At 2.4: “E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras
línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem..”.
O falar noutras línguas, ou
aglossolália (Gr. Glossais lalo), era entre os crentes do NT, um sinal da parte
de Deus para evidenciar o batismo no Espírito Santo. Esse padrão bíblico para o
viver na plenitude do Espírito continua o mesmo para os dias de hoje.
O VERDADEIRO FALAR EM
LÍNGUAS
As
línguas como manifestação do Espírito:
Falar
noutras línguas é uma manifestação sobrenatural do Espírito Santo, isto é, uma
expressão vocal inspirada pelo Espírito, mediante a qual o crente fala numa
língua (Gr. Glossa) que não aprendeu. “E
todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas,
conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” (At 2.4). Estas
línguas podem ser humanas, isto é, atualmente faladas, como português, inglês,
aramaico, hebraico, etc, a qual a pessoa nunca estudou, ou desconhecidas na
terra. Não é “fala extática”, como algumas traduções afirmam, pois a Bíblia
nunca se refere à “expressão extática” para referir-se ao falar noutras línguas
pelo Espírito, ou seja, a pessoa não entra em êxtase, quando se enche do
Espírito Santo.
Línguas
como sinal externo do batismo no Espírito Santo:
Falar
noutras línguas é uma expressão verbal inspirada, mediante a qual o espírito do
crente e o Espírito Santo se unem no louvor e/ou profecia. Desde o início, Deus
vinculou o falar noutras línguas ao batismo no Espírito Santo, de modo que os
primeiros 120 crentes no dia de Pentecostes, e demais batizados a partir de
então, tivessem uma confirmação física de que realmente receberam o Espírito
Santo “E os fiéis que eram da
circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom
do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar
línguas, e magnificar a Deus.” (At 10.45,46). Desse modo, essa experiência
podia ser comprovada quanto a tempo e local de recebimento. No decurso da
história da igreja, sempre que as línguas como sinal foram rejeitados, ou
ignoradas, a verdade e a experiência do Pentecoste foram distorcidas, ou
totalmente suprimidas.
As línguas como dom:
Falar
noutras línguas também é descrito como um dos dons concebidos ao crente pelo
Espírito Santo “Ora, há diversidade de
dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é
o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em
todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for
útil.Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo
mesmo Espírito, a palavra da ciência;E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a
outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; E a outro a operação de maravilhas;
e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a
variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas.” (1Co
12.4-10). Este dom tem dois propósitos principais:
a)
O
falar noutras línguas seguido de interpretação, também pelo Espírito , em culto
público;
b)
O
falar noutras línguas pelo crente para dirigir-se a Deus nas suas devoções
particulares e, deste modo, edificar sua vida espiritual “O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que
profetiza edifica a igreja.” (1Co 14.4). Significa falar ao nível do
Espírito, com o propósito de orar, dar graças, ou cantar.
OUTRAS LÍNGUAS,
PORÉM FALSAS
O simples falto de alguém falar “noutras línguas”, ou exercitar outra
manifestação sobrenatural não é evidência irrefutável da obra e da presença do
Espírito Santo. O ser humano pode imitar as línguas estranhas como o fazem os
demônios. A Bíblia nos adverte a não crermos em todo espírito, e averiguarmos
se nossas experiências espirituais procedem realmente de Deus. “ AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas
provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm
levantado no mundo.” (1Jo 4.1):
1)
Somente
devemos aceitar as línguas se elas procederem do Espírito Santo, como em Atos
dos Apóstolos 2.4. Esse fenômeno, segundo o livro de Atos, deve ser espontâneo
e resultado do derramamento inicial do Espírito Santo. Não é algo aprendido,
nem ensinado, como por exemplo instruir crentes a pronunciar sílabas sem anexo.
2)
O
Espírito Santo nos adverte claramente que nestes últimos dias surgirá
apostasia, dentro da igreja. “AMADOS, não
creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já
muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito
de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de
Deus;” (1Jo 4.1,2); Sinais e maravilhas operados por Satanás e obreiros
fraudulentos que fingem ser servos de Deus.
3)
Se
alguém que fala noutras línguas, mas não é dedicado a Jesus Cristo, nem aceita
a autoridade das Escrituras, nem obedece à Palavra de Deus, qualquer
manifestação sobrenatural que nele ocorra não provém do Espírito Santo “Qualquer que comete pecado, também comete
iniqüidade; porque o pecado é iniqüidade. E bem sabeis que ele se manifestou
para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado. Qualquer que permanece nele
não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu. Filhinhos, ninguém vos
engane. Quem pratica justiça é justo, assim como ele é justo. Quem comete o
pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de
Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo. Qualquer que é nascido de
Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar,
porque é nascido de Deus. Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos
do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de
Deus.” (1Jo 3.4-10).
Amém!
Erivelton de Jesus
Nenhum comentário:
Postar um comentário