domingo, 23 de agosto de 2020

56. ISRAEL NO PLANO DIVINO PARA A SALVAÇÃO

 

Romanos 9.6: “Não que a Palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas”.

            INTRODUÇÃO:

            Em Romanos, capítulos 9 ao 11, Paulo trata da eleição de Israel no passado, da sua rejeição do evangelho no presente, e da sua salvação futura. Esses três capítulos foram escritos para responder à pergunta que os crentes judaicos faziam: Como as promessas de Deus a Abraão e à nação de Israel poderiam permanecer válidas, quando a nação de Israel, como um todo, não parece ter parte no Evangelho? O presente estudo resume o argumento de Paulo.

            SÍNTESE:

            Há três elementos distintos no exame que Paulo faz de Israel no plano da salvação.

1.    O primeiro (Rm 9.6-29) é um exame de Israel no passado:

1.1.  Em Romanos 9.6-13, Paulo afirma que a promessa de Deus a Israel não falhou, pois a promessa era só para os fiéis da nação. Visava somente o verdadeiro Israel aqueles que eram fiéis à promessa. Sempre tem um Israel dentro de Israel, que tem recebido a promessa. Exemplo disso é o atendimento da parte de Abraão à chamada em Gênesis 12.1-3.

1.2. Em Romanos  9.14-29,  Paulo chama a nossa atenção pelo fato de que Deus tem o direito de fazer o que Ele quer como os indivíduos e as nações. Tem o direito de rejeitar a Israel, se desobedecerem a Ele e o direito de usar de misericórdia para com os gentios, oferecendo-lhes a salvação, se Ele assim decidir.

2.    O segundo elemento (Rm 9.30 – 10.21) analisa a rejeição presente do Evangelho por Israel. Seu erro de não voltar-se para Cristo, não se deve a um decreto incondicional de Deus, mas à sua própria incredulidade e desobediência, no capítulo 10.3 diz: “Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus;”.

3.    Finalmente, Paulo explica (Rm 11.1-36) que a rejeição de Israel é apenas parcial e temporária. Israel por fim, aceitará a salvação divina em Cristo. O argumento dele contém vários passos.

3.1.  Deus não rejeitou o Israel verdadeiro, pois Ele permanece fiel ao “remanescente”  que permanece fiel a Ele, aceitando a Cristo (Rm 11.1-6).

3.2. No presente, Deus endureceu a maior parte de Israel, porque os israelitas não quiseram aceitar a Cristo ( Rm 11. 7-10).

3.3.  Deus transformou a transgressão de Israel, isto é, a crucificação de Cristo, numa oportunidade de proclamar a salvação a todo o mundo (Rm 11.11,12,15).

3.4. Durante esse tempo presente da incredulidade nacional de Israel, a salvação de indivíduos, tanto de judeus como os gentios depende da fé em Jesus Cristo (Rm 11. 13-24).

3.5. A fé em Jesus Cristo, por uma parte de Israel nacional, acontecerá no futuro (Rm 11.25-29).

3.6. O propósito sincero de Deus é ter misericórdia de todos, tanto de judeus como dos gentios, e incluir no seu reino todas as pessoas que crêem em Cristo (Rm 11.30-36).

PERSPECTIVA

            Várias coisas se destacam nestes três capítulos.

1)    Esse exame da condição de Israel não se refere à vida ou morte eterna de indivíduos após a morte Pelo contrario, Paulo está tratando do modo como Deus lida com nações e povos do ponto de vista histórico, isto é, do seu direito de usar as nações como Ele quer. Por exemplo, sua escolha de Jacó em lugar de seus irmão Esaú, vejamos: “porque, não tendo eles nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama)” (Rm 9.11), teve como propósito fundar e usar a nação de Israel e de Edom, oriundas dos dois. Nada tinha que ver com seu destino eterno, isto é, quanto a sua salvação ou condenação como indivíduos. Uma coisa é certa, Deus tem o direito de chamar as pessoas e nações que Ele quiser, e determinar-lhes responsabilidades a cumprir.

2)    Paulo expressa sua constante solicitude e intensa tristeza pela nação judaica (Rm 9.1-3). O proprio fato que Paulo ora para que seus compatriotas sejam salvos, revela que ele não admitia o ensino teológico da predestinação, afirmando que todas as pessoas já nascem predestinadas, ou para o céu, ou para o inferno. Pelo contrário, o sicero desejo e oração de Paulo reflete a vontade de Deus para o povo judaico, até mesmo Cristo chorou por seu povo, vejamos em Lucas 19.41: “E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela”, Jesus , sabendo que os judeus e seus líderes aguardavam um Messias político e que por fim o rejeitariam como o Messias prometido por Deus, chora por eles, que em breve sofreriam um terrível juízo. A palavra “chorou” (gr Eklausen), aqui, significa mais que derramar lágrimas. É lamentação, pranto, soluço e clamor de uma alma em agonia. Jesus, em sua deidade, não somente revela aqui seu sentimento, como também o coração partido do próprio Deus, por causa da condição do homem e da sua recusa em arrepender-se e aceitar a salvação. No Novo Testamento não se encontra o ensino de que determinadas pessoas foram predestinadas ao inferno antes de nascer.

3)    O mais relevante neste assunto é o tema fé. O estado espiritual de perdido, da maioria dos israelitas, não fora decretado por um decreto arbitrário de Deus, mas ,resultado da sua própria recusa de se submeterem ao plano divino mediante a fé em Cristo. Inúmero gentios, porém, aceitaram o caminho de Deus, que é o da fé, e alcançaram a justiça mediante a fé. Obedeceram a Deus pela fé e se tronaram “filhos do Deus vivo” Rm 9.25,26). Esse fato ressalta a importância de obediência mediante a fé no tocante à chamada e eleição da parte de Deus.

4)    A oportunidade de salvação está perante Israel, se ela largar sua incredulidade. Semelhantemente, os crentes gentios que agora são parte da igreja de Deus são advertidos de que também correm o mesmo risco de serem cortados da salvação. Eles devem perseverar na fé com temor. A advertência aos crentes gentios em Romanos 11.20-23, pelo fato da falha de Israel, é tão válida hoje quanto foi no dia em que Paulo escreveu.

5)    As Escrituras estão repletas de promessas de uma futura restauração de Israel ao aceitarem o Messias. Tal restauração terá lugar ao findar-se a Grande Tribulação, na iminência da volta pessoal de Cristo.

 

Amém!

Erivelton de Jesus

55. FÉ E GRAÇA

 

Romanos 5.21: “Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor.”          

            A salvação é um dom da graça de Deus, mas somente podemos recebê-la em resposta à fé, do lado humano. Para entender corretamente o processo da salvação, precisamos entender essas duas palavras: Fé e Graça.

FÉ SALVÍVICA

A fé em Jesus Cristo é a única condição prévia que Deus requer do homem para a Salvação. A fé não é somente uma confissão a respeito de Cristo, mas também uma ação dinâmica, que brota do coração do crente que quer seguir a Cristo como Senhor e Salvador. Conforme Cristo declara em seus Evangelhos a necessidade que temos de agir caso queremos o seguir, todos que decide seguir a Cristo tem que sair da inércia, se esforçar, sair do comodismo, marasmo, etc., conforme o próprio Jesus disse em Mateus 4.19: “E disse-lhes: vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”;  em Lucas 9.23-25: “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas qualquer que, por amor a mim, perder a sua vida a salvará. Porque que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando a si mesmo?”

            Portanto, aceitar Jesus como Senhor e Salvador requer não somente crer na veracidade do Evangelho, mas também assumir o compromisso de segui-lo. Cada dia, é preciso considerar a resolução de negar-se a si mesmo, ou viver seus próprios desejos egoístas. Pois a Cruz de Cristo é símbolo de sofrimento, morte, vergonha, zombaria, rejeição e renúncia pessoal. Quando o crente toma a sua cruz e segue a Cristo, ele nega-se a si mesmo e decide abraçar três classes de lutas e sofrimentos:

1.      Lutar até o fim contra o pecado, crucificando suas próprias concupiscências;

2.      Lutar até o fim contra Satanás e os poderes das trevas, para estender o reino de Deus, e enfrentar a hostilidade do adversário e das hostes infernais, bem como a perseguição que surge por resistirmos aos falsos mestres que distorcem o verdadeiro evangelho; e

3.      Sofrer o opróbrio, o ódio e o escárnio do mundo por testificarmos, com amor, que suas obras são más, por separarmo-nos dele moral e espiritualmente.

Precisamos entender que o conceito de fé no Novo Testamento abrange quatro elementos principais:

A.      A fé significa crer e confiar firmemente no Cristo crucificado e ressurreto como nosso Senhor e Salvador pessoal, em sua carta aos Romanos 1.17, Paulo declara-nos: “Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé”. Esse termo “De fé em fé” significa literalmente “fé do começo ao fim”. Então, importa em crer de todo coração, ou seja, entregar a nossa vontade e a totalidade do nosso ser a Jesus Cristo tal como Ele é revelado no Novo Testamento.

B.      Fé inclui arrependimento, isto é, desviar-se do pecado com verdadeira tristeza e voltar-se para Deus através de Cristo. O apóstolo Paulo em seu discurso em Atenas declara “Mas Deus, não tendo em conta os tempos de igenorância, anuncia a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam.” (At 17.30). Aos coríntios ele escreve: “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte”. (2Co 7.10). Queridos, a fé salvívica é sempre FÉ + ARREPENDIMENTO. Em sua primeira ministração dado o ocorrido de pentecostes, Pedro, disse àqueles que ouviram e creram: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2.37,38). A mensagem de João, o Batista, era: “...Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus” (Mt 3.2). Também declarando a necessidade de arrependimento aos que crêem. O significado básico de arrependimento (gr metaneo {metaneo}) é ‘voltar-se ao contrário’, ou seja, dar uma volta completa. Trata-se de abandonar os maus caminhos e voltar para Cristo e, através dEle, para Deus.

C.      A fé inclui obediência a Jesus Cristo e à sua Palavra, como maneira de viver inspirada nossa fé, por nossa gratidão a Deus e pela obra regeneradora do Espírito Santo em nós. É a obediência que provém da fé. Logo, fé e obediência são inseparáveis “mas que se manifestou agora e se notificou pelas Escrituras, dos profetas, segundo o mandamento do Deus eternos, a todas as nações para obediência da fé” (Rm 16.26). Sendo assim, a fé salvívica sem uma busca dedicada da santificação é ilegítima e impossível.

D.     A fé inclui sincera dedicação pessoal e fidelidade a Jesus Cristo, que se expressam na confiança, amor, gratidão e lealdade para com Ele. A fé, no seu sentido mais elevado, não se diferencia muito do amor. É uma atividade pessoal de sacrifício e de abnegação para com Cristo. O próprio Jesus sintetizando os dez mandamentos disse “...Amarás o Senhor; teu Deus, de todo o  teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt 22.37). Portanto, o que Deus pede de todos quantos crêem em Cristo e que recebem a salvação é o amor devotado.

D1) Este amor requer uma atitude de coração, pela qual atribuímos a Deus tanto valor e estima, que verdadeiramente ansiamos pela comunhão com Ele, esforçamo-nos para obedecer-lhe e sinceramente nos importamos com sua glória e vontade na terra. Aqueles que realmente amarem a Deus, desejarão compartilhar ao sofrimento por amor a Ele, promover seu reino e viver em prol da sua honra e dos seus padrões de justiça na  terra.

D2) Nosso amor a Deus deve ser sincero e predominante, inspirado pelo seu amor a nós, mediante o qual Ele deu seu Filho para nos salvar.

D3) O amor de Deus abrange: um vínculo pessoal de fidelidade e lealdade a Ele; a fé como firme e inabalável liame com aquele a quem fomos unidos pela filiação; o fiel cumprimento das nossas promessas e compromissos com Ele; a devoção cordial, expressada em nossa dedicação aos padrões justos de Deus no meio de um mundo que o rejeita; e o anseio pela sua presença e pela comunhão com Ele.

            Todavia, precisamos compreender também que, a fé em Jesus como nosso Senhor e Salvador é tanto um ato de um único momento, como uma atitude contínua para a vida inteira, que precisa crescer e fortalecer, o evangelista João diz: “Mas todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus;  aos que crêem em seu nome” (Jo 1.12) (grifo nosso). Destaquei essas duas palavras pra você  entender que João nunca emprega o substantivo “fé” (gr pistis ‘pistis’). Entretanto, emprega o verbo “crer” (gr pisteuo ‘pisteuo’) 98 vezes. Para João, a fé salvívica é, pois, uma atividade; algo que as pessoas realizam. A verdadeira fé não é crer e confiar de modo estático em Jesus e na sua obra redentora, mas uma dedicação amorosa e abnegada que continuamente nos aproxima dEle como Senhor e Salvador. Este versículo retrata claramente como a fé salvívica é tanto um ato instantâneo como uma atitude para a vida inteira.

·         Para alguém se tornar filho de Deus, deve “receber” (gr elabon, de lambano ‘elabon, de lambano’) a Cristo. O tempo do aoristo aqui denota um ato definido de fé.

·         Após este ato de fé, receber a Cristo como Salvador, deve haver da parte do pecador uma ação contínua de crer. O verbo “crer” (gr pistousin, de pisteuo ‘pistousin, de pisteuo’) é um particípio presente ativo, indicando a necessidade da perseverança no crer. A fé genuína precisa continuar após o ato inicial da pessoa aceitar a Cristo para que Ela seja salva. “Aquele que perseverar até ao fim será salvo” (Mt 10.22).

Porque temos fé numa Pessoa real e única que morreu por nós, nossa fé deve crescer. A obediência e a confiança transforma-se em fidelidade e devoção; nossa fidelidade e devoção transformam-se numa intensa dedicação pessoal e amorosa ao Senhor Jesus Cristo. O apóstolo Paulo retrata muito bem isso escrevendo aos Gálatas 2.20: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim”. Paulo descreve seu relacionamento como Cristo em termo de união pessoal profunda com o seu Senhor e de sua dependência dEle. Aqueles que tem fé em Cristo, vivem uma vida em comunhão íntima com Ele tanto na morte como na ressurreição. Paulo declara que todos os crentes foram crucificados com Cristo na cruz. Morreram para a Lei como meio de Salvação, em Cristo, o pecado já não tem domínio sobre eles. Paulo está afirmando, agora que nós fomos crucificados com Cristo, agora vivemos com Ele mediante sua vida ressurreta. Cristo e a sua força habitam em nós, e se tornam o manancial de toda a nossa vida, e o centro de todos os nossos pensamentos, palavras e ações. É mediante o Espírito Santo que a vida ressurreta de Cristo continuamente nos é comunicada. Paulo afirma que, participamos da morte e ressurreição de Cristo, pela fé, isto é, a crença, a confiança, o amor, a devoção e a lealdade que temos nos filho de Deus que nos amou e se entregou por nós. Esse viver pela fé pode ser considerado com o viver pelo Espírito.

 

GRAÇA

            No Antigo Testamento, Deus revelou-se como um Deus da graça e misericórdia, demonstrando amor para com seu povo, não porque este merecesse, mas por causa da fidelidade de Deus à sua promessa feita a Abraão, Isaque e Jacó. Os escritores bíblicos dão prosseguimento ao tema da graça como sendo a presença e o amor de Deus em Cristo Jesus, transmitidos aos crentes pelo Espírito Santo, e que lhes outorga misericórdia, perdão, querer e poder para fazer a vontade de Deus. No evangelho segundo João 3.16, é a expressão máxima, em minha opinião, de amor e graça de Deus por nós, quando declara: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”. Amor este suficientemente imenso para abranger todos os homens, isto é, o mundo. Fato é que, toda atividade da vida cristã, desde o seu início até o fim, depende desta graça divina.

            Permita-me destacar algumas características dessa graça:

1)      Deus concede uma medida da sua graça como dádiva aos incrédulos, Paulo declara aos irmãos de Corinto: “Sempre dou graças a Deus por vós, pela graça de Deus que vos foi dada em Jesus Cristo”; “Mas pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã; antes trabalhei muito ais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus, que está comigo”. (1Co 1.4; 15.10). Demonstrando-nos que essa graça foi dada aos incrédulos, a qual Paulo se encaixava, para que possam crer no Senhor Jesus Cristo “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8,9). A Bíblia está nos declarando que ninguém poderá ser salvo pelas obras e boas ações, ou por tentar guardar os mandamentos de Deus. Seguem-se as razões:

a)      Todos não-salvos estão espiritualmente mortos, sob o domínio de Satanás, escravizados pelo pecado, e sujeito à condenação divina.

b)      Para sermos salvos precisamos receber a provisão divina da salvação, ser perdoados do pecado, ser espiritualmente vivificados, ser feitos novas criaturas e receber o Espírito Santo. Nenhum esforço da nossa parte poderá realizar essas coisas

c)      O que opera a salvação é a graça de Deus mediante a fé. O dom salvívico de Deus inclui os seguintes passos:

·         A chamada ao arrependimento e à fé. Com essa chamada vem a obra do Espírito Santo na pessoa, dando-lhe capacidade de voltar-se para Deus.

·         Aqueles que respondem com fé e arrependimento e aceiram a Cristo como Senhor e Salvador, recebem graça adicional para sua regeneração, ou novo nascimento, pelo Espírito Santo, e ser cheios.

·         Aqueles que se tornam novas criaturas em Cristo, recebem graça contínua par viver a vida cristã, resistir ao pecado e servir a Deus. O crente se esforça em viver para Deus, mediante a graça que nele opera. A graça divina opera no crente dedicado, tanto par ele querer, como para cumprir a boa vontade de Deus. Do começo ao fim, a salvação é pela graça de Deus.

2)      Deus concede graça aos crente para quês seja “liberto do pecado” (Rm 6.20,22), para que nele opere “tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13), para orar, para crescer em Cristo e para testemunhar de Cristo.

3)      Devemos diligentemente desejar e buscar a graça de Deus, a carta aos Hebreus nos instrui que devemos “Chegar, pois, com confiança do trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hb 4.16). Porque Cristo se compadece das nossas fraquezas, podemos chegar com confiança ao trono celestial, sabendo que nossas orações e petições são bem acolhidas e ouvidas por nosso Pai celestial. É chamado o “trono da graça”, porque dele fluem o amor, o socorro, a misericórdia, o perdão, o poder divino, o batismo com o Espírito Santo e tudo de que precisamos em todas as circunstancias. Uma das maiores bênçãos da Salvação é que Cristo, agora, é nosso sumo sacerdote, conduzindo-nos até a sua presença pessoal, de modo que sempre podemos buscar a ajuda de que carecemos. Alguns dos meios pelos quais o crente recebe a graça de Deus são:

a)      Estudar as Escrituras Sagradas e obedecer aos seus preceitos;

b)      Ouvir a proclamação do Evangelho;

c)      Orar;

d)      Jejuar;

e)      Adorar a Cristo;

f)       Está continuamente cheio do Espírito Santo; e

g)      Participar da Ceia do Senhor.

4)      A graça de Deus pode ser:

a)      Resistida: “Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos pertube, e por ela muitas se contaminem.” (Hb 12.15). “Raiz de amargura” refere-se a um espírito e atitude caracterizados por animosidade e ressentimento intensos. Aqui, talvez se refira a ressentimento do crente conta a disciplina de Deus, ao invés de submissão humilde à sua vontade para nossa vida. A amargura pode ter como objeto pessoas da igreja. Isso prejudica a pessoa que está assim amargurada, isto é, deixando-a sem condições de entrar na presença de Deus em oração. A amargura entre um grupo de crentes pode alastrar-se e corromper a muitos, destruindo a “santificação” sem a qual ninguém vera o Senhor (Hb 12.14).

b)      Recebida em vão: “E nós, cooperando também com ele, vos exortamos a que não recebais a graça de deus em vão” (2Co 6.1). Paulo cria, indubitavelmente, que era possível o crente receber a graça de Deus e experimentar a salvação, e depois, por causa de descuido espiritual ou de viver em pecado deliberado, abandonar a fé e a vida do evangelho, e voltar a perder-se. Todos devem ser exortados a se reconciliarem com Deus e a receber sua Braça. Aqueles que recebem a graça de Deus devem ser exortados a não recebê-la em vão.

c)      Apagadas: “Não extingais o Espírito” (1Ts 5.19). Paulo compara extinguir o fogo do Espírito com o desprezo e rejeição às manifestações sobrenaturais do Espírito Santo.

d)      Anuladas: “Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da Lei; segue-se que Cristo morreu debalde” (Gl 2.21). O ensino de Paulo sobre a justificação e sobre a justiça vai além de uma mera declaração jurídica da parte de Deus. A justiça que vem pela fé envolve uma transformação moral da pessoa, a graça de Deus e um relacionamento com Cristo, mediante o qual compartilhamos da sua vida ressurreta.

e)      Abandonada pelo crente: “Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído” (Gl 5.4). Alguns dos Gálatas tinham substituídos sua fé em Cristo pela fé na obediência à Lei. Paulo declara que os tais caíram da graça. Cair da graça é está alienado de Cristo e abandonar o princípio da graça de Deus que nos traz a vida e salvação. É anular a nossa associação com Cristo e deixar de permanecer nEle.

 

Amém!

Pr. Erivelton de Jesus

54. TERMOS BÍBLICOS PARA SALVAÇÃO

 

Romanos 1.16: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu também do grego.”

            Deus nos oferece livremente a vida eterna em Jesus Cristo, mas, ás vezes, nos é difícil compreender o processo exato para torná-la disponível a nós. Por isso, Deus apresenta na Bíblia vários aspectos da salvação, cada um com sua ênfase exclusiva. Este estudo examina três desses aspectos: A salvação, a redenção e a justificação.

            SALVAÇÃO

            Salvação do grego “soteria [soteria], significa livramento, chegar à meta final com segurança, proteger de dano, Já no Antigo Testamento, Deus revelou-se como Salvador do seu povo, Moisés declara em  Êxodo 15.2: “O Senhor é a minha força e o meu cântico; Ele me foi por salvação; este é o meu Deus; portanto, lhe farei uma habitação; Ele é o Deus de meu pai; por isso, o exaltarei”. Davi nos Salmos 27.1 também declara: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem recearei?”. A salvação é descrita na Bíblia como “caminho”, ou a estrada através da vida, para comunhão eterna com Deus no céu, Jesus ensinou e Mateus deixou registrado no Evangelho que leva o seu nome o seguinte: “E porque estreita é a porta, apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem”(Mt 7.14). O Evangelista João é mais específico quando relata sobre esse caminho: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6).Esta estrada ou caminho dever ser percorrido até o fim, o apóstolo Pedro declarou: “Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado.” (2Pe 2.21).

            A salvação pode ser descrita como um caminho com dois lados e três etapas:

1)    O único caminho da salvação: Cristo é o único caminho ao Pai, “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu, nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos se salvos”  (At 4.12; Jo 14.6). A salvação nos é concedida mediante a graça de Deus, manifesta em Jesus Cristo, é baseada em sua morte, sua ressurreição e sua contínua intercessão pelos salmos (Rm 3.24,25; At 5.10; Hb 7.25).

2)    Os dois lados da salvação: A salvação é recebida de graça, mediante a fé em Cristo “isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste  tempo presente, para que Ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. Concluímos, pois, que  o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei” (Rm 3.22-26,28). Isto é, a salvação resulta da graça de Deus e da resposta humana da fé, “porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como esta escrito: Mas o justo viverá pela fé” (Rm 1.17).

3)    As três etapas da salvação:

3.1. A etapa “passada” da salvação inclui experiência pessoal mediante a qual nós, como crentes, recebemos o perdão dos pecados e passamos da morte espiritual para a vida espiritual; do poder do pecado para o poder do Senhor, do domínio de Satanás para o domínio de Deus “para lhes abrires os olhos e das trevas os converteres à luz e do poder de Satanás a Deus, a fim de que recebam a remissão dos pecados e sorte entre os santificados pela fé em mm” (At 26.18). A Salvação nos leva a um novo relacionamento pessoal com Deus “Mas todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome” (Jo 1.12) e nos livra da condenação do pecado.

 

3.2. A Etapa “presente” da salvação nos livra do hábito e do domínio do pecado, e nos enche do Espírito Santo. Ela abrange: 1º)  O privilégio de um relacionamento pessoal com Deus como nosso Pai e com Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador: 2º) A conclamação para nos considerarmos mortos para o pecado e para submetermos à direção do Espírito Santo e à Palavra de Deus; 3º) O convite para sermos cheios do Espírito Santo e a ordem de continuarmos cheios; 4º) A exigência para nos separarmos do pecado e da presente geração perversa; e 5º) A chamada para travar uma batalha constante em prol do reino de Deus contra Satanás e suas hostes demoníacas.

 

3.3. A etapa “futura” da salvação abrange: nosso livramento da ira vindoura de Deus; nossa participação da glória divina e nosso recebimento de um corpo ressurreto, transformado e os galardões que receberemos como vencedores fiéis. Apocalipse 27 nos diz: “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida que esta no meio do paraíso de Deus”. O vencedor (gr Nikon [Nikon]) é aquele que, mediante a graça de Deus recebida através da fé em Cristo, experimentou o novo nascimento e permanece constante na vitória sobre o pecado, o mundo e Satanás.

            Cercado de muita oposição e apostasia, o vencedor se recusa a conforma-se com o mundo e a impiedade dentro e fora da igreja. Ele ouve e atende aquilo que o Espírito diz às igrejas, permanece fiel a Cristo até o fim e aceita somente o padrão de Deus para a vida cristã, revelado na sua Santa Palavra.

            Nas igrejas de Deus, o vencedor, somente o vencedor, comerá da árvore da vida, não sofrerá o dano da segunda morte, receberá o maná escondido e um novo nome no céu, terá autoridade sobre as nações, seu nome não será removido do Livro da Vida, será honrado por Cristo diante do Pai e dos anjos, permanecerá com Deus no seu templo, terá sobre si o nome de Deus, de Cristo e da nova Jerusalém e será para sempre filho de Deus.

            O segredo da sua vitória é a morte expiadora de Cristo, seu próprio testemunho fiel acerca de Jesus e a perseverança no amor a Cristo até à morte. Note que, vencemos o pecado, o mundo, e Satanás ou somos por eles vencidos, acabando por sermos lançados no lago de fogo e enxofre, não há grupo neutro.

            Essa etapa futura da salvação é o alvo que todos os cristãos se esforçam para alcançar. Toda advertência, disciplina e castigo do tempo presente da vida do crente tem como propósitos preveni-lo a não perder essa salvação.

                        REDENÇÃO

            O significado original de “redenção” (gr apolutrosis [apolutrosis]) é resgatar mediante o pagamento de um preço. A expressão denota o meio pela qual a Salvação é obtida, a saber: pagamento de um resgate. A doutrina da redenção pode ser resumida da seguinte forma:

1.    O estado do pecado, do qual precisamos ser redimidos: O Novo Testamento mostra que o ser humano está alienado de Deus, sob o domínio de Satanás, escravizado pelo pecado e necessitando de livramento da culpa, da condenação e do poder do pecado.

2.    O preço pago para nos livrar dessa escravidão: Cristo pagou esse resgate ao derramar seu sangue e dar a sua vida.

3.    O estado presente dos redimidos: Os crentes redimidos por Cristo estão agora livres do domínio de Satanás e da culpa e do poder do pecado. Essa libertação do pecado, no entanto, não nos deixa livres para fazer o que queremos, pois somos propriedade de Deus. A nossa libertação do pecado por Deus nos torna em servos voluntários seus.

4.    A doutrina da redenção no Novo Testamento já estava prefigurada nos casos de redenção registrados no Antigo Testamento. O grande evento redentor do Antigo Testamento foi o êxodo de Israel. Também, no sistema sacrificial levítico, o sangue de animais era o preço pago para expiar o pecado.

 

JUSTIFICAÇÃO

A palavra justificação (gr dikaioo [dikaioo]) significa ser “justo ou reto diante de Deus”, tornado justo, estabelecer como certo ou endireitar. Denota estar num relacionamento certo com Deus, mais  do que  receber uma mera declaração judicial ou legal. Deus perdoa o pecador arrependido, a quem Ele tinha declarado culpado segundo a sua Lei e condenado à morte eterna, restaura-o ao favor divino e o coloca em relacionamento correto (comunhão) com Ele mesmo e com Sua vontade. Ao apóstolo Paulo foram reveladas várias verdades a respeito da justificação e como ela é efetuada:

1)    A justificação diante de Deus é uma dádiva. Ninguém pode justificar-se diante de Deus guardando toda Lei ou fazendo boas obras, “porque todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus” (Rm 3.23).

2)    A justificação diante de deus se alcança mediante “a redenção de que há em Cristo Jesus” (Rm 3.24). Ninguém é justificado sem que antes seja redimido por Cristo, do seu pecado e do seu poder.

3)    A justificação diante de Deus provém da “sua graça”, sendo obtida mediante a fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

4)    A justificação diante de Deus,  está relacionada com o perdão dos nossos pecados. Os pecadores são declarados culpados diante de Deus, mas por causa  da morte expiatória de Cristo e da sua ressurreição são perdoados.

5)    Uma vez justificados diante de Deus, mediante a fé em Cristo, estamos crucificados com Ele, o qual passa a habitar em nós. Através dessa experiência, nos tornamos de fato justos e começamos a viver para Deus. Essa obra transformadora de Cristo em nós, mediante o Espírito Santo, não se pode separar da sua obra redentora a nosso favor. A obra de Cristo e a do Espírito Santo são de mútua dependência.

 

AMÉM!

ERIVELTON DE JESUS

53. OS PASTORES E SEUS DEVERES

 

Atos 20.28: “Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constitui bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que Ele resgatou com seu próprio sangue.”

            Nenhuma igreja poderá funcionar sem dirigentes para dela cuidar. Logo, conforme esta escrito em Atos dos Apóstolos 14.23. a congregação local, cheia do Espírito Santo, buscando a direção de Deus em oração e jejus, elegiam certos irmão para o cargo de presbítero ou bispo de acordo com as qualificações espirituais estabelecidas pelo Espírito Santo, “E, havendo-lhes por comum consentimento eleito anciãos em cada igreja, orando com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido.” (At 14.23).

            Na realidade é o Espírito Santo que constitui o dirigente da igreja. O discurso de Paulo diante dos presbíteros de Éfeso 20.17-35, é um trecho básico quanto a princípios bíblicos sobre o exercício do ministério de pastor de uma igreja local.

                        PROPAGANDO A FÉ

            Um dos deveres principais do dirigente é alimentar as ovelhas mediante o ensino da Palavra de Deus. Ele deve ter em mente que o rebanho que lhe foi entregue é a congregação de Deus, que Ele comprou para si com o precioso sangue do seu filho amado, “Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1Co 6.20).

            Em Atos 20.19-27, Paulo descreve de que maneira serviu como pastor da igreja de Éfeso; tornou patente toda a vontade de Deus, advertindo e ensinando fielmente os cristãos efésios. Daí, ele poder exclamar: “estou limpo do sangue de todos” (At 20.26). Os pastores de nossos dias também devem instruir suas igrejas em todo desígnio de Deus, que “pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a loganimidade e doutrina” (2Tm 4.2) e nunca ministrar para agradar os ouvintes, dizendo aquilo que estes desejam ouvir.

                        GUARDANDO A FÉ

            Além de alimentar o rebanho de Deus, o verdadeiro pastor deve diligentemente resguardá-lo de seus inimigos. Paulo sabe que no futuro Satanás levantarás falsos mestres dentro da própria igreja, e, também, falsários vindos de fora, infiltrar-se-ão e atingirão o rebanho com doutrinas anti-bíblicas, conceitos mundanos e idéias pagãs e humanistas. Os ensinos e influência destes dois tipos de elementos arruinarão a fé bíblica do povo de Deus. Paulo os chama de “lobos cruéis”, indicando que são fortes, difíceis de subjugar, insasiáveis e perigosos, “Porque eu sei isto; que depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho” (At 20.29).

            Tais indivíduos desviarão as pessoas dos ensinos de Cristo e os atrairão a si mesmos e ao seu evangelho distorcido. O apelo viemente de Paulo impõe uma solene obrigação sobre todos os obreiros da igreja, no sentido de defendê-la e opor-se aos que distorcem a revelação original e fundamental da fé, segundo o Novo Testamento.

            A igreja verdadeira consiste somente daqueles que, pela graça de Deus e comunhão do Espírito Santo são fieis a Jesus Cristo e à Palavra de Deus. Por  isso é de grande importância na preservação da pureza da igreja de Deus que os pastores mantenham a disciplina corretiva com amor e reprovem com firmeza quem na igreja fale coisas perversas contrárias às Palavras de Deus e ao testemunho apostólico.

            Líderes eclesiásticos, pastores de igrejas locais e dirigentes administrativos da obra devem lembrar-se de que o Senhor Jesus os têm como responsáveis pelo sangue de todos os que estão sob seus cuidados. Se o dirigente deixar de ensinar e pôr em prática todo o conselho de Deus para a igreja, principalmente quanto à vigilância sobre o rebanho, não estarás “limpo do sangue de todos”. Deus o terá por culpado do sangue dos que se perderam, por ele ter deixado de proteger o rebanho contra os falsificadores da Palavra.

            É altamente importante que os responsáveis pela direção da igreja mantenham a ordem quanto a assuntos teológicos, doutrinários e morais nas mesmas. A pureza da doutrina bíblica e de vida cristã deve ser zelosamente mantida nas faculdades evangélicas, institutos bíblicos, seminários, editoras e demais segmentos administrativos da igreja.

            A questão principal aqui é nossa atitude com as Escrituras inspiradas, que Paulo chama “a palavra da graça”. Falsos mestres, pastores e líderes tentarão enfraquecer a autoridade da Bíblia através de seus ensinos corrompidos e princípios anti-bíblicos. Ao rejeitarem a autoridade absoluta da Palavra de Deus, negam que a Bíblia é verdadeira e fidedgna em tudo que ela ensina. A bem da igreja de Deus, tais pessoas devem ser excluídas da comunhão.

            A igreja que perde o zelo ardente do Espírito Santo pela sua pureza, que se recusa a tomar posição firme em prol da verdade e que se omite em disciplinar os que minam a autoridade da Palavra de Deus, logo deixará de existir como igreja neotestamentária.

 

AMEM!

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