sábado, 5 de novembro de 2016

37 - O REINO DE DEUS


Mt 12.28: Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus..”
                    
A natureza do reino
            O reino de Deus (ou dos céus), no presente, significa Deus intervindo e predominando no mundo, para manifestar seu poder, sua glória e suas prerrogativas contra o domínio de Satanás e a condição atual deste mundo. Trata-se de algo além da salvação ou da igreja; é Deus revelando-se com poder na execução de todas as suas obras.
1-    O reino é antes de tudo uma demonstração do poder divino em ação. Deus inicia seu domínio espiritual na terra, nos corações do seu povo e no meio destes, como Jesus disse: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada”( Jo 14.23). Ele entra no mundo com poder (Mt 9.1; 1Co 4.20). Não se trata de poder no sentido material e político, e sim, espiritual. O reino não é uma teocracia relígio-político; Ele não está vinculado ao domínio social ou político sobre as nações ou reino deste mundo Respondeu Jesus: O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos (anjos) para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui.” (Jo 18.36). Deus não pretende atualmente redimir e reformar através do ativismo social ou político, da força, ou da ação violenta. O mundo, durante a presente era, continuará inimigo de Deus e do seu povo (Jo 15.19); Rm 12.12; Tg 4.4; 1Jo 2.15-17). O governo de Deus mediante o juízo direto e à força só ocorrerá no fim desta era (Ap 19.11-21). Podemos dizer então que:
·         O reino de Jesus não é: Deste mundo, pois, sua origem não está no mundo, nem visa a dominar o sistema deste mundo, nem estabelecer uma teocracia político-reliciosa, nem exercer o domínio político na terra. Por isso, que seus seguidores não pode se servirem de meios terrenos para estabelecer o Seu reino, como à guerra, revoltas, para promoverem os princípios de Cristo na terra. Não devem se aliar a partidos políticos, grupos de pressão social, ou organizações seculares, para estabelece o reino de Deus, pois eles se recusam a fazer da cruz uma plataforma de seu poder para controlar a sociedade. O reino de Deus não será imposto pela espada nem pela força. Seus seguidores estarão armados somente com armas espirituais (Ef 6.10-18). Isso não significa, porém, que os discípulos de Jesus são indiferentes aos postulados divinos por um governo pautado na justiça e paz e que penalize os malfeitores. Os cristãos devem levar uma “palavra profética” ao Estado, no tocante às suas responsabilidades morais diante de Deus.
·         O reino de Jesus é: O senhorio de Cristo nas vidas e nos corações de todos aqueles que ouvem a verdade e lhes obedecem. “O reino de Deus não é comida, nem bebida, mas justiça e paz, e alegria no Espírito Santo.” (Rm 14.17). O cristão enfrenta as forças espirituais de Satanás com armas espirituais. O papel da igreja é o de um servo de Jesus Cristo, não o de um governante do mundo atual. A força da igreja não procede do mundo, mas da cruz; seu sofrimento e rejeição pelo mundo e a sua glória (2Co 3.7-18), pois, somente quando a igreja renuncia ao poder do mundo, recebe o poder de Deus. A igreja enfrenta hoje a mesma escolha; só quando ela perde sua própria vida neste mundo, ela achar-se-á em Deus.
·         O reino de Jesus será: No futuro, Jesus governando em um novo céu e uma nova terra. Isto ocorrerá depois da sua vinda a este mundo para julgar as nações, para aniquilar o Anticristo, governar a terra por mil anos e a seguir confinar Satanás, nos seu destino final, no lago de fogo (Ap 19.11 – 20.15). Oh glória!
2-     Quando Deus se manifesta com poder sobre o mundo, este entra em crise. O império do diabo fica totalmente alarmado (Mt 12.28,29; Mc 1.23,24), e todos encaram a decisão de submeter-se ou não governo de Deus (Mt 3.12; 4.17; Mc 1.14,15). A condição necessária e fundamental para entra no reino de Deus é: Arrependi-vos e crede no evangelho” (Mc 1.15).
3-     O fato de Deus irromper no mundo com poder abrange:
a)    Seu poder sobre o governo e domínio de Satanás, pois, a chegada do reino é o começo da destruição do domínio de Satanás e do livramento da humanidade das forças demoníacas e do pecado;
b)    Poder para operar milagres e curar os enfermos;
c)    A pregação do evangelho, que produz a convicção do pecado, da justiça e do juízo;
d)    A salvação e a santificação daqueles que se arrependem e crêem no evangelho;
e)    O batismo no Espírito Santo, com poder para testemunhar de Cristo.
4-     Uma evidência máxima de que a pessoa está vivendo o reino de Deus é viver uma vida de “justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17).
5-     O reino tem um aspecto tanto presente como futuro. É uma realidade presente no mundo de hoje. (Mc 1.15; Lc 18.16.17; Cl 1.13; Hb 12.28), mas o governo e o poder de Deus não predominam plenamente em tudo e em todos. A obra e a influência de Satanás e dos homens maus continuarão até o fim desta era. A manifestação futura da glória de Deus e do seu poder e reino ocorrerão quando Jesus voltar para julgar o mundo (Mt 24.30; Lc 21.27: Ap 19.11-20; 20.1-6). O estabelecimento total do reino virá, quando Cristo finalmente triunfar sobre todo o mal e a oposição e entregar o reino a Deus Pai (1Co 15.24-28; Ap 20.7-21.8).

O papel do crente no reino
            O NT contém abundante ensino sobre a missão do crente no reino de Deus, na sua presente manifestação.
            É de responsabilidade do crente buscar incessantemente o reino de Deus, em todas as suas manifestações, tendo fome e sede pela presença e pelo poder de Deus, tanto na sua vida como no meio da sua comunidade cristã.
            Em Mt 11.12, Jesus revela novos fatos sobre a natureza dos membros do reino “E, desde os dias de João Batista até agora, se faz violência ao Reino dos céus, e pela força se apoderam dele”. Aqui Jesus disse que somente quem se esforça se apodera do reino de Deus. Os tais, movidos por Deus resolvem romper com as práticas pecaminosas e imorais do mundo e seguem a Cristo, a sua Palavra e seus justos caminhos. Não importando o preço a pagar, esses, resolutamente, buscam o reino com todo o seu poder. Noutras palavras, pertencer ao reino de Deus e desfrutar de todas as suas bênçãos requer esforço sincero e constante – um combate de fé, aliado a uma forte vontade de resistir a Satanás, ao pecado e à sociedade em que vivemos.
            Não conhecerão o reino de Deus aqueles que raramente oram, que transigem com o mundo, que negligenciam a palavra e que têm pouca fome espiritual. O reino de Deus é para homens e mulheres como: José (Gn 39.9), Natã (2Sm 12.7), Elias (1Rs 18.21), Daniel e seus três amigos (Dn 1.8;3.16-18), Mardoqueu (Et 3.4,5), Pedro e João (At 4.19,20), Estevão (At 6.8; 7.51), Paulo (Fp 3.13,14), Débora (Jz 4.9), Rute (Rt 1.16-18), Ester (Et 4.16), Maria (Lc 1.26-35), Na (Lc 2.36-38), Lídia (At 16.14,15,44), e muitos outros no decorrer da história que nos servem como exemplo, e como esses homes e mulheres, possamos aumentar nosso apetite para buscarmos com toda nosso força o reino de Deus (Mt 6.33), e não venhamos parar diante dos obstáculos. É somente assim que dia após dia o reino de Deus se manifestará em nós e através de nós.




AMÉM!!!!!
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Fonte: Bíblia de Estudos Pentecostal
Erivelton R. de Jesus

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