sábado, 5 de novembro de 2016

47 - A REGENERAÇÃO


Jo 2.11: Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”.
            A palavra regeneração significa ato ou efeito de regenerar, que por sua vez, provem do latim regenerare, que tem como significado tornar a gerar; restaurar; reorganizar, melhorar ou emendar moralmente; formar-se de novo; emendar-se corrigir-se moralmente; reabilitar-se.
            Essa palavra constitui uma das doutrinas mais importantes e fundamentais da fé cristã: a regeneração “não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo” (Tt 3.5). É sobre essa doutrina que Jesus está tratando no texto de Jo 3.1-8. Ele diz que sem o novo nascimento, ninguém poderá ver o Reino de Deus. Veja a seguir, importantes fatos a respeito do novo nascimento.
1)      A regeneração é a nova criação e transformação da pessoa efetuadas por Deus e pelo Espírito Santo. Por esta operação, a vida eterna da parte do próprio Deus é outorgada ao crente, e este se torna um filho de Deus (Jo 1.12); e uma nova criatura (2Co 5.17). Já não se conforma com este mundo (Rm 12.2), mas é criado segundo Deus “em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24).
2)      A regeneração é necessária porque, à parte de Cristo, todo ser humano, pela sua natureza inerente e pecadora, é incapaz de obedecer a Deus e agradar-lhe (Sl 51.5; 58.3; Rm 8.7,8; 5.12; 1Co 2.11).
3)      A regeneração tem lugar naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para Deus e coloca sua fé na pessoa do de Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador.
4)      A regeneração envolve a mudança da velha vida de pecado em nova vida de obediência a Jesus Cristo, “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas se passaram; eis que tudo se fez novo.” (2Co 5.17; Ef 4.23,24; Cl 3.10). Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado (Jo 8.36; Rm 6.14-23), e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a Deus e de seguir a direção do Espírito Santo (Rm 8.13,14). Vive uma vida de retidão (1Jo 2.29), ama aos demais crentes (1Jo 4.7), evita uma vida de pecado (1Jo 3.9; 5.18) e não ama o mundo (1Jo 2.15,17).
5)      Quem é nascido de Deus não pode fazer do pecado uma prática habitual na sua vida (1Jo 3.9). Não é possível permanecer nascido de novo sem o desejo sincero e o esforço vitorioso de agradar a Deus e de evitar o mal, mediante uma comunhão profunda com Cristo e a dependência do Espírito Santo. (Rm 8.2-14).
6)      Aqueles que continuam vivendo na imoralidade e nos caminhos pecaminosos do mundo, seja qual for à religião que professam, demonstram que ainda não nasceram de novo (1Jo 3.6,7).
7)      Assim como uma pessoa nasce do Espírito ao obedecer à vida de Deus, também pode extinguir essa vida ao enveredar pelo mal e viver em iniqüidade. As Escrituras afirmam: “Se viverdes segundo a carne, morrereis.” (Rm 8.13).
8)      O novo nascimento não pode ser equiparado ao nascimento físico, pois o relacionamento entre Deus e o salvo é questão do espírito e não da carne. Logo, embora a ligação física entre um pai e um filho nunca possa ser desfeita, o relacionamento de pai para filho, que Deus quer manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante nosso período probatório na terra “Porque se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis” (Rm 8.13). Paulo salientou a necessidade da guerra contínua contra tudo que tentar limitar a obra de Deus em nossa vida, porque o pecado sempre se esforça para reconquistar o seu controle sobre nós. Nosso relacionamento com Deus é condicionado pela nossa fé em Cristo durante nossa vida terrena; fé esta demonstrada numa vida de obediência e o amor sinceros.      
     

Amém!

Erivelton de Jesus

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