Propósito e o Alvo de Deus na Criação
Deus criou os céus e a terra como
manifestação da sua glória, majestade e poder. Vemos isso através da perfeição
e da beleza de tudo que há na natureza. E todos os elementos da natureza, Sol,
Lua, Árvores, Chuva, Neve, Rios, Córregos, Colinas, Montanhas, Animais e Aves
rendem louvores a Deus. (Sl 98.7,8; 148.1-10; Is 55.12). Se todos os elementos
naturais dão louvores e glórias ao criador, nosso Deus imagina o que Deus
deseja receber de honra, glória e louvores de nós, que fomos feito à sua imagem
e semelhança.
Gostaria de abrir dois tópicos:
·
Deus ao criar Adão e Eva à sua
imagem e semelhança, Deus só tinha um desejo, uma vontade, um propósito, era de
ter uma comunhão amorável e pessoal, ou seja, um relacionamento com muita
intimidade com nós seres humanos, e ainda mais, o propósito de Dele era que
essa comunhão fosse por toda eternidade. Deus nos fez tanto à sua imagem e
semelhança que nos criou também como um ser trino e uno, como Deus é “Pai, Filho e Espírito Santo”, Ele nos fez “Corpo, Alma e Espírito”, ou seja,
que possui mente, emoção e vontade. Para quê?
Para que nós possamos nos
comunicar com Ele espontaneamente como Senhor, para adorá-lo e servi-lo com fé,
lealdade e gratidão.
·
Deus desejou de tal maneira esse
relacionamento com a raça humana que, quando Adão e Eva pecaram, desobedecendo
ao seu mandamento, dando ouvidos a voz de satanás, Deus se irou, mas ainda usou
de misericórdia prometendo enviar um Salvador para redimir a humanidade das
conseqüências do pecado “E este te ferirá
a cabeça...” (Gn 3. 15b).
Daí quando viesse o
Salvador, Jesus Cristo, Deus teria um povo para sua própria possessão, cujo
prazer estaria Nele, que O glorificaria, e que viveria em retidão e Santidade
diante Dele. (Is 60.21; 61.1-3; 1Pe 2.9 e Ef 1.11,12) “ Nele, digo,em quem também fomos feitos herança,
havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as
coisas, segundo o conselho da sua vontade, com o fim de sermos para louvor da
sua glória, nós, os que primeiro esperamos em Cristo.”
A confirmação do propósito
de Deus na criação está escrito no livro do Apocalipse, onde João descreve o
fim da história com essas palavras: “... Com
eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o
seu Deus.” (Ap 21.3b).
A Criação e Evolução
A evolução é o ponto de vista
predominante, proposto pela comunidade científica e educacional do mundo atual
em se tratando da origem da vida e do universo. Mas quem crê realmente na
palavra de Deus, na Bíblia, deve ficar atento para estas quatro observações a
respeito da evolução.
·
A evolução é uma tentativa
naturalista para explicar a origem e desenvolvimento do universo. Tal intento
começa com a pressuposição de que não existe nenhum criado, pessoal e divino
que criou e mundo.
Pelo contrário, tudo veio a
existir mediante uma série de acontecimentos que decorreram por acaso, ao longo
de bilhões de anos. Os postulantes de evolução alegam possuir dados científicos
que apóiam a sua hipótese.
·
O ensino evolucionista não é
realmente científico. Segundo o método científico, toda conclusão deve
basear-se em evidências incontestáveis, vinda de experiências que podem ser
produzidas em qualquer laboratório, no entanto, nenhuma experiência foi
idealizada, nem poderá ser-lo, para testar e comprovar teorias em torno da
origem da matéria apartir de um “Grande
estrondo” o Bing Bang, ou do desenvolvimento gradual dos seres vivos.
Por conseguinte, a evolução
é uma hipótese sem “evidencias” científicas, e somente quem crê em teorias
humanas é que pode aceitá-la. A fé do povo de Deus, pelo contrário, firma-se no
Senhor e na sua revelação inspirada, a qual declara que Ele é quem criou do
nada todas as coisas.
·
É inegável que alterações e
melhoramentos ocorrem em várias espécies dos seres viventes. Por exemplo:
Algumas variedades dentro de várias espécies estão se extinguindo; Por outro
lado, ocasionalmente vemos novas raças surgindo dentre algumas espécies; Não
há, porém nenhuma evidência, nem se quer no registro geológico, a apoiar a
teoria de que um tipo de ser vivente, já evoluiu doutro tipo. Pelo contrário,
as evidências, ou seja, as provas existentes apóiam a declaração da Bíblia, que
Deus criou cada criatura vivente “Conforme
cada espécie.” (Gn 1. 21; 24,25).
·
Os crentes na Bíblia devem,
também, rejeitar a teoria da chamada evolução Teísta. Essa teoria aceita a
maioria as conclusões da evolução naturalista; apenas acrescenta que Deus deu
início ao processo evolutivo. Essa teoria nega a revelação bíblica que atribui
a Deus um papel ativo em todos os aspectos da criação, por exemplo: Todos os
verbos principais em Gênesis 1 têm Deus como seu sujeito, a não ser em 1.12 (que
cumpre o mandamento de Deus no v. 11) é a frase repetida “E foi a tarde e a manhã”. Deus num não é um supervisor
indiferente; Pelo contrário, é o criador ativo de todas as coisas. “Porque Nele foram criadas todas as coisas,
que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam
dominações, sejam principados, sejam potestades; Tudo foi criado por Ele e para
Ele.” (Col 1.16)
AMÉM!!!!!
Fonte: Bíblia de Estudos Pentecostal
Erivelton R. de Jesus
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02 - A
CHAMADA DE ABRAÃO
Gn 12.1-3 “Ora,
o Senhor disse a Abraão: Sai-te da tua terra, e da terá da tua parentela, e da
casa de teu pai; Para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande
nação, abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. E
abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; Em ti
serão benditas todas as famílias da terra,”
A chamada de Abraão, conforme a narrativa de
Gênesis 12 dá início ao propósito divino de redimir a raça humana. A intenção de
Deus era que houvesse um homem que o conhecesse e o servisse e guardasse os
seus caminhos. Foi com a chamada de Abraão que Deus estabeleceu o homem, ou
seja, o pai como responsável pela família, e para ensinar os filhos a guardarem
o caminho do Senhor. Foi também com a chamada de Abraão que Deus estabeleceu o
seu propósito de que, o homem seria um líder espiritual.
Dessa família surgiria uma nação escolhida,
de pessoas que se separassem das práticas ímpias doutras nações, para fazerem a
vontade de Deus. Dessa nação viria Jesus Cristo, o Salvador do mundo, o
prometido descendente da mulher “E porei
inimizade entre ti e a mulher e entre tua semente e a sua semente; Esta te
ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gn 3.15)
Este versículo contém a primeira promessa de
Deus para a redenção do mundo. É uma profecia do conflito espiritual entre a “semente” da mulher, Jesus Cristo, e a “semente” da serpente, Satanás e seus
seguidores.
Vários princípios importantes podem ser
deduzidos com a chamada de Abraão:
1) A SEPARAÇÃO:
A chamada de Abraão levou-o a separar-se da
sua pátria, do seu povo e dos seus familiares (12.1) para tornar-se estrangeiro
na terra. Em Abraão, Deus estava estabelecendo um princípio importante de que
os seus devem separar-se de tudo quanto possa impedir o propósito divino na
vida deles, ou seja, nossas vidas.
2) A PROMESSA:
Deus prometeu a Abraão uma terra, uma grande
nação através dos seus descendentes e uma bênção que alcançariam todas as
famílias da terra (12.2,3). O novo testamento ensina claramente que a última
parte dessa promessa, “Em ti serão
benditas todas as famílias da terra,” cumpre-se hoje na proclamação
missionária do evangelho de Cristo. Como está em At 3.25 “Vós sois os filhos dos profetas e do concerto que Deus fez com nossos
pais, dizendo a Abraão; Na tua descendência serão benditas todas as famílias da
terra.”
3) A PÁTRIACELESTIAL:
Além desses dois princípios citados, a
chamada de Abraão envolvia não somente uma pátria terrestre, mas uma celestial.
Sua visão alcançava um lar definitivo, na aqui na terra, e sim no deu. Apartir
dessa visão, Abraão desejava e buscava uma pátria celestial onde habitaria
eternamente com Deus em justiça, alegria e paz. (Hb 11.9,10, 14-16; Ap
21.1-4; 22.1-5) “Eu vi um novo céu e
uma nova terra, porque já o primeiro céu e a primeira terra, passaram e o mar
não existe. E eu, João vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que Deus descia do
céu, adereçada como uma noiva ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz
do céu que dizia: Eis aqui o Tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles
habitará, e eles serão o teu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.
á o seu Deus.”
4) COMPROMISSO:
A chamada de Abraão continha não somente
promessas, como também compromissos. Deus requeria de Abraão tanto a obediência
quanto a dedicação pessoal a Ele como Senhor para que recebesse aquilo que fora
prometido.
A obediência e a dedicação demandavam algumas
características:
a) Confiança: Na
palavra de Deus mesmo quando o cumprimento das promessas parecia humanamente
impossível. Por exemplo;
Quando Deus prometeu a Abraão que sua semente
seria como as estrelas do céu, e à areia da praia, ou seja, incontável, (Gn
15.1-6).
b) Obediência: À ordem de Deus para deixar a sua terra (Gn 12.1) “Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu,
indo para um lugar que havia de receber por herança; E saiu e sem saber para
onde ir.” (Hb 11.8)
c) Esforço: Sincero para viver uma vida de retidão. ”Sendo, pois, Abraão de 99anos, apareceu o Senhor a Abraão e disse-lhe;
Eu sou o Deus Todo-Poderoso; Anda em minha presença e sê perfeito.” (Gn
17.1)
5) A ESTENÇÃO DA
PROMESSA:
“A promessa de
Deus a Abraão e a sua bênção, estende-se, não somente aos seus descendentes
físicos, como também a todos aqueles que, com fé genuína aceitarem e seguirem a
Jesus Cristo, a verdadeira posteridade de Abraão.” Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por meio de Jesus
Cristo, e para que, pela fé, nós recebamos a promessa do Espírito. Ora as
promessas foram feitas a Abraão e á sua posteridade. Não diz: e ás
posteridades, como se falando de muitas, mas como de uma só: e à tua
posteridade, que é Cristo.” (Gl 3.14,16)
Todos os que são
da fé como Abraão, são “filhos de Abraão”
(Gl 3.7) e são abençoados juntamente com ele (Gl. 3.9). Tornam-se descendentes
de Abraão, herdeiros segundo a promessa (Gl 3.29) o que inclui receber pela fé “a promessa do Espírito Santo” em Jesus
Cristo.
6) A VERDADEIRA FÉ
SALVÍVICA:
Por Abraão
possuir uma fé em Deus, expressa pela obediência, dele se diz que é o principal
exemplo da fé salvívica (Gn 15.6; Rm 4.1-5; 16-24; Gl 3-9; Hb 11.8-19) “Por ventura Abraão, nosso pai, não foi
justificado pelas obras quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem
vês que a fé cooperou com as obras e que, pelas obras a fé foi aperfeiçoadas.” (Tg
2. 21,22)
Biblicamente,
qualquer profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador que não requer
obediência a Ele como Senhor, não é da classe que Abraão possuía e, portanto,
não é a verdadeira fé salvívica “Aquele
que crê no filho têm a vida eterna, mas aquele que não crê no filho não verá a
vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.” (Jo 3.36)
A palavra grega
traduzida por “não crê” é apeitheo e
significa “desobedecer ou não sujeitar a”.
O evangelho chega até nós como uma dádiva gratuita (Rm 5.15,16), mas uma vez
aceito, não nos deixa livres para fazermos aquilo que queremos, ele requer que
entremos no caminho da salvação ordenada por Deus e que nos sujeitemos à
Justiça de Deus (Rm 10.3).
AMÉM!!!!!!!!!!
Fonte: Bíblia de Estudos Pentescostal
Erivelton R. de Jesus
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03 - O
CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO, ISAQUE E JACÓ
Gn 26.3-5 “Peregrina
nesta terra, e serei contigo, e te abençoarei; porque a ti e à tua semente
darei todas estas terras e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão
teu pai. E multiplicarei a tua semente como as estrelas dos céus e darei à tua
semente todas estas terras. E em tua semente serão benditas todas as nações da
terra, porquanto Abraão obedeceu á minha voz e guardou o meu mandado, os meus
preceitos, os meus estatutos e as minhas leis.”
A Natureza do Concerto
A Bíblia descreve o relacionamento entre Deus
e o seu povo em termos de “pactos ou
concertos”. Esta palavra aparece pela primeira vez em Gn 6.18 “Mas contigo estabelecerei o meu pacto;”
e prossegue até o NT, onde Deus fez um novo concerto com a raça humana mediante
Jesus Cristo. Quando compreendemos o concerto entre Deus e os patriarcas
(Abraão, Isaque e Jacó) aprendemos a respeito de como Deus quer que vivamos em
nosso relacionamento pactual com Ele.
1) O nome especial de Deus, em relação ao
concerto, conforme a revelação bíblica, é Jeová, que significa “Senhor”. Inerente neste nome pactual
está a benignidade de Deus, sua solitude redentora pela raça humana, sua
contínua presença entre o seu povo, seu propósito de estar em comunhão com os
seus e ser o seu Senhor.
2) A divina e
fundamental promessa d concerto é a seguinte: “...para te ser a ti por Deus e á tua semente depois de ti” (Gn
17.7)
A razão de ser e a realidade do concerto de
Deus com Abraão era Deus ser o Deus único de Abraão e seus descendentes. A
promessa de “te ser a ti por Deus” é
a promessa mais grandiosa das escrituras. É a primeira promessa, a promessa
fundamental, na qual se baseiam todas as demais promessas. Significa que Deus
assume o compromisso, sem reservas, com o povo fiel, para ser o seu Deus, seu
escudo e seu galardão. Significa, também, que a graça de Deus, seu perdão,
promessa, proteção, orientação, bondade, ajuda e bênçãos são dadas aos seus com
amor. “E dar-lhe-ei coração para que me
conheçam, por que eu ou o Senhor; e ser-me-ão pro povo, e Eu lhe serei por
Deus, porque se converterão a mim de todo o seu coração.” (Jr 24.7). Todos
os crentes herdam essa mesma promessa mediante a fé em Cristo. “Ora, as promessa foram feitas a Abraão e à
sua posteridade. Não diz: E às posteridades, como falando de muitas, mas de uma
só: E à tua posteridade, que é Cristo.” (Gl 3.16). Desta promessa dependem
todas as demais integrantes do concerto.
3) O Alvo supremo do concerto entre Deus e a raça humana era salvar
não somente uma nação (Israel), mas a totalidade da raça humana. No caso de
Abraão, Deus já lhe prometera que nele “Todas
as nações da terra” seriam benditas. “E
abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; E em ti
serão benditas todas as famílias da terra.” (Gn 12.3) e mais (18.18; 22.18;
26.4). Deus estendeu sua graça pactual à nação de Israel afim de que esta fosse
“para luz dos gentios”, “Eu o Senhor, te chamei em justiça, e tomei
pela mão, e te guardarei, e te darei por concerto do povo para a luz dos
gentios.” (Is 42.6). Isso cumpriu-se mediante a vinda do senhor Jesus
Cristo como Redentor, quando então, os cristão começaram a levar a mensagem do
evangelho pó todo o mundo. “Ora, tendo a
escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou
primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti.
De sorte que os que são da fé são
benditos com o crente Abraão. Todos aqueles, pois, que são das obras da lei
estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não
permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para
fazê-las. E é evidente que, pela lei, ninguém será justificado diante de Deus,
porque o justo viverá da fé. Ora a lei não é da fé, mas o homem que fizer estas
coisas por elas viverá. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se
maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no
madeiro; para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo e
para que, pela fé, nós recebamos a promessa de Espírito.” (Gl 3.8-14).
4) Nos dois concertos que Deus fez com o ser humano através das
escrituras, há dois princípios atuantes:
a) Era somente Deus quem estabelecia as promessas e condições do seu
concerto.
b) Cabia ao ser humano aceitar por fé obediente essas promessas e
condições.
Em certos casos,
Deus estabeleceu com muita antecipação as promessas e as responsabilidades de
ambas às partes, isto é, tanto da parte de Deus como da parte do ser humano, e
em tempo algum, o povo conseguiu junto a Deus alterar as condições do concerto
para beneficiar-se.
O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO
1) Deus, ao estabelecer
comunhão com Abraão, mediante o concerto ( Gn 15), fez-lhe caramente várias
promessas: Deus como escudo e recompensa de Abraão. “... Não temas, Abraão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo
galardão.” (Gn 15.1), descendência
numerosa “... Olha agora para os céus e
conta as estrelas, se as pode contar. E disse-lhe: Assim será a tua semente.”(Gn
15.5), e a terra de Canaã como herança “ Disse-lhe
mais: Eu sou o Senhor, que te tirei de Ur dos Caldeus, para dar-te esta terra,
para a herdares.”(Gn 17.7).
2) Deus conclamou
Abraão a corresponder essa promessas por fé, aceitá-las, e confiar nEle como
seu Senhor. Por Abraão assim fazer, Deus o aceitou como justo “E creu ele no Senhor, e foi imputado isto
por justiça.” (Gn 16.6) e foi confirmado mediante comunhão pessoal com Ele.
3) Não somente Abraão
precisou, de início, expressar sua fé para a efetuação do concerto, como também
Deus requereu que, para continuação das bênçãos do referido concerto, Abraão
devia, de coração, agradar a Deus, através de uma vida de obediência.
a) Deus requereu que Abraão andasse na sua presença e que fosse
perfeito. Noutras palavras, se sua fé não fosse acompanhada de obediência, ele
estaria inabilitado para participar dos eternos propósitos de Deus.
b) Num caso especial, Deus provou a fé de Abraão ao ordena-lhe que
sacrificasse seu próprio filho, Isaque. “E
aconteceu, depois destas coisas, que tentou Deus a Abraão e disse-lhe: Abraão!
E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho,
Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Miriá; e oferece-o ali em holocausto
sobre uma das montanhas, que Eu te direi.” (Gn 22.1,2). Abraão foi aprovado
no teste e, por conseguinte, Deus prometeu que seu pacto com ele ia continuar.
c) Deus informou diretamente a Isaque que as bênçãos continuariam
imutáveis e que seriam transferidas para ele porque Abraão lhe foi obediente e
guardou os seus mandamentos. “E multiplicarei
a tua semente como as estrelas dos céus, e darei à tua semente todas estas
terras. E em tua semente serão benditas todas as nações da terra, porquanto
Abraão obedeceu à minha voz e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus
estatutos e as minhas leis.” (Gn 26.4,5).
4) Deus ordenou diretamente a
Abraão e aos seus descendentes que circuncidassem cada menino nascido na sua
família “...Que todo macho será
circuncidado.”(Gn 17. 9-13). O Senhor determinou que cada criança do sexo
masculino não circuncidado fosse excluída do seu povo. “E o macho com prepúcio, cuja carne do prepúcio não estiver
circuncidado, aquela alma será extirpada dos seus povos; quebrantou o meu
concerto.” (Gn 17.14). Por violação do concerto, noutras palavras, a
desobediência a Deus levaria á perda das bênçãos do concerto.
5) O concerto entre Deus e Abraão foi chamado um “concerto perpétuo”. “E estabelecerei o meu
concerto entre mim e ti e à tua semente depois de ti.” (Gn 17.7). A
intenção de Deus era que o concerto fosse pra sempre e permanente. Era, no
entanto, passível de ser violado pelos descendentes de Abraão, e assim
acontecendo, Deus não teria de cumprir as suas promessas. Por exemplo, a
promessa que a terra de Canaã seria uma possessão perpétua de Abraão e seus
descendentes, foi quebrada pela apostasia de Israel e pela infidelidade de Judá
e sua desobediência a lei de Deus “Na
verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto
transgrediram as leis, mudam os estatutos e quebram a aliança eterna” (Is
24.5); Por isso, Israel foi levado para o exílio na Assíria, enquanto Judá foi
levado para o cativeiro em Babilônia.
O CONCERTO DE DEUS COM ISAQUE
1) Deus procurou
estabelecer o concerto abraâmico com cada geração seguinte, apartir de Isaque,
filho de Abraão. “O me concerto, porém,
estabelecerei com Isaque, o qual Sara te dará neste tempo determinado, no ano
seguinte.” (Gn 17.21).
Não bastava que
Isaque tivesse por pai a Abraão; Ele, também, precisava aceitar pela fé as
promessas de Deus. Somente então é que Deus diria: “Eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua semente.”
(Gn 26.24)
2) Durante os vinte primeiros anos do seu casamento, Isaque e rebeca
não tiveram filhos. Rebeca permaneceu estéril até que Isaque orou ao Senhor,
pedindo que sua esposa concebesse. “E
Isaque orou instantemente ao Senhor por sua mulher, porquanto era estéril; e o
Senhor ouviu as suas orações, e Rebeca, sua mulher, concebeu.” (Gn 25.21).
Esse fato
demonstra que o cumprimento do concerto não se dá por meios naturais, mas
somente pela ação graciosa de Deus, em resposta à oração e busca da sua face,
isto é, a oração é o meio pelo qual Deus cumpriu suas promessas e bênçãos.
3) Isaque também tinha que ser obediente para continuar a receber as
bênçãos do concerto. Quando uma fome assolou a terra de Canaã, por exemplo,
Deus proibiu Isaque de descer para o Egito, e mandou ficar onde estava. Se
obedecesse a Deus, teria a promessa divina: “...Confirmarei
o juramento, que tenho jurado a Abraão, teu pai.” (Gn 26.3). Deus levantou
Abraão como um modelo da obediência que procede da fé. Este tinha feito um
esforço sincero para guardar as leis e os mandamentos do Senhor. Por causa
disso, Deus o abençoou. Isaque e todos os crentes devem seguir o exemplo da fé
e da obediência de Abraão, se esperam participar das promessas de Deus segundo
o concerto e da sua salvação.
O CONCETO DE DEUS COM JACÓ
1) Isaque e Rebeca tinham dos
filhos: Esaú e Jacó. Era de se esperar que as bênçãos do concerto fossem
transferidas ao primogênito, Esaú. Deus, porém, revelou a Rebeca que seu gêmeo
mais velho serviria o mais novo, e o próprio Esaú veio a desprezar a sua
primogenitura (Gn 25.31-34), vendendo-a para seu irmão Jacó por preço que valia
pão e guisado de lentilhas. Mas pra nós entendermos melhor vamos ver em que
consistia a primogenitura, qual a importância.
a) Consistia em: Liderança na adoração a Deus e chefe da família;
b) Consistia em: Uma dupla porção da herança da terra;
c) Consistia em: O direito à bênção do concerto, conforme Deus
prometeu a Abraão.
O fato de Esaú
vender a sua primogenitura revela quão pouco valor ele atribuía às bênçãos de
Deus às promessas do concerto. Optou estultamente, por trocar as bênçãos que
ultrapassam o nosso entendimento, por prazeres momentâneos. Assim, “desprezou... a sua primogenitura.” Além
disso, ele ignorou os padrões justos dos seus pais, ao casar-se com duas
mulheres que não seguiam ao Deus verdadeiro. Em suma: Esaú não demonstrou
qualquer interesse pelas bênçãos do concerto de Deus. Daí, Jacó, realmente
aspirava as bênçãos espirituais futuras, recebeu as promessas no lugar de Esaú.
“E eis que o Senhor estava em cima dele e
disse: Eu sou o Senhor Deus de Abraão, teu pai, e o Deus de Isaque. Esta terra
em que estás deitado ta darei a ti e à tua semente. E a tua semente será como o
pó da terra; e estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte e ao sul; e
em ti e na tua semente serão benditas todas as famílias da terra. Eis que estou
contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e ti farei tornar a esta terra,
por que te não deixarei; até que haja feito o que te tenho dito.” (Gn
28.13-15)
2) Como no caso de Abraão e Isaque, o concerto com Jacó requeria “obediência da fé”(Rm 1.5), para sua
perenidade. Durante boa parte da sua vida, Jacó serviu-se da sua própria
habilidade e destreza para sobreviver e progredir. Mas foi somente quando Jacó,
finalmente, obedeceu ao mandamento e à vontade do Senhor. “Eu sou o Deus de Betel, onde tens ungido uma coluna, onde me tens
feito o voto; levanta-te agora e sai-te desta terra e torna à terra da tua
parentela.” (Gn 31.13), no sentido de sair de Harã e voltar à terra
prometida de Canaã e, mais expressamente, de ir a Betel (Gn 35.1-7) que Deus
renovou com ele as promessas do concerto feito com Abraão. (Gn 35.9-13).
AMÉM !!!
Fontes:
Bíblia de Estudos Pentecostal e outros
Erivelton
R. de Jesus
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04 - A PROVIDÊNCIA DIVINA
Gn 45.5
“... não vos entristeçais, nem pese aos vossos olhos por me
haverdes vendido pra cá; porque para conservação da vida, Deus me enviou diante
da vossa face.”
Depois de o Senhor Deus criar os céus e a
terra, Ele não deixou o mundo à sua própria sorte. Pelo contrário, ele continua
interessado na vida dos seus, cuidando da sua criação. Deus não é como um hábil
relojoeiro que formou o mundo deu-lhe corda e deixa acabar essa corda
lentamente até o fim; Pelo contrário, Ele é Pai amoroso que cuida daquilo que
criou. O constante cuidado de Deus por sua criação e por seu povo é chamado, na
linguagem doutrinal, A PROVIDÊNCIA DIVINA.
ASPECTOS DA PROVIDÊNCIA DIVINA
Há pelo menos três aspectos da providência
divina:
1) Preservação: Deus, pelo seu poder, preserva o mundo que Ele criou. A confissão
de Davi fica clara: “A tua justiça é como
as grandes montanhas; os teus juízos são um grande abismo; Senhor, tu conservas
os homens e os animais.” (Sl. 36.6). O poder preservador de Deus
manifesta-se através do seu filho Jesus Cristo, conforme Paulo declara aos
Colossenses 1.17: Cristo “é antes de
todas as coisas, todas as coisas subsistem por Ele.” Pelo poder de Cristo,
até mesmo as minúsculas partículas de vida mantêm-se coesas. Deus tem seus
métodos, todas as pessoas sofreram, sofrem ou sofrerão em algum momento de
vossas vidas, lutas, dificuldades, que comprovam a preservação de Deus por nós.
Quantas pessoas Deus já preservaram a vida delas, mediante um livramento. Olha
a vida do sonhador- José do Egito, Deus sobrepôs soberanamente a sua
providência, a sua preservação, sobre a vida dele, depois de José ter recebido
más ações de seus irmãos. E ainda mais Deus através de José preservou o povo do
concerto, do qual descenderia o Cristo.
Deus já preservou a minha vida diversas
vezes, mais teve uma ocasião em todos da cidade onde eu morava, contemplou
realmente que Deus cuida dos seus, isso porque, meu pai, minha irmão, meu primo
e eu sofremos um acidente de carro, onde o carro deu perda total, o acidente foi
tão impressionante, que tirando as pessoas mais próximas de mim, ninguém
acreditava que nós tínhamos sobrevivido àquele trágico acidente. Eu sou prova
viva da preservação de Deus. E através desse acidente muitas pessoas, inclusive
meu pai passou a acreditar realmente que Deus existe e cuida dos seus. Faço
minhas as palavras de Davi: ”Tu és o
lugar em que me escondo; Tu me preservas da angústia; Tu me cinges de alegres
cantos de livramento.” (Sl 32.7)
2) Provisão: Deus não somente preserva o mundo que Ele criou, como também
provê as necessidades das suas criaturas. Quando Deus criou o mundo, criou
também as estações e proveu alimento aos seres humanos e animais. Depois de o
Dilúvio destruir a terra, Deus renovou a promessa da provisão, com estas
palavras: “Enquanto a terra durar,
sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não
cessarão” (Gn 8. 22). Podemos notar que vários Salmos dão testemunho da
bondade de Deus em suprir do necessário a todas as criaturas. (Ex: Sl 104; 145)
O mesmo Deus revelou a Jó o seu poder de
criar e de sustentar (Jó 38-41), e Jesus asseverou em termos bem claros que
Deus cuida das aves do céu e dos lírios do campo. “Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em
celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes mais valor do que elas?
E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como
qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e
amanhã é lançada no forno não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena
fé?” (Mt 6.26,29, 30).
Seus cuidados abrangem, não somente as
necessidades físicas da humanidade, como também as espirituais. “Porque Deus enviou o seu filho ao mundo não
para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele.” (Jo
3.17).
A bíblia revela que Deus manifesta um amor e
cuidado especiais pelo seu próprio povo, tendo cada um dos seus em alta estima
(ex: Sl 91). Em Mateus 10.31, Jesus ensina que os fiéis filhos de Deus têm
grande valor para seu pai celestial, isto é, que Deus se importa com você e com
suas necessidades pessoais; Ele anseia tanto pelo seu amor e a comunhão com
você que enviou seu Filho unigênito para morrer na cruz por você. Você nunca
está longe da sua presença, cuidado e solicitude. Ele conhece todas as suas
necessidades, provações e tristezas.
Paulo escreve de modo inequívoco aos crentes
de Filipos: “O meu Deus, segundo as suas
riquezas, suprirá as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (Fp
4.19). Paulo enfatiza que Deus suprirá todas as necessidades, à medida que
apresentamos diante Dele. O suprimento das nossas necessidades vem por “Cristo Jesus”. Somente quem tem comunhão
com Cristo e na comunhão com Ele é que podemos experimentar o provimento da
parte de Deus. De conformidade com João, Deus quer que seu povo tenha saúde, e
que tudo lhe vá bem. (3Jo 2)
3) Governo: Deus, além de preservar sua criação e prover-lhe o necessário,
também governa o mundo. Deus, como soberano que é, dirige os eventos da
história, que acontecem segundo sua vontade permissiva e seu cuidado. Mesmo
assim até Deus consumar a história, Ele tem limitado seu poder e governo
supremo neste mundo. As escrituras declaram que Satanás é “o deus deste século” (2Co 4.4) e exerce acentuado controle sobre a
presente era maligna.
As escrituras não ensinam que Deus hoje
controla diretamente este mundo ímpio, cheio de gente pecaminosa, de maldade,
crueldade, injustiça, impiedade, etc. Deus não deseja nem causa todo o
sofrimento que há no mundo, nem tudo quanto aqui ocorre procede da sua perfeita
vontade. Como esta escrito em (Lc
13.34): “Jerusalém, Jerusalém, que matas
os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis Eu ajuntar
os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não
quiseste?”. Este versículo evidência a livre vontade do homem em resistir à
graça de Deus.
A Bíblia indica que atualmente o mundo não
está sob o domínio de Deus, mas em rebelião contra o seu governo, e está sob o
domínio de Satanás. E ainda mais, como está em Lc 13.36; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb
2.14.
Mas esta limitação do poder e governo de Deus
é apenas temporária, Ele destruirá toda a iniqüidade e o próprio Satanás (Ap
19.20). Somente então é que “Os reinos do
mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e Ele reinará para todo
sempre.” (Ap 11.15)
A PROVIDÊNCIA DIVINA E O SOFRIMENTO HUMANO
A revelação bíblica demonstra que a
providência de Deus não é uma doutrina abstrata, mas que diz respeito à vida
diária num mundo mau e decaído.
1) Toda pessoa
experimenta o sofrimento em certas ocasiões da vida e daí surge à inevitável
pergunta. “Por quê?”
Vou citar dois exemplos, de duas pessoas que
mesmo estando na presença do Todo Poderoso foram profundamente provadas, e
também fizeram essa pergunta, por quê?
Jó, quantos conhecem a história de Jó uma
história linda entre aspas, linda porque nos dá uma ótima lição, um grande
ensinamento. Jó perdeu tudo que tinha, até a sua saúde, detalhe permaneceu fiel
a Deus. Deus agradava do seu servo Jó, mas um dia Jó também fez essa pergunta “... Porque fizeste de mim um alvo para ti,
para que a mim mesmo me seja pesado? E porque me não perdoas a minha
transgressão, e não tiras a minha iniqüidade?...” (Jó 7.20b, 21 a).
Davi também em alguns dos Salmos faz essa
pergunta para Deus. Acredito que quando Davi escreveu esses Salmos, Davi estava
passando por grandes provações, momentos super difíceis, angustiantes. Ex: “Porque te conservas longe, Senhor? Porque
te escondes nos tempos de angústia?” (Sl 10.1) etc.
2) Deus permite que
os seres humanos experimentem as conseqüências do pecado que penetrou no mundo
através da queda de Adão e Eva. José por exemplo: Sofreu muito por causa da
inveja e crueldade dos seus irmãos. Foi vendido como escravo pelos seus irmãos
e continuou como escravo de Potifar, no Egito. Vivia no Egito uma vida temente
a Deus, quando foi injustamente acusado de imoralidade, lançado no cárcere e
mantido ali por mais de dois anos. Deus pode permitir o sofrimento em
decorrência das más ações do próximo, embora Ele possa soberanamente controlas
tais ações, de tal maneira que seja cumprida a sua vontade. Segundo o
testamento de José, Deus estava agindo através dos delitos dos seus irmãos,
para a preservação da vida (Gn 45.5; 50.20) “Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para
fazer como se vê neste dia, para conservar em vida a um povo grande.”
3) Não somente
sofremos as conseqüências dos pecados dos outros, como também sofremos as
conseqüências dos nossos próprios atos pecaminosos. Por exemplo:
Ø O pecado da imoralidade e do adultério resulta no fracasso do
casamento e da família do culpado.
Ø O pecado da ira desenfreada contra outra pessoa pode levar á
agressão física, com ferimentos graves ou até mesmo o homicídio de uma das
partes envolvidas, ou de ambas.
Ø O pecado da cobiça pode levar ao furto e daí à prisão e
cumprimento de pena.
Ø O pecado da mentira desenfreada, pode levar as pessoas do seu
convívio se afastar de você, etc.
4) Sofrimento também ocorre no mundo por que satanás, o deus deste
mundo, tem permissão para executar a sua obra de cegar as mentes dos incrédulos e de controlar
as suas vidas. Paulo ao escrever sua 2ª carta aos Coríntos, no cap. 4 e vers. 4
relata justamente isso: “Nos quais o Deus
deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes
resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” No
novo testamento está repleto de pessoas que passaram por sofrimentos por causa
dos demônios que atormentavam com aflição mental (Mc 5.1-14) ou com enfermidades
físicas (Mt 9.32,33; 12.22; etc.). Dizer que Deus permite o sofrimento não
significa que Deus origina o mal que ocorre neste mundo, nem que Ele
pessoalmente determina todos os infortúnios da vida. Deus nunca é o instigador
do mal ou da impiedade. Como relata Tiago:
“Ninguém, sendo tentado, diga; de Deus sou tentado; porque Deus não pode ser
tentado pelo mal e a ninguém tenta.” (Tg 1.13). Todavia, Ele às vezes, o
permite, o dirige e impera soberanamente sobre o mal a fim de cumprir a sua
vontade, levar a efeito seu propósito redentor e fazer com que todas as coisas
contribuam para o bem daqueles que lhes são fiéis.
O RELACIONAMENTO DO CRENTE COM A PROVIDÊNCIA DIVINA
O crente para usufruir da providência de Deus em sua vida, tem
responsabilidades a cumprir, conforme a Bíblia relata. Vou citar pelo menos 3
dessas responsabilidades.
1) Ele deve
obedecer a Deus e à sua vontade revelada. No caso de José, por exemplo, fica
claro que por ele honrar a Deus, mediante sua vida de obediência, Deus o honrou
ao estar com ele. “O Senhor estava com
José, e foi varão próspero,...” (Gn 39. 2 a). Semelhantemente, para o
próprio Jesus desfrutar do cuidado divino protetor, ante as intenções do rei
Herodes, seus pais terrenos tiveram que obedecer a Deus e fugir para o Egito. No
cap. 2 vers. 13 de Mateus diz assim: “E,
tendo-se eles retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos,
dizendo; levanta-te, e toma o menino e a sua mãe, e foge para o Egito, e
demora-te lá, até que eu te diga, porque Herodes há de procurar o menino para
matar.”
A tentativa de Herodes de matar Jesus e o
método adotado por Deus de proteção ao menino revela várias verdades a respeito
de como Deus guia e protege o seu povo.
a)
Deus não protegeu José,
Maria e o menino sem a cooperação deles. A proteção dependia da obediência à
orientação divina, que neste caso envolvia fugir do país.
b)
Deus pode permitir que
certas coisas de difícil compreensão ocorram em nossas vidas, para cumprimento
de propósitos seus. No sentido literal, Cristo começou a sua vida como
refugiado e estrangeiro noutro país.
c)
Mesmo depois da solução de
um problema difícil, haverá outros a serem enfrentados. A proteção e os
cuidados providenciais divinos sempre serão necessários, por que o inimigo do
crente nunca cessa seus ataques contra os fiéis.
Aqueles que
temem a Deus e o reconhecem em todos os seus caminhos têm a promessa de que
Deus endireitará as suas veredas.
2) Na sua providência, Deus dirige os assuntos da igreja e de cada um
de nós como seus sevos. O crente deve estar em constante harmonia com a vontade
de Deus para a sua vida, servindo-o e ajudando outras pessoas em nome dEle (At
18.10) “Porque eu sou contigo, e ninguém
lançará mão de ti para te fazer mal...” Estando Paulo em Coríntos, depois
de ter ministrado na casa de um homem chamado Tito o justo, e tendo muitas
pessoas que creram e foram batizados, o Senhor disse a Paulo, em visão, não
temas, mas fale e não te cales; porque eu sou contigo. Ele está presente entre
nós para agir em todas as situações da nossa vida, para abençoar, proteger e
guiar.
Podemos aprender
mais desta verdade “Eu sou contigo”,
examinando os trechos do AT que Deus declarou que estava pessoalmente com seus
fiéis. Ex: Quando Moisés temeu voltar ao Egito, Deus lhe disse: “Eu serei contigo”. (Êx 3.12)
Quando Josué
assumiu a liderança de Israel, depois da morte de Moisés, Deus prometeu: “Serei contigo; não te deixarei nem te
desampararei” (Js 1.5)
E Deus encorajou
Israel com estas palavras: “Quando
passares pelas águas, estarei contigo... Não temas, pois, porque estou
contigo...” (Is 43.2,5).
No NT, Mateus
declara que Jesus veio ao mundo para tornar concreta a presença de Deus entre
seu povo. Seu nome é “Emanuel”, que
significa “Deus conosco”. Também no
fim do evangelho, Mateus registra a promessa que Jesus legou aos seus
discípulos: “Eis que Eu estou convosco
todos os dias” (Mt 28.20). Marcos termina seu evangelho com as palavras: “E eles, tendo partido, pregaram por todas
as partes, cooperando com eles o Senhor” (Mc 16.20)
3) Devamos amar a Deus e submeter-nos a Ele pela fé, em Cristo, se
quisermos que Ele opere para o nosso bem em todas as coisas. “E sabemos que todas as coisas contribuem
para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu
decreto.” (Rm 8.28). Este versículo nos traz grande conforto, quando temos
que enfrentar sofrimentos nessa vida.
a) Deus fará surgir o bem de todas as aflições, provações,
perseguições e sofrimentos. O bem que Deus leva a efeito é conformar-nos à
imagem de Cristo, e finalmente, levar a efeito a nossa glorificação.
b) Essa promessa é limitada aos que amam a Deus e lhes são submissos
mediante a fé em Cristo. “E faço
misericórdia em milhares aos que amam e guardam os meus mandamentos.” (Êx
20.6)
c) “Todas as coisas” não incluem os nossos pecados e nossa negligência, isso quer
dizer que ninguém pode alegar motivo para pecar, justificando que Deus fará
resultar isso em bem.
Para termos sobre nós o cuidado de Deus quando em aflição, devemos
clamar por Ele em oração e fé perseverante. Pela oração e confiança em Deus,
experimentamos a paz (Fp 4.6,7), recebemos a sua força (Hb 4.16), Tal oração de
fé pode ser em nosso favor ou em favor do próximo (Rm 15. 30-38).
AMÉM!!!!!!!!!!!
Fonte: Bíblia de Estudos Pentecostal
Erivelton R. de Jesus
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A PÁSCOA NA HISTÓRIA ISRAELITA
A partir daquele momento da história, o povo de Deus ia celebra a páscoa toda primavera, obedecendo às instruções divinas de que àquela celebração seria “Estatuto perpétuo”. Era, porém, um sacrifício comemorativo, exceto o sacrifício inicial no Egito, que foi um sacrifício eficaz. Antes da construção do templo, em cada páscoa os israelitas reuniam-se segundo suas famílias, sacrificavam um cordeiro, retiravam todo fermento de suas casas e comiam ervas amargas. Mais importante: Recontavam a história de como seus ancestrais experimentaram o Êxodo milagroso na terra do Egito e sua libertação da escravidão de Faraó. Assim de geração em geração, o povo hebreu relembrava a redenção divina e seu livramento do Egito. Era dever dos pais usar a Páscoa para ensinarem aos filhos a verdade sobre a redenção da escravidão e do peado, que Deus fez deles um povo especial sob os cuidados e senhorio. Uma vez construído o templo, Deus ordenou que a celebração da Páscoa e o sacrifício do cordeiro fossem realizados em Jerusalém. O AT registra várias ocasiões em que uma Páscoa especialmente relevante foi celebrada na cidade santa. (2Cr 31.1-20; 35.1-19; 2Rs 23.21-23; Ed 6.19-22).
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05 - A PÁSCOA
Êx 12.11
“Assim, pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos
sapatos nos pés, e vosso cajado na mão; e comereis apressadamente; esta é a
Páscoa do Senhor.”
CONTEXTO
HISTÓRICO
Desde que Israel partiu do Egito em cerca
1445 a.C, o povo hebreu, ou “judeu” celebram
a Páscoa todos os anos na primavera.
Depois de os descendentes de Abraão, Isaque e
Jacó, passaram mais de 400 anos de servidão no Egito, Deus decidiu libertá-los
da escravidão. Suscitou Moisés e o designou como líder do Êxodo. Em obediência
ao chamado de Deus, Moisés compareceu diante de Faraó e lhe transmitiu a ordem
divina: “Deixa ir o meu povo.” Para
conscientizar Faraó da seriedade dessa mensagem da parte do Senhor, Moisés,
mediante o poder de Deus, invocou pragas como julgamentos contra o Egito. No
decorrer de várias pragas, Faraó concordava em deixar o povo ir, mas, ao
seguir, voltava atrás, uma vez a praga sustada. Soou a hora da décima e última
praga, aquela que não deixaria aos egípcios nenhuma alternativa senão lançar fora
os israelitas. Deus mandou um anjo destruidor através da terra do Egito para
eliminar “Todo primogênito... Desde os
homens até os animais” (Êx 12.12).
Visto que os israelitas também habitavam no
Egito, como poderiam escapar do anjo destruidor? O Senhor emitiu uma ordem
específica ao seu povo; A obediência a esta ordem traria a proteção divina a
cada família dos hebreus, com seus respectivos primogênitos. Cada família tinha
de tomar um cordeiro macho de um ano de idade, sem defeito e sacrificá-lo ao
entardecer do dia 14 do mês de Abibe, transformando em nosso calendário, fica
entre o mês de Março-Abril; Famílias pequenas podiam repartir um cordeiro entre
si. Parte do sangue do cordeiro sacrificado, os israelitas deviam aspergir nas
ombreiras e na vaga da porta de cada casa. Quando o destruidor passasse por
aquela terra, ele passaria por cima daquelas casas que tivessem o sangue
aspergido sobre elas. (Daí o termo Páscoa, do “Hebraico pesah”, que significa
“pular além da marca”, “passar por cima”, ou “poupar”). Assim, pelo sangue do
cordeiro morto, os israelitas foram protegidos da condenação à morte executada
contra todos os primogênitos egípcios. Deus ordenou o sinal de sangue, não
porque Ele não tivesse outra forma de distinguir os israelitas dos egípcios, mas
porque queria ensinar o seu povo à importância da obediência e da redenção pelo
sangue, preparando-o para o advento do “Cordeiro
de Deus” que séculos mais tarde tiraria o pecado do mundo (Jo 1.29).
A PÁSCOA NA HISTÓRIA ISRAELITA
A partir daquele momento da história, o povo de Deus ia celebra a páscoa toda primavera, obedecendo às instruções divinas de que àquela celebração seria “Estatuto perpétuo”. Era, porém, um sacrifício comemorativo, exceto o sacrifício inicial no Egito, que foi um sacrifício eficaz. Antes da construção do templo, em cada páscoa os israelitas reuniam-se segundo suas famílias, sacrificavam um cordeiro, retiravam todo fermento de suas casas e comiam ervas amargas. Mais importante: Recontavam a história de como seus ancestrais experimentaram o Êxodo milagroso na terra do Egito e sua libertação da escravidão de Faraó. Assim de geração em geração, o povo hebreu relembrava a redenção divina e seu livramento do Egito. Era dever dos pais usar a Páscoa para ensinarem aos filhos a verdade sobre a redenção da escravidão e do peado, que Deus fez deles um povo especial sob os cuidados e senhorio. Uma vez construído o templo, Deus ordenou que a celebração da Páscoa e o sacrifício do cordeiro fossem realizados em Jerusalém. O AT registra várias ocasiões em que uma Páscoa especialmente relevante foi celebrada na cidade santa. (2Cr 31.1-20; 35.1-19; 2Rs 23.21-23; Ed 6.19-22).
Nos tempos do NT, os judeus observavam a
Páscoa da mesma maneira. O único incidente na vida de Jesus como menino, que as
Escrituras registram, foi quando seus pais o levaram a Jerusalém, aos doze anos
de idade, para celebração da Páscoa. Posteriormente, última ceia que Jesus
participou com seus discípulos em Jerusalém, pouco antes da cruz, foi uma
refeição da Páscoa. O próprio Jesus foi crucificado na páscoa, como cordeiro
pascoal que liberta o pecado e da morte todos aqueles que nEle crêem.
Os judeus hoje continuam celebrando a páscoa,
embora seu modo de celebrá-la tenha mudado um pouco. Posto que já não há em
Jerusalém um templo para sacrificar o cordeiro em obediência (Dt 16.1-6), a
festa judaica contemporânea (chamada seder) já não é celebrada com cordeiro
assado, mas as famílias reúnem-se para a solenidade. Retiram-se cerimonial
mente das casas judaicas, e o pai da família narra toda a história do êxodo.
A PÁSCOA E JESUS CRISTO
Para os
cristãos, a Páscoa contém um rico simbolismo profético a falar de Jesus Cristo.
O NT ensina explicitamente que as festas judaicas “são sombras das coisas futuras” (Cl 2.16,17; Hb 10.1) “Porque, tendo à lei a sombra dos bens
futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que
continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a Ele se chegam”,
isto é, a redenção pelo sangue de Cristo. Note os seguintes itens de Êxodo 12,
que nos fazem lembrar do nosso Salvador e do seu propósito para conosco.
1) O âmago, ou a essência, do evento da Páscoa era a graça salvadora
de Deus. Deus tirou os israelitas do Egito não porque eles eram povo merecedor,
mas porque Ele os amou e porque Ele era fiel ao seu concerto. Semelhantemente,
a salvação que recebemos de Cristo nos vem através da maravilhosa graça de
Deus. (Ef 2.8-20; Tt 3.4,5) “Mas,
quando apareceu a benignidade e caridade de Deus, nosso Salvador, para com os
homens, não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua
misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito
Santo.”
2) O propósito do sangue aplicado às vergas das portas era salvar o
filho primogênito de cada família; esse fato prenuncia o derramamento do sangue
de Cristo na cruz a fim de nos salvar da morte e da ira de Deus contra o pecado
(Êx 12.33; 23.27; Hb 9.22) “E
quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem
derramamento de sangue não á remissão.”
3) O cordeiro de pascoal era um “um
sacrifício” a servir de substituto do primogênito; isto prenuncia a morte
de Cristo em substituição à morte do crente.
“Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a
sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de
Deus;” (Rm 3.25).
O NT enfatiza
várias verdades no tocante à morte de Cristo em prol da humanidade.
1) Foi um sacrifício, isto é, a oferenda do seu sangue, da sua vida. “Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado
por nós” (1Co 5.7b).
2) Foi vicária, isto é, Ele morreu, não para o seu próprio bem, mas
para o bem dos outros. “Mas Deus prova o
seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.”
(Rm 5.8)
3) Foi substituinte, isto é, Cristo padeceu a morte como a penalidade
do nosso pecado como nosso substituto.
4) Foi propiciatório, isto é, a morte de Cristo em prol dos pecadores
satisfez a lei justa de Deus, bem como ordem moral divina. A morte de Cristo
removeu a ira de Deus contra o pecador arrependido. A integridade de Deus
exigia que o pecado fosse castigado e que fosse feita propiciação junto a Ele,
em nosso favor. Pela propiciação no sangue de Cristo, a santidade de Deus
permaneceu imaculada e Ele pôde manifestar. Co toda justiça, a sua graça e amor
na salvação. Deve ser enfatizado que o próprio Deus propôs Cristo como nossa
propiciação. Ele não precisava ser persuadido a demonstra misericórdia e amor,
pois “Deus estava em Cristo reconciliando
consigo o mundo” (2Co 5.19)
5) Foi expiatório, isto é, um sacrifício para fazer expiação ou
reparação pelo pecado. Como, expiação o sacrifício visa redimir a culpa. Pela
morte de Cristo, foram anulados a culpa e o poder do pecado, que fazem
separação entre Deus e o rente.
6) Foi eficaz, isto é, a morte expiatória de Cristo tem em si o poder
de produzir o efeito cabal necessário da redenção, quando esta é buscada pela
fé.
7) Foi vitoriosa, isto é, na cruz, Cristo triunfou na sua luta contra
o poder do pecado, de Satanás e de suas hostes demoníacas, que mantinham o ser
humano no cativeiro. Sua morte foi a vitória inicial sobre os inimigos
espirituais de Deus e dos homens. Assim sendo, a morte de Cristo é redentora.
Dando sua própria vida como resgate, “Sabendo
que não foi com coisas corruptíveis, como ouro e prata, que fostes resgatados
da vossa vã maneira de viver, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas com
precioso sangue de Cristo, como um cordeiro imaculado e incontaminado.”
(1Pe 1.18,19), Ele nos libertou dos inimigos que mantinham a raça humana na escravidão,
isto é, o pecado, a morte e satanás; e nos libertou para servirmos a Deus.
Todos os benefícios da morte sacrificial de Cristo, mencionados supra,
pertencem, em potencial, a todo ser humano, mas torna-se realidade somente
àquele que, pela fé, aceitam Jesus e seu sacrifício redentor em lugar deles.
4) O cordeiro marcho separado para a morte tina de ser sem mácula,
esse fato prefigura a impecabilidade de Cristo, o perfeito filho de Deus. (Hb
4.15)
5) Alimentar-se do cordeiro representava a identificação da
comunidade israelita com a morte do cordeiro, a morte esta que os salvou da
morte física “Porventura, cálice de
bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos
não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo?” (1Co 10.16). Assim como
no caso da Páscoa, somente o sacrifício inicial, a morte dEle na cruz foi um
sacrifício eficaz. Realizamos em continuação a Ceia do Senhor como memorial, “em memória de mim” (1Co 11.24).
6) A aspersão do sangue nas vergas das portas era efetuadas com fé e
obediência “Pela fé, celebrou a páscoa e
a aspersão do sangue.” (Hb 11.28 a); Essa obediência pela fé resolutou,
então, em redenção mediante o sangue. A salvação mediante o sangue de Cristo se
obtém somente através da “obediência da
fé” (Rm 1.5).
7) O cordeiro da Páscoa devia ser comido juntamente com pães asmos.
Uma vez que na Bíblia o fermento normalmente simboliza o pecado e a corrupção,
esses pães asmos representavam a separação entre os israelitas remidos e o
Egito, isto é, o mundo e o pecado. Semelhantemente, o povo remido por Deus é
chamado para separar-se do mundo pecaminoso e dedicar-se exclusivamente a Deus.
AMÉM!!!!!!
Fonte: Bíblia de Estudos Pentecostal, etc.
Erivelton R. de Jesus
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06 - A LEI DO ANTIGO TESTAMENTO
Êx 20.1,2:
“Então, falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o Senhor.
Teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.”
Um dos aspectos mais importantes da experiência dos israelitas no
monte Sinai dói o de receberem a Lei de Deus através do seu líder Moisés. A lei
Mosaica (hb torah, que significa “ensino”), admite uma tríplice divisão:
a)
A lei moral, que trata das regras determinadas por Deus para um santo viver
(Êx 20. 1-17) Deus através destes versículos está nos falando, nos mostrando,
nos dando os Dez Mandamentos.
b)
A lei civil, que trata da vida jurídica e
social de Israel como nação (Êx 21.1-23.33) essa lei civil, é como se fosse o
nosso código penal, civil, etc. Aqui Deus está impondo o julgamento e a pena a
ser cumprida. Exemplo: No nosso código penal, no artigo 121. Matar alguém e
sendo homicídio simples a pena varia de 6 meses a 20 anos de reclusão, já na
lei civil que Deus passou a Moisés (Êx 21.12) “Quem ferir alguém, eu morra, ele
também certamente morrerá”. Do versículo
12 aos 17, mencionam quatro crimes aos quais Deus sentenciou a pena de morte: O
homicídio premeditado, agressão física aos pais, seqüestro de pessoas e
amaldiçoar, insultar e ofender verbalmente os pais. Esta penalidade demonstra a
importância que Deus atribui ao relacionamento correto entre as pessoas e ao
relacionamento apropriado na família.
c)
A lei cerimonial, que trata da forma e do ritual da adoração ao Senhor por Israel,
inclusive ao sistema sacrificial (Êx 24.12-31.18). Note alguns fatos no tocante
à natureza e à função da lei no AT.
ü A lei foi dada por Deus em
virtude do concerto que Ele fez com o seu povo. Ele expunha as condições do
concerto e o povo devia obedecer por lealdade ao Senhor Deus, a quem eles
pertenciam. Os israelitas aceiraram formalmente essas obrigações do concerto.
Veja os vers. Seguintes do cap. 24.3,7 “Vindo, pois, Moisés e contando ao povo
todas as palavras do Senhor e todos os estatutos, então, o povo respondeu a uma
voz: E disseram: Todas as palavras que o Senhor tem falado, faremos. E tomou o
livro do concerto e o leu aos ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo o que o
Senhor tem falado faremos e obedeceremos.”
ü A obediência de Israel à Lei
devia fundamentar-se na misericórdia redentora de Deus e na sua libertação do
povo (Êx 19.4) “Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre
as asas de águias e vos trouxe a mim.” Assim como a águia-mãe põe os filhotes
sobre as asas, para evitar sua queda fatal enquanto aprendem a voar, assim
também Deus estava cuidando de Israel e trazendo-o não apenas ao Sinai, mas a
si mesmo. Isaías 43.1-4 diz assim: “Agora, assim diz o Senhor que te criou, ó
Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque Eu te remi; chamei-te pelo
teu nome, tu és meu,Quando passares pelas águas estarei contigo, e , quando
pelos rios , eles não te submergirão; quando passares pelo fogo não re
queimarás, nem a chama arderá em ti. Porque eu sou o Senhor, teu Deus, o santo
de Israel, o teu Salvador; dei o Egito por teu resgate, a Etiópia e Sebá por
ti. Enquanto foste precioso aos meus olhos, também foste glorificado, e Eu te
amei, pelo que dei os homens por ti, e os povos, pela tua alma.” Todas as
bênçãos, aqui relacionados, pertencem principalmente aos filhos de Deus,
mediante a é em Cristo, Deus nos criou e nos redimiu; pertencemos a Ele e Ele
conhece cada um de nós pelo nome.Diante de problemas difíceis, não seremos
vencidos, pois Ele está conosco. Somos preciosos e honrados à sua vista, e
objetos do seu grande amor.
ü A lei revelava a vontade de
Deus quanto à conduta do seu povo e prescrevia os sacrifícios de sangue para
expiação pelos seus pecados. A lei não foi dada como um meio de salvação para
os perdidos. Ela foi destinada aos que já tinham um relacionamento de salvação
com Deus. Antes, pela lei Deus ensinou ao seu povo como andar em retidão diante
dEle como seu Redentor, e igualmente diante do seu próximo. Os israelitas
deviam obedecer à lei mediante a graça de Deus a fim de perseverarem na fé e
cultuarem também por fé, ao Senhor.
ü Tanto no AT quanto no NT, a
total confiança em Deus e na sua palavra, e o amor sincero a Ele, formaram o
fundamento para a guarda dos seus mandamentos. Israel fracassou exatamente
nesse ponto, pois constantemente aquele povo não fazia da fé em Deus, do amor para
com Ele de todo o coração e do propósito de andar nos seus caminhos, o motivo
de cumprirem a sua lei. Paulo declara que Israel não alcançou justiça que a lei
previa, por que “não foi pela fé” que a buscava (Rm 9.32).
ü A lei ressaltava a verdade
eterna que a obediência a Deus, partindo de um coração cheio de amor, levaria a
uma vida feliz e rica de bênçãos da parte do Senhor. (Gn 2.9) A “árvore da
ciência do bem e do mal” tinha a finalidade de testar
a fé de Adão e a sua obediência a Deus e à sua palavra. Deus criou o ser humano
com o ente moral capaz de optar livremente por amar e obedecer ao seu Criador,
ou por desobedecer-lhe e se rebelar contra a sua vontade. A vida por meio da fé
e obediência foi o princípio regador da comunhão que Adão tinha com Deus no
Éden. Adão foi advertido de que morreria se transgredisse a vontade de Deus e
comesse da árvore da ciência do bem e do mal. Este risco de morte tinha de ser
aceito por fé, tendo por base aquilo que Deus dissera, posto que Adão ainda não
tinha presenciado a morte humana. O mandamento de Deus a Adão foi um teste
moral. Esse mandamento para Adão era uma escolha consciente e deliberada de
crer e obedecer, ou de descrer e desobedecer à vontade de Deus. Enquanto Adão
cresse na palavra de Deus (Gn 2.16,17) e obedecesse, viveria para sempre e em
maravilhosa comunhão com Deus. Se pecasse e desobedecesse, colheria a ruína
moral e a ceifa da morte.
ü A lei expressava a natureza e o caráter de Deus, isto é, seu amor,
bondade, justiça e o repúdio ao mal. Os fiéis israelitas deviam guardar a lei
moral de Deus, pois foram criados à sua imagem. (Lv 19.2) “... Santo sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou Santa.”
ü A salvação no AT jamais teve por base a perfeição mediante a
guarda de todos os mandamentos. Inerente no relacionamento entre Deus e Israel,
estava o sistema de sacrifícios, mediante os quais, o transgressor da lei
obtinha perdão, quando buscava a misericórdia de Deus, com sinceridade,
arrependimento e fé, conforme a provisão divina expiatória mediante o sangue.
ü A lei e o concerto do AT não eram perfeitos, nem permanentes. A
lei funcionava como um tutor temporário para o povo de Deus até que Cristo
viesse (Gl 3.22-26). O antigo concerto agora foi substituído pelo novo
concerto, no qual Deus revelou plenamente o seu plano de salvação mediante
Jesus Cristo. (Gl 3.19) “Logo para que é
a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse posteridade a
quem a promessa tinha sido feita, e foi posta pelos anjos na mão de um
medianeiro.”
ü A lei foi dada por Deus e acrescentada à promessa “por causa das transgressões” isto é,
tinha o propósito
a) De prescrever a conduta de Israel;
b) Definir o que era pecado;
c) Revelar aos israelitas a sua tendência inerente de transgredir a
vontade de Deus e de praticar o mal;
d) Despertar neles o sentimento das necessidades da misericórdia,
graça e redenção divinas.
AMÉM!!!!!!
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07 - O DIA
DA EXPIAÇÃO
Lv 16.32,33:
“E o sacerdote... Fará a expiação... Expiará o santo santuário;
também expiará a tenda da congregação e o altar; semelhantemente fará expiação
pelos sacerdotes e por todo o povo da congregação.”
A NECESSIDADE DA EXPIAÇÃO
A palavra “expiação”
(heb. Kippurim, derivado de kaphar, que significa “cobrir”) comunica a idéia de cobrir o pecado mediante um “resgate” de modo que haja uma reparação ou restituição
adequada pelo delito cometido.
I.
A necessidade da expiação surgiu
do fato que os pecados de Israel, caso não fosse expiados, sujeitariam à ira de
Deus sobre eles. “Pelas quais coisas vêm
à ira de Deis sobre os filhos da desobediência.” (Col 3.6). Por
conseguinte; o propósito do Dia da Expiação era prover um sacrifício de
amplitude ilimitada, por todos os pecados e porventura não tivessem sido
expiados pelos sacrifícios oferecidos no decurso do ano que findava. Dessa
maneira, o povo seria purificado dos seus pecados do ano precedente, afastaria
a ira de Deus contra eles e manteria a sua comunhão com Deus.
II.
Porque Deus desejava salvar os
israelitas, perdoar os seus pecados e reconciliá-los consigo mesmo, Ele proveu
um meio de salvação ao aceitar a morte de um animal inocente em lugar deles,
isto é, o animal que era sacrificado); esse animal levava sobre si a culpa e a
penalidade deles e cobria seus pecados com seu sangue derramado “Porque a alma da carne está no sangue, pelo
que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela alma”. (Lv
17.11).
A CERIMÔNIA DO DIA DA EXPIAÇÃO
Levítico 16
descreve o Dia da Expiação, o dia santo mais importante do ano judaico. Nesse
dia, o sumo sacerdote, vestia as vertes sagradas, e de início preparava-se
mediante um banho cerimonial com água. Em seguida, antes do ato da expiação
pelos pecados do povo, ele tinha de oferecer um novilho pelos seus próprios
pecados. A seguir tomava dois bodes e, sobre eles, lançava sortes: Um
tornava-se o bode do sacrifício, e o outro tornava-se o bode expiatório.
Sacrificava o primeiro bode, levava o seu sangue, entrava no lugar santíssimo,
para além do vê, e aspergia aquele sangue sobre o propiciatório, o qual cobria
a arca contendo a lei divina que foram violadas pelos israelitas, mas que agora
estava coberta pelo sangue, e assim se fazia expiação pelos pecados da nação
inteira (Lv 1615,16). Como etapa final, o sacerdote tomava o bode vivo, impunha
as mãos sobre a sua cabeça, confessava sobre ele rodos os pecados dos
israelitas e o enviava ao deserto, simbolizando isto que os pecados deles eram
levados para fora do arraial para serem aniquilados no deserto (Lv 16.21,22).
1) O Dia da Expiação era uma assembléia solene; um dia em que o povo
jejuava e se humilhava diante do Senhor. Esta contrição de Israel salientava a
gravidade do peado e o fato de que a obra divina da expiação era eficaz somente
para aqueles de coração arrependido e com fé perseverante.
2) O Dia da Expiação levava a efeito a expiação por todos os pecados
e transgressões não expiados durante o ano anterior. Precisava ser repetido
cada ano da mesma maneira.
CRISTO E O DIA DA EXPIAÇÃO
O Dia da
Expiação está repleto de simbolismo que prenuncia a obra de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo. No NT o autor de Hebreus realça o cumprimento, no novo
concerto, da tipologia do Dia da Expiação. (Hb 9.6-10.18).
“Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um
maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta
criação, nem por sangue de bodes e bezerros , mas por seu próprio sangue,
entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.” (Hb 9.11,12)
I.
O fato de que os sacrifícios do
AT tinham de ser repetidos anualmente indica que eles eram provisórios.
Apontavam para um tempo futuro quando, então, Cristo viria para remover de modo
permanente todo o pecado confessado. “Assim
também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos,
aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação. Na qual
vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita
uma vez.” (Hb 9.28;10.10)
II.
Os dois bodes representavam a
expiação, o perdão, a reconciliação e a purificação consumados por Cristo. O
bode que era sacrificado representa a morte vicária e sacrificial de Cristo,
pelos pecadores, como remissão pelos seus pecados “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo
justificados gratuitamente pela sua graça, pala redenção que há em Cristo
Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para
demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a
paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para
que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.” (Rm 3.
23-26). O bode expiatório, conduzido para longe, levando os pecados da nação,
tipifica o sacrifício de Cristo, que remove o pecado e a culpa de todos quantos
se arrependem.
III.
Os sacrifícios no Dia da Expiação
proviam uma “cobertura” pelo pecado,
não a remoção do pecado. O sangue de Cristo derramado na cruz, no entanto, é a
expiação plena e definitiva que Deus oferece à raça humana; expiação esta que
remove o pecado de modo permanente. “Porque
é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire pecados” (Hb 10.4).
Cristo como sacrifício perfeito “Doutra
maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo;
mas, agora na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o
pecado pelo sacrifício de si mesmo.” (Hb 9.26), pagou a inteira penalidade
dos nossos pecados e levou a efeito o sacrifício expiador que afasta a ira de
Deus, que nos reconcilia com Ele e que restaura nossa comunhão com Ele.
IV.
O lugar santíssimo onde o sumo
sacerdote entrava com sangue, para fazer expiação representava o trono de Deus
no céu. Cristo entrou nesse “Lugar
Santíssimo” após sua morte e, com seu próprio sangue fez expiação para os
crentes perante o trono de Deus.
V.
Visto que os sacrifícios de
animais tipificavam o sacrifício perfeito de Cristo pelo pecado e que se
cumpriram no sacrifício de Cristo, não há mais necessidade de sacrifício de
animais depois da morte de Cristo na cruz.
AMÉM!!!!!!
Fonte: Bíblia de Estudos Pentecostal
Erivelton R. de Jesus
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08 - O
VINHO NOS TEMPOS DO ANTIGO TESTAMENTO
Nm 6.3 “De
vinho e de bebida forte se apartará; Vinagre de vinho ou vinagre de bebida
forte não beberá; Nem beberá alguma beberagem de uvas; Nem uvas frescas nem
uvas secas comerá.”
PALAVRAS HEBRAICAS PARA O VINHO
De um modo geral, há duas palavras hebraicas
traduzidas por “vinho” na Bíblia.
1) A primeira palavra, a mais comum é yayin,
um termo genérico usado 141 vezes no AT para indicar vários tipos de vinho
fermentado ou não-fermentado, em Neemias 5.18 fala “todo o vinho”, ou seja, todos os tipos, porque no AT, havia vinho
de toda espécie, desses vinhos, alguns eram fermentados, outros não.Em Pv
23.29-35 temos o primeiro mandamento claro e preciso, na revelação progressiva
de Deus, que proíbe seu povo de beber vinho fermentado. Deus nos instrui aqui
concernentes a bebidas alcoólicas e da sua influência degradante.
a) Por outro lado, yayin aplica-se a todos os tipos de suco de uva
fermentado (Gn 9.20,21;19.32,33; 1Sm 25.36,37; Pv 23.30,31).Os resultados
trágicos de tomar vinho fermentado aparecem várias vezes no AT.
b) Por outro lado, yayin também se usa com referência ao suco doce,
não-fermentado, da uva. Pode referir-se ao suco fresco de uva espremida. Isaías
profetiza: “Já o pisador não pisará as
uvas [yayin] nos lagares.” (Is 16.10); semelhantemente, Jeremias diz: “Fiz que o vinho [yayin] acabasse nos
lagares; Já não pisarão uvas com júbilo” (Jr 48.33). Jeremias até chama de
yayin o suco ainda dentro da uva (Jr 40.10,12). Outra evidência que yayin, às
vezes, refere-se ao suco não-fermentado da uva temos em Lamentações, que o
autor descreve os nenês de colo clamando às mães, pedido seu alimento normal de
“trigo e vinho” (Lm 2.12). O fato do
suco de uva não-fermentado poder ser chamado de vinho tem o respaldo de vários
eruditos. A Enciclopédia Judaica (1901) declara: “O vinho fresco antes da fermentação era chamado yayin-mi-gat [vinho de
tonel] (Sanh, 70 a)”. Além disso, a Enciclopédia Judaica (1971) declara que
o termo yayin era usado para designar o suco de uva em diferentes etapas,
inclusive “vinho recém-espremido antes da
fermentação”. O Talmude Babilônico atribui ao rabino Hiyya uma declaração a
respeito de “vinho [yayin]” (Baba Ba
Thra, 97 a). E em Halakot Gedalot consta: “Pode-se
espremer um cacho de uvas, posto que o suco da uva é considerado vinho [yayin]
em conexão com as leis do nazireado” ( Citado por Louis Ginzberg no
Almanaque Judaico e Americano, 1923, pp 408,409).
2) A outra palavra hebraica traduzida por “vinho” é Tirosh, que significa “vinho novo” ou “vinho da vindima”. Tirosh ocorre 38 vezes no AT; nunca se refere à
bebida fermentada, mas sempre ao produto de uvas (Is 65.8), ou o suco doce de
uvas recém colhidas (Dt 11.14; Pv 3.10; Jr 2.24). Brown, Driver, Briges (Léxico
Hebraico Inglês do Velho Testamento) declaram que tirosh significa “mosto, vinho fresco ou novo”. A
Enciclopédia Judaica (1901) diz que tirosh inclui todos os tipos de sucos doces
e mosto, mas não vinho fermentado. Tirosh têm “bênção nele” (Is 65.8); o vinho fermentado, no entanto, “é escarnecedor” (Pv 20.1) e causa
embriaguês (Pv 23.31), “Não olhes para o
vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa
suavemente.” Este versículo adverte
sobre o perigo de vinho (Hb yayin) uma vez fermentado. Fermentação é o processo
pelo qual o açúcar do suco de uva converte-se em álcool e em dióxido de
carbono.
a) O verbo “olhar” (hb. Ra’
ah) é uma palavra comum que significa “ver,
olhar, examinar” (Confira Gn 27.1); Ra’ah é também empregado no sentido de “escolher”, o que sugere que não devemos
olhar com desejo para o vinho fermentado. Deus instrui seu povo a nem sequer
pensar em beber vinho fermentado; nada se diz nesta passagem sobre beber vinho
com moderação. E também a Bíblia fala que os nazireus ou nazirenos, ou seja,
pessoas essas que dedicavam suas vidas a Deus, não podiam beber-lo. Se você
aceitou Jesus com Salvador e têm sua vida dedicada a Ele você não pode beber
nenhuma bebida alcoólica.
b) O adjetivo “vermelho”
(hb ‘adem) significa “vermelho,
avermelhado, rosado”. Segundo o
Lexicon de Genesius, isso refere-se à “efervescência”
do vinho no copo, isto é, seu borbulhar cintilante.
c) A frase seguinte: “Quando
resplandece no copo” diz literalmente “Quando [o vinho] dá olho no copo”. Trata-se das bolhas de dióxido
de carbono produzidas pela fermentação, ou à aparência borbulhante do vinho
fermentado. Em Pv 23.32, Deus proíbe seu povo de contemplar o vinho quando
vermelho, pois o vinho fermentado destrói a pessoa, qual serpente e , como
víbora, ela a envenena. Os efeitos do álcool são demoníacos e destruidores
incluem olhos avermelhados, visão turva, mente confusa e palavras perversas e
enganosas. Tomar bebidas leva o indivíduo à embriaguez, aos ais, à tristeza, à
violência, às brigas, aos danos físicos e ao vício crônico. Mesmo que estes versículos
estejam no AT, esta ordem é atual e vale para o povo de Deus, ou seja, o crente
não deve beber nenhuma bebida embriagante.
3) Além dessas duas palavras para “vinho” há outra palavra hebraica que
ocorre 23 vezes no AT, e freqüentemente no mesmo contexto, Shekar,
geralmente traduzida por “bebida forte”
( ex: 1Sm 1.15; Nm 6.3). Certos estudiosos dizem que shekar, mas comumente,
refere-se à bebida fermentada, talvez feita de suco de fruto da palmeira, de
romã, ou de tâmara. A Enciclopédia Judaica (1901) sugere que quando yayin se
distingue de shekar, aquele que era um tipo de bebida fermentada diluída em
água, ao passo que esta não era diluída. Ocasionalmente, shekar pode referir-se
a um suco doce, não-fermentado, que satisfaz (Robert P. Teachout: “O uso de vinho no velho testamento,”
dissertação de doutorado em Teologia, Seminário Teológico Dallas, 1979). Shekar
relaciona-se com shakar, um verbo hebraico que pode significar “beber à vontade”, além de “embriagar”. Na maioria dos casos,
saiba-se que quando yayin e shekar aparecem juntos, formam uma única figura de
linguagem que se refere às bebidas embriagantes.
A POSIÇÃO DO ANTIGO TESTAMENTO SOBRE O VINHO FERMENTADO
Em vários lugares o AT condena o uso de yayin
e shekar com bebidas fermentadas.
1) A Bíblia descreve os maus efeitos do vinho
embriagante de Noé (Gn 9.20-27). Ele plantou um vinha, e fez a vindima, fez
vinho de uva e bebeu. Isso levou à embriaguez, à imodéstia, à indiscrição e à
tragédia familiar em forma de maldição imposto sobre Canaã.
Nos tempos de Abraão, o vinho embriagante
contribui para o incesto que resultou em gravidez nas filhas de Ló. (Gn
19.31-38).
2) Devido ao potencial das bebidas alcoólicas
para corromper, Deus ordenou que todos os sacerdotes de Israel se abstivessem
de vinho e doutras bebidas fermentadas, durante sua vida ministerial. Deus
considerava a violação desse mandamento suficientemente grave para motivar a
pena de morte para o sacerdote que a cometesse. (Lv 10. 9-11).
3) Deus também revelou a sua vontade a
respeito do vinho e das bebidas fermentas ao fazer da abstinência um exigência
para todos que fizerem voto nazireado.
4) Salomão, na sabedoria que Deus lhe deu,
escreveu: "O vinho é escarnecedor, e
a bebida forte, alvoroçadora; e todo aquele que neles erra nunca será sábio”,
(Pv 20.1). Este versículo descreve a natureza e o mal em potencial da bebida
fermentada. Note a prescrição da bebida embriagante juntamente com seus
efeitos.
a) O vinho, como “escarnecedor”,
freqüentemente leva ao escárnio e zombaria daquilo que é bom. As bebidas
alcoólicas, por serem “alvoroçadas”,
freqüentemente causam distúrbios, inimizades e conflitos nas famílias e na
sociedade.
b) O vinho e as bebidas embriagantes são chamados escarnecedores e
alvoroçadores independentemente da quantidade ingerida.
c) “Aquele que neles errar”, por julgar que as bebidas embriagantes são admissíveis, boas,
saudáveis ou inócuas, se ingeridas com moderação, desconsidera a advertência
clara das Escrituras (Pv 23.29-35). As bebidas alcoólicas podem levar o usuário
a zombar do padrão de justiça estabelecido por Deus e a perder o autocontrole
no tocante ao pecado e à imoralidade.
5) Finalmente, a Bíblia declara de modo
inequívoco que para evitar os ais e pesares e, em lugar disso, fazer as
vontades de Deus, os justos não devem admirar, nem desejar qualquer vinho
fermentado que possa embriagar e viciar.
OS NAZIREUS E O VINHO
O elevado nível
de vida separada e dedicada a Deus, dos nazireus, devia servir com exemplo a
todo israelita que quisesse assim fazer. A palavra “nazireu” (hb. Nazir, de
nazar, significa “pôr à parte”)
designa a pessoa consagrada e dedicada totalmente ao Senhor. Os nazireus eram
suscitados pelo próprio Deus para demonstrarem através do seu modo de vida, o
máximo padrão divino de santidade, de consagração e dedicação diante do povo. O
voto de nazireado era totalmente voluntário. O propósito disso era ensinar a
Israel que a dedicação total a Deus deve brotar do coração da pessoa, para
depois expressar-se através da abnegação, do testemunho visível e da pureza
pessoal. A dedicação completa do nazireu é um exemplo daquilo que todo cristão
deve procurar ser. Deus deu aso nazireus instruções claras a respeito do uso do
vinho.
1) Eles deviam
abster-se de “vinho e de bebida forte”;
nem sequer era permitido comer ou beber produtos feito de uvas, quer em forma
líquida, quer em forma sólida. O mais provável é que Deus tenha doado esse
mandamento como salvaguarda ante a tentação de tomar bebidas inebriagantes e
ante a possibilidade de um nazireu beber vinho alcoólico por engano. Deus não
queria que uma pessoa totalmente dedicada à Ele se deparasse com a
possibilidade de embriaguez ou de viciar-se (conf. Lv 10.8-11;Pv 31.4,5) Daí, o
padrão mais alto posto diante do povo de Deus, no tocante à bebidas alcoólicas,
eram a abstinência total. (Nm 6.3,4)
2) Beber álcool
leva, frequentemente, a vários pecados, (tais como a imoralidade sexual ou a
criminalidade). Assim como a prostituição é um pecado deliberado contra o corpo
(1Co 6.18-20) também o são as drogas, ou bebidas (1Co 3.17). Muitos dizem que
têm o direito de fazer o que quiserem com seu corpo. Embora pensem que isso
seja liberdade, de fato estão escravizado por seus próprios desejos. Mas quando
nos tornamos cristãos, o Espírito Santo passa a habitar em nós. Sendo assim,
nosso corpo não mais nos pertence. É
propriedade do Criador, e não podemos violar os padrões de vida estabelecidos
por Ele.
3) O padrão
divino para os nazireus, da total abstinência de vinho e de bebidas
fermentadas, era rejeitado por muitos em Israel nos tempos de Amós. Esse
profeta declarou que os ímpios “aos
nazireus destes de beber”. (Am 2.12). Os que induzem o próximo ao pecado,
incluindo a ingestão de bebidas alcoólicas, devem estar atentos à advertência
divina. O profeta Isaías declara por sua vez: “O sacerdote e o profeta por causa da bebida porte, são absorvidos do
vinho, e desencaminham-se por sua causa da bebida forte, andam errados na
visão, e tropeçam no juízo. Porque todas as suas mesas estão cheias de vômitos
e de imundícia; não há nenhum lugar limpo” (Is 28.7,8). Assim ocorreu,
porque esses dirigentes recusavam o padrão da total abstinência estabelecida
por Deus. (Pv 31.4,5)
4) A marca
essencial do nazireado, isto é, sua
total consagração a Deus e aos padrões mais elevados, é um dever do crente em
Cristo (conf. Rm 12.1; 2Co 17; 7.1). A abstinência de tudo quanto possa levar a
pessoa ao pecado, estimular o desejo por coisas prejudiciais, abrir caminho à
dependência de drogas ou do álcool, ou levar um irmão ou irmã a tropeçar, é tão
necessário para o crente hoje quanto o era para o nazireu dos tempos do AT, “Não durmamos, pois como os demais, mais
vigiemos e sejamos sóbrios.” (1Ts 5.6)
AMÉM!!!!!!!!!!!!!
Fonte:
Bíblia de Estudos Pentecostal
Erivelton
R. de Jesus
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09 - O TEMOR DO SENHOR
Dt 6.1-2: “Estes,
pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o Senhor, vosso
Deus, para se vos ensinar, para que os fizésseis na terra a que passais a
possuir; para que temas ao Senhor, teu Deus, e guardes todos os seus estatutos
e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos
os dias da tua vida; e que teus dias sejam prolongados.”
Introdução:
Um mandamento freqüente ao povo de Deus do AT
é “Temer a Deus” ou “Temer ao Senhor”. É importante que saibamos o que esse
mandamento significa para nós como crentes. Somente à medida que verdadeiramente temermos ao
Senhor é que seremos libertos da escravidão de todas as formas de temores
anormais e satânicas.
O SIGNIFICADO DO TEMOR DE DEUS
O mandamento geral de “temer ao Senhor” inclui uma variedade de aspectos do
relacionamento entre o crente e Deus.
- É
fundamental, no temor a Deus, reconhecer a sua santidade, justiça e
retidão como complemento do seu amor e misericórdia, isto é, conhecê-lo e compreender
plenamente quem Ele é, conforme Pv 2.5 “Então,
entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento que Deus é um Deus
Santo, cuja natureza inerente o leva a condenar o pecado.”
- Temer
ao Senhor é considerá-lo com santo temor e reverência e honrá-lo como
Deus, por causa da sua excelsa glória, santidade, majestade e poder. Paulo
ao escrever sua carta aos crentes de Filipos, ou seja, Filipenses 2.12 diz
assim: “De sorte que, meus amados,
assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mais muito mais
agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e
tremor;”. Na salvação efetuada por Cristo, Paulo vê lugar para “temor e tremor” da nossa parte.
Todo filho de Deus deve possuir um santo temor que o faça tremer diante da
palavra de Deus. “...mas eis para
quem olharei; para o pobre abatido de espírito e que treme diante da minha
palavra.”(Is 66.6b), e o leve a desviar-se de todo mal “Não sejas sábio a teus próprios
olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” (Pv 3.7).O temor (Gr.
Phobos) do Senhor não é de
conformidade com a definição freqüentemente usada, a mera “confiança reverente”, mas inclui o
santo temor de Deus, da sua santidade e da sua justa retribuição, e um
pavor de pecar contra Ele e das conseqüências desses pecados. Não é um
temor destrutivo, mas um temor que controla e que redime, e que aproxima o
crente de Deus, de suas bênçãos, da pureza moral, da vida e da salvação.
Quando, por exemplo, os israelitas no monte Sinai viram Deus manifestar-se
através de “Trovões e relâmpagos
sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina muito forte”
o povo inteiro “estremeceu” (Êx
19.16) e implorou a Moisés, que este falasse, ao invés de Deus (Êx
20.18,19; Dt 5.22-27). Além disso, o salmista, na sua reflexão a respeito
do Criador, declara explicitamente: “Tema
toda a terra ao Senhor; temam-no todos os moradores do mundo. Por que
falou, e tudo fez; mandou, e logo tudo apareceu.” (Sl 33.8,9).
- O
verdadeiro temor de Deus leva o crente a crer e confiar exclusivamente
nEle para a salvação. Por exemplo: Depois que os israelitas atravessaram o
mar Vermelho como em terra seca e viram a extrema destruição do exército
egípcio, o povo “temeu ao Senhor e
creu no Senhor”. O povo vendo o pavoroso juízo que Deus executou
contra o exército egípcio, o povo “Temeu
ao Senhor, e, vendo o livramento milagroso da parte de Deus, creu no
Senhor”. Quando temos uma revelação autêntica da majestade de Deus e
dos seus juízos contra o pecado, nós nos apegamos a Ele com fé e crescemos
no seu temor. Semelhantemente, o Salmista conclama a todos os que temem ao
Senhor: “Confiai no Senhor; Ele é
vosso auxílio e vosso escudo” (Sl 115.11). Noutras palavras, o temor
ao Senhor produz no povo de Deus esperança e confiança nEle. Não é de
admirar, pois, que tais pessoas se salvem (Sl 85.9) e desfrutarem do amor
perdoador de Deus, e da sua misericórdia “E a sua misericórdia é de geração em geração sobre os que o
temem” (Lc 1.50) conforme Sl 103.11;130.4. Finalmente, temer a Deus
significa reconhecer que Ele é um Deus que se ira contra o pecado e que
tem poder para castigar a quem transgride as suas justas leis, tanto no
tempo quanto na eternidade. Quando Adão e Eva pecaram no Jardim do Éden,
tiveram medo e procuraram esconder-se da presença de Deus. Moisés
experimentou esse aspecto do temor de Deus quando passou quarenta dias e
quarenta noites em oração, intercedendo pelos israelitas transgressores: “Temi por causa da ira e do furor com
que o Senhor tanto estava irado contra vós, para vos destruir.” (Dt
9.9)
RAZÕES PARA TERMOS TEMOR DE DEUS
As razões para temer o Senhor vêm do
significado do temor do Senhor.
I.
Devemos temê-lo por causa de o
seu grande poder como o Criador de todas as coisas e de todas as pessoas. “Pela palavra do Senhor foram feitos os
céus; e todo o exército deles, pelo Espírito da sua boca. Ele ajunta as águas
do mar como num montão; põe os abismos em tesouro. Tema toda a terra ao Senhor;
temam-no todos os moradores do mundo. Porque falou, e tudo se fez; mando e logo
tudo apareceu.” (Sl 33.6-9).
II.
Além disso, o poder inspirador de
santo temor que Ele exerce sobre os mandamentos da criação e sobre nós é motivo
de temê-lo. “Eu sei que tudo quanto Deus
faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar e nada se lhe deve tirar.
E isso faz Deus para que haja temor diante dEle.” (Ec 3.14)
III.
Quando nós nos apercebemos da
santidade de nosso Deus, isto é, sua separação do pecado, e sua aversão
constante a ele, a resposta normal do espírito humano é temê-lo. “Quem te não temerá, ó Senhor, e não
magnificará teu nome? Porque só tu és santo; por isso, todas as nações virão e
se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestos.” (Ap
15.4)
IV.
Todos quantos contemplarem o
esplendor da glória de Deus não podem deixar de experimentar reverente temor.
(Mt 17.1-8)
V.
As bênçãos contínuas que
recebemos da parte de Deus, especialmente o perdão dos nossos, pecados, devem
nos levar a temê-lo e a amá-lo. “Tão
somente temei ao Senhor e servi-o com
todo o vosso coração, porque vede quão grandiosas coisas vos fez.” (1Sm
12.24)
VI.
É indubitável que o fato de Deus
ser um Deus de justiça, que julgará a totalidade da raça humana, gera temor a
Ele. É uma verdade solene e santa que Deus constantemente observa e avalia
as nossas ações, tanto as boas quanto às
más, e que seremos responsabilizados por
essas ações, tanto agora como no dia do nosso julgamento individual.
CONOTAÇÕES PESSOAIS LIGADAS AO TEMOR DE DEUS
O temor de Deus é muito mais do uma
doutrina bíblica; ele é diretamente aplicável à nossa vida diária, de numerosas
maneiras.
1) Primeiramente, se realmente
tememos ao Senhor, temos uma vida de obediência aos seus mandamentos e damos
sempre um “não” estridente ao pecado.
Uma das razões que Deus inspirou temor nos israelitas no monte Sinai foi para
que aprendessem a desviar-se do pecado e a obedecer à sua lei. “E disse Moisés ao povo: Não temais, que
Deus veio para provar-vos e para que o seu temor esteja diante de vós, para que
não pequeis.” (Êx 20.20). As coisas prodigiosas que Israel viu e ouviu no
Sinai causaram assombro ao povo, o qual recuou para o lado do vale. Moisés lhes
falou para não temerem, a ponto de fugirem amedrontados. Deus estava
demonstrando o seu poder, a fim de suscitar neles um santo temor e reverência,
que os ajudariam a evitar o pecado. Repetidas vezes no seu discurso final aos
israelitas, Moisés mostrou o relacionamento entre o temor ao Senhor e o serviço
e a obediência a Ele. Segundo os salmistas, temer ao Senhor equivale a
deleitar-se nos mandamentos e seguir os seus preceitos. Salomão ensinou que “pelo temor ao Senhor, os homens se desviam
do mal” (Pv 16.6). Em Eclesiastes, o dever inteiro da raça humana resume em
dois breves imperativos: “Temer a Deus e
guardar os seus mandamentos” (Ec 12.13). Inversamente, aquele que se
contenta em viver na iniqüidade, assim faz porque “não há temor de Deus perante os teus olhos” (Sl 36.1-4).
2) Um coronário importante da conotação supra é que o rente deve
ensinar seus filhos a temer ao Senhor, levando-os a abandonar o pecado e a
guardar os santos mandamentos de Deus. “E
estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimarás a teus
filhos e delas falarás assentando em tua casa, e andando pelo caminho, e
deitando-te, e levantando-te.” (Dt 6.6,7). A bíblia declara freqüentemente
que o “Temor do Senhor é o princípio da
sabedoria” (Sl 111.10). Visto que um alvo básico na educação dos nossos
filhos é que vivam segundo os princípios da sabedoria estabelecidos por Deus,
ensinar esses filhos a temerem ao Senhor é um primeiro passo decisivo.
3) O temor de Deus tem um efeito santificante sobre o povo de Deus.
Assim como há um efeito santificante na verdade da palavra de Deus. “Santifica-os na verdade, a tua palavra é a
verdade.” (Jo 17.17). Santificar significa tornar santo, separar. Ser
separado do mundo e do pecado, para adorar a Deus e servi-lo. Devemos
separar-nos para estarmos perto de Deus, para vivermos para Ele e para sermos
semelhantes a Ele. Essa santificação vem pela dedicação à verdade pelo Espírito
da verdade. A verdade é tanto a Palavra viva de Deus, como a revelação da
Palavra escrita de Deus. Assim também há um efeito santificante no temor a
Deus. Esse temor inspira-nos a evitar o pecado e desviar-nos do mal. Ele nos
leva a ser cuidadosos e comedidos no que falamos. Ele nos protege do colapso da
nossa consciência, bem como a nossa firmeza moral. O temor do Senhor é puro e
purificador; é santo e libertador no seu efeito.
4) O temor do Senhor motiva o povo de Deus a adorá-lo de todo o seu
ser. Se realmente tememos a Deus, nós o adoramos e o glorificamos como o Senhor
de tudo. Davi equipara a congregação dos que adoram a Deus com “os que o Temem” (Sl 22.25). Igualmente,
no final da história, quando um anjo na esfera celestial proclama o evangelho
eterno e conclama a todos na terra a temerem a Deus, acrescenta prontamente: “e dai-lhe glória ... E adorai aquele que
fez o céu, e a terra, e o mar, e as fonte da águas” (Ap 14.6,7).
5) Deus prometeu que recompensará a todos que o temem, “O galardão da humildade e o temor do senhor
são riquezas, e honras, e vida” (Pv 22.4). Outras recompensas prometidas
são a proteção da morte. “O temor do
Senhor, é uma fonte de vida para preservar dos laços da morte.” (Pv14.27),
provisões para nossas necessidades diárias “Temei
ao Senhor, vós os seus santos, pois não têm falta alguma aqueles que o temem.”
(Sl 34.9), e uma vida longa “O temor do
Senhor aumenta os dias,mas os anos dos ímpios serão abreviados.” (Pv
10.27). Aqueles que temem ao Senhor sabem que “bem sucede aos que temem a Deus”, não importando com o que
aconteça no mundo ao redor.
6) Finalmente, o temor ao Senhor confere segurança e o consolo
espirituais indizíveis para o povo de Deus. O NT vincula diretamente o temor de
Deus ao conforto do Espírito Santo (At 9.31). Por um lado, quem não teme ao
Senhor não tem qualquer consciência da sua presença, graça e proteção. O povo
de Israel deveria ter entrado na terra prometida, trinta e nove anos antes, mas
por causa da sua incredulidade e recusa em fazer a vontade de Deus, sua entrada
foi protelada. Deixar de viver na vontade de Deus e de andar segundo o seu
Espírito pode resultar em atraso no plano de Deus para nossa vida ou, até
mesmo, a supressão total desse plano. Devemos ter um santo receio e inquietação
quanto a estar fora da vontade do Senhor e de ser privado da sua presença,
graça e proteção em nossa vida. Por outro lado, os que temem a Deus e guardam
os mandamentos dEle têm experiência profunda de proteção espiritual na sua
vida, e da unção do Espírito Santo. Têm certeza de que vai “Livra sua alma da morte eterna” (Sl 133.18,19).
AMÉM!!!!!!!!!
Fonte: Bíblia de Estudos Pentecostal
Erivelton R. de Jesus.
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10 - O
CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS
Dt 29.1: “Estas são as palavras do concerto
que o Senhor ordenou a Moisés, na terra de Moabe, que fizesse como os filhos de
Israel, além do concerto que fizera como eles em Horebe.”
O CONCERTO O MONTE SINAI (HOREBE)
Deus fez um concerto com Abraão e o renovou
com Isaque e Jacó. O concerto de Deus com os israelitas, feito ao sopé do monte
Sinai conforme está em Êxodo 19, onde este capítulo relata como seus
estabeleceu seu concerto com o povo de Israel. É uma continuação do concerto de
Deus com Abraão e seus descendentes. Esse concerto baseava-se na reconciliação
de Israel com Deus, e na sua comunhão contínua com Ele. Definia também as
condições segundo as quais Israel continuaria sendo a possessão preciosa e
querida de Deus continuaria na sua bênção e executaria a sua vontade para a
nação. E o desígnio de Deus era que Israel fosse um povo ímpar, escolhido e
separado para Ele, para o propósito já mencionado. O povo devia corresponder em
obediência e gratidão a Deus e procurar obedecer aos seus mandamentos, além de
oferecer os sacrifícios determinados no concerto com Deus. Como resultado, os
israelitas continuariam sendo o povo especial de Deus, um reino de sacerdotes
santos e puros.
Este concerto abrange dos princípios básicos
tratados no estudo “O CONCERTO DE DEUS
COM ABRAÃO, ISAQUE E JACÓ.”
Primeiro: Unicamente Deus estabelece as
promessas e compromissos do concerto, e Segundo: aos seres humanos cabe
aceitá-los com fé obediente.
A diferença principal entre este concerto e o
anterior é que Deus fez um sumário das respectivas promessas e
responsabilidades do concerto antes da sua ratificação. (Êx 24.1-8).
- As
promessas de Deus, neste concerto, eram basicamente as mesmas que foram
feitas a Abraão. Deus prometeu que daria aos israelitas a terra de Canaã
depois de libertá-los da escravidão do Egito, e que Ele seria o seu Deus e
que os adotaria como o seu povo. O alvo supremo de Deus era trazer ao
mundo o Salvador através do povo do concerto.
- Antes
de deus cumprir essas promessas, Ele requereu que os israelitas se
comprometessem a observar as suas leis declaradas quando eles estavam
acampados no monte Sinai. Depois de Deus revelar os Dez mandamentos e
muitas outras leis do concerto, os israelitas juraram a uma só voz: “Todas
as palavras que o Senhor tem falado faremos.” (Êx 24,3). Sem essa promessa
solene de aceitarem as normas de Deus, o concerto entre eles e o Senhor não
teria sido confirmado.
- Essa
resolução de cumprir a lei de Deus continuou com uma condição prévia do
concerto. Somente pela perseverança na obediência aos mandamentos do
Senhor e no oferecimento dos sacrifícios determinados por Deus no concerto
é que Israel continuaria como a possessão preciosa de Deus, e igualmente
continuaria a receber as suas bênçãos. Noutras palavras, a continuação da
eleição de Israel como povo de Deus dependia da sua obediência ao seu
Senhor. (Conforme Êx 19.5). O princípio da obediência a Deus é também um
elemento essencial em nosso relacionamento com Cristo, no novo concerto.
(Ver Jo 8.31; 14.21; Rm 3.12; Hb 3.-19).
- Deus
também estipulou claramente o que aconteceria se o seu povo deixasse de
cumprir as obrigações do concerto. O castigo pela desobediência era a
destruição daquele povo, quer por banimento, quer por morte. Trata-se de
uma repetição da advertência de Deus, dada por ocasião do Êxodo, isto é, aqueles
que não cumprissem as suas instruções para Páscoa seriam excluídos do
povo. Essas instruções não eram fictícias. Em Cades, por exemplo, quando
os israelitas se rebelaram incrédulos, contra o Senhor, e como castigo,
fê-los peregrinar no deserto durante trinta e nove anos; Ali, morreu todos
os israelitas de vinte anos a cima, exceto Calebe e Josué. O castigo pela
desobediência e incredulidades deles foi a perda do privilégio de habitar
na terra do repouso, por Deus prometido.
- Deus
não esperava de seu povo uma obediência perfeita, sincera e firme. O
concerto já reconhecia às vezes, devido às fraques da natureza humana,
eles fracassariam. Para remi-los da culpa do pecado e reconciliá-los
consigo mesmo, Deus proveu o sistema geral de sacrifícios e em especial, o
Dia Anual da Expiação. O povo podia assim confessar seus pecados, oferecer
diversos sacrifícios, e deste modo reconciliar-se como o seu Senhor.
Todavia, Deus julgaria severamente os desobedientes, a rebelião e a
apostasia deliberada.
- No
seu concerto com os israelitas, Deus tencionava que os povos doutras
nações, ao observarem a fidelidade de Israel a Deus, e as bênçãos que
recebiam, buscasse o Senhor e integrassem a comunhão da fé. Um dia, através
do Redentor prometido, um convite seria feito às nações da terra para
participarem dessas promessas. Assim, o concerto tinha um relevante
aspecto missionário.
O CONCERTO RENOVADO NAS PLANÍCIES DE MOABE
Depois que a
geração rebelde e infiel dos israelitas pereceu durante seus trinta e nove anos
de peregrinação no deserto, Deus chamou uma nova geração de israelitas e
preparou-os para entrarem na terra prometida, mediante a renovação do concerto
com Ele. Para uma conquista bem sucedida da terra de Canaã, necessário era que
eles se comprometessem com este concerto e que tivessem a garantia que o Senhor
Deus estaria com eles.
a) Essa renovação do concerto é o enfoque principal do livro de
Deuteronômio. Depois de uma introdução, Deuteronômio faz um resumo histórico de
como Deus lidou com o seu povo desde a partida do Sinai. Repete as principais
condições do concerto, relembra aos israelitas as maldições e as bênçãos do
concerto e termina com as providências para a continuação do concerto. Embora o
fato não seja mencionado especificamente no livro, podemos ter como certo que a
nação de Israel, à uma só voz, deu um caloroso “Amém”, às condições do concerto, assim como a geração anterior
fizera no monte Sinai.
b) O conteúdo básico desse concerto continuou como o do monte Sinai.
Um assunto reiterado no livro inteiro de Deuteronômio é que, se o povo de Deus
obedecesse todas as palavras do concerto, teria as bênçãos divinas, caso
contrário, teria as maldições divinas como é falado do capítulo 27 ao 30. A
única maneira deles e seus descendentes permanecerem para sempre na terra de
Canaã era guardarem o concerto, amando o Senhor e obedecendo a sua lei.
c) Moisés ordenou ao povo que periodicamente relembrassem o concerto
feito. Cada sétimo ano, na Festa dos Tabernáculos, todos os israelitas deviam
comparecer ao lugar que Deus escolhesse. Ali, mediante a leitura da Lei de
Moisés, eles relembrariam do concerto de Deis com eles, e também, mediante a
renovação da promessa, de cumprir o que ouviam (Dt 31.9-13).
d) O AT registra vários exemplos notáveis dessa lembrança e renovação
do concerto. Após a conquista da terra, e pouco antes da morte de Josué, este
conclamou todo o povo como esse propósito. (Js 24). A resposta do povo foi
clara e inequívoca: “Serviremos ao
Senhor, nosso Deus e obedeceremos à sua voz”. (Js 24.24). Diante disso: “Assim fez Josué concerto naquele dia, com
o povo.” (Js 24.25). Semelhantemente, Joiada dirigiu uma cerimônia de
renovação do concerto, quando Joás foi coroado “E Joiada fez um concerto entre o Senhor, e o rei, e o povo, que seria
povo do Senhor; como também entre o rei e o povo” (2Rs 11.17). E assim
também fizeram Josias (2Rs 23.1-3), Ezequiel (2Cr 29.10) e Esdras (Ne
8.1-10.39).
e) A chamada para relembrar e renovar o concerto é oportuna hoje. O
NT é o concerto que Deus fez conosco em Jesus Cristo. Lembramos do seu concerto
conosco quando lemos e estudamos a sua revelação contendo promessas e preceito,
quando participamos da Ceia do Senhor. Na Ceia do Senhor, também renovamos
nosso compromisso de amar ao Senhor e de servi-lo de todo o nosso coração. A
Ceia do Senhor é um ato de comunhão com Cristo e de participação nos benefícios
da sua morte sacrificial e, ao mesmo tempo comunhão com os demais membros do
corpo de Cristo. Nessa ceia com o Senhor ressurreto. Ele como anfitrião, faz-se
presente de modo especial. A Ceia do Senhor é também o reconhecimento e a
proclamação da nova Aliança mediante a qual os crentes reafirmaram o senhorio
de Cristo e nosso compromisso de fazer a sua vontade, de permanecer leais, de
resistir o pecado e de identificar-nos com a missão de Cristo.
AMÉM!!!!!!!!!!!
Fontes: BÍBLIA DE ESTUDOS PETENCOSTAL
Erivelton de Jesus
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11 - A DESTRUIÇÃO DOS CANANEUS
Js 6.21:
“E tudo quanto na cidade havia destruíram totalmente a fio da espada, desde o
homem até a mulher, desde o menino até ao velho, até ao boi e gado miúdo e ao
jumento.”
Antes de a nação
de Israel entrar na terra prometida, Deis tinha dado instruções rigorosas
quanto ao que deviam fazer com os moradores dali. Devia ser totalmente
destruídos. “Porém, das cidades destas
nações, que o Senhor, teu Deus, te dá em herança, nenhuma coisa que tem fôlego
deixarás com vida. Antes, destruí-la-ás totalmente: aos heteus, aos amorreus, e
aos cananeus, e aos fereseus, e ao heveus, e aos jebuseus. Como te ordenou o
Senhor teu Deus.” (Dt 20.16,17)
O Senhor repetiu
essa ordem depois dos israelitas atravessaram o Jordão e entraram em Canaã. Em
várias ocasiões, o livro Josué declara que a destruição das cidades e dos
cananeus pelos israelitas foi ordenada pelo Senhor. (Js 6.2; 8.1; 10.8). Os
crentes do novo concerto freqüentemente argumentam sobre até que ponto essa
destruição em massa de seres humanos é corrente com outras partes da Bíblia
como revelação divina, que tratam do amor, justiça de Deus e do seu repúdio à
iniqüidade.
A destruição de
Jericó é um relato do justo juízo divino contra um povo iníquo em grau máximo e
irremediável, cujo pecado chegara a atingir sua plena medida. Noutras palavras,
Deis aniquilou os moradores daquela cidade e outros habitantes de Canaã porque
estes se entregaram totalmente à depravação moral. A arqueologia revela que os
cananeus estavam envolvidos em todas as formas de idolatria, prostituição
cultual, violência, a queima de crianças em sacrifícios aos deuses e
espiritismo, conforme Dt 12.31 e 18.9-13: “Assim
não farás ao Senhor, teu Deus, porque tudo o que é abominável ao Senhor e que
ele aborrece fizeram eles aos seus deuses, pois até seus filhos e suas filhas
queimaram com fogo aos seus deuses”, “Quando entrares na terra que o Senhor,
teu Deus, te der, não aprenderás a fazer conformes as abominações daquelas
nações. Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou sua
filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem
encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito adivinhante, nem
mágico, nem quem consulte os mortos, pois todo aquele que faz tal coisa é abominação
ao Senhor, teu Deus, as lança fora de diante de ti. Perfeito serás como o
senhor teu Deus.” Deus com sua onipotência sabia se o povo seu se
misturasse com aquelas nações como é falado em Josué 23.12,13, eles adotariam
aquelas práticas infames e vergonhosas. E nesses versículos estão falando dos
cananeus, que tendo Baal como uma das deidades masculinas principais. A
religião deles promovia a prostituição cultual, tanto de homens como de
mulheres, e o culto em si consistia em orgias sexuais degradantes. Seis
profetas e sacerdotes oficialmente assassinavam, nos templos, criancinhas
recém-nascidas em sacrifícios os seus deuses. No NT, Deus continua conclamando
seu povo, da mesma forma, a separar-se do mundo ímpio.
A destruição
total dos cananeus era necessária para salvaguardar Israel da destruidora
influência da idolatria e pecados dos cananeus. Deus sabia que se aquelas
nações ímpias continuassem a existir, ensinariam os israelitas “a fazer conforme todas as suas abominações,
que fizeram a seus deuses, e pequeis contra o Senhor, vosso Deus” (Dt
20.18). Este versículo exprime o princípio bíblico permanente de que o povo de
Deus deve manter-se separado da sociedade ímpia ao seu redor.
A destruição das
cidades cananéias e seus habitantes demonstram um princípio básico de
julgamento divino: Quando o pecado de um povo alcança sua medida máxima, a misericórdia
cede lugar ao juízo. Deus já aplicara este mesmo princípio, quando do dilúvio e
da destruição das cidades iníquas de Sodoma e Gomorra.
A história
subseqüente de Israel confirma a importância desse princípio e da ordem divina
de que todas as nações pagãs fossem destruídas. Na realidade, os israelitas
desobedeceram ao mandamento do Senhor e não expulsaram completamente todos os
habitantes de Canaã. Como resultado começou a seguir seus caminhos detestáveis
e a servir aos seus deuses e ídolos, conforme Jz 1.28 e 2.2,17. O livro de
Juízes é a história daquilo que o Senhor fez em resposta a essa apostasia.
Finalmente, a
destruição daquela geração de cananeus tipifica e prenuncia o juízo final de
Deus sobre os ímpios, no fim dos tempos. O segundo e verdadeiro Josué da parte
de Deus, isto é, Jesus Cristo, voltará em justiça com os exércitos dos céus a
fim de julgar todos os ímpios e de batalhar contra eles (Ap 19.11-21). Todos
aqueles que rejeitarem a sua oferta de graça e de salvação e que continuarem no
peado, perecerão assim como os cananeus. Deus obterá rodas as potências
mundiais e estabelecerá na terra o seu reino da justiça.
AMÉM!!!!!!!!
Fontes: Bíblia de Estudos Petencostal
Erivelton de Jesus
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12 - OS ANJOS, E O ANJO DO SENHOR
Jz 2.1 “E
subiu o Anjo do Senhor de Gilgal a Boquim e disse: Do Egito vos fiz subir, e
vos trouxe à terra que a vossos pais tinha jurado, e disse: Nunca invalidarei o
meu concerto.”
A
Bíblia menciona freqüentemente os anjos; o presente estudo provê uma noção
geral do ensino bíblico a respeito dos anjos.
ANJOS
A
palavra “anjo” (hb. Malak; Gr
angelos) significa “mensageiros”. Os
anjos são os mensageiros ou servidores celestiais de Deus, criados por Deus
antes de existir a terra. (Jó 38.4-7).
A
Bíblia fala em anjos bons e anjos maus, embora ressalte que todos os anjos
foram originalmente criados bons e santos, “E
viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que tudo era muito bom;” (Gn 1.31).
Tendo livre-arbítrio, numerosos anjos participaram da rebelião de Satanás. “...Assim diz o Senhor Jeová: tu és o
aferidor sem medidas, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Estavas no
Édem, Jardim de Deus; Toda pedra preciosa era tua cobertura...; A obra dos
tambores e dos pífaros estava em ti; no dia em que fostes criado, foram
preparados. Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte
santo de Deus estavas, no meio das pedras afoguedas andavas. Perfeito eras no
teu caminho, desde o dia em que fostes criados, até que se achou iniqüidade em
ti... Se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei,
profanado fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim protetor, entre
pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura,
corrompeste a tua sabedoria por causa do teu esplendor; por terra te lancei,
diante dos reis te pus, para que olhem para ti. Pela multidão das tuas
iniqüidades, pela injustiça do teu comércio, profanastes os teus santuários;
eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu a ti, e te tornei em
cinza sobre a terra aos olhos de todos os que te vêem.” (Ez 28.12-18) “Porque, se Deus não perdoou os anjos que
pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da
escuridão, ficando reservados para o juízo.” (2Pe 2.4) “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo
e Satanás, que engana todo mundo;ele foi precipitado na terra, e os seus anjos
foram lançados com ele.” (Ap 12.9).
A palavra Satanás vem do Gr. Satan que significa adversário. Satanás foi um
elevado anjo, criado perfeito e bom. Foi designado como ministro junto ao trono
de Deus, porém num certo tempo, antes de o mundo existir, rebelou-se e
tornou-se um dos principais adversários de Deus e dos homens.
Satanás na sua rebelião contra Deus arrastou
consigo uma grande multidão de anjos das ordens inferiores que talvez possam
ser identificados após a queda, com os demônios ou espíritos malignos. Satanás
e muitos desses anjos inferiores decaídos foram banidos para a terra, onde
operam limitados segundo a vontade de Deus. O império do mal sobre o qual
Satanás reina, é altamente organizado e exerce autoridade sobre as regiões do
mundo inferior, e anjos caídos, os homens perdidos e o mundo geral. E com essa
rebelião abandonaram o seu estado original de graça como servos de Deus, e
assim perderam o direito à posição celestial.
A
Bíblia também fala numa vasta hoste de anjos bons (Ex: 1Rs 22.19;Sl 68.17; etc)
Embora os nomes de apenas dois aparecem nas escrituras: Miguel e Gabriel. Segundo
parece os anjos são divididos e de diferentes categorias: Miguel é chamado de arcanjo que por sua vez significa “anjo principal ou anjo superior” (Dn
12.1); Há serafins (Is 6.2) os quais
servem na presença de Deus com louvores. Querubins
(Ez 10.1-3) anjos da primeira hierarquia. Anjos com autoridade e domínio (Ef 3.10;Cl 1.16) e as miríades de espíritos ministradores angelicais (Hb 1.13,14; Ap 5.11).
Como
seres espirituais, os anjos bons louvam a Deus, cumprem sua vontade, vêem a sua
face, estão em submissão a Cristo, são superiores aos seres humanos e habitam
no céu. Não se casam, nunca morrerão e não devem ser adorados.
Os
anjos executam numerosas atividades na terra, cumprindo ordens de Deus.
Desempenharam uma elevada missão ao revelarem a lei de Deus a Moisés. Seus
deveres relacionam-se principalmente com a obra redentora de Cristo (Mt
1.20-24; 2.13;15.10), servem em prol do povo de Deus, observam o comportamento
da congregação dos cristãos, são portadores de mensagens de Deus, trazem
respostas às orações, fortalecem o povo de Deus nas provações, protegem os
santos que temem a Deus e se afastam do mal, castigam os inimigos de Deus,
lutam contra forças demoníacas e conduzem os salvos para os céus (Lc 16.22 ).
Durante
os eventos dos tempos do fim, a guerra se intensificará entre Miguel, com os
anjos bons, e Satanás, com suas hostes demoníacas (Ap 12.7-9). Anjos
acompanharão a Cristo quando Ele voltar e estarão presentes no julgamento da
raça humana.
O ANJO DO SENHOR
É mister fazer menção especial ao “Anjo do Senhor”, um anjo incomparável que aparece no AT e no NT.
Seu
primeiro aparecimento foi a Agar no deserto “E
o anjo do Senhor a achou junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte no
caminho de Sur.” (Gn 16.7); outros aparecimentos incluíram pessoas como
Abraão (Gn 22.11,15), Jacó (Gn 31.11-13), Moisés (Êx 3.2), todos os israelitas
durante o êxodo (Êx 14.19) e mais tarde Boquim (Jz 2.1,4), Balaão (Nm
22.22-36), Josué (Js 5.13-15) onde o príncipe do exército do Senhor é mais
provavelmente o Anjo do Senhor, Gideão (Jz 6.11), Davi (1 Cr 21.16), Elias (2Rs
1. 3,4), Daniel ( Dn 6.22) e José (Mt 1.20; 2.13).
O
Anjo do Senhor realizou várias tarefas semelhantes às dos anjos, em geral. Às
vezes, simplesmente trazia mensagens do Senhor ao seu povo (Gn
22.15-18;31.11-13; Mt 1.20). Noutras ocasiões, Deus enviava o seu anjo para
suprir as necessidades dos seus, para protegê-los do perigo e, ocasionalmente,
destruir os seus inimigos. Quando o próprio povo de Deus rebelava-se e pecava
grandemente, este anjo podia ser usado para destruí-lo (2Sm 24.16,17).
A
identidade do Anjo do Senhor tem sido debatida, especialmente pelo modo como
ele freqüentemente se dirige às pessoas. Note os seguintes fatos:
a) Em Juízes 2.1, o Anjo do Senhor diz: Do Egito Eu vou fiz subir, e Eu
vos trouxe à terra que a vossos pais Eu
tinha jurado, e Eu disse: Eu nunca invalidarei o meu concerto
convosco ( Os grifos dos pronomes foi
acrescentado). Comparada esta passagem com outras que descrevem o mesmo evento,
verifica-se que eram atos do Senhor, o Deus do concerto dos israelitas. Foi Ele
quem jurou a Abraão, a Isaque e a Jacó que daria aos seus descendentes a terra
de Canaã (Gn 13.14-17; 17.8;26.2-4;28.13); Ele jurou que esse concerto seria
eterno (Gn 17.7), Ele tirou os israelitas do Egito (Êx 20.1,2) e Ele os levou à
Terra prometida (Js 1.1,2).
b) Quando o Anjo do Senhor apareceu a Josué, este se prostrou e
adorou “...Então, Josué se prostou sobre
o seu rosto na terra, e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu Senhor ao seu
Servo?” (Js 5.14). Essa atitude tem levado muitos a crer que esse anjo era
uma manifestação do próprio Senhor Deus; do contrário, o anjo teria proibido a
Josué de adorá-lo “E eu me lancei a seus
pés para o adorar, mas ele disse-me: não faças tal; sou teu conservo e de teus
irmãos que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus;” (Ap 19.10;22.8,9) Por
que o anjo sabendo que é criatura não pode receber adoração.
c) Ainda mais explicitamente, o Anjo do Senhor que apareceu a Moisés
na sarça ardente e disse, e linguagem bem clara: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó” (Êx
3.6). Quando nós lemos a passagem de Agar em Gn 16 subtende-se que foi o
próprio Deus que falou com ela. Por que o Anjo do Senhor está tão estreitamente
identificado com o próprio Senhor, e por que ele apareceu em forma humana,
alguns consideram que ele era uma aparição de Cristo eterno, a segunda pessoa
da trindade, antes de nascer carnalmente através da virgem Maria.
AMÉM!!!!!!!!!!!!
Fontes: Bíblia de Estudo Petencostal
Erivelton de Jesus
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13 - A
IDOLATRIA E SEUS MALES
1Sm 12.20,21 “Não temais; vós tendes cometido todo este mal; porém não vos desvieis
de seguir ao Senhor, mas servi ao Senhor com todo o vosso coração. E não vos
desvieis; pois seguiríeis as vaidades, que nada aproveitam e tampouco vos
livrarão, porque vaidades são.”
A
idolatria é um pecado que o povo de Deus, através da sua história no AT,
cometia repetidamente. O primeiro caso registrado ocorreu na família de Jacó.
Pouco antes de chegar a Betel, Jacó ordenou a remoção de imagens de deuses
estranhos. “Então disse Jacó à sua
família e a todos os que com ele estavam; Tirai os deuses estranhos que há no
meio de vós, e purificai-vos, e mudai as vossas vestes.” (Gn 35.2). Agora o
primeiro caso registrado na Bíblia em que Israel, de modo global, envolveu-se
com idolatria foi na adoração do bezerro de ouro, enquanto Moisés estava no
Monte Sinai (Êx 32.1-6). Durante o período dos Juízes, o povo de Deus freqüentemente
se votava para ídolos. Embora não haja evidência de idolatria nos tempos de
Saul ou de Davi, o final do reinado de Salomão foi marcado por freqüente
idolatria em Israel. (1Rs 11.1-10). Na história do reino dividido, todos os
reis do Reino do Norte (Israel) foram idólatras, bem como muitos reis do Reino
do Sul (Judá). Somente depois do exílio, é que cessou o culto idólatra entre os
judeus.
Os fascínios da idolatria
Porque
a idolatria era tão fascinante aos israelitas? Há vários fatores implícitos.
1) As nações pagãs que circundavam Israel criam que a adoração a
vários deuses era superior à adoração de um único Deus. Noutras palavras:
quanto mais deuses, melhor. O povo de Deus sofria influência dessas nações e
constantemente as imitava, ao invés de obedecer ao mandamento de Deus, no
sentido de se manter santo e separado delas.
2) Os deuses pagãos das nações vizinhas de Israel não requeriam o
tipo d obediência que o Deus de Israel requeria. Por exemplo, muitas religiões
pagãs incluíam imoralidade sexual religiosa no seu culto, tendo para isto
prostitutas cultuais. Essa prática, sem dívida, atraía muitos em Israel. Deus,
por sua vez, requeria que o seu povo obedecesse aos altos padrões morais da sua
lei, sem o que, não haveria comunhão com ele.
3) Por causa do elemento demoníaco da idolatria, ela, às vezes, oferecia,
em bases limitadas, benefícios materiais e físicos temporários. Os deuses da
fertilidade prometiam o nascimento de filhos; os deuses do tempo (sol, lua,
chuva, etc.) prometiam condições apropriadas para colheitas abundantes, e os
deuses da guerra prometiam proteção dos inimigos e vitórias nas batalhas. A
promessa de tais benefícios fascinava os israelitas; daí, muitos se dispunham a
servir aos ídolos.
Traçamos um
paradigma com os nossos dias atuais e com as religiões, você notou algo
semelhante? Será que nas nossas igrejas, o povo salvo por Deus, não tem seguido
o mesmo caminho de Israel? Será que as promessas dos deuses das religiões pagãs
não vêm fazendo as mesmas coisas? Será que as diferentes formas demoníacas não
têm levado o povo de Deus a se fascinarem também pela idolatria, em nossa
geração? Às vezes, as pessoas não adoram imagens, mas a idolatria oculta em nossas
vidas? Será que nós temos obedecido as palavras do Senhor a Jacó, em Gn 35.2,
pra nós tirarmos do nosso meio e do nosso lar os deuses estranhos, e purificar
as nossas vidas?
A NATUREZA REAL DA IDOLATRIA
Não se pode compreendera
atração que exercia a idolatria sobre o povo, a menos que compreendamos sua
verdadeira natureza.
- A Bíblia deixa
claro que o ídolo em si, nada é (JR 2-11; 16:20). A palavra ídolo no NT
traz em sua raiz a idéia daquilo que pode ser visto aquilo que têm
aparência e forma de alguma coisa, mas que em si nada é. É uma
representação vazia, de nada. Também no AT o ídolo é como uma imagem
exterior que procura representar deuses, mas que não são nada. O ídolo é
meramente um pedaço de madeira ou de pedra, esculpidos por mãos humanas,
que nenhum poder tem em si mesmo. Samuel chama os ídolos de vaidades (1Sm 12.21), e Paulo
declara expressamente: “Sabemos que
o ídolo nada é no mundo” (1Co 8.4). Por essa razão, os salmistas em SL
115.4-8 diz: “Os ídolos deles são
prata e ouro, obra das mãos dos homens. Tem boca, mas não falam; Tem
olhos, mas não vêem; Tem ouvidos, mas não ouvem; Nariz tem, mas não
cheiram; Tem mãos, mas não apalpam; Tem pés, mas não andam; Nem SM algum
sai da sua garganta. Tornam-se semelhantes a eles os que os fazem e todos
os que neles confiam. E os profetas em 1Rs 18.27 Elias diz: Clamai em altas vozes, porque ele é um Deus;
pode ser que esteja falando, ou que tenha alguma coisa que fazer, ou que
entende alguma viagem; por ventura, dormem e despertará’’. E também em
(IS 44.9-20; 46.1-7; Jr 10.3-5) notamos nestes versículos que os salmistas
e os profetas freqüentemente zombam dos ídolos. Por que sabiam eles que os
ídolos nada são.
- Por traz de toda
idolatria, há demônios, que são seres sobrenaturais controlados pelo
diabo. Tanto Moisés em DT 32.17 “Sacrifícios
ofereceram aos diabos, não a Deus; aos deuses que não conhecem, novos
deuses que vieram a pouco tempo, dos quais não se estremeceram seus pais”.
Quanto os salmistas em SL
106.36,37 “E serviram os seus
ídolos, que vierem a ser-lhes um laço. Demais disto, sacrificaram os seus
filhos e filhas a demônios”; Note, também, o que Paulo diz na sua
primeira carta para os coríntios a respeito de comer carne sacrificada a
ídolos: “As coisas que os gentios
sacrificam, as sacrificam a demônios e não a Deus” (1Co 10.20).
Noutras, palavras, o poder que age por detrás da idolatria é dos demônios,
os quais têm muito poder sobre o mundo e os que são deles. O sabe com
certeza que o poder de Jesus Cristo é maior do que dos demônios. Satanás
como “o deus desse século”, exerce vasto poder neste presente
era iníqua. Ele tem poder para produzir milagres falsos, sinais e
maravilhas de mentiras e de proporcionar ás pessoas benéficos físicos e
materiais. Sem duvida, esse poder contribui, ás vezes, para a prosperidade
dos ímpios.
- A correlação
entre a idolatria e os demônios vê-se mais claramente quando percebemos a
estreita vinculação entre as praticas religiosas pagãs e o espiritualismo,
magia negra, a leitura da sorte, a feitiçaria, a bruxaria, a necromancia e
coisas semelhantes, em Dt 18.9-11 encontramos as abominações das nações
pagãs, e a ordem de Deus para o seu povo não fale igual. Nestes versículos
contem uma lista das praticas de magia ocultista. Entre o povo de Deus do
AT quem praticavam tais coisas era morto (Lv20. 27). Por sua vez, o NT
declara que quem pratica tais coisas não entrará no reino de Deus,
conforme GL 5.20,21; AP 22.15.
Segundo
as escrituras, todas essas praticas ocultista envolvem submissão e culto as
demônios. Quando, por exemplo, Saul pediu à feiticeira de Endor que fizesse
subir Samuel dentre os mortos, o que ela viu ali foi um espírito subindo da
terra, representando Samuel (1Sm 28.8-14), isto é, ela viu um demônio subindo
do inferno.
4) O NT
declara que a cobiça é uma forma de idolatria (CL 3.5). A conexão é obvia; pois
os demônios são capazes de proporcionar benefícios materiais. Uma pessoa
insatisfeita com aquilo que tem e que sempre cobiça mais, não hesitará em
obedecer aos princípios e a vontade desses seres sobrenaturais que conseguem
para tais pessoas aquilo que desejam. Embora tais pessoas talvez não adorem
ídolos de madeira e de pedra, entretanto adoram os demônios que estão por traz
da cobiça e dos desejos maus; logo, tais pessoas são idolatras. Dessa maneira,
a declaração de Jesus: “Não podeis servir
a Deus e a Mamom” (MT 6.24) este é o Deus das riquezas, e basicamente a
mesma admoestação de Paulo: “Não podeis
beber o cálice do senhor e o cálice dos demônios”; (1Co 10.21).
A versão de deus á idolatria
Deus não tolerará nenhuma
idolatria.
- Coma prova
podemos ver que Deus advertia freqüentemente contra ela no AT. Note que
nos dez mandamentos são contrários diretamente á adoração a qualquer Deus
que não seja o senhor Deus de Israel (Êx 20.3,4). E pra dar mais ênfase a
esse mandamento, esta ordem foi repetida por Deus noutras ocasiões. (Êx
23.13,24; 34.14-17; DT 4.23,24; 6.14; Js 23.7; Js 6.10; 2Rs 17.35,37, 38).
Deus não somente proibiu a adoração a outros deuses como também deu ordem
para destruir todos os ídolos e quebras todas as imagens de nações pagãs
na terra de Canaã (Êx 23.24; 34.13; Dt 7.4,5; 12.2,3).
- A historia dos
israelitas foi, em grande parte, a historia da idolatria. Deus muito se
irou com o seu povo por não destruir. Todos os ídolos na terra prometida.
Ao contrario, passou a adorar os falsos deuses. Daí, Deus castigar os
israelitas, permitindo que seus inimigos tivessem domínio sobre eles. O
livro de Juízes apresenta um ciclo constantemente repetido, em que os
israelitas começavam a adorar deuses-idolos das nações que eles deixaram
de conquistar. Deus permitia que os inimigos os dominassem; o povo clamava
ao senhor; o senhor atendia o povo e enviava um juiz para libertá-los. A
idolatria no Reino do Norte continuou sem dificuldades por quase dois
séculos. Finalmente, a paciência de Deus esgotou-se e ele permitiu que os
Assírios destruíssem a capital de Israel e removeu dali as dez tribos (2
Rs 17.16-18). O Reino do Sul (Judá) teve vários reis que foram tementes a
Deus, como Ezequias e Josias, mas por causa dos reis ímpios como
Manassésia, a idolatria se arraigou na nação de Judá (2 Rs 21.1-11). Como
resultado Deus disse, através dos profetas, que ele deixaria Jerusalém ser
destruída (2 Rs 21 10-16). A respeito dessas advertências, a idolatria
continuou e, finalmente, Deus cumpriu a sua palavra profética por meio do
Rei Nabucodonosor de Babilônia, que capturou Jerusalém, incendiou o templo
e saqueou a cidade (2 Rs 25).
- O NT também
adverte todos os crentes contra a idolatria. A idolatria manifesta-se de
varias formas hoje em dia. Aparece abertamente nas falsas religiões
mundiais, bem como na feitiçaria, no satanismo e noutras formas de
ocultismo. A idolatria esta presente sempre que as pessoas dão lugar á
cobiça e ao materialismo, ao invés de confiarem em Deus somente.
Finalmente ela ocorre dentro da igreja, quando seus membros acreditam que,
há só um tempo, poderão servir a Deus, e desfrutar da experiência da
salvação e as bênçãos divinas, e também participar das praticas imorais e
ímpias do mundo. Daí, o NT no admoestas a não sermos cobiçosos, avarentos
nem imorais. “Mortificai, pois os
vossos membros que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o
apetite desordenado, a vil concupiscência e a avareza, que é idolatria”
(Col 3.5). E, sim, a fugirmos de todas as formas de idolatrias. “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos”
(1Jo 5.21). Deus reforça suas advertências com a declaração de que aqueles
que praticam qualquer forma de idolatria não herdarão o seu reino. “Não sabeis que os injustos hão de
herdar o Reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idolatras nem
os adúlteros, nem os afeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os
avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão
o Reino de Deus.” (1Co 6.9,10). Em Gálatas 5.20,21 Paulo também faz
essa advertência por parte de Deus. E Jesus declarou a João no livro das
revelações, Apocalipse 22.15 “Ficarão
de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem e os homicidas, e
os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.”.
AMEM!!!!!!!!!!!!!!!
Erivelton de Jesus
Fontes: Bíblia de
estudo Petencostal
E outros.
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14 - O CONCERTO DE DEUS COM DAVI
2Sm 7.16 “...a tua
casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti;Teu trono será firme
sempre”.
A NATUREZA DO CONCERTO COM DAVI
1) Embora a palavra “concerto”
não ocorra literalmente em 2Sm 7, é evidente que Deus estava estabelecendo um
concerto com Davi.Em Sl 89.3,4,por exemplo, Deus diz: “Fiz um concerto com o meu escolhido; jurei ao meu servo Davi: a tua
descendência estabelecerei para sempre e edificarei o teu trono de geração em
geração”. E também em Sl 89.34-36 diz:
“ Não quebrarei o meu concerto, não alternarei o que saiu dos meus lábios. Uma
vez jurei para minha santidade (não mentirei a Davi). A sua descendência durará
para sempre, e o seu trono será como o sol perante mim;”. A promessa de que
o trono do povo de Deus seria estabelecida para sempre através da descendência
de Davi é exatamente a mesma que Deus fez com Davi 2Sm 7,nota o versículo 14
diz:”Eu
lhe serei por pai, e ele me será por filho e, se vier a transgredir,
castigá-lo-ei com vara de homens e com açoites de filhos de homens”. “Ainda que a minha não seja tal para com
Deus, contudo estabeleceu comigo um concerto eterno, que em tudo será ordenado
e guardado.Pois toda a minha salvação e todo o meu prazer estão nele, apesar de
que ainda não o faz brotar”(2Sm 23.5), sem duvida aludindo a 2Sm 7.
2) Os mesmos dois princípios que operam noutros concertos
do AT também estão em evidencia aqui; apenas Deus estabelecia as promessas e os
deveres do seu concerto e esperava que do lado humano houvesse o aceite com fé
e obediência.
Neste
concerto de Deus com Davi, ele fez uma promessa de comprimento imediato que era
estabelecer o reino do filho de Davi,Salomão, o qual edificaria o templo, uma
casa para o senhor.(2Sm 7.11-13). Ao mesmo tempo, promessa de Deus de que a
casa ou dinastia de Davi oraria para sempre sobre os israelitas estava
condicionada à fiel obediência de Davi e dos seus descendentes. Noutras
palavras, esse concerto era eterno somente no sentido de Deus ter sempre um
descendente de Davi no trono em Jerusalém, desde que os governantes de Judá
permanecessem em obediência e fidelidade a ele.
Durante
os quatros séculos seguintes, a linhagem de Davi permaneceu ininterrupta no
trono de Judá. Quando, porém, os reis de Judá, especialmente Manasses e aqueles
que reinaram depois do Rei Josias, rebelaram-se continuamente contra Deus ao
adorarem ídolos e desobedeceram à sua lei, Deus, por fim, os impediu de
ocuparem o trono.Permitiu que o Rei Nabucodonosor de Babilônia invadisse a
terra de Judá, sitiasse a Jerusalém e, finalmente, destruísse a cidade
juntamente com seu templo (2Cr 2Sm;2Cr 36). Agora, o povo de Deus estava, pela
primeira vez desde a escravidão no Egito, sob o domínio de governantes
estrangeiros.
JESUS CRISTO EM RELAÇÃO A ESTE CONCERTO
Havia
porém, um aspecto do concerto de Deus com Davi que era incondicional, que o
reino de Davi seria por fim estabeleceu para sempre.
I) A culminância da promessa de Deus era que da linhagem
de Davi viria um descendente que seria o Rei Messiânico e eterno. Este rei domina
sobre os fieis em Israel e sobre todas as nações, conforme Is 9.6,7 que diz: “Porque um menino nos nasceu, um filho se
nos deu; e o principado está sobre os teus ombros; e o seu nome será
maravilhoso, conselheiros, Deus forte pai da eternidade, príncipe da paz. Do
incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e
seu reino, para o afirmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e
para sempre; o zelo do senhor dos exércitos fará isto” e também Is 11.1,10
e Mq 5.2,4. Sairia da cidade Belém (Mq 5.2,4), e seu governo se estenderia até
os confins da terra (Zc 9.10). Ele seria chamado: “O senhor, justiça nossa”(Jr 23.5,6) e consumaria a redenção do
pecado (2c 13.1). O cumprimento da promessa dravídica teve inicio com o nascimento
de Jesus Cristo, anunciado pelo anjo Gabriel e Maria, um piedoso descendente da
família de Davi (Lc 1.30-33) e (AT 2.20-35).
II) Essa promessa foi um desdobramento do concerto feito
em Gn 3,15. Que predisse a derrota de Satanás através de um descendente de Eva;
foi um prosseguimento do concerto feito com Abraão e seus descendentes.
III) O cumprimento dessa promessa abrangia a ressurreição
de Cristo dentre os mortos e sua exaltação à destra de Deus no céu, como está e
AT 2 29-33 “Varões irmãos, seja-me licito
dizer-vos livremente acerca do patriarca Davi que ele morreu e foi sepultado, e
entre nós está até hoje a sua sepultura. Sendo, pois ele profeta e sabendo que
deus lhe havia prometido com juramento que o fruto de seus lombos, segundo a
carne, levantaria o Cristo, para o assentar sobre o seu trono, nesta previsão,
disse da ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no Hades, nem a
sua carne viu a corrupção. Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós
somos testemunhas. De sorte que, exaltado pela destra de Deus e tendo recebido
do pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que agora vós vedes e ouvis”.
De onde ele agora governa como rei dos reis e senhor dos senhores. A primeira
missão de Cristo como o senhor exaltado foi o derramamento do Espírito Santo
sobre o seu povo (AT 1.8;2.4,33).
IV) O régio governo de Cristo caracteriza-se por um
chamamento, dirigido a todas as, pessoas, no sentido de largarem o pecado e o
mundo perverso,aceitarem Cristo como
Senhor e salvador r receberem o Espírito santo (AT 2.32-40).
V) O reino eterno de Cristo inclui:
a) seu atual domínio sobre o reino de Deus e sua primazia
sobre a igreja.
b) seu futuro reino milenial sobre as nações “E ao que vencer e guardar até ao fim as
minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações, e com vara de ferro as
regerá; e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu pai”.(Ap
2. 26,27).
c) seu reino eterno nos novos céus e nova terra, como
está em apocalipse, nos capítulos 21 e 22.
AMÈM!!!
Erivelton de Jesus
Fontes: Bíblia de
Estudo Petencostal
Entre outros
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15 - A ORAÇÃO EFICAZ
1Rs 18.42b-45: “Elias subiu
ao cume do Carmelo, e se inclinou por terra, e meteu o seu rosto entre os
joelhos. E disse ao seu moço: Sobe agora e olha para banda do mar. E subiu, e
olhou, e disse: Não há nada. Então, disse ele: Torna lá sete vezes. E sucedeu
que à sétima vez, disse: Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem,
subindo do mar. Então, disse ele: Sobe e dize a Acabe: Aparelha o teu carro e
desce, para que a chuva te não apanhe. E sucedeu que, entretanto, os céus se
enegreceram com nuvens e ventos, e veio uma grande chuva; e Acabe subiu ao
carro e foi para Jesreel.”
A oração é uma
comunicação multifacetada entre os crentes e o Senhor. Além de palavras como “oração e orar”. Essa atividade é
descrita como invocar a Deus (Sl 17.6).
Invocar o nome do Senhor (Gn 4.26), clamar ao Senhor (Sl 3.4),
levantar nossa alma ao Senhor (Sl 25.1), buscar ao Senhor (Is 55.6),
aproximar-se do trono da graça com confiança (Hb 4.16), e chegar perto de Deus
(Hb 10.22).
MOTIVOS PARA A ORAÇÃO
A Bíblia apresenta motivos claros
para ao povo de Deus orar.
1)
Antes de tudo, Deus ordena que o crente ore. O mandamento para
orarmos vem através dos salmistas em 1Crônicas 16.11: “Buscai o Senhor e a sua força; buscai a
sua face continuamente”, dos profetas “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está
perto.” (Is 55.6), dos apóstolos “Tomai
também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus,
orando em todo tempo com toda oração e súplica no espírito e vigiando nisso com
toda perseverança e súplica por todos os santos.” (Ef 6.17,18), e do
próprio Senhor Jesus em Mateus 26.41 “Vigiai
e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto,
mas a carne é fraca.”. Deus aspira comunhão conosco; e somente mediante a
oração, é que podemos manter um relacionamento íntimo com Ele.
2)
A oração é o elo de ligação que carecemos para recebermos as
bênçãos de Deus, o seu poder e o cumprimento das suas promessas. Numerosas
passagens bíblicas ilustram esse princípio. Jesus, por exemplo, prometeu aos
seus seguidores que receberiam o Espírito Santo se perseverassem em pedir,
buscar e bater à porta do Pai celestial (Lc 11.5-13) no qual eu gostaria de
destacar os versículos 9 e 10 que diz: “Eu
vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e
abrir-se-vos-á; porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e quem bate
abrir-se-lhe-á.” Por isso, depois da ascensão de Jesus, seus seguidores
permaneceram em constante oração no cenáculo até o espírito Santo ser derramados
com poder no dia de Pentecostes. Quando os apóstolos se reuniram após serem
libertos da prisão pelas autoridades judaicas, oraram fervorosamente para o
Espírito Santo lhes conceder ousadia e autoridade divina para falarem a palavra
dEle. “E, tendo, eles orado, moveu-se o
lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e
anunciavam com ousadia a palavra de Deus” (At 4.31). O apóstolo Paulo freqüentemente
pedia oração em seu próprio favor, sabendo que a sua obra não prosperaria se os
crentes não orassem por ele (Rm 15.30-32). Tiago declara inequivocamente que o
crente pode receber cura física em resposta a “Oração da fé” (Tg 5.14,15).
3)
Deus, no seu plano de salvação da humanidade, estabeleceu que os
crentes sejam cooperadores no processo da redenção. Em certo sentido, Deus se
limita às orações santas, de fé e incessantes do seu povo. Muitas coisas não
serão realizadas no reino de Deus se não houver oração intercessora dos crentes.
No livro de Êxodo 33.11 diz que Moisés “Falava
com o Senhor face a face, como qualquer fala com seu amigo.” Deus tinha
Moisés como um amigo íntimo, com quem podia conversar face a face. Por exemplo:
Deus quer enviar obreiros para evangelizar. Cristo ensina que tal obra não será
levada a efeito dentro da plenitude do propósito de Deus se as orações do seu
povo: “Rogai, pois, ao Senhor da seara
que mande ceifeiros para a seara” (Mt 9.38). Noutras palavras, o poder de
Deus para cumprir muitos dos seus propósitos é liberado somente através das
orações contritas do seu povo em favor do seu reino. Se não orarmos, poderemos
até mesmo estorvar a execução do propósito divino da redenção, tanto para nós
mesmos, com indivíduos, quanto à igreja coletivamente.
REQUESITOS DA ORAÇÃO EFICAZ
Nossa
oração para ser eficaz precisa satisfazer certos requisitos.
1- Nossas orações não
serão atendidas se não tivermos fé genuína, Jesus declarou: “Tudo o que pedirdes, orando, credes que o
recebereis e tê-lo-eis” (Mc 9.23). O autor de Hebreus admoesta-nos assim: “Cheguemos pois com verdadeiro coração, em
inteira certeza de fé” (Hb 10.22), e Tiago encoraja-nos a pedir com fé, não
duvidando.
2- Além disso, a oração
deve ser feita em nome de Jesus. O próprio Jesus expressou esse princípio ao
dizer: “E tudo quanto pedirdes em meu nome,
eu o farei, para que o pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa
em meu nome eu o farei” (Jo 14.13,14). Nossas orações devem ser feitas em
harmonia com a pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor. Orar realmente em
nome de Jesus equivale a dizer que Ele ouvirá qualquer oração como Ele mesmo
oraria. Não há limites para o poder da oração quando ela é dirigida a Jesus ou
ao Pai com fé conforme a sua vontade.
3- A oração só poderá
ser eficaz se feita segunda a perfeita vontade de Deus. “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa,
segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1Jo 5.14). Uma das petições da oração
modelo de Jesus, o Pai Nosso, confirma esse fato: “Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu” (Mt 6.10).
Em muitos casos, sabemos qual é a vontade de Deus, porque Ele no-la revelou na
Bíblia. Podemos ter certeza que será eficaz toda oração realmente baseada nas
promessas de Deus constantes da sua Palavra. Elias tinha certeza que o Deus de
Israel atenderia a sua oração por meio do fogo e, posteriormente, da chuva,
porque recebera a palavra profética do Senhor e estava planamente seguro que
nenhum deus pagão era maior do que o Senhor Deus de Israel, nem mais poderoso. (1Rs
18.21-24).
4- Não somente devemos
orar segundo a vontade de Deus, mas também devemos estar dentro da vontade de
Deus, para que Ele nos ouça e atenda. Deus nos dará as coisas que pedimos,
somente se buscarmos em primeiro lugar o seu reino e sua justiça. O apóstolo
João declara que “Qualquer coisa que pedirmos
Dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é
agradável à sua vista” (1Jo 3.22). Aí nós perguntamos por que algumas
orações são atendidas e outras, não? Nesse versículo João declara que uma vida
de oração está vinculada à nossa dedicação a Deus. Obedecer aos mandamentos de
Deus, amá-lo e agradar-lhe são condições indispensáveis para recebermos aquilo
que pedimos em oração. Tiago ao escrever que a oração do justo é eficaz,
refere-se tanto à pessoa que foi justificada pela fé em Cristo, quanto à pessoa
que está a viver uma vida reta, obediente e temente a Deus. O AT acentua este
mesmo ensino. Deus tornou claro que as orações de Moisés pelos israelitas eram
eficazes por causa do seu relacionamento obediente com o Senhor e da lealdade a
Ele. No capítulo 33 e no versículo 17 do livro de Êxodo, Deus está dizendo que
atendeu à oração de Moisés porque Ele o honrava, e considerava como amigo e
agradava se dele. Moisés alcançou o favor porque, embora Arão e a nação de
Israel tivessem desobedecido a Deus, ele permaneceu leal ao Senhor. Por outro
lado, o salmista declara que se abrigarmos o pecado em nossa vida, o Senhor não
atenderás as nossas orações. “Se eu
atender a iniqüidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá.” (Sl 66.18).
Eis a razão principal porque o Senhor não atendia as orações dos israelitas
idólatras e ímpios (Is 1.15). Mas se o povo de Deus arrepender-se e voltar-se
dos seus caminhos ímpios, o Senhor promete voltar a atendê-lo, perdoar seus
pecados e sarar sua terra “Se o meu povo,
que chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se
converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os
seus pecados, e sararei a sua terra” (2Cr 7.14). Note que a oração do sumo
sacerdote pelo perdão dos pecados dos israelitas no Dia da Expiação não seria
atendida se antes o seu próprio estado pecaminoso não fosse purificado.
5- Finalmente, para uma
oração eficaz, precisamos ser perseverante. É essa a lição principal da
parábola da viúva importuna em Lc 18 1-7, onde gostaria de destacar o versículo
1, que nos fala “sobre o dever de orar
sempre e nunca desfalecer.” O empenho constante de Jesus era levar seus
seguidores a reconhecerem a necessidade de estarem continuamente em oração, pra
cumprirem a vontade de Deus na suas vidas. E desta parábola da viúva que
perseverava em oração, aprendemos, que: Os crentes devem perseverar em oração
em todo o tempo, até a volta de Jesus. Nesta vida temos um adversário que é
Satanás, e a oração pode nos proteger do maligno. Através da oração os filhos
de Deus devem clamar-lhe contra o pecado e por justiça. A oração perseverante é
considerada como fé.
A instrução de Jesus: “Pedi... buscai... batei...”, ensina a perseverança na oração. O
apóstolo Paulo também nos exorta à perseverança na oração “Perseverai em oração...” (Col 4.2). Aqui perseverai, vem do grego proskartereo
que significa dedicar, continuar firme, que subentende desvelada
persistência, fervor e apego à oração. E também em 1Ts 5.17: “Orai sem cessar”. Isto significa
permanecer na presença de Deus, pedindo continuamente sua graça e bênção.
Os santos do AT também reconheciam este
princípio. Por exemplo, foi somente enquanto Moisés perseverava em oração com
sua mão erguidas a Deus, que os israelitas venciam na batalha contra os
amalequitas (Êx 17.11). Depois de Elias receber a palavra profética de que ia
chover, ele continuou em oração até a chuva começar a cair (1Rs 18.41-45). Numa
ocasião anterior, esse grande profeta orou com insistência e fervor, para Deus
devolver a vida ao filho morto da viúva de Serepta, até que sua oração foi
atendida (1Rs 17.17-23).
PRINCÍPIOS E MÉTODOS BÍBLICOS DA ORAÇÃO EFICAZ
Quais são os
princípios da oração eficaz?
Para orarmos com eficácia, devemos louvar e adorar a Deus com
sinceridade (Sl 150). A oração deve estar intimamente ligada ao louvor, e de
igual importância, vem a ação de graças a Deus (Sl 100.4; Fp 4.6). Deve estar
ligada a confissão sincera dos pecados conhecidos é vital à oração da fé “E a oração da fé salvará o doente, e o
senhor o levantará; e se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados” (Tg
5.15). Deus também nos ensina a pedir de acordo com as nossas necessidades,
segundo está escrito em Tiago: deixamos de receber as coisas de que precisamos,
ou por que não pedimos, ou porque pedimos com motivos injustos (Tg 4.2,3).
Devemos orar de coração pelos outros, especialmente oração
intercessória.
Como devemos
orar?
Jesus acentua a sinceridade do nosso coração, pois não somos
atendidos na oração simplesmente pelo nosso falar de modo vazio. “E, orando, não useis de vãs repetições,
como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos” (MT 6.7).
Podemos orar em silêncio ou em alta voz. Podemos orar com nossas
palavras, ou usando palavras diretas das Escrituras. Podemos orar com nossa
mente, ou através do Espírito, isto é, em línguas, (1Co 14.14-18). Podemos até
mesmo orar através de gemidos, isto é sem usar qualquer palavra humana (Rm
8.26), sabemos que o Espírito santo levará a Deus esses pedidos inaudíveis. Ainda
outro método de orar é cantar ao Senhor. “Falando
entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando
ao Senhor no vosso coração” (Ef 5.19). A oração profunda ao Senhor, será,
às vezes, acompanhada de jejum. Em Lc 2.37 relata a história de Ana que “Era uma viúva, de quase oitenta e quatro
anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejum e orações de noite
e de dia.”
Qual a posição
apropriada do corpo, na oração?
A Bíblia menciona pessoas orando em pé (1Rs 8.22), sentadas (1Cr
17.16), ajoelhadas (Ed 9.5), acamadas (Sl 3.36), curvadas até o chão (Sl 28.2).
O que podemos ver é que a Bíblia não estipula uma posição específica, para
orarmos.
EXEMPLOS DE ORAÇÃO EFICAZ
A Bíblia esta
cheia de exemplos de orações que foram poderosas e eficazes.
1.
Moisés fez numerosas orações intercessórias às quais Deus atendeu,
mesmo depois de Ele dizer Moisés que ia proceder de outra maneira.
2.
Sansão, arrependido, orou pedindo uma última oportunidade de
cumprir sua missão máxima de derrotar os filisteus; Deus atendeu essa oração ao
lhe dar forças suficientes para derrubar as colunas do prédio onde os inimigos
estavam exaltando o poder dos deuses (J 16 21-30)
3.
Deus respondeu às orações de Elias pelo menos em quatro ocasiões;
em todas elas redundara em glória ao Deus de Israel (1Rs 17-18).
4.
O rei Ezequias adoeceu e Isaías lhe declarou que morreria.
Ezequias reconheceu que sua vida e obra estavam incompletas, virou o rosto para
a parede e orou intensamente a Deus para que prolongasse a sua vida. Deus
mandou Isaías retornar a Ezequias para garantir a ura e mais quinze anos de
vida (2Rs 20.2-6;Is 38.2-6)
5.
Não há dúvidas de que Daniel orou ao Senhor na cova dos leões,
pedido para não ser devorado por eles, e Deus atendeu seu pedido.
6.
Os cristãos primitivos oraram incessantemente a Deus pela
libertação de Pedro da prisão, e Deus enviou um anjo para libertá-lo (At
12.3-11). Tais exemplos devem fortalecer a nossa fé e encher-nos de disposição
para orarmos de modo eficaz, segundo os princípios delineados na Bíblia.
AMEM!!!!!!!
Erivelton
R. de Jesus
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16 - CRISTO
NO ANTIGO TESTAMENTO
2Rs 5.14 “Então,desceu e mergulhou no Jordão sete
vezes, conforme a palavra do homem de Deus: a sua carne tornou, como a carne de
um menino, e ficou purificada.”
Um dos
ensinos fundamentais do NT é que Jesus Cristo (o Messias) é o cumprimento do
AT. O livro de Hebreus mostra que Cristo é herdeiro de tudo o que Deus falou
através do profeta (Hb 1.1,2). O próprio Jesus asseverou que viera para cumprir
a lei e os profetas “Não cuideis que vim
destruir a lei e os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir.”(Mt 5.17).
Após a sua gloriosa ressurreição, ele demonstrou aos seus seguidores, tendo por
base a lei de Moises, os profetas e os salmos, isto é, três principais divisões
do AT. Que Deus predissera há muito tempo, tudo quanto lhe havia sucedido “E ele lhes disse: O néscios e tardos de
coração para crer tudo que os profetas disseram!Porventura, não convinha que o
Cristo padecesse essas coisas e entrasse na sua gloria! E começando dor Moises
e por todos os profetas. Explicava-lhes o que dele se achava em todas as
escrituras”(Mt 24,25-27)(Mt 24.44 46). Para melhor compreendemos as
profecias do AT a respeito de Jesus Cristo, precisamos ver algo da tipologia
bíblica.
PRINCIPIO
DE TIPOLOGIA
O estudo
cuidadoso do AT revela elementos chamados tipos(do grego typos) que tem seu
cumprimento na vinda do messias(que é o antítipo); noutras palavras, há uma correspondência
entre certas pessoas,eventos,ou coisas do AT e Jesus Cristo no NT. Note-se
dois princípios básicos concernentes a
essa forma de profecia e seu cumprimento:
1°)Para um
trecho do AT prenunciar a Cristo,é preciso sempre analisar o referido trecho
como um cumprimento na historia divina de redenção, isto é, devemos
primeiramente analisar o trecho do AT sob os aspecto histórico, e então ver de
que modo ele prenuncia a vinda de Jesus Cristo como o Messias profetizou.
2°)É preciso
reconhecer que o comprimento messiânico de ver trechos no AT está geralmente no
plano espeiritual mas elevado do o evento registrado no AT.Na realidade, os
personagem de determinados acontecimentos bíblicos por certo não perceberam que
o que estavam vivenciando era um
prenuncio profético sobre os filhos de Deus
que um dia viriam aqui por exemplo, Davi sem duvidas(não percebeu que,
ao escrever o salmo 22, seu sofrimento era uma forma de profecia do sofrimento
de Cristo na cruz. Nem os judeus expatriados e chorosos que passavam pelo
tumulo de Raquel em Ramá “Assim diz o
senhor: Uma voz se ouviu em Ramá, lamentações, choros amargos; Raquel chora
seus filhos, sem admitir consolação por eles, porque já não existem”(Jr
31.15)) Ramá era uma vila cerca de 8km a norte de Jerusalém. Provavelmente o
local de concentração dos prisioneiros antes
da deportação para Babilonia. Raquel era uma das esposas de Jacó,ela
representa aqui,Isabel chorando pelos deportados para o exílio.Eles não sabiam
que um dia o seu pranto teria um cumprimento profético na morte de todos os
meninos de dois anos para baixo, em Belém, ordenado por Herodes.”Então,Herodes, vendo q tinha sido iludido
pelos magos, irritou-se muito e mandou matar todos os meninos que havia em
Belém e em todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo
que inquirira dos magos. Então se cumpriu o que foi dito por Jeremias, que diz:
Em Ramá se ouviu uma voz, lamentações, choro e grande prato; era Raquel
chorando os seus filhos e não querendo ser consolada,por que já não existiam”
(Mt 2.16-18). Quase sempre,só a luz do NT é que perceber-se que um trecho
do AT. É uma profecia a respeito de nosso senhor.
CATEGORIAS
DE TIPOS PROFETICOS
Há pelo
menos quatros formas pelas quais o AT prenuncia e profetiza a vinda em Cristo
para o NT.
1°)Texto
específicos do AT citados no NT
Certos
trechos do AT são manifestamente profecias sobre Cristo, porque o NT os citas
como tais. Por exemplos, Matheus cita (Is 7.14)”Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que uma virgem
conceberá um filho, e será o seu nome Emanuel”. Para comprovar que o AT
profetizava o nascimento virginal de Cristo (Mt 1.23) “Eis que a virgem conceberá e dará a luz um filho, e ele será chamado
pelo nome de Emanuel”. E Miguéias 5.2 “E
tu, Belém e frato , posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me
sairá o que será senhor em Israel, e
cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Para
comprovar que Jesus devia nascer em Belém (Mt 2.6) “ E tu Belém, terra de Judá,de modo nenhum és menor entre as capitais de
Judá, por que de ti sairá o guia que há de apresentar o meu povo de Israel”.
Marcos
observa seus leitores em 1.2,3 “Como esta
escrito no profeta Isaias: Eis que eu
envio o meu anjo ante a tua face.o qual preparara o teu caminho diante de ti.Voz
do que clama no deserto;preparei o caminho do senhor,endireitai as suas
veredas”. Que a vida de João Batista como precursor de Cristo fora
profetizado tanto por Isaias 40.3. Quanto Malaquias 3.1.
Zacarias
predisse a entrada triunfante de Jesus em Jerusalém no domingo que precede a
páscoa. “Alegra-te muito,ó filha de
Sião;exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti,justo e salvador,pobre
e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumento”.(2c 9.9)
conforme é citado nos evangelhos escrito por Mt 21.1-5 e Jo 12.14,15.
A
experiência de Davi, descrito no Sl 22.18 “Repartem
entre si as minhas vertes e lançam sortes sobre a minha túnica” , prenuncia
os soldados ao derredor da cruz, dividindo entre si as vestes de Jesus descrito
em Jo 19.23,24 e sua declaração no Sl 16.8-11 é interpretada como uma clara
predição da ressurreição de Jesus em At 2.25-32;13.35-37. O livro de Hebreus
afirma que Melquesede (Gn 14.18-20; Sl 110.4) é um tipo de Cristo, nosso eterno
sumo sacerdote. E ainda muitos outros exemplos poderiam ser citados.
2°) ALUSÕES
A PASSAGEM DO AT PELOS ESCRITORES DO NT
Outra forma
de revelação de Cristo no AT consiste em passos do NT que, mesmo em citação
direta, referem-se a pessoa, eventos ou objetos do AT prefigurando
profeticamente da Bíblia (Gn 3.15) Deus promete que enuiara descendente da
mulher para ferir a cabeça da serpente.Certamente Paulo tinha em mente esse trecho
quando declarou que Cristo nasceu de uma mulher para redimir os que estavam
debaixo da lei (Gl 4.4,5;Rm 16.20).
João, igualmente, declara que o filho de Deus veio “para desfazer as obras do diabo”(1 Jo 3.8). A referência de João
Batista a Jesus com “Cordeiro de Deus”
que tira o pecado do mundo (Jo 1.29,36) recua a lu 16 e Is 53,7. A
referencia de Paulo e Jesus como “nossa páscoa” (1Co 5.7) revela que o
sacrifício do cordeiro pascal profetizava a morte de Cristo em nosso favor (Êx
12.1-14). O próprio Jesus declarou que o ato de Moisés, ao levantar a serpente
no deserto era uma profecia a respeito dele, quando pendurado na cruz, e quando
João diz que Jessus, o verbo de Deus, participou da criação de todas as coisas
(So 1.1-3), não podemos deixar de pensar em Sl 33.6: “Pela palavra do senhor foram feitos os céus’’.Essas são apenas
algumas alusões do NT a passos do At referentes a Cristos.
3°) Pessoas,
eventos, ou objetos do AT que apontam para a redenção
O êxodo de
Israel do Egito, que em todo o AT é visto como o maior evento redentor do
antigo concerto, prefigura Cristo e a redenção que ele efetuou no novo
concerto. Alguns tipos do livro de êxodo que prenuncia Cristo e a sua obra
redentora são:Moisés, a Páscoa, a travessia do mar vermelho, o maná, a água que
brotou na rocha, o tabernáculo com seus pertences e o sumo sacerdote .
4°)
Eventos do AT que prefiguram o medo de Deus lidar com o crente em Cristo.
Muitos fatos
do AT consistem uma das formas de Deus lidar com seu povo, tendo seu real
cumprimento e Jesus Cristo. Note os seguintes exemplos:
a)
Abraão
teve de esperar com paciência por quase vinte e cinco anos ate Deus sarar a
madre de Sare e lhes dar Isaque. Abraão
nada poderia fazer para apressar o nascimento do filho prometido por Deus, fato
idêntico cumpriu-se no NT, quando Deus enviou seu próprio filho como Salvador
do mundo ao chegar a plenitude dos tempos; o ser humano nada podia fazer para
apressar esse momento. Nossa salvação é obra única e exclusiva de Deus conforme
Jo 3.16, e jamais pelo esforço humano.
b)
Antes
dos israelitas serem libertos do Egito pelo poder gracioso de Deus, em aflição
eles clamavam por socorro contra seus inimigos (ex 2.23,24;3,7). Temos aí um
indício profético do plano divino da redenção em Cristo. O pecado, antes do seu livramento pela graça
de Deus, do jugo do pecador e dos inimigos espirituais, precisa clamar
arrependido e recorrer á graça salvica de Deus, conforme Atos 2.37,38;
16.29-32;17.30.31. Todos aqueles, que
invocarem o nome do senhor serão salvos.
c)
Quando
Naamã, o siro, buscou a cura da sua lepra, recorrendo ao Deus de Israel,
recebeu a ordem delavar-se sete vezes no Rio Jordão. Essa ordem inicialmente
provocou ira nele, o que a seguir, humilhou-se e submeteu-se ao banho no
Jordão, para ser curado (2Rs 5.1-14). No fato de graça salvívica de Deus
transpor os limites da nação de Israel, temos uma antevisão de Jesus e o novo
concerto conforme Lc 4.27;AT 22.21;Rm 15.8-12, também do fato que, para
recebermos a salvação, precisamos renunciar ao orgulho, humilhar-nos diante
Deus (Tg 4.10;1Pe 5,6) e receber a purificação pelo sangue de Jesus(AT
22.16;1Co 6.11;Tt 3,5;1Jo 1.7,9;Ap 1.5).
Em resumo: O AT narra historias de pessoas piedosas que nos
servem de modelos e exemplo, mas ele vai alem disso; o AT “Nos serviu de dia,para nos conduzir Cristo,para que pela fé,fossemos
justificados” (Gl 3.240).
Amém
Erivelton de Jesus
____________________________________________
17 - A CIDADE DE JERUSALÉM
1Cr 11.7,8 “E Davi habitou na fortaleza, pelo no
que se chamou a Cidade de Davi. E edificou a cidade ao redor, desde Milo até
completar o circuito; e Joabe renovou o resto da cidade”
HISTÓRIA DA CIDADE DE
JERUSALÉM
A primeira referência à cidade de
Jerusalém é sem duvida Gn 14.18 onde Melguisedeque é citado como rei de Salém, (possivelmente
a Jerusalém primitiva). Na época dos israelitas cruzarem o Jordão para entrarem
na terra prometida, a cidade chamava se “da
banda dos Jebuseus” (Giz 15.8) ou “Jebus”
(1 Cr 11.4). Deixou de ser capturada durante a conquista de Canaã por Josué e
permaneceu em mãos dos cananeus até o tempo em que Davi chegou ao reino. O
exercito de Davi tomou Jebus de assalto, e Davi vez dela sua capital (2Sm 5.5-7;
1 Cr 11.4-7). Jerusalém serviu de capital política de Israel durante o Reino
Unido e, posteriormente, do reino do Sul, Judá. Salomão, sucessor de Davi,
edificou o templo do Senhor em Jerusalém, de modo que a cidade tornou-se o
centro religioso de Ado. Ração ao Deus do concerto.
Por causa dos pecados de Israel.
Nabucodonosor da Babilônia sitiou a cidade em 586 a.C., e finalmente a destruir
juntamente com o templo (2Rs 25.1-11; 2Cr 36.17-19). Jerusalém permaneceu um
montão de ruínas ate o retorno dos Judeus de Pérsia em 536 a.C. para reedificar
tanto o templo quanto a cidade (Ed 3.8-13; Ne 3.4). Já nos tempos do NT,
Jerusalém voltara a ser o centro da vida política e religiosa dos Judeus. Em 70.
C, porém, depois de freqüentar rebeliões dos Judeus conta o poder romano, a
cidade e o templo voltaram a ser
destruídos.
Quando Davi fez de Jerusalém a sua
capital, esta começou a receber outros nomes em consonância com a sua índole; nomes
como: “Sião” (2Sm 5.7); “A Cidade de Davi” (1Rs 2.10); ”Santa Cidade” (Ne 11.1); “A Cidade de Deus” (Sl 46.4); “A Cidade do Grande Rei” (Is 1.26); “A Cidade do Senhor” (Is 60.14); “O Senhor está Ali” (Ez 48.35) é” A Cidade de Verdade” (2c 8.3). Alguns
desses nomes são proféticos para a futura cidade de Jerusalém.
21
O SIGNIFICADO DE JERUSALÉM
PARA OS ISRAELITAS
A cidade de Jerusalém tinha um
significado especial para o povo de Deus do AT.
1-
Quando
Deus relembrou sua lei diante dos israelitas na fronteira de Canaã, profetizou
através de Moises que a determinada altura no futuro, ele escolheria um lugar “Para ali por seu nome” (Dt 12.5,11, 21;
14.23,24). Esse lugar seria Jerusalém “...
Uma tribo darei a teu filho, por amor de meu servo Davi e por amor de
Jerusalém, na cidade que o senhor elegera de todos as tribos de Israel para pôr
ali o seu nome...” (1 Rs 14.21) onde o templo de Deus vivo foi erigido; por
isso, recebeu o nome de: “Cidade Santa”,
“A Cidade de Deus”, e “A Cidade do
Senhor”.
Três vezes por ano, todo homem de Israel devia ir a Jerusalém, para
aparecer “perante o Senhor, teu Deus, no
lugar que escolher na festa dos pães asmos, e na festa das Semanas, e na festa
dos tabernáculos” (Dt 16.16)
2- Jerusalém era a cidade onde Deus
revelava sua palavra ao seu povo; era, portanto “Do vale da Visão” (Is 22.1). Era também, o lugar onde Deus reinava
sobre Israel. Logo quando os israelitas oravam, eram ordenados a orar “para a banda desta cidade” (1Rs 8.44).
As montanhas que cercavam Jerusalém simbolizavam o senhor rodeando seu povo com
eterna proteção “Como estão os montes á
roda de Jerusalém, assim o senhor esta em volta do seu povo, desde agora para
sempre” (Sl 125.2). Em essência, portanto, Jerusalém era um símbolo de tudo
quanto Deus queria para o seu povo. Sempre que o povo de Deus se congregava em
Jerusalém, todos deviam lembrar-se do poder soberano de Deus, da sua santidade,
da sua fidelidade ao seu povo e do seu compromisso eterno de ser o seu Deus.
3- Quando o povo de Deus destruiu seu
relacionamento com ele por causa da sua idolatria e de não querer obedecer aos
seus mandamentos, o Senhor permitiu que os babilônicos destruíssem Jerusalém
juntamente com o templo.
Quando Deus permitiu a destruição desse antigo símbolo da sua presença
constante entre os seus, estava dando a entender que ele pessoalmente estava se
retirando do seu povo. Note que a promessa de Deus, de um “Concerto Eterno” com o seu povo, sempre dependia da condição
previa da obediência deles a sua vontade revelada. Dessa maneira, Deus estava
advertindo o seu povo, daqueles tempos e de agora, que todos devem permanecer
fiéis a ele e obedientes á sua lei, se quiserem continuar a desfrutar de suas
bênçãos e promessas.
O SIGNIFICADO DE JERUSALÉM PARA A IGREJA CRISTÃ
A cidade de Jerusalém também era importante para a igreja cristã.
1)
Jerusalém
foi o lugar onde nasceu o cristianismo.
Ali Jesus foi crucificado
e ressuscitou dentre os mortos. Foi também em Jerusalém que o cristão
glorificado derramou o Espírito Santo sobre os seus discípulos no pentecostes
(AT 2). A partir daquelas cidades, a mensagem do evangelho de Jesus Cristo
espalhou-se “até os confins da terra” (AT
1.8). A igreja de Jerusalém foi a igreja- mãe de todas as igrejas, e a igreja a
qual pertenciam os apóstolos (AT 1.12-26). Ao surgir uma controvérsia se os
gentios crentes em Jesus tinham um ser circuncidados,foi Jerusalém a cidade
onde reuniu-se o primeiro concilio eclesiástico de importância para resolver o
assunto (AT 15.1-31).
2)
Os
livros do NT reiteram boa parte do significado de Jerusalém do AT, mas com uma
nova aplicação:
De uma cidade terrena para
uma cidade celestial. Noutras palavras, Jerusalém, como a cidade santa, já não
estava aqui na terra mas no céu, onde Deus habita e Cristo reina a sua destra;
De lá, ele derrama as
suas bênçãos; e de lá, Jesus voltará. Paulo fala a respeito de Jerusalém “que é de cima”, que é nossa mãe (Gl
4,26). O livro de hebreus indica que, ao virem a Cristo para receber a
salvação, os crentes não chegaram a uma montanha terrestre, mas “ao monte Sião, e á cidade do Deus vivo, a
Jerusalém Celestial” (Hb 12.22). E, ao invés de preparar um a cidade na
terra para os crentes, Deus está preparando a nova Jerusalém, que um dia
descerá “Do céu, adereçada como uma
esposa ataviada para o seu marido” (Ap 21.2). Naquele grande dia, as
promessas do concerto serão plenamente cumpridas: “Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará,
e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus”
(Ap 21.3). Deus e o Cordeiro reinarão para sempre e sempre no seu trono, nessa
cidade santa (Ap 22.3)
3)
A
cidade de Jerusalém terrestre ainda tem um papel futuro a desempenhar no reino
milenar de Deu?
Isaías 65,17 fala de “céus novos e terra nova”, e em seguida
apresenta um “Mas” enfático sobre a grandeza da Jerusalém terrena, no versículo
18. O restante do capitulo 65 trata das condições mileniais. Muitos crêem que
quando Cristo voltar para estabelecer seu reino milenar (Ap 20 1-6), ele porá o
seu trono na cidade de Jerusalém. Depois do julgamento do grande trono branco
(Ap 20.11,15), a Jerusalém celestial descerá á nova terra como a sede do reino de
Deus.Pois a nova Jerusalém está agora no céu (Gl 4.26); dentro em breve, ela
descerá á terra como a cidade de Deus, que Abraão e todos os fieis esperavam , da qual Deus é o
arquiteto e construtor. A nova terra será sede do governo divino, e ele
habitará sempre com seu povo.
ÓH, GLORIA!!
AMÉM
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18 - O TEMPLO DE SALOMÃO
2Cr 5.1: “Assim, se
acabou toda a obra que Salomão fez para a Casa do Senhor; então, trouxe Salomão
às coisas consagradas de Davi, seu pai; a prata, o ouro, e todos os utensílios,
e pô-los entre os tesouros da Casa de Deus.”
História do templo
1) O
precursor do templo foi o tabernáculo, a tenda construída pelos israelitas
enquanto acampados no deserto, junto ao monte Sinai. Após entrarem na terra
prometida de Canaã, conservaram esse santuário móvel até os tempos do rei
Salomão. Durante os primeiros anos do reinado deste, ele contratou milhares de
pessoas para trabalharem na construção do templo do Senhor. Mais tarde, o
templo foi terminado. O culto ao Senhor, e, especialmente os sacrifícios
oferecidos a Ele, tinha agora um lugar precioso na cidade de Jerusalém.
2) Durante
a monarquia, o templo passou por vários ciclos de profanação e restauração. Foi
saqueado por Sisaque do Egito durante o reinado de Roboão e foi restaurado pelo
rei Asa. Depois doutro período de idolatria e de declínio espiritual, o rei
Jozias fez os reparos na Casa do Senhor. Posteriormente, o rei Acaz removeu
parte dos ornamentos do templo, enviou para o rei da Assíria como meio de
apaziguamento político e cerro as portas do templo. Seu filho, Ezequias voltou
a abrir, consertar e purificar o templo, mas esse foi profanado de novo pelo
seu herdeiro, Manassés. O neto de Manassés, Josias, foi o último rei de Judá
que fez reparos no templo. A idolatria continou entre seus sucessores, e
finalmente Deus permitiu que o rei Nabucodonosor de Babilônia destruísse
totalmente o templo (2Cr 36.18,19).
3) Cinquenta
anos mais tarde, o rei Ciro autorizou o regresso dos judeus de Babilônia para a
Palestina e a reconstrução do templo. Zorobabel dirigiu as obras da
reconstrução (Ed 3.8), mas sob oposição dos habitantes daquela região. Depois
de uma pausa de dez anos ou mais, o povo foi autorizado a reiniciar as obras, e
em breve o templo foi contemplado e dedicado. No início da era do NT, o rei Herodes
investiu muito tempo e dinheiro na reconstrução e embelezamento de um segundo
templo (Jo 2.20). Foi este o templo que Jesus purificou em duas ocasiões (Mt21.
12,13; Jo 2.13-21). Em 70 d.C., no entanto, depois de frequentes rebeliões dos
judeus contra as autoridades romanas, o tempo e a cidade de Jerusalém, foram
mais uma vez arrasados, ficando em ruínas.
O significado do templo para os
israelitas
Sob muitos aspectos, o
templo tinha o mesmo significado para os israelitas que a cidade de Jerusalém.
- Simbolizava a
presença e a proteção do Senhor Deus entre o seu povo. Quando ele foi
dedicado, Deus desceu do céu e o encheu da sua glória, e prometeu que
poria o seu nome ali (2Cr 6.20,33). Por isso, quando o povo de Deus queria
orar ao Senhor, podia fazê-lo voltado em direção ao templo, e Deus ouviria
“desde o seu templo” (Sl 18.6).
- O templo também
representava a redenção de Deus para com seu povo. Pois atos importantes
tinham lugar ali: os sacrifícios diários pelos pecados, no altar de
bronze, e o Dia da Expiação quando, então, o sumo sacerdote entrava no
lugar santíssimo a fim de aspergir o sangue no propiciatório sobre a arca
para expiar os pecados do povo. Essas cerimônias do templo relembravam aos
israelitas o alto preço da sua redenção e reconciliação com Deus.
- Em tempo algum
da história do povo de Deus, houve mais de uma morada física ou habitação
de Deus. Isso demonstrava que há um só Deus – o Senhor Jeová, o Deus dos
israelitas, segundo o concerto.
- Todavia, o
templo não oferecia nenhuma garantia absoluta da presença de Deus;
simbolizava a presença de Deus somente enquanto o povo rejeitasse os
demais deuses e obedecesse à santa Lei de Deus. Miquéias, por exemplo,
verberava contra os líderes do povo de Deus, por sua violência e
materialismo, o qual sobreviria enquanto possuíssem o símbolo da presença
de Deus entre eles: o templo; Miquéias profetizou que Deis os castigaria
com destruição de Jerusalém e do seu templo. Posteriormente, Jeremias
repreendeu os idólatras de Judá, porque se consolavam mediante a constante
repetição de palavras: “Templo do
Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este” (Jr 7.2-4,8-12).
Por causa da sua conduta ímpia, Deus destruiria o símbolo de sua presença
– o templo (Jr 7.14,15). Deus até mesmo disse a Jeremias que não adiantava
ele orar por Judá, porque Ele não o atenderia. A única esperança deles era
endireitar os seus caminhos (Jr 7.5-7).
O
significado do templo para a igreja cristã
A importância do templo no NT deve ser considerada no
contexto daquilo que simbolizava no AT.
- O próprio Jesus,
assim como os profetas do AT, censurou o uso indevido do Templo. Seu
primeiro grande ato público e o seu último foram expulsar do templo
aqueles que estavam pervertendo o seu verdadeiro propósito espiritual.
Essa dupla purificação do templo efetuada por Jesus durante seu ministério
de três anos indica quão importante são as lições espirituais, que se
seguem:
- O maior cuidado
de Jesus é com a Santificação e com devoção sincera dentro da sua igreja.
Ele morreu para santificá-la, purificando-a para se santo e irrepreensível
(Ef 5.25-27).
- A adoração na
igreja deve ser em espírito e em verdade. A igreja deve ser um lugar de
oração e de comunhão com Deus.
- Cristo condenará
todos aqueles que usam a igreja, o evangelho, ou seu reino, visando ganhos
ou glórias pessoais, ou autopromoção.
- Nosso amor sincero
a Deus e ao seu propósito redentor resultará num “zelo” consumidor pela injustiça da sua casa e do seu reino.
Isto quer dizer que ser semelhante a Cristo inclui a intolerância com a
iniquidade dentro da igreja.
- É essencial que
todo autêntico ministro cristão proteste contra aqueles que profanam e
degradam o reino de Deus.
- Se não deixarmos
Cristo entrar em nossas congregações para expurgar o engano, a
imoralidade, a secularização e a profanação, mais tarde, na sua segunda
vinda, Ele executará juízo divino, purificando suas igrejas de modo
definitivo (Ml 3.2).
- A igreja
primitiva em Jerusalém estava frequentemente à hora da oração (At 2.46;
3.1; 5.21,42). Assim faziam segundo o costume, sabendo, contudo, que esse
não era o único lugar onde os crentes podiam orar. Estevão, e
posteriormente, Paulo, testemunharam que o Deus vivo não poderia ser
confinado a um templo feito por mãos humanas.
- A ênfase do
culto, para os cristãos, transferiu-se do templo para o próprio Jesus Cristo.
É Ele, e não o templo, que agora representa a presença de Deis entre o seu
povo. Ele é o verbo de Deus que se fez carne, e nEle habita toda plenitude
de Deus. O próprio Jesus declara ser Ele o próprio templo. Note também que
na sua fala à mulher samaritana, Jesus declarou que a adoração dentro em
breve seria realizada, não num prédio específico, mas “em espírito e em verdade”, isto é, onde verdadeiramente as
pessoas cressem na verdade da Palavra de Deus e recebessem o Espírito de
Deus por meio de Cristo.
- Posto que Jesus
Cristo personificou em si mesmo o significado do templo, e posto que a
igreja é o seu corpo, ela é denominada “tempo
de Deus”, onde habita Cristo e o seu Espírito. Mediante o seu
Espírito, Cristo habita na igreja, e requer que o seu corpo seja santo.
Assim como no AT, Deus não tolerava qualquer profanação do seu tempo,
assim também Ele promete que destruirá quem destruir a igreja. Paulo
escrevendo aos Corintos apresenta uma das advertências mais sérias do NT
aos que têm a responsabilidades de edificar a igreja de Cristo. Esse
trecho de 1Co 3.17 tem relevância especial para todos os que ocupam cargos
de ensino e liderança na obra do Senhor. Se alguém profanar ou corromper o
templo de Deus, o próprio Deus castigará aquele indivíduo com terrível
ruína e morte eterna. O crente pode corromper a igreja de Deus ao:
participar de imoralidade; formentar mentiras, enganos e ambições
egoístas; difundir falsa doutrina, rejeitar a revelação apostólica e
demonstrar indiferença à verdade bíblica; aceitar o pecado e o mundanismo
dentro da congregação; querer promover a igreja pó meio de sabedoria
mundana ou com um evangelho pervertido.
- O Espírito Santo
não somente habita na igreja, mas também no crente individualmente como
seu templo(1Co 6.19). Daí, a Bíblia advertir enfaticamente contra qualquer
contaminação do corpo humano por imoralidade ou impureza (1Co 6.18,19).
- Finalmente, note
que não há necessidade de um templo na nova Jerusalém “E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus
todo-poderoso, e o Cordeiro” (Ap 21.22). A razão disso é evidente. O
templo era apenas um símbolo da presença de Deus entre o seu povo, e não a
plena realidade. Portanto, o templo não será necessário quando Deus e o
Cordeiro estiverem habitando entre seu povo: “O seu templo é o Senhor, Deus todo-poderoso, e o Cordeiro” (Ap
21.22).
AMÉM!!!!!!!!!!
Erivelton de Jesus
Fontes: Bíblia de
estudos Petencostal e outros.
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19 - A ADORAÇÃO A DEUS
Ne 8.5,6: “E
Esdras abriu o livro perante os olhos de todo o povo; porque estava acima de
todo o povo; e abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé. E Esdras louvou ao
Senhor, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém! Amém! levantando as mãos;
e inclinaram-se e adoraram o Senhor, com o rosto em terra”.
A
adoração consiste nos atos e atitudes que reverenciam e honram a majestade do
grande Deus do céu e da terra. Sendo assim, a adoração concentra-se em Deus, e
não no ser humano. No culto cristão, nós nos acercamos de Deus em gratidão por
aquilo que Ele tem feito por nós em Cristo e através do Espírito Santo. A
adoração requer exercício da fé e o reconhecimento de que Ele é nosso Deus e
Senhor. Adorar é o nosso primeiro dever par com o Senhor, e o adoramos ao
apreciá-lo. Ele deseja que nossa adoração seja motivada por amor, ação de graças
e alegria voluntários.
Adorar
é muito mais que louvar, cantar e orar a Deus. É um estilo de vida que
compreende apreciar a Deus, amá-lo e oferecer a nós mesmos para cumprimento dos
propósitos divinos. Quando usamos nossa vida para a glória de Deus, tudo que
fazemos pode se tornar um ato de adoração. A Bíblia diz em Rm 6.13b: “Usem todo o seu corpo como instrumento para
fazer o que é justo, para a glória de Deus.”
Adquirir este estilo de vida exigirá de você uma mudança em suas
prioridades, agenda, relacionamentos, etc., e algumas vezes significará pegar o
caminho mais difícil, não o mais fácil. Para o nosso consolo, até mesmo Jesus
teve dificuldades com isso (Jo 12.27,28).
Sl
147.11 diz: “O Senhor se agrada somente
daqueles que o adoram e confiam em seu amor.” Qualquer atitude que agrade a
Deus é um ato de adoração.
Os
antropólogos perceberam que a adoração é um impulso universal, estabelecido por
Deus na estrutura de nosso ser, isto é, uma necessidade intrínseca de nos
ligamos a Ele. Adorar é tão natural quanto comer e respirar. Quando não
conseguimos adorá-lo, achamos um substituto. A razão pela qual o senhor nos fez
com esse desejo é que Ele anseia por adoradores! Jesus disse: “São estes os adoradores que o Pai procura”
(Jo 4.23).
Dependendo
da sua formação religiosa, pode ser que você precise ampliar sua compreensão do
termo “adorar”. Você talvez vincule
essa palavra a cultos na igreja em que haja cânticos, orações e pregação, ou
visualize um cerimonial com velas e uma ceia, ou imagine curas, milagres, e
experiências arrebatadora. A adoração pode incluir esses elementos, porém vai
muito além dessas manifestações. “Adorar
é um estilo de vida”.
Para muitos, adorar é apenas um sinônimo de música. Esse é um
grande mal-entendido. Todos os momentos do culto são um grande ato de adoração:
a oração, a leitura da Bíblia, os cânticos, as confissões, os silêncios, bem
como o ato de ouvir a pregação, tomar notas, ofertar, e até mesmo saudar outros
adoradores.
Na
verdade, a adoração é anterior a música. Adão adorou no jardim do Éden, mas não
há nenhuma menção à música até Gn 4.21, com o nascimento de Jubal. Se adoração
fosse somente música, então os que nunca se utilizaram da música jamais
adoraram. Adoração é muito mais que música.
A
adoração não é para nosso benefício. Quando adoramos, nosso objetivo é agradar
a Deus, e não a nós mesmos. A adoração não é para você, é para Deus. Nossa
motivação é glorificar e agradar ao Criador.
Não
adore somente nos cultos na igreja, pois nos foi dito “estejam sempre na sua presença” (Sl 105.4) e “Cantem glórias e louvem ao Senhor desde o nascer até o pôr do Sol” (Sl
113.3). Na Bíblia, as pessoas louvavam a Deus no trabalho, em casa, na
batalha, na prisão e até mesmo na cama! Louvar deve ser sua primeira atividade,
assim que abrir os olhos pela manhã, e sua última atividade, ao fechá-los à
noite.
Cada
atividade pode ser transformada em um ato de adoração, quando realizada para
louvar, glorificar e agradar a Deus. “Assim
que vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória
de Deus” (1Co 10.31). Este é o segredo de um estilo de vida em adoração:
fazer todas as coisas como se fossem para Jesus. A Bíblia diz: “Tome a sua vida diária e comum – dormir,
comer, trabalhar e passear – e apresente diante do Senhor como oferta”.
BREVE HISTÓRIA DA ADORAÇÃO AO VERDADEIRO DEUS
O ser humano adora a Deus desde o início da história. Adão e Eva
tinham comunhão regular com Deus no jardim do Éden. Caim e Abel trouxeram a
Deus oferendas de vegetais e animais. Os descendentes de Sete invocavam o nome
do Senhor. Noé construiu um altar ao Senhor para oferecer holocaustos depois do
dilúvio. Abraão assinalou a paisagem da terra prometida com altares para
oferecer holocaustos ao Senhor e falou intimamente com Ele.
Somente
depois do Êxodo, quando o tabernáculo foi construído, é que a adoração pública
tornou-se formal. Apartir de então, sacrifícios regulares passaram a ser
oferecidos diariamente, e especialmente no sábado, e Deus estabeleceu farias
festas sagradas anuais como ocasiões de culto público dos israelitas. O culto a
Deus foi posteriormente centralizado em Jerusalém. Quando o templo foi
destruído, em 586 a.C., os judeus construíram sinagogas como locais de ensino
da lei e adoração a Deus enquanto no exílio, e aonde quer que viessem morar. As
sinagogas continuaram em uso para o culto, mesmo depois de construído o segundo
templo por Zorobabel. Nos tempos do NT já havia sinagogas na Palestina e em todas
as partes do mundo romano.
A
adoração na igreja primitiva era prestada tanto no templo de Jerusalém quanto
em casas particulares. Fora de Jerusalém, os cristãos prestavam cultos a Deus
nas sinagogas, enquanto isso lhes foi permitido. Quando lhes foi proibido
utilizá-las, passaram a cultuar a Deus noutros lugares, geralmente em casas
particulares, mas às vezes, em salões públicos (At 19.9,10).
MANIFESTAÇÃO DA ADORAÇÃO CRISTÃ
1) Dois
princípios-chaves norteiam a adoração cristã:
a) A
verdadeira adoração é a que é prestada em espírito e em verdade (Jo 4.23), isto
é, a adoração deve ser oferecida à altura da revelação que Deus fez de si mesmo
no Filho (Jo 14.6). Por sua vez, ela envolve o espírito humano, e não apenas a
mente, e também como as manifestações do Espírito Santo (1Co 2.7-12).
b) A
prática da adoração cristã deve corresponder ao padrão do NT para a igreja.
Infelizmente depois da era apostólica, a igreja começou a apartar-se da
revelação divina e a modificar o padrão celestial de Deus ao acomodar-se às
culturas e à organização, conforme as idéias humanas e terrenas. O resultado
tem sido a proliferação de padrões humanos impostos à igreja. Para a igreja de
Jesus Cristo experimentar novamente a totalidade do plano, poder, fervor e
presença de Deus, devem deixar de seguir seus próprios caminhos e voltar a
adotar o padrão apostólico do NT. Os crentes atuais devem desejar buscar e
esperar, como norma para a igreja, todos os elementos constantes da prática da
adoração no NT.
2) O
fato marcante da adoração no AT era o sistema sacrificial (Nm 28.29). Uma vez
que o sacrifício de Cristo na cruz cumpriu esse sistema, já não há mais
qualquer necessidade de derramamento de sangue como pare do culto cristão.
Através da ordenança da Ceia do Senhor, a igreja do NT comemorava continuamente
o sacrifício de Cristo, efetuado de um vez por todas. Além disso, a exortação
que tem a igreja é oferecer “sempre, por
ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos nossos lábios que
confessam seu nome” (Hb 13.15), e a oferecer nossos corpos como “Sacrifícios vivos, santo e agradável a
Deus” (Rm 12.1).
3) Louvar
a Deus é essencial à adoração cristã. O louvor era um elemento-chave na
adoração de Israel a Deus, exemplo: Sl 100.4; 106.11; 111.1; 113.1; 117, bem
como na adoração cristã primitiva.
4) Uma
maneira autêntica de louvar a Deus é cantar salmos, hinos e cânticos
espirituais. O AT está repleto de exortações sobre como cantar ao Senhor (1Cr
16.23; Sl 95.1; 96.1,2; 98.1,5, 6; 100.1,2). Na ocasião do nascimento de Jesus,
a totalidade das hostes celestiais irrompeu num cântico de louvor, e a igreja
do NT era um povo que cantava (1Co 14.15; Ef 5.19; Cl 3.16; Tg 5.13). Os
cânticos dos cristãos eram cantados, ou com a mente, isto é, num idioma humano
conhecido, ou com o espírito, isto é, em línguas. Em nenhuma circunstância os
cânticos eram executados como passatempo.
5) Outro
elemento importante na adoração é buscar a face de Deus em oração. Os santos do
AT comunicavam-se constantemente com Deus através da oração (Gn 20.17; Nm 11.2;
1Sm 8.6; 2Sm 7.27; Dn 9.3-7). Os apóstolos oravam constantemente depois de
Jesus subir ao céu, e a oração tornou-se parte regular da adoração cristã
coletiva. Essas orações eram, às vezes, por eles mesmos; outras vezes eram
orações intercessórias por outras pessoas. Em todo tempo a oração do crente
deve ser acompanhada de ações de graças a Deus. Como Cânticos, o orar podia ser
feito em idioma humano conhecido, ou em línguas.
6) A
confissão de pecados era sabidamente parte importante da adoração no AT. Deus estabeleceu
o Dia da Expiação para os israelitas como uma ocasião para confissão nacional
de pecados. Salomão, na sua oração de dedicação do templo, reconheceu a
importância da confissão (1Cr 8.30-36). Quando Esdras e Neemias verificaram até
que ponto o povo de Deus se afastara da sua lei, dirigiram toda a nação de Judá
numa contrita oração pública de confissão. Assim, também, na oração do Pai
nosso, Jesus Cristo ensina os crentes a pedirem perdão dos pecados (Mt6.12).
Tiago ensina os crentes a confessar seus pecados uns aos outros (Tg 5.16);
através da confissão sincera, recebemos a certeza do grandioso perdão divino
(1Jo 1.9).
7) A
adoração deve também incluir a leitura em conjunto das Escrituras e a sua fiel
exposição. Nos tempos do AT, Deus ordenou que, cada sétimo ano, na Festa dos
Tabernáculos, todos os israelitas se reunissem para leitura pública da Lei de
Moisés (Dt 31.9-13). O exemplo mais patente desse elemento do culto no AT,
surgiu no tempo de Esdras e Neemias. A leitura das Escrituras passou a ser uma
parte regular do culto da sinagoga no sábado. Semelhantemente, quando os
crentes do NT reuniam-se para o culto, também ouviam a leitura da Palavra de
Deus juntamente com ensinamento, pregação e exortação baseados nela (1Tm 4.13;
2Tm 4.2; At 19.8-10; 20.7).
8) Sempre
quando o povo de Deus se reunia na Casa do Senhor, todos deviam trazer seus
dízimos e ofertas (Sl 96.8; Ml 3.10). Semelhantemente, Paulo escreveu aos
cristãos de Corínto, no tocante à coleta em favor da igreja de Jerusalém: “No primeiro dia da semana, cada um de vós
ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade” (1Co
16.2). A verdadeira adoração a Deus deve, portanto ensejar uma oportunidade
para apresentarmos ao Senhor nossos dízimos e ofertas.
9) Algo
singular no culto da igreja do NT era a atuação do Espírito Santo e das suas
manifestações. Entre essas manifestações do Espírito Santo na congregação do
Senhor havia a palavra da sabedoria, a palavra do conhecimento, manifestações
especiais de fé, dons de cura, poderes miraculosos, profecia, discernimento de
espíritos, falar em línguas e a interpretação de línguas (1Co 12.7-10). O
caráter carismático do culto cristão primitivo vem, também, descrito nas cartas
de Paulo: “Quando vos ajuntais, cada um
de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação”
(1Co 14.26). Na primeira epístola aos Coríntios, Paulo expõe princípios
normativos da adoração deles (1Co 14.1-33). O princípio dominante para o
exercício de qualquer dom do Espírito Santo durante o culto é o fortalecimento
e edificação da congregação inteira.
10) O outro elemento excepcional na adoração
segundo o NT era a prática das ordenanças – o batismo e a Ceia do Senhor. A
Ceia do Senhor parece que era observada diariamente entre os crentes logo
depois do Pentecostes (At 2.46,47), e posteriormente, pelo menos uma vez por
semana (At. 20.7,11). O batismo conforme a ordem de Cristo ocorria sempre que
havia conversões e novas pessoas ingressavam na igreja.
AS BÊNÇÃOS DE DEUS PARA OS VERDADEIROS
ADORADORES
Quando os crentes
verdadeiramente adoram a Deus, muitas bênçãos lhes estão reservadas por Ele.
Por exemplo, Ele promete:
I.
Que estará com eles (Mt 18.20), e que entrará
e ceiará com eles (Ap 3.20);
II.
Que envolverá o seu povo com sua glória (Êx
40.35; 2Cr 7.1; 1Pe 4.14);
III.
Que abençoará o seu povo com chuvas de
bênçãos (Ez 34.26), especialmente com paz (Sl 29.11);
IV.
Que concederá fartura de alegria (Sl
122.1,2);
V.
Que responderá às orações dos que oram com fé
sincera (Mc 11.24; Tg 5.15);
VI.
Que encherá de novo o seu povo com o Espírito
Santo e com ousadia (At 4.31);
VII.
Que enviará manifestações do Espírito Santo
entre o seu povo (1Co 12.7-13);
VIII.
Que guiará seu povo em toda a verdade através
do Espírito Santo (Jo 15.26; 16.13);
IX.
Que santificará seu povo pela sua Palavra e
pelo seu Espírito (Jo 17.17-19);
X.
Que consolará, animará e fortalecerá o seu
povo (Is 40.1; 1Co 14.26);
XI.
Que convencerá o povo do pecado, da justiça e
do juízo por meio do Espírito Santo (Jo 16.8);
XII.
Que salvará os pecadores presentes no culto
de adoração, sob a convicção do Espírito Santo (1Co 14.22-25).
EMPECÍLIOS À VERDADEIRA
ADORAÇÃO
O simples fato de pessoas se dizendo crentes realizarem um
culto, não é nenhuma garantia de que haja aí verdadeira adoração, nem que Deus
aceite seu louvor e ouça suas orações.
1.
Se a adoração a Deus é mera formalidade,
somente externa, e se o coração do povo de Deus está longe dEle, tal adoração
não será aceita por Ele. Cristo repreendeu severamente os fariseus por sua hipocrisia;
eles observavam a lei de Deus por legalismo, enquanto seus corações estavam
longe dEle (Mt 15.7-9). Note a censura semelhante que Ele dirigiu à igreja de
Éfeso, que adorava o Senhor, mas já não o amava plenamente (Ap 2.1-5).
2.
Outro impedimento à verdadeira adoração é um
modo de vida comprometido com o mundanismo, pecado e imoralidade. Deus recusou
os sacrifícios do rei Saul porque este desobedeceu ao seu mandamento. Isaías
repreendeu severamente o povo de Deus como “nação
pecadora... povo carregado da iniqüidade da semente de malignos” (Is 1.4);
ao mesmo tempo, porém esse mesmo povo oferecia sacrifícios a Deus e comemorava
seus dias santos. Por isso o Senhor declarou através de Isaías: “As vossas festas da lua nova, e as vossas
solenidades, aborrece aminha alma; já me são pesadas; já estou cansado de as
sofrer. Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim,
quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão
cheias de sangue” (Is 1.15,15). Semelhantemente, na igreja do NT, Jesus
conclamou os adoradores em Sardes a se despertarem, por que “Não achei as tuas obras perfeitas diante de
Deus” (Ap 3.2). Da mesma maneira, Tiago indica que Deus não atenderá as
orações egoístas daqueles que não se separam do mundo (Tg 4.1-5). O povo de
Deus só pode ter certeza que Deus estará presente à sua adoração e aceitará,
quando esse povo tiver mãos limpas e coração puro (Sl 24.3,4; Tg 4.8).
AMÉM!
Erivelton
de Jesus
Fontes:
Bíblia de Estudos Petencostal e outros.
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20 - O SOFRIMENTO
DOS JUSTOS
Jó 2.7,8: “Então,
saiu Satanás da presença do Senhor e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a
planta do pé, até ao alto da cabeça. E Jó, tomando um pedaço de telha para
raspar com ele as feridas, acentou-se no meio das cinzas.”
A fidelidade a Deus não é garantia que o crente
não passará por aflições, dores e sofrimentos nesta vida. Paulo, por exemplo,
tinha o desejo de pregar o evangelho em Roma, e era da vontade de Deus que ele
assim o fizesse. Quando, porém, chegou ali, estava algemado e ainda assim
depois dos revezes, tempestades e naufrágio e muitas outras provações. Embora
Paulo fosse fiel, Deus não lhe proveu um caminho fácil e livre de problemas.
Nós, da mesma forma, podemos estar na vontade de Deus, ser inteiramente fiéis a
Ele, e mesmo assim sermos dirigidos pó Ele por caminhos desagradáveis, com
aflições (At 28.16). Na realidade, Jesus ensinou que tais coisas poderão
acontecer ao crente “E também todos os
que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.” (2Tm
3.12). A Bíblia contém numerosos exemplos de santos que passaram por grandes
sofrimentos, por diversas razões, como: José, Davi, Jeremias e Paulo.
Por que os crentes sofrem?
São diversas as razões por que os crentes sofrem.
1)
O
crente experimenta sofrimento como uma decorrência da queda de Adão e Eva.
Quando o pecado entrou no mundo, entrou também a dor, a tristeza, o conflito e,
finalmente, a morte sobre o ser humano. A Bíblia afirma o seguinte: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado
no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os
homens, por isso que todos pecaram”. Realmente, a totalidade da criação
geme sob os efeitos do pecado, e anseia por um novo céu e nova terra. É nosso
dever sempre recorrermos à graça, fortaleza e consolo divinos.
2)
Certos
crentes sofrem pela mesma razão que os descrentes, isto é, conseqüência de seus
próprios atos. A lei bíblica “Tudo o que
o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7) aplica-se a todos de modo
geral. Se guiarmos com imprudência o nosso automóvel, poderemos sofrer graveis
danos. Se não formos comedidos em nossos hábitos alimentares, certamente vamos
ter graves problemas de saúde. È nosso dever sempre proceder com sabedoria e de
acordo co a Palavra de Deus e evitar tudo o que nos privaria do cuidado
providente de Deus.
3)
O
crente também sofre, pelo menos no seu espírito, por habitar num mundo
pecaminoso e corrompido. Por toda parte ao nosso redor estão os efeitos do
pecado. Sentimos aflição e angústia ao vermos o domínio da iniqüidade sobre
tantas vidas. É nosso dever orar para que Deus suplante vitoriosamente o poder
do pecado.
4)
Os
crentes enfrentam ataques do diabo.
a. As Escrituras claramente mostram que
Satanás, como “O deus desse século”
(2Co 4.4), controla o presente século mau. Ele recebe permissão para afligir
crentes de várias maneiras, conforme 1Pe 5.8,9. Jó, um homem reto e temente a
Deus, foi atormentado por Satanás por permissão de Deus. Jesus afirmou que uma
das mulheres por Ele curada estava presa por Satanás há dezoito anos (Lc 13.11,16).
Paulo reconhecia que o seu espinho na carne era “um mensageiro de Satanás, pra me esbofetear” (2Co 12.7). À medida
que travamos guerra espiritual contra “os
príncipes das trevas deste século” (Ef 6.12), é inevitável a ocorrência de
adversidades. Por isso, Deus nos proveu de armadura espiritual e armas
espirituais. É nosso dever revertir-nos de toda armadura de Deus e orar (Ef
6.10-18), decididos a permanecer fiéis ao Senhor, segundo a força que Ele nos
dá.
b. Satanás e seus seguidores se
comprazem em perseguir os crentes. Os que amam ao Senhor Jesus e seguem os seus
princípios de verdade e retidão serão perseguidos por causa da sua fé.
Evidentemente, esse sofrimento por causa da justiça pode ser uma indicação da
nossa fiel devoção a Cristo. É nosso dever, uma vez que todos os crentes também
são chamados a sofrer perseguição e desprezo por causa da justiça, continuar
firmes, confiando naquele que julga com justiça (Mt 5.10,11; 1Co 15.58; 1Pe 2.
21-23).
5)
De
um ponto de vista totalmente bíblico, o crente também sofre porque “nós temos a mente de Cristo” (1Co
2.16). Ser cristão significa estar em Cristo, estar em união com Ele; nisso,
compartilhemos dos seus sofrimentos. Por exemplo, assim como Cristo chorou em
agonia por causa da cidade ímpia de Jerusalém, cujos habitantes recusavam a
arrepender-se e aceitar a salvação, também devemos chorar pela pecaminosidade e
condição perdida da raça humana. Paulo incluiu na lista de seus sofrimentos por
amor a Cristo a sua preocupação diária pelas igrejas que fundara: “Quem enfraquece, que eu também não
enfraqueça? Que se escandaliza, que eu não me abrase?” (2Co 11.29).
Semelhantemente angústia mental por causa daqueles que amamos em Cristo deve
ser uma parte natural da nossa vida: “chorai
com os que choram” (Rm 12.15). Realmente, compartilhar dos sofrimentos de
Cristo é uma condição para sermos glorificados com Cristo. É nosso dever dar
graças a Deus, pois, assim como os sofrimentos de Cristo são nossos, assim
também nosso é o seu consolo (2Co 1.5).
6)
Deus
pode usar o sofrimento como catalisador para o nosso crescimento ou
melhoramento espiritual.
a)
Frenquentemente,
Ele emprega o sofrimento a fim de chamar a si o seu povo desgarrado, para
arrependimento dos seus pecados e renovação espiritual, exemplo livro de
Juízes. É nosso dever confessar nossos pecados conhecidos, e examinar nossa
vida para ver se há alguma coisa que desagrada o Espírito Santo.
b)
Deus,
às vezes, usa o sofrimento para testar a nossa fé, para ver se permanecemos
fiéis a Ele. A Bíblia diz que as provações que enfrentamos são “a prova da nossa fé”; elas são um meio
de aperfeiçoamento da nossa fé em Cristo. É nosso dever reconhecer que uma fé
autêntica resultará em “Louvor, e honra,
e glória na revelação de Jesus Cristo” (1Pe 1.7).
c)
Deus
emprega o sofrimento, não somente para fortalecer a nossa fé, mas também para
nos ajudar no desenvolvimento do nosso caráter cristão e da retidão. Segundo
vemos nas cartas de Paulo e Tiago, Deus quer que aprendamos a ser pacientes
mediante o sofrimento. No sofrimento, aprendemos menos de nós mesmos e mais de
Deus e da sua graça. É nosso dever estar afinados com aquilo que Deus quer que
aprendamos através do sofrimento.
d)
Deus
também pode permitir que soframos por aflição para que possamos melhor consolar
e animar outros que estão a sofrer. É nosso dever usar nossa experiência
advinda do sofrimento para encorajar e fortalecer outros crentes.
7)
Finalmente,
Deus pode usar, e usa mesmo o sofrimento dos justos para propagar o seu reino
redentor. Por exemplo: toda injustiça por que José passou nas mãos dos seus
irmãos e dos egípcios faziam parte do plano de Deus “para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida por
um grande livramento” (Gn 45.7). O principal exemplo, aqui, é o sofrimento
de Cristo, “o Santo e o Justo” (At
3.14), que experimentou perseguição, agonia e morte para que o plano divino da
salvação fosse plenamente cumpridos. Isso não exime da iniqüidade aqueles o
crucificaram, mas indica, sim, como Deus pode usar o sofrimento dos justos
pelos pecadores, para seus propósitos e sua própria glória.
O RELACIONAMENTO DE DEUS COM O SOFRIMENTO DO CRENTE
v
O
primeiro fato a ser lembrado é este: Deus acompanha o nosso sofre. Satanás é o
deus deste século, mas ele só pode afligir um filho de Deus pela vontade
permissiva de Deus. Deus promete na sua Palavra que Ele não permitirá sermos
tentados além do que podemos suportar (1Co 10.13).
v
Temos
também de Deus a promessa que Ele converterá em bem todos os sofrimentos e
perseguições daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos. José
verificou esta verdade na sua própria vida de sofrimento (Gn 50.20) e o autor
de Hebreus demonstra como Deus usa os tempos de apertos da nossa vida para o
nosso próprio crescimento e benefício.
v
Além
disso, Deus promete que ficará conosco na hora da dor; que andará conosco “pelo vale da sombra e da morte” (Sl
23.4).
VITÓRIA SOBRE O SOFRIMENTO PESSOAL.
Se você está sob provações e aflições, que deve fazer para triunfar sobre
tal situação?
- Examinar as várias razões porque o ser humano
sofre e ver em que sentido o sofrimento concerne a você. Uma vez
identificada a razão específica, você deve proceder conforme contida em “É nosso dever”.
- Creia que Deus se importa sobremaneira com você,
independente da severidade das suas circunstâncias. O sofrimento nunca deve
fazer você concluir que Deus não lhe ama, nem rejeitá-lo como seu Senhor e
Salvador.
- Recorra a Deus em oração sincera e busque a sua
face. Espere nEle até que liberte você da sua aflição (Sl 27,8-14; 40.1-3;
130).
- Confie que Deus lhe dará graça para suportar a
aflição até chegar o livramento. Convém lembrar de que sempre “somos mais do que vencedores, por
aquele que nos amou” (Rm 8.37; Jo 16.33). A fé cristã não consiste na
remoção de fraquezas e sofrimentos, mas na manifestação do poder divino
através da fraqueza humana (2Co 4.7).
- Leia a Palavra de Deus, principalmente os Salmos
de conforto em tempos de lutas, exemplos: Sl 11; 16; 23; 27; 40; 46; 61;
91; 121; 138; etc.
- Busque revelação e discernimento da parte de Deus
referente à sua situação, mediante a oração, as Escrituras, a iluminação
do Espírito Santo ou o conselho de um santo e experiente irmão.
- No sofrimento, lembre-se da predição de Cristo,
de que você terá aflições na sua vida como crente (Jo 16.33). Aguarde com
alegria aquele ditoso tempo quando “Deus
limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto,
nem clamor” (Ap 21.4)
Amém!
Erivelton de Jesus
________________________________________________________________________
21 - A morte
Jó 19.25,26: “Eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a
terra. E depois de consumida a minha pele, ainda em minha carne verei a Deus.”
Todo ser
humano, tanto crente quanto incrédulo, está sujeito à morte. A palavra “morte” tem, porém, mais de um sentido
na Bíblia. É importante compreender os vários sentidos do termo morte.
A morte como resultado do pecado
Gênesis 2 e 3 ensina que a morte
penetrou no mundo Por causa do pecado. Nossos primeiros pais foram criados
capazes de viverem para sempre. Ao desobedecerem ao mandamento de Deus,
tornaram-se sujeitos às penalidades do pecado, que é a morte.
1)
Adão e Eva ficaram agora sujeitos à morte física.
Deus colocara a árvore da vida no jardim do Éden para que, ao comer
continuamente dela, o ser humano nunca morresse. Mas, depois de Adão e Eva
comerem do fruto da árvore do bem e do mal, Deus pronunciou estas palavras: “És pó e em pó tornarás” (Gn 3.19). Eles
na morreram fisicamente no dia em que comeram, mas ficaram sujeitos à lei da morte
como resultado da maldição divina.
2)
Adão e Eva também morreram no sentido moral, Deus
advertia Adão que se comesse do fruto proibido, ele certamente morreria (Gn
2.17). Adão e sua esposa não morreram fisicamente naquele dia, mas moralmente,
sim, isto é, a sua natureza tornou-se pecaminosa. A partir de Adão e Eva, todos
nasceram com a natureza pecaminosa (Rm 8.5-8), isto é, uma tendência inata de
seguir seu próprio caminho egoísta, alheio a Deus e ao próximo.
3)
Adão e Eva também morreram espiritualmente quando
desobedeceram a Deus, por isso destruiu o relacionamento íntimo que tinha antes
com Deus. Já não anelavam caminha e conversar com Deus no jardim; pelo
contrário, esconderam-se da sua presença (Gn 3.8). A Bíblia também ensina que,
à parte de Cristo, todos estão alienados de Deus e da vida nEle (Ef 4.17,18),
isto é, estão espiritualmente mortos.
4)
Finalmente, a morte, como resultado do pecado,
importa em morte eterna. A vida eterna viria pela obediência de Adão e Eva (Gn
3.22); ao invés disso, a lei da morte eterna entrou em operação. A morte eterna
é a eterna condenação e separação de Deus como resultado da desobediência do
homem para com Deus.
5)
A única maneira de o ser humano escapar da morte,
em todos os aspectos é através de Jesus Cristo, que “aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção” (2Tm 1.10).
Ele mediante a sua morte, reconcilou-nos com Deus, e, assim, Deus fez a
separação e alienação espirituais resultantes do pecado. Pela sua ressurreição
Ele venceu e aboliu o poder de Satanás, do pecado e da morte física.
A morte física do crente
Embora o crente em
Cristo tenha certeza da vida ressurreta, não deixará de experimentar a morte
física. O crente, porém, encara a morte de modo diferente do incrédulo.
Seguem-se algumas das verdades reveladas na Bíblia a respeito da morte do
crente.
1º) A morte, para os
salvos, não é o fim da vida, mas um novo começo. Neste caso, ela não é um
terror (1Co 15.55-57), mas um meio de transição para uma vida plena. Para o
salvo, morrer é ser liberto das aflições deste mundo (2Co 4.17) e do corpo
terreno, para ser revestido da vida e glória celestiais (2Co 5.1-5). Paulo se
refere à morte como sono (1Co 15.1,6, 18.20; 1Ts 4.13-15), o que dá a entender
que morrer é descansar do labor e das lutas terrenas, conforme Apocalipse
14.13.
2º) A Bíblia
refere-se à morte dos crentes em termos consoladores. Por exemplo, ela afirma
que a morte do santo “Preciosa é à vista
do Senhor” (Sl 116.15). É a entrada na paz (Is 57.1,2) e na glória (Sl
73.24); é ser levado pelos anjos “para o
seio de Abraão” (Lc 16.22); é ir ao “paraíso”
(Lc 23.43); é ir à casa de nosso Pai, onde há “muitas moradas” (Jo 14.2); é uma partida bem aventurada para estar
“com Cristo” (Fp 1.23); é ir “habitar com o Senhor” (2Co 5.8); é um
dormir em Cristo (1Co 15.18); “É ganho...
ainda muito melhor” (Fp 1.21,23); é a ocasião de receber a “coroa da justiça” (2Tm 4.8).
3º) Quanto ao estado
dos salvos, entre a sua morte e a ressurreição do corpo, as Escrituras ensinam
o seguinte:
a) No
momento da morte, o crente é conduzido à presença de Cristo (2Co 5.8; Fp 1.23).
b) Permanece
em plena consciência (Lc 16.19-31) e desfruta de alegria diante da bondade e
amor de Deus, conforme Efésios 2.7.
c) O céu é
como um lar, isto é, um maravilhoso lugar de repouso e segurança (Ap 6.11) e de
convívio e comunhão com os santos (Jo 14.2).
d) O viver
no céu incluirá a adoração e o louvo a Deus (Sl 87; Ap 14.2,3; 15.3).
e) Os
salvos nos céu, até o dia da ressurreição do corpo, não são espíritos
incorpóreos e invisíveis, mas seres dotados de uma forma corpórea celestial,
temporária (Lc 9.30-32; 2Co 5.1-4).
f) No céu,
os crentes conservam sua identidade individual (Mt 8.11; Lc 9.30-32).
g) Os
crentes que passam para o céu continuam a almejar que os propósitos de Deus na
Terra se cumpram (Ap 6.9-11).
4º) Embora o salvo tenha grande esperança e alegria ao morrer, os
demais crentes que ficam não deixam de lamentar a morte de um ente querido.
Quando Jacó faleceu, por exemplo, José lamentou profundamente a morte de seu
pai. O que se deu com José ante a morte de seu pai é semelhante ao que acontece
a todos os crentes, quando falece um seu ente querido (Gn 50.1).
AMÉM!
______________________________________________________________________________
22 - O LOUVOR A DEUS
Sl 9.1,2: “Eu
te louvarei, Senhor, de todo o meu coração; contarei as tuas maravilhas, Em ti
me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo”.
Segundo
o dicionário de língua portuguesa Michaelis a palavra louvor vem de louvar do
latim laudare que significa: Dirigir
louvores, aprovar, confirmar, com elogio, elogiar-se, gabar-se, jactar-se,
vangloriar-se, bendizer, enaltecer, exaltar, glorificar. Então segundo o
dicionário louvor significa: Ato de louvar; Louvação, aplauso, elogio, encômio,
glorificação.
No
AT, a palavra louvor conota algo como fazer ruído; também associada aos gestos
e movimentos do corpo; pode ser empregado na música e na dança. É uma
expressão, nem sempre inteligível, de adoração e reconhecimento de Deus como
Senhor.
No
NT, está associada ao agradecimento. Expressa o reconhecimento do amor e
cuidados divinos conosco agradecendo sua provisão, por meio de alegria e júbilo
diante dEle.
A IMPORTÂNCIA DO LOUVOR
A Bíblia constantemente exorta o povo de Deus a louvar ao Senhor.
O
AT emprega três palavras básicas para conclamar os israelitas a louvarem a
Deus: a palavra barak (também
traduzida “bendizer”); a palavra balal (da qual deriva da palavra “aleluia” que literalmente significa “louvai ao Senhor”); e a palavra yadah (às vezes traduzidas por “dar graças”).
O
primeiro cântico na Bíblia, entoado depois de os israelitas atravessarem o mar
Vermelho, foi, em síntese, um hino de louvor e ação de graças a Deus (Êx 15) “O Senhor é a minha força e o meu cântico;
ele me foi por salvação; este é o meu Deus; portanto lhe darei uma habitação;
ele é o Deus de meu pai; por isso, o exaltarei.” (Êx 15.2). Moisés instruiu
os israelitas a louvarem a Deus pela sua bondade em conceder-lhes a terra
prometida (Dt 8.10). O Cântico de Débora, por sua vez, congregou o povo
expressamente para louvar ao Senhor (Jz 5.9). A disposição de Davi em louvar a
Deus está gravada, tanto na história da sua vida em 2Sm 22.4,47, 50: “O Senhor, digno de louvor, invoquei e de
meus inimigos fiquei livre. Vive o Senhor, bendito seja o meu rochedo; exaltado
seja Deus, a rocha da minha salvação. Por isso, ó Senhor, te louvarei entre as
nações, e entoarei louvores ao teu nome” e 1Cr 16, 4, 9, 25, 35,36; 29.20,
como nos Salmos que escreveu (Sl 9.1,2; 18.3; 22.23; 52.9; 108.1,3; 145). Os
demais salmistas também convocam o povo de Deus a, enquanto viver, sempre
louvá-lo (Sl 33.1,2; 47.6,7; 75.9; 96.1-4; 100; 150). Finalmente, os profetas
do AT ordenam que o povo de Deus o louve “Cantai
ao Senhor uma cântico novo e o seu louvor, desde o fim da terra... Dêem glória
ao Senhor e anunciem o seu louvor nas ilhas” (Is 42.10,12) e Jr 20.13; 33.9;
Sl12. 1; Jl 2.26; Hc 3.3 também ordena o povo a louvar a Deus.
O
chamado para louvar a Deus também ecoa por todo NT. O próprio Jesus louvou a
seu Pai celestial (Mt 11.25; Lc10. 21). Paulo espera que todas as nações louvem
a Deus (Rm 15.9-11; Ef 1.3,6, 12) e Tiago nos conclama a louvar ao Senhor (Tg 3.9;
5.13). E, no fim, o quadro vislumbrado no Apocalipse é o de uma vasta multidão
de santos e anjos, louvando a Deus continuamente (Ap 4.9-11; 5.8-14; 7.9-12; 11.16-18).
Louvar
a Deus é uma das atribuições principais dos anjos (Sl 103.20; 148.2) e é
privilégio do povo de Deus, tanto crianças (Mt 21.16), como adultos (Sl 30.4;
135.1,2, 19-21). Além disso, Deus também conclama as nações a louvá-lo. Isto
quer dizer tudo quanto tem fôlego está convocado a entoar bem alto os louvores
a Deus (Sl 150.6). E, se tanto não bastasse, Deus conclama a natureza inanimada
a louvá-lo, como por exemplo, o sol, a lua e as estrelas (Sl 148.2,4); os
raios, o granizo, a neve, e o vento (Sl 148.8); as montanhas, colinas, rios e
mares (Sl 98.7,8; 148,9; Is 44.23); todos os tipos de árvores (Sl 148.9; Is
55.12) e todos os tipos de seres vivos (Sl 69.34; 148.10).
MÉTODOS DE LOUVOR
Há várias maneiras de se louvar a Deus.
1) O
louvor é algo fundamental na adoração coletiva prestada pelo povo de Deus (Sl
100.4)
2) Tanto
na adoração coletiva como noutros casos, uma maneira de louvar a Deus é cantar,
salmos, hinos e cânticos espirituais “Falando
entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando
ao Senhor, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso
Senhor Jesus Cristo.” (Ef 5.19,20). O cântico de louvor pode ser com a
mente, isto é, em idiomas conhecidos ou com o espírito, isto é, em línguas (1Co
14.14-16).
3) O
louvor mediante instrumentos musicais. Neste particular o AT menciona
instrumentos variados, de sopro, com chifre de carneiro e trombetas, e flauta (Sl
150, 3,4); instrumentos de cordas, como harpa e lira e instrumentos de
percussão como tamborins e címbalos (Sl 150, 4,5).
4) Podemos,
também, louvar a Deus, ao falar ao nosso próximo das maravilhas de Deus para
conosco, pessoalmente. Davi, por exemplo, depois da experiência do perdão
divino, estava ansioso para relatar aos outros, que o Senhor fizera por ele (Sl
51.12,13, 15). Outros escritores bíblicos nos exortam a declarar a glória de
Deus, na congregação do seu povo e entre as nações. Pedro conclama o povo de
Deus “para que anuncieis as virtudes
daquele que vos chamou das trevas para a maravilhosa luz” (1Pe 2.9).
Noutras palavras, a obra missionária é um meio de louvar a Deus.
5) Finalmente,
o crente que vive a sua vida para a glória de Deus está a louvar ao Senhor.
Jesus nos relembra que quando o crente faz brilhar a sua luz, o povo vê as suas
boas obras e glorifica e louva a Deus (Mt 5.16). De modo semelhante, Paulo
também mostra que uma vida cheio de frutos de justiça louva a Deus (Fp 1.11).
MOTIVOS PARA LOUVAR A DEUS
Por que o povo louva
ao Senhor?
Uma das evidentes razões vem do esplendor, glória e
majestade do nosso Deus, aquele que criou os céus e a terra, aquele a quem
devemos exaltar na sua santidade.
A nossa experiência dos atos poderosos de Deus,
especialmente dos seus atos de salvação e de redenção, é uma razão
extraordinária para louvarmos ao seu nome; deste modo, louvamos a Deus, pela
sua misericórdia, graça e amor imutáveis.
Também devemos louvar a Deus por todos os seus atos de
livramento em nossa vida, tais como livramento de inimigos ou cura de
enfermidades.
Finalmente, o cuidado providente de Deus para conosco,
dia após dia, tanto material como espiritualmente, é uma grandiosa razão para
louvarmos e bendizermos o seu nome.
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25 - O
CORAÇÃO
Pv. 4.23: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o
teu coração, porque dele procedem às saídas da vida”.
DEFINIÇÃO DE CORAÇÃO:
O povo da
atualidade geralmente considera que o cérebro é o centro das atividades
humanas. A Bíblia, no entanto, refere-se ao coração como esse centro; “dele procedem às saídas da vida” (Pv
4.23). Biblicamente, o coração pode ser considerado como algo que abarca a
totalidade do nosso intelecto, emoção e volição, conforme Mc 7.20-23: “O que sai do homem, isso é que contamina o
homem. Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os
adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades,
o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos
estes males procedem de dentro e contaminam o homem.”
1)
O coração é o centro do intelecto:
As pessoas sabem
as coisas em seus corações, oram no coração, editam no coração, escondem a
Palavra de Deus no coração, maquinam males no coração, guardam as palavras da
sabedoria no coração, pensam no coração, duvidam no coração, conferem as coisas
no coração, crêem no coração e cantam no coração (Dt 8.5; 1Sm 1.12,13; Sl
19.14; Sl 119.11; Sl 140.2; Pv 4.21; Mc 2.8; Mc 11.23; Lc 2.19, Rm 10.9; Ef
5.19). Todas essas ações do coração são primordialmente fatos a envolver a
mente.
2)
O coração é o centro das emoções:
A Bíblia fala a
respeito do coração alegre, do coração amoroso, do coração medroso, do coração
corajoso, do coração arrependido, do coração ansioso, do coração irado, do
coração avivado, do coração angustiado, do coração gozoso, do coração pesaroso,
do coração humilde, do coração ardente pela Palavra do Senhor e do coração
perturbado (Êx 4.14; Dt 6.5; Js 5.1; Sl 27.14; Sl 51.17; Pv.12.25; Pv 19.3; Is
57.15; Jr 4.19; Rm 9.2; Jr 15.16; Lm 2.18; Mt 11.29; Lc 24.32; Jo 14.1). Todas
essas atitudes do coração são, antes de tudo, de natureza emocional.
3)
Por fim, o coração é o centro da vontade humana:
Lemos nas
Escrituras a respeito do coração endurecido que se recusa a fazer o que Deus ordena,
do coração submisso a Deus, do coração que decide fazer algo para Deus, do
coração que se dedica a buscar o Senhor, do coração que deseja recebera as
bênçãos do Senhor, do coração inclinado aos estatutos de Deus e do coração que
deseja fazer algo pelos outros (Êx 4.21; Js 24.23; 2Cr 6.7; 1Cr 22.19; Sl
21.1-3; Sl 119.36; Rm 10.1). Todas essas atividades ocorrem na vontade humana.
A NATUREZA DO CORAÇÃO
DISTANTE DE DEUS
Quando Adão e
Eva deram ouvidos à tentação da serpente para que comessem da árvore do
conhecimento do bem e do mal, sua decisão afetou terrivelmente o coração
humano, o qual ficou repleto de maldade. Desde então, segundo o testemunho de
Jeremias: “Enganoso é o coração. Mais do
eu todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? (Jr 17.9). Jesus
confirmou a descrição de Jeremias, quando disse que o que contamina uma pessoa
diante de Deus é o descumprimento de uma lei cerimonial, mas, sim , a
obediência às inclinações malignas alojadas no coração tais como “os maus pensamentos, os adultérios, as
prostituições, os homicídios, os furtos, as avareza, as maldades, o engano, a
dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura” (Mc 7.21-22).
Jesus expôs a gravidade do pecado no coração ao declarar que o pecado da ira é
igual ao assassinato (Mt 5.21,22), e que o pecado da concupiscência é tão grave
como o próprio adultério (Mt 5.27,28).
Um coração
entregue à prática da iniqüidade corre o risco de tornar-se endurecido. Que se
recusa continuamente em ouvir a Palavra de Deus e a obedecer a Deus, ao que
Deus ordena e, em vez disso, segue os desejos pecaminosos do seu coração, verá que,
depois, Deus endurecerá seu coração de tal modo que se tornará insensível para
com a Palavra de Deus e os apelos do Espírito Santo. O principal exemplo
bíblico desse falto é o coração de Faraó, na ocasião do êxodo (Êx 7.3,13, 22,23;
8.15.32; 9.12; 10.1; 11.10; 14.17). Paulo viu o mesmo princípio geral em ação
na sociedade ímpia da presente era conforme Romanos 1. 24 26,28 e predisse que
também ocorreria o mesmo fato nos dias do anticristo (2Ts 2.11,12). O livro aos
Hebreus contém muitas advertências ao crente, para que não endureça o coração
(Hb 3.8-12). Todo aquele que persistir na rejeição da Palavra de Deus, terá por
fim um coração endurecido.
O CORAÇÃO REGENERADO
A solução de Deus para o coração pecaminoso é a regeneração, que
tem lugar em todo aquele eu se arrepende dos seus pecados, volta-se para Deus e
pela fé aceita a Jesus com Salvador e Senhor pessoal.
1)
A regeneração está ligada ao coração:
Aquele que, de
todo o coração, se arrepende e confessa que Jesus é o Senhor (Rm 10.9), nasce
de novo e recebe da parte de Deus um coração novo, conforme Salmos 51.10 e
Ezequiel 11.19.
2)
No coração daquele que experimenta o nascimento espiritual.
Deus cria o desejo de amá-lo e obedecê-lo.
Repetida vezes, Deus realça diante do seu povo a necessidade do amor que provém
do coração. Tal amor e dedicação a Deus não podem estar separados da obediência
à sua lei (Sl 119.34,69, 112). Jesus ensinou que o amor a Deus de todo o
coração, juntamente com o amor ao próximo, resume toda a lei de Deus (Mt
22.37-40).
3)
O amor de todo o coração é o elemento essencial a uma vida de
obediência.
Repetida vezes,
o povo de Deus, no passado procurou substituir o verdadeiro amor do coração
pela observação de formalidades religiosas exteriores, tais como, Festas,
Ofertas e Sacrifícios (Is 1.10-17; Nm 5.21-26; Dt 10-12). A observância
exterior sem o desejo interior de servir a Deus é hipocrisia, e foi severamente
condenada por nosso Senhor (Mt 23.13-18; Lc 21.1-4).
4)
Muitos outros fatos espirituais têm lugar no coração da pessoa
regenerada.
Ela louva a Deus
de todo o coração, medita no coração, clama a Deus no coração, busca a Deus de
todo coração, oculta a Palavra de Deus no seu coração, confia no Senhor de todo
o coração, experimenta o amor de Deus derramado em seu coração e canta a Deus
no seu coração (Sl 9.1; 19.14; 84.2; 119.2,10; 119.11; Pv 3.5).
AMÉM!!!!!!!!!!
Fonte: Bíblia de Estudos Pentescostal
Erivelton R. de Jesus
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26 - A NATUREZA HUMANA
Ec 12.1a, 6,7: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que se quebre
a cadeia de prata, e se despedace o copo de ouro, e se despedace o cântaro
junto à fonte, e se despedace a roda junto ao poço, e o pó volte à terra, como
era e o espírito volte a Deus, que o deu”.
De
todas as criaturas que Deus fez, o ser humano é incomparavelmente superior e
também mais complexa. Por seu orgulho, no entanto, o ser humano comumente
esquece-se de que Deus é o seu Criador, que ele é uma ser criado, e que depende
de Deus. Este estudo examina a perspectiva bíblica da natureza humana.
A NATUREZA HUMANA À IMAGEM DE
DEUS
A Bíblia ensina claramente que Deus, mediante decisão especial
criou a raça humana, à sua imagem e semelhança (Gn 1, 26,27). Portanto, nem
Adão nem Eva são produtos de evolução. Por terem sido criados à semelhança de
Deus, Adão e Eva podiam se comunicar com Ele, ter comunhão e espelhar o seu amor,
glória e santidade. Note-se pelo menos três diferentes aspectos da imagem de Deus
na raça humana:
1ª) Adão e Eva
tinham semelhança moral com Deus, por serem justos e santos conforme Efésios
4.24 “E vos revistais do novo homem, que
segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.” Podemos ver neste
versículo que o homem foi criado por Deus, justo e santo.
2ª) Com um
coração capaz de amar e também determinado a fazer o quer era bom.
3ª) Tinham
semelhança com Deus na inteligência, pois foram criados com espírito, emoções e
capacidade de escolha (Gn 2.19,20; 3. 6,7). Deus plasmou no ser humano a imagem
em que Ele mesmo lhe apareceria visivelmente no AT, e na forma que um dia seu
filho tomaria. Quando Adão e Eva pecaram, essa imagem de Deus neles, foi
seriamente danificada, mas não totalmente destruída. Inevitavelmente, a
semelhança moral de Deus, no homem, ficou arruinada quando Adão e Eva pecaram,
conforme Gn 6.5 “E viu o Senhor que a
maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que roda a imaginação dos
pensamentos de seu coração era só má continuamente”. Podemos notar que o ser
humano era justo e santo quando criados, agora depois de pecar viu o Senhor que
o coração do homem só pensava maldades, deixaram de ser perfeitos e santos e
passaram a ser propensos ao pecado; propensão esta, ou tendência que
transmitiram aos filhos “Portanto, como
por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a
morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.” (Rm 5.12). O NT
confirma o estrago da imagem de Deus no homem, quando declara que o crente
redimido deve ser renovado segundo a semelhança moral de Deus “E vos vestistes do novo, que s renova para
o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou” (Cl 3.10); e apesar
de o ser humano ser pecador como é, ainda retém uma porção elevada da
semelhança de Deus, na sua inteligência, e na sua capacidades de comunhão e
comunicação com Ele.
COMPONENTES DA NATUREZA HUMANA
A Bíblia revela que a natureza
humana, criada à imagem de Deus, é trina e una, composta de três componentes, a
saber: espírito, alma e corpo “E o mesmo
Deus de paz vos santifique em tudo; e todo vosso espírito, e alma, e corpo,
sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo.” (1Ts 5.23).
Deus formou Adão do pó da terra (seu
corpo) e soprou nas suas narinas o fôlego da vida (seu espírito), e ele tornou-se
um ser vivente (sua alma: Gn 2.7). A intenção de Deus era que o ser humano,
pelo comer da árvore da vida e pela obediência à sua proibição de comer da
árvore do conhecimento do bem e do mal, nunca morresse, mas vivesse para
sempre. Somente depois da morte entrar no mundo, como resultado do pecado
humano, é que passou a haver separação da pessoa, em pó que vota à terra e no
espírito que volta a Deus (Ec 12.7). Noutras palavras, a separação entre o
corpo, por um lado, e o espírito e a alma, por outro, é resultado do juízo
divino sobre a raça humana por causa do pecado, e esse juízo somente será
removido mediante a ressurreição do corpo no último dia.
A alma (hb nephsh, Gr psyche), frequentemente traduzida por “vida”, pode ser definida, de modo
resumido, como os aspectos imateriais da mente, das emoções e da vontade, no
ser humano, resultantes da união entre o espírito e o corpo. A alma, juntamente
com o espírito humano, continuará a existir após a morte física da pessoa. A
alma está tão ligada á natureza imaterial do ser humano, que, às vezes, o termo
“alma” é usado como sinônimo de “pessoa”. O corpo (hb basar, Gr soma) pode ser definido, em resumo, como o componente
do ser humano que volta ao pó da terra quando a pessoa morre (às vezes, é
chamado de carne). O espírito (hb ruach;
gr pneuma) pode ser definido, em resumo, como o componente imaterial do ser
humano, em que reside a nossa faculdade espiritual, inclusive a consciência. É
principalmente através desse componente que se tem comunhão com o Espírito de
Deus.
Desses três componentes, que
constituem a completa natureza humana, somente o espírito e a alma são
indestrutíveis e sobrevivem a morte, para então seguirem para o céu (Ap 6.9;
20.4) ou para o inferno (Sl 16.10; Mt 16.26). Quanto ao corpo, a Bíblia ensina
repetidamente que enquanto o crente aqui viver, deve cuidar bem do seu corpo,
através da sua conservação, isento de imoralidade e iniquidade (Rm 6.6,12, 13;
1Co 6. 13-20; 1Ts 4. 3,4) e da sua dedicação ao serviço de Deus. O corpo dos
salvos será transformado no dia da ressurreição, quando então a sua redenção
estará completa; isto para que estão em Cristo Jesus.
AS RESPONSABILIDADES DO SER
HUMANO
Quando Deus criou o
ser humano, Ele lhe confiou várias responsabilidades:
1) Deus
o criou à sua própria imagem a fim de poder manter comunhão com ele, de modo
amoroso e pessoal por toda a eternidade, e para que ele o glorificasse como o
Senhor. Deus desejava de tal maneira que o ser humano o amasse, o glorificasse,
e vivesse em santidade e justiça diante dEle, que quando Satanás induziu Adão e
Eva à rebelião e desobediência a Deu, o Senhor prometeu que enviaria um
Salvador a fim de redimir o mundo (Gn 3.15).
2) Era
a vontade de Deus que o ser humano o amasse a cima de tudo e amasse o seu
próximo como a sim mesmo. Esse duplo mandamento de amor resume a totalidade da
Lei de Deus: “E Jesus disse-lhe: Amarás o
Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda tua alma, e de todo o teu
pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a
este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem
toda a lei dos profetas. (Mt 22. 37-40).
3) Também
no Jardim do Éden, Deus estabeleceu a instituição do casamento (Gn 2. 21-24). O
propósito de Deus é que o casamento seja monogâmico e vitalício conforme Mt 19.
5-9 e Ef 5. 22-33. Dentro dos limites do casamento, Deus ordenou que a raça
humana fosse frutífera e se multiplicasse (Gn 1.28; 9.7). O homem e a mulher
deviam gerar filhos tementes a Deus, no ambiente do lar. Deus vê a família
cristã e a criação de filhos, sob a convivência salutar doméstica, como uma
alta prioridade no mundo.
4) Deus
também ordenou que Adão e seus descendentes sujeitassem a terra. Ele disse: “dominai sobre os peixes do mar, e sobre as
aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” (Gn 1.28). Ainda
no Jardim do Éden, a Adão foi confiada a responsabilidade de cuidar do jardim e
dar nomes aos animais (Gn 2. 15 19,20).
5) Note-se
que quando Adão e Eva pecaram por comerem do fruo proibido, eles perderam parte
do seu domínio sobre o mundo, a qual foi entregue a Satanás que, agora como “deus deste século” (2Co 4.4), controla
este presente mundo mau. Ainda assim, Deus espera que os crentes cumpram o seu
divino proposto quanto à terra, a saber: cuidar devidamente dela; dedicar tudo
dela a Deus e administrar sua criação de modo a glorificar a Deus.
6) Por
causa da presença do pecado no mundo, Deus enviou o seu Filho Jesus para
redimir o mundo. A tarefa transcendente de transmitir a mensagem do amor
redentor de Deus foi confiada aos salvos, pois foi a eles que Ele chamou para
serem testemunhas de Cristo e da sua salvação, até aos confins da terra (Mt 28.
18-20; At 1.8) e para serem luz do mundo e sal da terra (Mt 5.13-16).
AMÉM!
Erivelton
R. de Jesus
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27 -O PROFETA NO ANTIGO TESTAMENTO
Is 6.8,9: “Depois
disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por
nós? Então disse eu: Eis me aqui, envia-me a mim. Então disse ele: Vai e dize a
este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não
percebeis”.
O LUGAR DOS PROFETAS NA HISTÓRIA DOS HEBREUS
Os
profetas do AT eram de Deus que, espiritualmente, achavam-se muito acima de
seus contemporâneos. Nenhuma categoria, em toda a literatura, apresenta um
quadro mais dramático do que os profetas do AT. Os sacerdotes juízes, reis,
conselheiros e os salmistas, tinham cada um, lugar distinto na história de
Israel, mas nenhum deles, logrou alcançar a estatura dos profetas, nem chegou a
exercer tanta influência na história da redenção.
Os
profetas exerceram considerável influência sobre a composição do AT. Tal fato
fica evidente na divisão tríplice da Bíblia hebraica: a Torá, os Profetas e os
Escritos, conforme Lc 24.44: “E
disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco:
convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e
nos Profetas, e nos Salmos.”. A categoria dos profetas inclui seis livros
históricos, compostos sob a perspectiva profética: Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel,
1 e 2 Reis. É provável que os autores desses livros fossem profetas. Em segundo
lugar, há dezessete livros proféticos específicos (Isaías até Malaquias).
Finalmente, Moisés, autos dos cinco primeiros livros da Bíblia (a Torá), era
profeta (Dt 18.15). Sendo assim, dois terços do AT, no mínimo foram escritos
por profetas.
PALAVRAS HEBRAICAS APLICADA AOS PROFETAS
1) Ro’eh: Segundo o dicionário
VINE este substantivo tem dois significados no AT. O primeiro como “pastor” ocorre 62 vezes no AT. É
aplicada a Deus, o Grande Pastor, que pastoreia o u alimenta suas ovelhas (Sl
23.1-4; Jo 10.11) Este conceito de Deus, o Grande Pastor e muito antigo, tendo
sua primeira ocorrência nos lábios de Jacó em Gn 49.24 “donde é o Pastor e a pedra de Israel.”
O segundo significado que se
encaixa em nosso estudo, é traduzido por “vidente,
visão”, ocorre 11 vezes e se refere a um “profeta”, enfatizando o meio pela qual a revelação foi recebida
(1Sm 9.9) e à “visão” (Is 28.7).
“Vidente”, em
português, indica a capacidade especial de ver na dimensão espiritual e prever
eventos futuros. O Título sugere que o profeta não era enganado pela aparência
das coisas, mas que as viam conforme eram, da perspectiva do próprio Deus. Como
vidente, o profeta recebia sonhos, visões e revelações, da parte de Deus, que o
capacitava a transmitir suas realidades ao povo.
2) Nabi’: Esta é a principal
palavra hebraica para “profeta”, que
segundo a Bíblia de Estudos Pentecostal na página 1001, ocorre 316 vezes no AT,
e segundo o dicionário VINE esse substantivo ocorre em torno de 309 vezes no
hebraico bíblico e em todos os períodos. Nabi’im
é sua forma no plural. Embora a origem da palavra não seja clara, o significado
do verbo hebraico “profetizar” é: “emitir palavras abundantes da parte de
Deus, por meio do Espírito de Deus” (Genesius, Hebrew Lexicon). Sendo
assim, o nabi’ era o porta voz que emitia palavras sob o poder impulsionador do
Espírito de Deus.
No grego prophetes, a qual deriva a palavra “profeta” em português, significa “aquele que fala em lugar de outrem”. Os
profetas falavam, em lugar de Deus, ao povo do concerto, baseados naquilo que
ouviam, viam e recebiam da parte dEle.
No AT, o profeta também era
conhecido como “homem de Deus” (2Rs
4.21), “servo de Deus” (Is 20.3; Dn
6.20), “homem que tem o Espírito de Deus
sobre si” (Is 61.1-3), “atalaia” (Ez
3.17), e “mensageiros do Senhor” (Ag
1.13). Os profetas também interpretavam sonhos e interpretavam a história,
presente e futura, sob a perspectiva divina.
HOMENS DO ESPÍRITO E DA PALAVRA
O profeta não era simplesmente um
líder religioso, mas alguém, possuidor pelo Espírito de Deus “E veio sobre mim a mão do Senhor; e o
Senhor me levou em Espírito, e me pôs no meio de um vale cheio de ossos. Então,
me disse: Profetiza sobre estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra
do Senhor.” (Ez 37.1,4). Pelo fato do Espírito e a Palavra estarem nele, o
profeta do AT possuía estas Três características: conhecimento divinamente revelado, poderes divinamente outorgados e
estilo de vida característico.
I.
CONHECIMENTOS DIVINAMENTE REVELADOS.
Ele
recebia conhecimento da parte de Deus no tocante às pessoas, aos eventos e às verdades
redentoras. O propósito primacial de tais conhecimentos era encorajar o povo a
permanecer fiel a Deus e ao seu concerto. A característica distinta da profecia,
no AT, era tornar clara a vontade de Deus ao povo mediante a instrução, a
correção e a advertência. O Senhor usava os profetas para pronunciarem o seu
juízo antes de este ser desferido. O solo da história sombria de Israel e de
Judá, brotaram profecias específicas a respeito do Messias e do reino de Deus,
bem como predições sobre os eventos mundiais que estão por ocorrer.
II.
PODERES DIVINAMENTE
OUTORGADOS:
Os
profetas eram levados à esfera dos milagres à medida que recebiam a plenitude
do Espírito de Deus. Através dos profetas, a vida e o poder divinos eram
demonstrados de modo sobrenatural diante de um mundo que, doutra forma se
fecharia à dimensão divina.
III.
ESTILO DE VIDA CARACTERÍSTICO:
Os
profetas, na sua maioria, abandonaram suas atividades corriqueiras da vida a
fim de viverem exclusivamente para Deus. Protestavam intensamente contra a
idolatria, a imoralidade, e iniqüidade cometidas pelo povo, bem como a
corrupção praticada pelos reis e sacerdotes. Suas atividades visavam mudanças
santas e justas em Israel. Suas investidas eram sempre em favor do reino de
Deus e de sua justiça. Lutavam pelo cumprimento da vontade divina, sem levar em
conta os riscos pessoais.
OITO CARACTERÍSTICAS DO
PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO
Que tipo de pessoa
era o profeta do Antigo Testamento?
I.
Era alguém que tinha estreito relacionamento
com Deus, e que se tornava confidente do Senhor, “Certamente o Senhor Jeová não fará coisa alguma, sem ter revelado o
seu segredo aos seus servos, os profetas” (Am 3.7). O profeta via o mundo e
o povo do concerto sob a perspectiva divina, e não segundo o ponto de vista
humano.
II.
O profeta, por estar próximo de Deus,
achava-se em harmonia com Deus, e em simpatia com aquilo que Ele sofria por
causa dos pecados do povo. Compreendia, melhor que qualquer outra pessoa, o propósito,
vontade e desejos de Deus. Experimentava as mesmas reações de Deus. Noutras
palavras, o profeta não somente ouvia a voz de Deus, como também sentia o seu
coração.
III.
À semelhança de Deus, o profeta amava
profundamente o povo. Quando o povo sofria, o profeta sentia dores (por
exemplo, o livro de Lamentações). Ele almejava para Israel o melhor da parte de
Deus “Desejaria eu, de qualquer maneira a
morte do ímpio? Diz o Senhor Jeová; não desejo, antes que se converta dos seus
caminhos e viva? (Ez 18.23). Por isso, suas mensagens continham, não
somente advertências, como também palavras de esperança e consolo.
IV.
O profeta buscava o sumo bem do povo, isto é,
total confiança em Deus e lealdade a Ele; eis porque advertiu contra a
confiança na sabedoria, riquezas e poder humanos, e nos falsos deuses (Jr
8.9,10; Os 10.13; 14; Am 6.8). Os profetas continuamente conclamavam o povo a
viver à altura de suas obrigações conforme o seu concerto estabelecido por
Deus, para que viesse a receber as bênçãos da redenção.
V.
O profeta tinha profunda sensibilidade diante
do pecado e do mal (Jr 2.12,13, 19; 25.3-7; Am 8.4-7; Mq 3.8). Não tolerava a
crueldade, a imoralidade e a injustiça. O que o povo considerava leve desvio da
Lei de Deus, o profeta interpretava, às vezes, como funesto. Não podia suportar
transigência com o mal, complacência, fingimento e desculpas do povo (Is 32.11;
Jr 6.20; 7.8-15; Am 4.1; 6.1). Compartilhava, mais que qualquer outra pessoa,
do amor divino à retidão, e do ódio que o Senhor tem da iniqüidade “Amaste a justiça e aborrece a iniqüidade;
por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus
companheiros” (Hb 1.9).
VI.
O profeta desafiava constantemente a
santidade superficial e oca do povo, procurando desesperadamente encorajar a
obediência sincera às palavras que Deus revelara na Lei. Permanecia totalmente
dedicado ao Senhor; Fugia da transigência com o mal e requeria fidelidade
integral a Deus. Aceitava nada menos que a plenitude do reino de Deus e a sua
justiça, manifestadas no povo de Deus.
VII.
O profeta tinha uma visão do futuro, revelada
em condenação e destruição (exemplo: Is 63.1-6; Jr 11.22,23; 13.15-21; Ez
14.12-21; Am 5.16-20,27), bem como em restauração e renovação (exemplo: Is
61-62; 65.17-66.24; Jr 33; Ez 37). Os profetas enunciaram grande número de
profecias acerca da vinda do Messias.
VIII.
Finalmente, o profeta era, via de regra, um
homem solitário e triste (Jr 14.17,18; 20.14-18; Am 7.10-13; Jn 3-4),
perseguidos pelos falsos profetas que prediziam paz, posteridade e segurança
para o povo que se achava em pecado diante de Deus (Jr 15.15; 20.1-6; 26.8-11;
Am 5.10). Ao mesmo tempo, o profeta verdadeiro era conhecido como homem de Deus,
não havendo, pois, como ignorar o seu caráter e a sua mensagem.
O PROFETA E O SACERDOTE
Durante
a maior parte da história de Israel, os sacerdotes e profetas, constantemente,
entravam em conflitos. O plano de Deus era que houvesse cooperação entre eles,
mas os sacerdotes tendiam a aderir ao liberalismo e deixava de protestar contra
a decadência do povo de Deus.
Os
sacerdotes muitas vezes concordavam com situação anormal reinante, e sua
adoração a Deus resumia-se em cerimônias e liturgias. Embora a moralidade
ocupasse um lugar formal na sua teologia, não era enfatizada por eles na prática.
O
profeta, por outro lado, ressaltava fortemente o modo de vida, à conduta, e as
questões morais. Repreendiam constantemente os que apenas cumpriam com os
deveres litúrgicos. Irritava, importunava, denunciava, e sem apoio humano
defendia justas exigências e insistia em aplicar à vida os eternos princípios
de Deus. O profeta era um ensinador de ética, um reformador moral e um
inquietador da consciência humana. Desmascarava o pecado e a apostasia,
procurando sempre despertar o povo a um viver realmente santo.
A MENSAGEM DOS PROFETAS DO ANTIGO TESTAMENTO
A
mensagem dos profetas enfatiza três termos principais: A natureza de Deus, o pecado e o arrependimento e a Predição e
esperança messiânica.
v A NATUREZA DE DEUS
Declaravam ser Deus o
Criador e Soberano onipotente do universo (Is 40.28), e o Senhor da história,
pois leva os eventos a servirem aos seus supremos propósitos de salvação e
juízo (Is 44.28).
Enfatizam que Deus é Santo,
reto e justo, e não pode tolerar pecado, iniqüidade e injustiça. Mas a sua santidade
é temperada pela misericórdia. Ele é paciente e tardio em manifestar a sua ira.
Sendo Deus santo, em sua natureza, requer que seu povo seja consagrado e santo
ao Senhor (Zc 14.20). Como o Deus que faz concerto, que entrou num
relacionamento exclusivo com Israel, requer que seu povo obedeça aos seus
mandamentos, como parte de um compromisso de relacionamento mútuo.
v O PECADO E O ARREPENDIMENTO
Os profetas do
AT compartilhavam da tristeza de Deus diante da contínua desobediência,
infidelidade, idolatria e imoralidade de seu povo segundo o concerto. E falavam
palavras severas de justo juízo contra os transgressores. A mensagem dos
profetas era idênticas a de João Batista e de Cristo “arrependei-vos, se não igualmente perecereis.” Prediziam eventos
catastróficos, tal como a destruição de Samaria, peã Assíria (Os 5.8-12; 9.3-7;
10.6-15), e de Jerusalém por Babilônia (Jr 19.7-15; 32.28-36; Ez 5.5-12;
21.2,24-27).
v PREDIÇÃO E ESPERANÇA
MESSIÂNICA:
Embora o povo
tenha sido globalmente infiel a Deus e aos seus votos, segundo o concerto, os
profetas jamais deixaram de enunciar-lhe mensagens de esperança. Sabiam que
Deus cumpriria os ditames do concerto e as promessas feitas a Abraão através de
um remanescente fiel. No fim, viria o Messias, e através dEle, Deus haveria de
ofertar salvação a todos os povos.
Os profetas
colocavam-se entre o colapso espiritual de sua geração e a esperança da era
messiânica. Eles tinham de falar a palavra de Deus a um povo obstinado, que, inexoravelmente
rejeitavam a sua mensagem (Is 6.9-13). Os profetas eram tanto defensores do
antigo concerto, quanto precursores do novo. Viviam no presente, mas com a alma
voltada para o futuro.
OS FALSOS PROFETAS
Há numerosas referências no AT aos falsos profetas.
Por exemplo: Quatrocentos falsos profetas
foram reunidos pelo rei Acabe (2Rs 18.4-7); Um espírito mentiroso achava-se na
boca deles (2Cr 18-8-22); Segundo o AT, o profeta era considerado falso, se
desviasse as pessoas do Deus verdadeiro para alguma forma de idolatria (Dt
13.1-5); se praticasse adivinhação, astrologia, feitiçaria, bruxaria e coisas
semelhantes; se suas profecias contrariassem as Escrituras; se não denunciassem
os pecados do povo (Jr 23.9-18); ou se predissesse coisas específicas que não
cumprissem (Dt 18.20-22). Note que os profetas, do novo concerto não falavam de
modo irrevogável e infalível como os profetas do AT, que eram a voz primacial
de Deus no que dizia respeito a Israel. No NT, o profeta é apenas um dos cinco
dons ministerial da igreja. Os profetas do NT tinham limitações que os profetas
do AT desconheciam (conf. 1Co 14.29-33), por causa da natureza multifacetada e
interdependente do ministério nos tempos do NT.
AMÉM!
Pb.
Erivelton R. de Jesus
Fontes: Bíblia de
Estudos Pentecostal, dicionário VINE e outros.
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46 - O VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO (2)
Jo 2.11: “Assim deu Jesus início aos seus sinais em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele.”. Conjuntamente com este estudo, o leitor deve ler: O VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO (1).
O VINHO: MISTURADO OU INTEGRAL?
Os dados históricos sobre o preparo e uso do vinho pelos judeus e por outras nações no mundo bíblico mostram que o vinho era: frequentemente não fermentado; e em geral misturado com água. O primeiro estudo de O VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO, aborda um dos processos usados para manter o suco de uva fresco em estado doce e sem fermentação. O presente estudo mostra dois outros processos de preparação da uva para posteriormente ser misturada com água. Um dos métodos era desidratar as uvas, borrifa-las com azeite para mantê-las úmidas e guardá-las em jarras de cerâmica (Enciclopédia Bíblica Ilustrada de Zondervan, v. 882; ver também Columella, Sobre a Agricultura 12.44.1-8). Em qualquer ocasião, podia-se fazer uma bebida muito doce de uvas assim conservadas. Punha-se-lhes água e deixava-as de molho ou na fervura. Políbio afirmou que as mulheres podiam beber desse tipo de refresco de uva, mas que eram proibidas de beber vinho fermentado (ver, Políbio, Fragmentos, 6.4; conforme Plínio, História Natural, 14.11.81). Outro método era ferver o suco de uva fresco até se tornar em pasta ou xarope grosso (mel de uvas); este processo deixava-o em condições de ser armazenado, ficando isento de qualquer propriedade inebriante por causa da alta concentração de açúcar, e conservada a sua doçura (Columella, Sobre a Agricultura; Plínio, História Natural). Essa pasta ficava armazenada em jarras grandes ou odres. Podia ser usada como geleia para passa no pão, ou dissolvida em água para voltar ao estado de suco de uva (Enciclopédia Bíblica Ilustrada, v. 3050). Referências ao mel na Bíblia frequentemente indicam o mel de uva (chamado debash pelos judeus) em vez do mel de abelha. A água, portanto, pode ser adicionada a uvas desidratadas, ao xarope de uvas e no vinho fermentado. Autores gregos e romanos citavam várias proporções de misturas adotadas. Homero (Odisseia, IX 202ss.) menciona uma proporção de vinte partes de água para uma parte de vinho. Plutarco (Symposíacas, III. Ix) declara: “Chamamos vinho diluído, embora o maior componente seja a água”. Plínio (História Natural, XIV 6.54) menciona uma proporção de oito partes de água para um de vinho. Entre os judeus dos tempos bíblicos, os costumes sociais e religiosos não permitiam o uso de vinho puro, fermentado ou não. O Talmude (uma obra judaica que trata das tradições do judaísmo entre 200 a. C. e 200 d.C.) fala, em vários trechos, da mistura de água com vinho (ex: Shabbath 77ª; Pesahim 1086). Certos rabinos insistiam que se o vinho fermentado não fosse misturado com três partes de água, não podia ser abençoado e contaminaria quem o bebesse. Outros rabinos exigiam 10 partes de água no vinho fermentado para poder ser consumido. Um texto interessante temos no livro de Apocalipse, quando um anjo, falando do “vinho da ira de Deus”, declara que ele será “não misturado”, isto é, totalmente puro (Ap 14.10). Foi assim expresso porque os leitores da época entendiam que as bebidas derivadas de uvas eram misturadas com água (Jo 2.3). Neste texto de João 2.3 a palavra vinho do grego oinos é um termo genérico e pode se referir ao vinho fermentado, ou não. O sentido de oinos deve se determinado pelo contexto e pela probabilidade moral. Em contrastes, alguns acreditam que, tanto o vinho fornecido neste casamento como o vinho feito por Jesus, eram embriagantes se consumidos em grande quantidade. Se aceitamos esta tese, as implicações disto, dados a seguir, devem ser reconhecidas e também aceitas: Primeiro, os convidados do casamento provavelmente estariam bêbados; Segundo, Maria mãe de Jesus, estaria lastimando a falta de bebida embriagante e estaria pedindo que Jesus fornecesse aos convidados, já embriagados, mais vinho fermentado; Terceiro Jesus estaria produzindo, a fim de atender à vontade de sua mãe, de 600 a 900 litros de vinho embriagantes mais do que suficiente para manter todos os convidados, totalmente bêbados; Quarto Jesus estaria produzindo esse vinho embriagante como seu primeiríssimo “milagre” a fim de manifestar “a sua glória” e de levar as pessoas a crerem nele como Filho justo e santo de Deus. Não é impossível evitar as implicações supras da tese em questão. Alegar que Jesus produziu e usou vinho alcoólico, não somente ultrapassa os limites das normas exegéticas, como também nos leva a um conflito com os princípios embutidos no contexto geral do ensino da Escritura. Fica claro que, à luz da natureza de Deus, da justiça de Cristo, da sua amorável solicitude pela humanidade, do bom caráter de Maria, as implicações da posição de que o vinho de Caná estava fermentado é blasfêmia. Não se pode adotar uma interpretação que envolva tais afirmações e contradições. A única explicação plausível e crível é que o vinho produzido por Jesus, a fim de manifestar a sua glória, era o suco puro e não embriagante da uva. Além disso, o “vinho inferior”, inicialmente fornecido pela pessoa encarregada das bodas, também com toda probabilidade não era embriagante. Em resumo, o tipo de vinho usado pelos judeus nos dias da Bíblia não era idêntico ao de hoje. Tratava-se de suco de uva recém-espremido; suco de uva assim conservado; suco obtido de uvas tipo passas; vinho de uva feito do seu xarope, misturado com água; e, vinho velho, fermentado ou não, diluído com água, numa proporção de até 20 por 1. Se o vinho fermentado fosse servido não diluído, isso era considerado indelicadeza, contaminação e não podia ser abençoado pelos rabinos. À luz desses fatos, é ilícito a prática corrente de ingestão de bebidas alcoólicas com base no uso do “vinho” pelos judeus dos tempos bíblicos. Além disso os cristãos dos dias bíblicos eram mais cautelosos do que os judeus quanto ao uso do vinho (Rm 14.21; 1Ts 5.6; 1Tm 3.3; Tt 2.2).
A GLÓRIA DE JESUS MANIFESTA ATRAVÉS DO VINHO
Em João 2, vemos que Jesus transformou água em “vinho” nas bodas de Caná. Que tipo de vinho era esse? Conforme já vimos, podia ser fermentado ou não, concentrado ou diluído. A resposta deve ser determinada pelos fatos contextuais e pela probabilidade moral. A minha posição é que Jesus fez vinho (oinos) suco de uva integral e sem fermentação. Os dados que se segue apresentam fortes razões pra a rejeição da opinião que Jesus fez vinho embriagante. 1) O objetivo primordial desse milagre foi manifestar a sua glória, Jo 2.11, de modo a despertar fé e a confiança em Jesus como o Filho de Deus, santo e justo, que veio salvar o seu povo do pecado. Sugerir que Cristo manifestou a sua divindade como o Filho Unigênito do Pai (Jo 1.14), mediante a criação milagrosa de inúmeros litros de vinho embriagante para uma festa de bebedeiras, Jo 2.10, onde a expressão “bebido bem” provém da palavra grega methusko, que tem dois significados; estar ou ficar bêbado, e estar farto e satisfeito (sem referência à embriaguez). Aqui devemos entender methusko como o segundo destes dois significados. Seja como for traduzido este texto, ele não pode ser usado em defesa da tese que nessa festa de casamento foi bebido vinho fermentado. Neste texto, o mestre-sala simplesmente cita um princípio geral, próprio de qualquer festa de casamento, sem considerar o tipo de bebida que foi então servido. Não devemos, de modo algum, dar a entender que Jesus participou de uma festa de bebedeiras, nem que contribuiu para isso, e que tal milagre era extremamente importante para sua missão messiânica, requer um grau de desrespeito, e poucos se atreveriam a tanto. Será, porém, um testemunho da honra de Deus, e da honra e glória de Cristo, crer que Ele criou sobrenaturalmente o mesmo suco de uvas que Deus produz anualmente através da ordem natural criada. Portanto, esse milagre destaca a soberania de Deus no mundo natural, tornando-se um símbolo de Cristo para transformar espiritualmente pecadores em filhos de Deus. Devido a esse milagre, vemos a glória de Cristo “como a glória do Unigênito do Pai” (Jo 1.14). 2) Contraria a revelação bíblica quanto à perfeita obediência de Cristo a seu Pai celestial (Jo 4.34; Fp 2.8,9) supor que Ele desobedeceu ao mandamento moral do Pai: “Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho... e se escoa suavemente” isto é, quando fermentado (Pv 23.31). Cristo por certo sancionou os textos bíblicos que condenam o vinho embriagante como escarnecedor e alvoroçador (Pv 20.1), bem como as palavras de Habacuque 2.15: “Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro!... e o embebedas”. 3) Note, ainda, o seguinte testemunho da medicina moderna. Os maiores médicos especialistas atuais em defeitos congênitos citam evidências comprovadas de que o consumo moderado do álcool danifica o sistema reprodutivo das mulheres jovens, provocando abortos e nascimento de bebês com defeitos mentais e físicos incuráveis. Autoridades mundialmente conhecidas em embriologia precoce afirmam que as mulheres que bebem até quantidades moderadas de álcool, próximo ao tempo da concepção (48 horas), podem lesar os cromossomos de um óvulo em fase de liberação, e daí causar sérios distúrbios no desenvolvimento mental e físico do nenê. Seria teologicamente um absurdo afirmar que Jesus haja servido bebidas alcoólicas, contribuindo para seu uso. Afirmar que Ele não sabia dos terríveis efeitos em potencial que as bebidas inebriantes têm sobre os nascituros é questionar sua divindade, sabedoria e discernimento entre o bem e o mal. Afirmar que Ele sabia dos danos em potencial e dos resultados de formadores do álcool, e que mesmo assim, promoveu e fomentou seu uso, é lançar dúvidas sobre sua bondade, compaixão e amor. A única conclusão racional, bíblica e teológica acertada é que o vinho que Cristo fez nas bodas, a fim de manifestar a sua glória, foi o suco puro e doce de uva, e não fermentado.
Amém!
Erivelton de Jesus
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48 - A REGENERAÇÃO DOS DISCÍPULOS
Jo 20.22: “E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo”.
A outorga do Espírito Santo por Jesus aos seus discípulos no dia da ressurreição não foi o batismo no Espírito Santo como ocorreu no dia de Pentecoste (At 1.5; 2.4). Era, realmente, a primeira vez que a presença regeneradora do Espírito Santo e a nova vida do Cristo ressurreto saturavam e permeavam os discípulos.
Durante a última reunião de Jesus com seus discípulos, antes da sua paixão e crucificação, Ele lhes prometeu que receberiam o Espírito Santo, como aquele que os regeneraria: “habita convosco, e estará em vós” (Jo 14.17). Cristo declara que o Espírito Santo habitava agora com os discípulos, e lhes promete que futuramente Ele estaria em “vós”. A promessa do Espírito Santo para habitar nos fiéis cumpriu-se depois da ressurreição de Cristo, quando Ele assoprou sobre eles e disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo” (Jo 20.22). Jesus agora cumpre a promessa de João 14.17.
Da frase, “assoprou sobre eles” em João 20.22, infere-se que se trata da sua regeneração. A palavra grega traduzida por “soprou” (emphusao) é o mesmo usado na Septuaginta (a tradução grego do AT) em Gn 2.7, onde Deus “soprou em seus narizes {de Adão} o fôlego da vida; e o home foi feito alma vivente”. É o mesmo verbo que se acha em EZ 37.9: “Assopra sobre os mortos, para que vivam”. O uso que João faz deste verbo neste versículo indica que Jesus estava lhes outorgando o Espírito a fim de neles produzir nova vida e nova criação. Isto é, assim como Deus soprou para dentro do homem físico o fôlego da vida, e o homem se tornou uma nova criatura (Gn 2.7), assim também, agora, Jesus soprou espiritualmente sobre os discípulos, e eles se tornaram novas criaturas. Mediante sua ressurreição, Jesus tornou-se em “Espírito vivificante” (1Co 14.45).
O imperativo “Recebei o Espírito Santo” estabelece o fato que o Espírito, naquele momento histórico, entrou de maneira inédita nos discípulos, para neles habitar. A forma verbal de “receber” está no aoristo imperativo (gr lebete, do verbo lambano), que denota um ato único de recebimento. Este “recebimento” da vida pelo Espírito Santo antecede a outorgada autoridade de Jesus para eles (Jo 20.23), bem como do batismo no Espírito Santo, pouco depois, no dia de Pentecostes (At 2.4).
Antes da ocasião, os discípulos eram verdadeiros crentes em Cristo, e seus seguidores, segundo os preceitos do antigo concerto. Porém, eles não eram plenamente regenerados no sentido da nova aliança. A partir de então os discípulos passaram a participar dos benefícios, do novo concerto baseado na morte e ressurreição de Jesus. Foi, Também, nessa ocasião, e não no Pentecoste, que a igreja nasceu, isto é, uma nova ordem espiritual, assim como no princípio Deus soprou sobre o homem até então inerte para de fato torná-lo criatura vivente na ordem material (Gn 2.7).
Este trecho é essencial para a compreensão do ministério do Espírito Santo entre o povo de Deus:
a) Os discípulos receberam o Espírito Santo, isto é, o Espírito Santo passou a habitar neles e os regenerou antes do dia de Pentecostes; e.
b) O derramamento do Espírito Santo em At 2.4. Isto seguiu-se à primeira experiência. O batismo no Espírito Santo no dia de Pentecostes foi, portanto, uma segunda e distinta obra do Espírito neles.
Estas duas obras distintas do Espírito Santo na vida dos discípulos de Jesus são normativas para todo cristão. Isto é, todos os autênticos crentes recebem o Espírito Santo ao serem regenerados, e a seguir precisam experimentar o batismo no Espírito Santo para receberem poder para serem suas testemunhas.
Não há qualquer fundamento bíblico para se dizer que a outorga por Jesus do Espírito Santo em João 20.22 era tão somente uma profecia simbólica da vinda do Espírito Santo no Pentecostes. O uso do aoristo imperativo para “receber” denota o recebimento naquele momento e naquele lugar.
Amém!
Erivelton de Jesus
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28-A VONTADE DE DEUS
Is 5.10: “Todavia,
ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por
expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias; e o bom prazer
do Senhor na sua mão”.
Definição da vontade de Deus:
De modo geral, a
Bíblia refere-se à vontade de Deus em três sentidos diferentes.
1º) A vontade de
Deus é outra maneira de se identificar a Lei de Deus. Davi, por exemplo, forma
um paralelo entre a frase “tua lei” e
“tua vontade” no Salmo 40.8: “Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus
meu; sim, a tua Lei está dentro do meu coração.”. Semelhantemente, o
apóstolo Paulo considera que, conhecer a Deus é sinônimo de conhecer a sua
vontade (Rm 2.17,18). Noutras palavras: como em sua Lei o Senhor nos instrui no
caminho que Ele traçou, ela pode ser apropriadamente chamada “a vontade de Deus”. “Lei” significa
essencialmente “instrução”, e inclui
a totalidade da Palavra de Deus.
2º) Também se
emprega a expressão “a vontade de Deus”
para designar qualquer coisa que Ele explicitamente quer. Pode ser corretamente
designada de “a perfeita vontade de Deus”.
E a vontade revelada de Deus é que todos sejam salvos (1TM 2.4; 2Pe 3.9) e que
nenhum crente caia da graça “E a vontade
do Pai, que me enviou, é esta: que nenhum de todos aqueles que me deu se perca,
mas que o ressuscite no último dia” (Jo 6.39). É importante compreender o
relacionamento entre a vontade de Deus e a responsabilidade humana. Não é da
vontade de Deus que nenhum crente caia da graça e seja depois excluído da
presença de Deus. Não é, tampouco, da sua vontade que alguém pereça, nem que
deixe de vir ao conhecimento da verdade e ser salvo. Há, no entanto, muita
diferença entre a perfeita vontade de Deus e a sua vontade permissiva. Deus não
anula a responsabilidade do homem arrepender-se e crer, mesmo que isso
signifique que sua perfeita vontade não é realizada. O desejo de Deus, é que
todos os que crêem sejam salvos no último dia. Não os isenta da
responsabilidade de obedecer à sua voz e de segui-lo. Jesus orou, na noite em
que foi traído, dizendo de seus discípulos: “Tenho
guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, se não o filho da
perdição.” (Jo 17.12) isto é, aquele que tomou o rumo da perdição eterna.
Isso não quer dizer que todos serão salvos, mas apenas que Deus deseja a
salvação de todos.
3º) Finalmente, “a vontade de Deus” pode referir-se
àquilo que Deus permite, ou deixa acontecer, embora Ele não deseje
especificamente que ocorra. Tal coisa pode ser corretamente chamada “a vontade permissiva de Deus”. De fato,
muita coisa que acontece no mundo é contraria à perfeita vontade de Deus,
exemplo, o pecado, a concupiscência, a violência, ódio e a dureza de coração,
mas Ele permite que o mal continue por enquanto. A chamada de Jonas para ir a
Nínive fazia parte da perfeita vontade de Deus, mas sua viagem na direção
oposta estava dentro da sua vontade permissiva (Jn 1). Além disso, a decisão de
muitas pessoas permanecerem sem salvação é permitida por Deus. Ele não impõe a
fé aos que recusam a salvação mediante o seu Filho. Semelhantemente, muitas
aflições e males que nos acometem são permitidos por Deus, (1Pe 3.17; 4.19),
mas não é desejo seu que soframos.
FAZENDO A VONTADE DE DEUS
O
ensino bíblico a respeito da vontade de Deus não expressa apenas uma doutrina.
Afeta a nossa vida diária como crentes.
Devemos,
descobrir qual é a vontade de Deus, conforme revelado nas escrituras. Como os
dias em que vivemos são maus, temos de entender qual a perfeita e agradável
vontade de Deus (Ef 5.17).
Uma vez
que já sabemos como Ele deseja que vivamos como crentes, precisamos dedicar-nos
ao cumprimento da sua vontade. O salmista, por exemplo, pede a Deus que lhe
ensine a “fazer a tua vontade” (Sl
143.10). Ao pedir, igualmente, que o Espírito o guie “por terra plana” indica que, em essência, está rogando a Deus a
capacidade de viver uma vida de retidão. Semelhantemente, Paulo espera que os
cristãos tessalonicenses sigam a vontade de divina, evitando a imoralidade
sexual, e vivendo de maneira santa e honrosa (1Ts 4.2,4). Noutro lugar, Paulo
ora para que os cristãos recebam a plenitude do conhecimento da vontade divina,
a fim de viverem “dignamente diante do
Senhor, agradando-lhe em tudo” (Cl 1.9,10).
Os
crentes são exortados a orarem para que a vontade de Deus seja feita (Mt 6.10;
26.42; Lc 11.2; Rm 15.30-32; Tg 4.13-15). Devemos desejar, com sinceridade, a
perfeita vontade de Deus, e ter o propósito de cumpri-la em nossa vida e na
vida de nossa família. Se essa for a nossa oração e compromisso, teremos total
confiança de que o nosso presente e futuro estarão sob os cuidados do Pai
(conf. At 18.21; 1Co 14.19; 16.7). Se, porém, há pecado deliberado em nossa
vida, e rebelião contra a Sua Palavra. Deus não atenderá as nossas orações. Não
podemos esperar que a vontade divina seja feita na terra como no céu, a não ser
que nós mesmos procuremos cumprir a sua vontade em nossa própria vida.
Finalmente,
não podemos usar a vontade de Deus como desculpa pela passividade, ou
irresponsabilidade, no tocante à sua chamada para lutarmos contra o pecado e a
mornidão espiritual. É Satanás, e não Deus, o culpado por essa era maligna, com
a sua crueldade, maldade e injustiça. É também Satanás quem causa grande parte
da dor e sofrimento no mundo (conf. Jó 1.6-12; 2.1-6; Lc 13.16; 2Co 12.7).
Assim como Jesus veio para destruir as obras do Diabo (1Jo 3.8) “Para isto o filho de Deus se manifestou:
para desfazer as obras do diabo”, assim também é da vontade explicita de
Deus que batalhemos contra as hostes espirituais da maldade por meio do
Espírito Santo (Ef 6.10-20; 1Ts 5.8).
AMÉM!
Pb.
Erivelton R. de Jesus
Fontes:
Bíblia de Estudos Pentecostal e outros.
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29 - A PALVRA
DE DEUS
Is 55.10,11 “Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus, e para lá não
tornam, mas regam a terra e fazem produzir, e brotar, e dar semente ao
semeador, e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para
mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei.”
A
natureza da palavra de Deus
A
expressão “a palavra de Deus” também “a palavra do Senhor” ou simplesmente “a palavra” possui várias aplicações ma
Bíblia.
1) Obviamente, refere-se, em primeiro lugar, a tudo
quanto Deus tem falado diretamente. Quando Deus falou a Adão e Eva (Gn 2.16,17;
3.9-19), o que Ele lhes disse era, de
fato, a palavra de Deus. De modo semelhante, Ele se dirigiu a Abrão, a
Isaque, a Jacó, e a Moisés. Deus também falou à totalidade da nação de Israel,
no monte Sinai, ao proclamar-lhe os dez mandamentos (Ex 20.1-19). As palavras
que os israelitas ouviram eram palavras de Deus.
2) Além da fala direta, Deus ainda falou através dos
profetas. Quando eles se dirigiam ao povo de Deus, assim introduziam as suas
palavras, declarações: “Assim diz o
Senhor” ou “Veio a mim a palavra do
Senhor”. Quando, portanto, os israelitas ouviam as palavras do profeta,
ouviam, na verdade, a palavra de Deus.
3) A mesma coisa pode ser dita a respeito do que os
apóstolos falaram no NT. Embora não introduzissem suas palavras com a expressão
“Assim diz o Senhor”, o que falavam e
proclamavam era verdadeiramente, a palavra de Deus. O sermão de Paulo ao povo
de Antioquia da Pisídia (At 13.14-41), por exemplo, criou tamanha comoção que, “no sábado seguinte, ajuntou-se quase toda a
cidade a ouvir a palavra de Deus” (At 13.44). O próprio Paulo assegurou aos
tessalonicenses que, “havendo recebido de
nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavras de homens,
mas como a palavra de Deus” (1TS 2.13).
4) Além disso, tudo quanto Jesus falava era palavra
de Deus, pois Ele, antes de tudo, é Deus (Jô 1.1,18;10.30;1Jo 5.20); Lucas,
escritor do terceiro evangelho, declara explicitamente que , quando as pessoas
ouviam a Jesus, ouviam na verdade a palavra de Deus, “E aconteceu que, apertando-o a multidão para ouvir a palavra de Deus,
estava ele junto ao lago de Genesaré” (Lc 5.1). Note, como, em contraste
com os profetas do AT, Jesus introduzia seus ditos: Eu “vos digo” (ex: Mt 5.18,20,22,23,32,39; 11,22,24; Mc 9.1; 10.15; Lc
10.12; 12.4; Jô 5.19; 6.26; 8.34). Noutras palavras, Ele tinha dentro de sim
mesmo a Autoridade divina para falar a palavra de Deus. É tão importante ouvir
as palavras de Jesus. Pois “quem ouvi a
minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não estará em
condenação”(Jô 5.24). Jesus, na realidade, está estreitamente identificado
com a palavra de Deus que é chamado “o
verbo, o logos, a Palavra” (Jô 1.1,14; 1Jo 1.1; Ap 19.13-16).
5) A palavra de Deus é o registro do que os
profetas, apóstolos e Jesus falaram, isto é, a própria Bíblia. No NT, quer um
escrito usasse a expressão “Moisés disse,
Davi disse, o Espírito Santo diz, ou Deus diz” nenhuma diferença fazia
(veja At 3.22; Rm 10.5,19; Hb 3.7;4.7); pois o que estava na Bíblia era, sem
dúvida alguma, a palavra de Deus.
6) Mesmo não estando ao mesmo nível das Escrituras,
a proclamação feita pelos autênticos pregadores ou profetas, na igreja de hoje,
pode ser chamada a palavra de Deus “mas a
palavra do Senhor permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós foi
evangelizada”(1Pe 1.25), e Paulo mandou Timóteo “pregar a Palavra” (2Tm 4.2). A pregação, porém, não pode existir
independentemente da palavra de Deus. Na realidade, o teste para se determinar
se a palavra de Deus está sendo proclamada num sermão, ou mensagem, é de ela
corresponder exatamente à Palavra de Deus escrita. O que se diz de uma pessoa
que recebe uma profecia, ou revelação no âmbito do culto de adoração? Ela está
recebendo, ou não, a palavra de Deus? A resposta é “sim”. Paulo assevera que semelhantes mensagens estão sujeitas à
avaliação por outros profetas.. Todavia, há a possibilidade de tais profecias
não serem a palavra de Deus (1Co 14.29): “E
falem dois ou três profetas, e os outros julguem”. Toda profecia deve ser
julgada ou avaliada quanto ao seu conteúdo. Isso demonstra que a profecia nos
tempos do NT não era infalível, sendo passível de correção.
a) Às vezes, a profecia e o falar em línguas não
procedem de Deus. “Amados, não creais em
todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos
profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1). Até mesmo os espíritos
malignos conseguem agir na congregação através dos falsos mestres ou falsos
profetas aí presentes. O profetizar, o falar em línguas estranhas ou a
possessão dalgum dom sobrenatural não é garantia de que alguém é um genuíno
profeta ou crente, pois os dons espirituais podem ser falsificados por Satanás
(Mt 24.24; 2Ts 2.9-12; Ap 13.13,14).
b) Se a igreja não julga com decência e ordem (1Co
14.40) as profecias, ela deixou de seguir as diretrizes bíblicas. Note, também,
que a profecia não era algo como um impulso incontrolável do Espírito, pois
apenas um profeta podia falar de cada vez (1Co 14.30-32).
c) Qual deve ser a atitude da igreja para as
mensagens proféticas? Todas as profecias devem ser testada segundo o padrão da
doutrina bíblica. Isso significa que os crentes, devem ficar atentos ao seu
cumprimento, e atentos também no caso de não se cumprir. Se a palavra profética
é uma exortação, a congregação precisa perguntar: “O que devemos fazer para obedecer à vontade do Espírito?”
É
somente em sentido secundário que os profetas, hoje, falam sob a inspiração do
Espírito Santo; sua revelação jamais deve ser elevada à categoria da
inerrância.
O poder da palavra de Deus
A
palavra de Deus permanece firme nos céus “Para
sempre, ó Senhor, a tua palavra permanece nos céus” (Sl 119.89).
Não
é, porém, estática; é dinâmica e poderosa “Porque
a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de
dois gumes, e penetra até a divisão da alma, e do espírito, e das juntas e
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.” (Hb
4.12), pois realiza grandes coisas.
I.
A
palavra de Deus é criadora:
Segundo
a narrativa da criação, as coisas vieram a existir à medida que Deus falava a
sua palavra. Tal fato é resumido pelo salmista: “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus”(Sl 33.6), e pelo
escritor aos Hebreus: “Pela fé,
entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados”(Hb 11.3). De
conformidade com João, a palavra que Deus usou para criar todas as coisas foi
Jesus Cristo (Jô 1.1-3).
II.
A
palavra de Deus sustenta a criação:
Nas palavras do
escritor aos Hebreus, Deus sustenta “todas
as coisas pela palavra de seu poder”(Hb 1.3). Assim como a palavra
criadora, essa palavra relaciona-se com Jesus Cristo segundo Paulo insiste: “Todas as coisas subsistem por Ele (Jesus)”
(Cl 1.17).
III.
A
Palavra de Deus tem o poder de outorgar vida nova:
Pedro testifica que
nascemos de novo “pela palavra de Deus,
viva e que permanece para sempre”(1Pe 1.23). É por essa razão que o próprio
Jesus é chamado o Verbo da vida (1Jo 1.1).
IV.
A
palavra de Deus também libera graça, poder e revelação, por meio dos quais os
crentes crescem na fé e na sua dedicação a Jesus Cristo:
Isaías emprega um expressivo quadro
verbal: Assim como a água proveniente do céu faz as coisas crescerem, assim a
palavra que sai da boca de Deus nos leva a crescer espiritualmente (Is
55.10,11). Pedro ecoa o mesmo pensamento ao escrever que, ao bebermos do leite
puro da palavra de Deus, crescemos em nossa salvação (1Pe 2.2).
V.
A
palavra de Deus é a arma que o Senhor nos proveu para lutarmos contra Satanás:
Jesus derrotou Satanás, pois fazia uso
da Palavra de Deus: “Está escrito” ,
isto é, “consta como a Palavra infalível
de Deus”; conforme Lc 4.1-11; Mt 4.1-11).
VI.
Finalmente,
a palavra de Deus tem o poder de nos julgar:
Os profetas do AT e os apóstolos do NT
frequentemente pronunciavam palavras de juízo recebidas do Senhor. O próprio
Jesus assegurou que a sua palavra condenará os que o rejeitarem. “Quem
me rejeitar a mim e não receber as minhas palavras já tem quem o julgue; a
palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.”(Jô 12.48). E
o autor aos Hebreus escreve que a poderosa palavra de Deus julga “os pensamentos e intenções do coração”(Hb
4.12). Noutras palavras: os que optam por desconsiderar a palavra de Deus,
acabarão por experimentá-la como palavra de condenação.
Nossa atitude ante a Palavra de Deus
A
Bíblia descreve, em linguagem clara e inconfundível, como devemos proceder
quanto a palavra de Deus em sua diferentes expressões. Devemos ansiar por
ouvi-la e procurar compreendê-la (Mt 13.23). Devemos louvar, no Senhor, a
palavra de Deus, amá-la e dela fazer a nossa alegria e deleite. Devemos aceitar
o que a palavra de Deus diz, ocultá-la
nas profundezas de nosso coração, confiar nela, e colocar a nossa esperança em
suas promessas. Acima de tudo, devemos obedecer ao que ela ordena e viver de
acordo com seus ditames. Deus conclama os que ministram a palavra a manejá-la
corretamente (2Tm 2.15), e a pregá-la fielmente. Todos os crentes são
convocados a proclamarem a palavra de Deus por onde quer que forem.
AMÉM!!!!!!!!!!
Fonte: Bíblia de Estudos Pentescostal
Erivelton R. de Jesus
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