Mc 13.22: “Porque se levantarão falsos cristos,
e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível,
até os escolhidos.”
O crente da atualidade precisa estar
informado de que, pode haver, nas igrejas, diversos obreiros corrompidos e
distanciados da verdade, como os mestres da Lei de Deus, nos dias de Jesus (Mt
24.11,24). Jesus adverte, aqui, que nem toda pessoa que professa a Cristo é um
crente verdadeiro e que, hoje, nem todo escritor evangélico, missionário, pastor,
evangelista, professor, diácono e outros obreiros são aquilo que dizem ser.
Esses obreiros “exteriormente pareceis justos aos homens” (Mt 23.28). Aparecem “vestidos como ovelhas” (Mt 7.15). Podem
até ter uma mensagem firmemente baseada na Palavra de Deus e expor altos
padrões de retidão. Podem parecer sinceramente empenhados na obra de Deus e no
seu Reino, demonstrar grande interesse pela salvação dos perdidos e professar
amor a todas as pessoas. Parecerão ser grandes ministros de Deus, líderes espirituais
de renome, ungidos pelo Espírito Santo. Poderão realizar milagres, ter grande
sucesso e multidões de seguidores “Nem
todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que
faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.Muitos me dirão naquele dia:
Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos
demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi
abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a
iniqüidade.” (Mt 7.21-23).
Todavia, esses homens são
semelhantes aos falsos profetas dos tempos antigos (Dt 13.3; 1Rs 18.40; Ne
6.12; Jr 14.14; Os 4.15), e os fariseus do NT. Longe das multidões, na sua vida
em particular, os fariseus entregavam-se à “rapina
de iniqüidade” (Mt 25.25), “cheios de
hipocrisia e de iniqüidade” (Mt 23.28). Sua vida na intimidade é marcada
pela cobiça carnal, imoralidade, adultério, ganância e satisfação dos seus
desejos egoístas.
De duas maneiras, esses impostores
conseguem uma posição de influencia na igreja:
a)
Alguns
falsos mestres e pregadores iniciam seu ministério com sinceridade, veracidade,
pureza e genuína fé em Cristo. Mais tarde, por causa do seu orgulho e desejos
imorais, sua dedicação pessoal e amor a Cristo desaparecem lentamente. Em
decorrência disso, apartam-se do Reino de Deus e se tornam instrumentos de
Satanás, disfarçados em ministros da justiça “Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros
da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.” (2Co 11.15).
b)
Outros
falsos mestres e pregadores nunca foram crentes verdadeiros. O serviço de
Satanás, eles estão na igreja desde o início de suas atividades (Mt 13.24-28;
36-43). Satanás tira partido da sua habilidade e influência e promove o
sucesso. A estratégia do inimigo é colocá-los em posições de influência para
minarem a autêntica obra de Cristo. Se forem descobertos ou desmascarados,
Satanás sabe que grandes danos ao Evangelho advirão disso e que o nome de
Cristo será menosprezado publicamente.
A PROVA
Quatorze vezes nos
Evangelhos, Jesus advertiu os discípulos a se precaverem dos líderes
enganadores “Acautelai-vos, porém, dos
falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são
lobos devoradores.” (Mt 7.15; 16.6,11; 24.4,24; Mc 4.24; 8.15; 12.38-40;
13,5; Lc 12.1; 17.23; 20.46; 21.8). Noutros lugares, o crente é exortado a pôr
à prova mestres, pregadores e dirigentes da igreja “AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são
de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.” (1Jo
4.1); 1Ts 5.21). Seguem-se os passos para testar os falsos mestres ou falsos
profetas:
1-
Discernir
o caráter da pessoa. Ela tem uma vida de oração perseverante e manifesta uma
devoção sincera e pura a Deus? Manifesta o fruto do Espírito “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas
coisas não há lei.” (Gl 5.22,23), ama os pecadores (Jo 3.26), detesta o mal
e ama a justiça (Hb 1.9) e fala contra o pecado (Mt 23; Lc 3.18-20)?
2-
Discernir
os motivos da pessoa. O líder cristão verdadeiro procurará fazer quatro coisas:
Honrar a Cristro, conduzir à igreja à santificação, salvar os perdidos e
proclamar e defender o evangelho de Cristo e dos seus apóstolos (2Co 8.23; Fp
1.20; At 26.18; 1Co 6.18; 2Co 6.16-18; 1Co 9.19-22; Fp 1.16; Jd 3).
3-
Observar
os frutos da vida e da mensagem da pessoa. Os frutos dos falsos profetas,
pregadores comumente consistem em seguidores que não obedecem a toda a Palavra
de Deus “Por seus frutos os conhecereis.
Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?” (Mt
7.16). Os falsos mestres exteriormente parecem justos, mas interiormente são
lobos devoradores.
4-
Discernir
até que ponto a pessoa se basea nas Escrituras. Este é o ponto fundamental. Ela
crê e ensina que os escritores originais do AT e NT são plenamente inspirados
por Deus, e que devemos observar todos os ensinos? Caso contrário, podemos
estar certo de que tal pessoa e sua mensagem não provêm de Deus.
5-
Finalmente,
verifique a integridade da pessoa quanto ao dinheiro do Senhor. Ela recusa
grandes somas para si mesmas, ministra todos os assuntos com integridade e
responsabilidade, e procura realizar a obra de Deus conforme os padrões do NT
para obreiros cristãos? (1Tm 3.3: 6.9,10
Apesar de tudo o
que o crente fiel venha fazer para avaliar a vida e o trabalho de tais pessoas,
na deixará de haver falsos mestres nas igrejas, os quais, com a ajuda de
Satanás, ocultam-se até que Deus os desmascare e revele aquilo que realmente
são, como Jesus disse na parábola do Trigo e do Joio (Mt 13.24-30).
AMÉM!
Erivelton de Jesus
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