sábado, 5 de novembro de 2016

39 - A GRANDE TRIBULAÇÃO

Mt 24.21: “Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver.”       
            Período de sete anos, que terá início com o arrebatamento da igreja, por Cristo. Nesse período os que ficarem na terra vão viver períodos de trevas, pois a raça humana ficará vulnerável ao ataque e domínio de Satanás “o Anticristo e a besta”, pois o Espírito Santo, que atua através da igreja, reprimindo a ação diabólica não estará mais na terra.
            Sabemos que depois do arrebatamento da igreja, onde somente esta, verá Cristo, muitas pessoas se converterão inclusive os judeus, e sofrerão muito nesse período até a aparição de Cristo nas nuvens onde, todos O verão. Enquanto que a igreja estará no céu participando das bodas do Cordeiro, e da entrega de galardões, aqui na terra os que ficaram sofrerão com a grande tribulação.
            Começando com Mateus 24.15, Jesus trata de sinais especiais que ocorrerão durante a grande tribulação (as expressões “grande aflição”, de Mt 24.21, e “grande tribulação” de Ap 7.14, são idênticas no grego). Tais sinais indicam que o fim dos tempos está muito próximo (Mt 24.15.29). São sinais conducentes à, e indicadores da volta de Cristo a terra, depois da tribulação Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.” (Mt 24.34,31), conforme Apocalipse 19.11 – 20.4.
            O maior desses sinais é “a abominação da desolação” (Mt 24.15), um fato específico e visível, que adverte os fiéis vivos durante a grande tribulação de que a vinda de Cristo a terra está prestes a ocorrer. Esse sinal-evento, visível, relaciona-se primeiramente com a profanação do templo judaico daqueles dias em Jerusalém, pelo Anticristo “E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.” (Dn 9.27). O estabelecimento do concerto entre “o príncipe que há de vir” (Dn 9.26) e Israel marca o início da grande tribulação, os últimos sete anos da presente era aqui, a Bíblia ensina o seguinte:
v  O príncipe que fará o concerto com Israel é o Anticristo, mas ainda camuflado naquela ocasião. O Anticristo certamente negociará um tratado de paz entre Israel e seus inimigos no tocante à disputa territorial (Dn 11.39).
v  Na metade dos sete anos (isto é, após três anos e meio), o príncipe romperá seu concerto com Israel, declarar-se-á Deus, apoderar-se-á do templo em Jerusalém, proibirá a adoração ao Senhor, conforme 2Tessalonicense 2.4 que diz: “O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.” E assolará a Palestina. Reinará por três anos e meio (Ap 11.1,2; 13.4-6). O Anticristo, também chamado o homem do pecado, colocará uma imagem dele mesmo no templo de Deus, declarando ser ele o mesmo Deus. Seguem-se fato salientes a respeito desse evento crítico:
a)      A “abominação da desolação” marcará o início da etapa final da tribulação, que culmina com a volta de Cristo à terra e o julgamento dos ímpios em Armagedom (Mt 24.21,29, 30; Dn 9.27; Ap 19.11-21). A importância profética da “abominação” da desolação será conhecida somente pelos santos de Deus (Dn 12.10,11). Jesus disse que os crentes devem estar atentos a esse sinal determinantes, pois assinalará o começo da contagem regressiva de três anos e meio até a sua vinda em glória. Os crentes do período da tribulação, por sua atenção a esse sinal, poderão perceber quão próxima estará à volta de Cristo Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas. (Mt 24.33). A vinda do Messias, (2Ts 2.8; Ap 19.11-20) ocorrerá no fim dos sete anos, isto é, o segundo período de três anos em meio. O Apocalipse confirma esta cronologia ao declarar duas vezes que o Anticristo, isto é, a Besta, terá poder somente durante quarenta e dois meses (Ap 11.1,2; 13.4-6). Daniel declara, que haverá um período de três anos e meio entre o começo da grande tribulação e o seu fim (Dn 12.7). Nesses três anos e meio destinados ao anticristo, Jerusalém continuará a ser pisada pelos gentios.
b)      Se os santos da tribulação atentarem para o fator tempo desse evento (“Quando, pois, virdes”, Mt 24.13) poderão saber com bastante aproximação quando terminará a tribulação, época em que Cristo voltará à terra (Mt 24.33). O decurso de tempo entre esse evento e o fim dos tempos é mencionado quatro vezes nas Escrituras como sendo três anos e meio ou 1260 dias (Dn 9.25-27; Ap 11.1,2; 12.6; 13.5-7). Por causa da grande expectativa da volta de Cristo, os santos daqueles dias devem acautelar-se quanto às informes afirmando que Cristo já voltou. Tais informes serão falsos (Mt 24.23-26). A “vinda do Filho do Homem” depois da grande tribulação será visível e conhecida de todos os que viverem no mundo (Mt 24.27-30; Ap 1.7) Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem. Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias. E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.” (Mt 24.27-30).
            Outro sinal que ocorrerá, então, será o dos falsos profetas que, a serviço de Satanás, farão “grandes sinais e prodígios” (Mt 24.24).
1)      Jesus admoesta a todos os crentes a estarem especialmente alerta para discernir esses profetas, mestres e pregadores, que se declaram cristãos sendo falsos, porém apesar disso, operam milagres, curas, sinais e maravilhas e que demonstram ter grande sucesso nos seus ministérios. Ao mesmo tempo, torcerão e rejeitarão a Palavra de Deus Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?” (Mt 7.22). Jesus nesse versículo declara enfaticamente que “muitos” que profetizam, pregam ou realizam milagres em seu nome estão enganados, pensando que são servos de Deus, quando, na realidade, Ele não os conhece. Para não ser enganado nos últimos dias, os dirigentes da igreja, ou qualquer outro discípulos, deve apegar-se totalmente à verdade e à justiça reveladas na Palavra de Deus, e não considerar o “sucesso ministerial” como padrão de avaliação no seu relacionamento com Cristo.
2)      Noutra parte, as Escrituras admoestam os crentes a sempre testarem o espírito que atuam nos mestres, líderes e pregadores “AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.” (1Jo 4.1). O motivo para provar todo espírito, isto é, pessoa impelida ou inspirada por algum espírito, é que “muitos falsos profetas” se abrigarão ou porque não afirmarmos que se abrigam na igreja. Isso acontecerá, principalmente, pelo aumento da tolerância da igreja quanto a doutrinas antibíblicas, perto do fim dos tempos (Mr 24.11). O cristão deve testar todos que, sendo cristãos professos, são mestres, escritores, pregadores e profetas, e mesmo todo indivíduo que afirma que sua obra ou mensagem provém do Espírito Santo. O crente nunca deve crer que certo ministério ou experiência espiritual é de Deus, somente porque alguém afirma isto. Além, disso, nenhum ensinamento, nem doutrina, devem ser aceitos como verdadeiros somente por causa de sucesso, milagres ou unção aparente da pessoa. Qualquer ensino deve ser testado, comparando-o com a revelação da verdade de Deus, nas Escrituras. Deve ser recusado qualquer ensino que alguém afirma ter recebido do Espírito Santo ou de anjo, mas que não pode ser confirmada pela exegese bíblica. Deve averiguar também a vida do mestre quanto ao seu relacionamento com o mundo ímpio.
      Deus permite o engano acompanhado de milagres, a fim de testar os crentes no tocante ao seu amor por Ele e sua lealdade às Sagradas Escrituras. Serão dias difíceis, pois Jesus declara em Mt 24.24, que naqueles últimos tempos o engano religioso será tão generalizado que será difícil até mesmo para “os escolhidos”, isto é, os crentes dedicados, discernirem entre a verdade e o erro. Podemos perceber que algumas coisas semelhantes a essas já têm acontecido em nossos dias, como forma de preparação do mundo para os últimos tempos.
3)      Quem entre o povo de Deus não amar a verdade será enganado. Não terá mais oportunidade de crer na verdade do evangelho, depois do surgimento do Anticristo, pois aquele que restringe o pecado e convence o pecador estará de forma limitada na terra, o Espírito Santo.
      Finalmente, a “grande tribulação” será um período específico de terrível sofrimento e tribulação para todos que viverem na terra. Observe:
           
  1. Será de âmbito mundial: “... também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.” (Ap 3.10). Essa hora inclui o tempo divinamente determinado para provação, ira e tribulação que sobrevirá a “todo o mundo” nos últimos anos desta era, imediatamente antes estabelecimento do reino de Cristo na terra. A respeito desse tempo, a Bíblia revela as seguintes verdades:
1. a) Esse tempo de tribulação envolve a ira de Deus sobre os ímpios ( Ap 6-18; Dt 4.26-31; Is 13.6-13; 17.4-11; Jr 30.4-11; Ez 20.33-38; Dn 9.27; 12.1; Zc 14.1-4; Mt 24.9-31; 1Ts 5.2).
1. b) Esse período de provação também inclui a ira de Satanás contra os fiéis, isto é, contra os que aceirarem a Cristo durante esse período terrível. Para eles, haverá fome, sede, exposição às intempéries e muito sofrimento e lágrimas (Ap 7.9-17; Dn 12.10; Mt 24.15-21). Experimentarão de forma indireta as catástrofes naturais da guerra, da fome e da morte. Serão perseguidos, torturados e muitos sofrerão martírio (Ap 6.11; 13.7; 14.13). Sofrerão as assolações de Satanás e das forças demoníacas (Ap 9.3-5; 12.12), violência de homens ímpios e perseguição da parte do Anticristo (Ap 6.9; 12.17; 13.15-17). Perderão suas casas e terão de fugir, aterrorizados. Será um período terrivelmente calamitoso para quem tiver família e filhos (Mt 24.19); será tão terrível que os santos que morrerem são tidos por bem-aventurados, porque descansam da sua lida e ficam livres da perseguição (Ap 14.13).
  1. Será o pior tempo de aflição e angústia que já ocorreu na história da humanidade: Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver.” (Mt 24.21; Dn 12.1).
  2. Será um tempo de terrível sofrimento para os judeus “Porque assim diz o SENHOR: Ouvimos uma voz de tremor, de temor mas não de paz. Perguntai, pois, e vede, se um homem pode dar à luz. Por que, pois, vejo a cada homem com as mãos sobre os lombos como a que está dando à luz? e por que se tornaram pálidos todos os rostos? Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante; e é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela.” Jr 30.5-7). Esses versículos revelam que Jeremias está a falar da tribulação futura do povo judeu; no período da grande tribulação.
  3. O período será controlado pelo “Homem do pecado” isto é, o Anticristo (Dn 9.27; Ap 13.12).
  4. Os fiéis da igreja de Cristo recebem a promessa de livramento e “escape” dos tempos da tribulação: Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.” (Ap 3.10). Quanto aos vencedores, Deus os preservará da tribulação, através do arrebatamento, quando os fiéis encontrarão com o Senhor nos ares, antes de Deus derramar a sua ira. Esse livramento é uma recompensa àqueles que perseverarem em guardar a Palavra de Deus, mantendo a fé verdadeira.
  5. Durante o período da tribulação, muitos entre judeus e os gentios crerão em Jesus Cristo e serão salvos (Dt 4.30,31; Os 5.15; Ap 7.9-17; 14.6,7).
  6. Será um tempo de grande sofrimento e de perseguição pavorosa para todos quantos permanecerem fiéis a Deus E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.” (Ap 12.7; 13.15).
  7. Será um tempo de ira de Deus e de juízo seu contra os ímpios (1Ts 5.1-11; Ap 6.16,17).
  8. A declaração de Jesus de que aqueles dias serão abreviados (Mt 24.22) não pressupõe a redução dos três anos e meio, ou 1260 dias preditos. Pelo contrário, parece indicar que o período é tão terrível que se não fosse de curta duração a totalidade da raça humana seria destruída.
  9. A grande tribulação terminará quando vier Jesus Cristo em glória, com sua noiva, para efetuar o livramento dos fiéis remanescentes e o juízo e destruição dos ímpios (Ez 24.34-38; Mt 24.29-31; Lc 19.11-27; Ap 19.11-21).
  10. Não devemos confundir essa fase da vinda de Jesus, no fim da grande tribulação, com sua descida imprevista do céu em Mt 24.42-44, isto é, quando Cristo na primeira fase de sua segunda vinda arrebatará a igreja, ou seja, os fiéis, que guardam a Palavra de Deus, a qual ocorrerá num momento diferente do da sua volta final, no fim da tribulação.
  11. O trecho principal das Escrituras que descreve a totalidade da tribulação de sete anos é encontrado em Apocalipse do capítulo 6 ao 18. É melhor estarmos preparados para o momento do arrebatamento que corrermos o risco de passarmos por esse período de grande tribulação.

AMÉM!!!!!

Fonte: Bíblia de Estudos Pentecostal
Erivelton R. de Jesus

Nenhum comentário:

Postar um comentário