sábado, 5 de novembro de 2016

50 - O FALAR EM LÍNGUAS


At 2.4: E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem..”.
                O falar noutras línguas, ou aglossolália (Gr. Glossais lalo), era entre os crentes do NT, um sinal da parte de Deus para evidenciar o batismo no Espírito Santo. Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do Espírito continua o mesmo para os dias de hoje.
O VERDADEIRO FALAR EM LÍNGUAS
            As línguas como manifestação do Espírito:
Falar noutras línguas é uma manifestação sobrenatural do Espírito Santo, isto é, uma expressão vocal inspirada pelo Espírito, mediante a qual o crente fala numa língua (Gr. Glossa) que não aprendeu. “E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” (At 2.4). Estas línguas podem ser humanas, isto é, atualmente faladas, como português, inglês, aramaico, hebraico, etc, a qual a pessoa nunca estudou, ou desconhecidas na terra. Não é “fala extática”, como algumas traduções afirmam, pois a Bíblia nunca se refere à “expressão extática” para referir-se ao falar noutras línguas pelo Espírito, ou seja, a pessoa não entra em êxtase, quando se enche do Espírito Santo.
            Línguas como sinal externo do batismo no Espírito Santo:
Falar noutras línguas é uma expressão verbal inspirada, mediante a qual o espírito do crente e o Espírito Santo se unem no louvor e/ou profecia. Desde o início, Deus vinculou o falar noutras línguas ao batismo no Espírito Santo, de modo que os primeiros 120 crentes no dia de Pentecostes, e demais batizados a partir de então, tivessem uma confirmação física de que realmente receberam o Espírito Santo “E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus.” (At 10.45,46). Desse modo, essa experiência podia ser comprovada quanto a tempo e local de recebimento. No decurso da história da igreja, sempre que as línguas como sinal foram rejeitados, ou ignoradas, a verdade e a experiência do Pentecoste foram distorcidas, ou totalmente suprimidas.
                As línguas como dom:
Falar noutras línguas também é descrito como um dos dons concebidos ao crente pelo Espírito Santo “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas.” (1Co 12.4-10). Este dom tem dois propósitos principais:
a)      O falar noutras línguas seguido de interpretação, também pelo Espírito , em culto público;
b)      O falar noutras línguas pelo crente para dirigir-se a Deus nas suas devoções particulares e, deste modo, edificar sua vida espiritual “O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja.” (1Co 14.4). Significa falar ao nível do Espírito, com o propósito de orar, dar graças, ou cantar.
OUTRAS LÍNGUAS, PORÉM FALSAS
                O simples falto de alguém falar “noutras línguas”, ou exercitar outra manifestação sobrenatural não é evidência irrefutável da obra e da presença do Espírito Santo. O ser humano pode imitar as línguas estranhas como o fazem os demônios. A Bíblia nos adverte a não crermos em todo espírito, e averiguarmos se nossas experiências espirituais procedem realmente de Deus. “ AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.” (1Jo 4.1):
1)      Somente devemos aceitar as línguas se elas procederem do Espírito Santo, como em Atos dos Apóstolos 2.4. Esse fenômeno, segundo o livro de Atos, deve ser espontâneo e resultado do derramamento inicial do Espírito Santo. Não é algo aprendido, nem ensinado, como por exemplo instruir crentes a pronunciar sílabas sem anexo.
2)      O Espírito Santo nos adverte claramente que nestes últimos dias surgirá apostasia, dentro da igreja. “AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;” (1Jo 4.1,2); Sinais e maravilhas operados por Satanás e obreiros fraudulentos que fingem ser servos de Deus.
3)      Se alguém que fala noutras línguas, mas não é dedicado a Jesus Cristo, nem aceita a autoridade das Escrituras, nem obedece à Palavra de Deus, qualquer manifestação sobrenatural que nele ocorra não provém do Espírito Santo “Qualquer que comete pecado, também comete iniqüidade; porque o pecado é iniqüidade. E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado. Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu. Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim como ele é justo. Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo. Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus. Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus.” (1Jo 3.4-10).




Amém!

Erivelton de Jesus

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