Is 5.10: “Todavia,
ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por
expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias; e o bom prazer
do Senhor na sua mão”.
Definição da vontade de Deus:
De modo geral, a
Bíblia refere-se à vontade de Deus em três sentidos diferentes.
1º) A vontade de
Deus é outra maneira de se identificar a Lei de Deus. Davi, por exemplo, forma
um paralelo entre a frase “tua lei” e
“tua vontade” no Salmo 40.8: “Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus
meu; sim, a tua Lei está dentro do meu coração.”. Semelhantemente, o
apóstolo Paulo considera que, conhecer a Deus é sinônimo de conhecer a sua
vontade (Rm 2.17,18). Noutras palavras: como em sua Lei o Senhor nos instrui no
caminho que Ele traçou, ela pode ser apropriadamente chamada “a vontade de Deus”. “Lei” significa
essencialmente “instrução”, e inclui
a totalidade da Palavra de Deus.
2º) Também se
emprega a expressão “a vontade de Deus”
para designar qualquer coisa que Ele explicitamente quer. Pode ser corretamente
designada de “a perfeita vontade de Deus”.
E a vontade revelada de Deus é que todos sejam salvos (1TM 2.4; 2Pe 3.9) e que
nenhum crente caia da graça “E a vontade
do Pai, que me enviou, é esta: que nenhum de todos aqueles que me deu se perca,
mas que o ressuscite no último dia” (Jo 6.39). É importante compreender o
relacionamento entre a vontade de Deus e a responsabilidade humana. Não é da
vontade de Deus que nenhum crente caia da graça e seja depois excluído da
presença de Deus. Não é, tampouco, da sua vontade que alguém pereça, nem que
deixe de vir ao conhecimento da verdade e ser salvo. Há, no entanto, muita
diferença entre a perfeita vontade de Deus e a sua vontade permissiva. Deus não
anula a responsabilidade do homem arrepender-se e crer, mesmo que isso
signifique que sua perfeita vontade não é realizada. O desejo de Deus, é que
todos os que crêem sejam salvos no último dia. Não os isenta da
responsabilidade de obedecer à sua voz e de segui-lo. Jesus orou, na noite em
que foi traído, dizendo de seus discípulos: “Tenho
guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, se não o filho da
perdição.” (Jo 17.12) isto é, aquele que tomou o rumo da perdição eterna.
Isso não quer dizer que todos serão salvos, mas apenas que Deus deseja a
salvação de todos.
3º) Finalmente, “a vontade de Deus” pode referir-se
àquilo que Deus permite, ou deixa acontecer, embora Ele não deseje
especificamente que ocorra. Tal coisa pode ser corretamente chamada “a vontade permissiva de Deus”. De fato,
muita coisa que acontece no mundo é contraria à perfeita vontade de Deus,
exemplo, o pecado, a concupiscência, a violência, ódio e a dureza de coração,
mas Ele permite que o mal continue por enquanto. A chamada de Jonas para ir a
Nínive fazia parte da perfeita vontade de Deus, mas sua viagem na direção
oposta estava dentro da sua vontade permissiva (Jn 1). Além disso, a decisão de
muitas pessoas permanecerem sem salvação é permitida por Deus. Ele não impõe a
fé aos que recusam a salvação mediante o seu Filho. Semelhantemente, muitas
aflições e males que nos acometem são permitidos por Deus, (1Pe 3.17; 4.19),
mas não é desejo seu que soframos.
FAZENDO A VONTADE DE DEUS
O
ensino bíblico a respeito da vontade de Deus não expressa apenas uma doutrina.
Afeta a nossa vida diária como crentes.
Devemos,
descobrir qual é a vontade de Deus, conforme revelado nas escrituras. Como os
dias em que vivemos são maus, temos de entender qual a perfeita e agradável
vontade de Deus (Ef 5.17).
Uma vez
que já sabemos como Ele deseja que vivamos como crentes, precisamos dedicar-nos
ao cumprimento da sua vontade. O salmista, por exemplo, pede a Deus que lhe
ensine a “fazer a tua vontade” (Sl
143.10). Ao pedir, igualmente, que o Espírito o guie “por terra plana” indica que, em essência, está rogando a Deus a
capacidade de viver uma vida de retidão. Semelhantemente, Paulo espera que os
cristãos tessalonicenses sigam a vontade de divina, evitando a imoralidade
sexual, e vivendo de maneira santa e honrosa (1Ts 4.2,4). Noutro lugar, Paulo
ora para que os cristãos recebam a plenitude do conhecimento da vontade divina,
a fim de viverem “dignamente diante do
Senhor, agradando-lhe em tudo” (Cl 1.9,10).
Os
crentes são exortados a orarem para que a vontade de Deus seja feita (Mt 6.10;
26.42; Lc 11.2; Rm 15.30-32; Tg 4.13-15). Devemos desejar, com sinceridade, a
perfeita vontade de Deus, e ter o propósito de cumpri-la em nossa vida e na
vida de nossa família. Se essa for a nossa oração e compromisso, teremos total
confiança de que o nosso presente e futuro estarão sob os cuidados do Pai
(conf. At 18.21; 1Co 14.19; 16.7). Se, porém, há pecado deliberado em nossa
vida, e rebelião contra a Sua Palavra. Deus não atenderá as nossas orações. Não
podemos esperar que a vontade divina seja feita na terra como no céu, a não ser
que nós mesmos procuremos cumprir a sua vontade em nossa própria vida.
Finalmente,
não podemos usar a vontade de Deus como desculpa pela passividade, ou
irresponsabilidade, no tocante à sua chamada para lutarmos contra o pecado e a
mornidão espiritual. É Satanás, e não Deus, o culpado por essa era maligna, com
a sua crueldade, maldade e injustiça. É também Satanás quem causa grande parte
da dor e sofrimento no mundo (conf. Jó 1.6-12; 2.1-6; Lc 13.16; 2Co 12.7).
Assim como Jesus veio para destruir as obras do Diabo (1Jo 3.8) “Para isto o filho de Deus se manifestou:
para desfazer as obras do diabo”, assim também é da vontade explicita de
Deus que batalhemos contra as hostes espirituais da maldade por meio do
Espírito Santo (Ef 6.10-20; 1Ts 5.8).
AMÉM!
Pb.
Erivelton R. de Jesus
Fontes:
Bíblia de Estudos Pentecostal e outros.
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