Mt 24.21: “Porque haverá então grande aflição,
como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de
haver.”
Período
de sete anos, que terá início com o arrebatamento da igreja, por Cristo. Nesse
período os que ficarem na terra vão viver períodos de trevas, pois a raça
humana ficará vulnerável ao ataque e domínio de Satanás “o Anticristo e a
besta”, pois o Espírito Santo, que atua através da igreja, reprimindo a ação
diabólica não estará mais na terra.
Sabemos
que depois do arrebatamento da igreja, onde somente esta, verá Cristo, muitas
pessoas se converterão inclusive os judeus, e sofrerão muito nesse período até
a aparição de Cristo nas nuvens onde, todos O verão. Enquanto que a igreja
estará no céu participando das bodas do Cordeiro, e da entrega de galardões,
aqui na terra os que ficaram sofrerão com a grande tribulação.
Começando
com Mateus 24.15, Jesus trata de sinais especiais que ocorrerão durante a
grande tribulação (as expressões “grande aflição”, de Mt 24.21, e “grande
tribulação” de Ap 7.14, são idênticas no grego). Tais sinais indicam que o fim
dos tempos está muito próximo (Mt 24.15.29). São sinais conducentes à, e
indicadores da volta de Cristo a terra, depois da tribulação “Então aparecerá no céu
o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o
Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele
enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus
escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.” (Mt 24.34,31), conforme Apocalipse
19.11 – 20.4.
O maior desses sinais é “a abominação da desolação” (Mt 24.15),
um fato específico e visível, que adverte os fiéis vivos durante a grande
tribulação de que a vinda de Cristo a terra está prestes a ocorrer. Esse
sinal-evento, visível, relaciona-se primeiramente com a profanação do templo
judaico daqueles dias em Jerusalém, pelo Anticristo “E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana
fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o
assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado
sobre o assolador.” (Dn 9.27). O estabelecimento do concerto entre “o príncipe que há de vir” (Dn 9.26) e
Israel marca o início da grande tribulação, os últimos sete anos da presente
era aqui, a Bíblia ensina o seguinte:
v O príncipe que fará o concerto com
Israel é o Anticristo, mas ainda camuflado naquela ocasião. O Anticristo
certamente negociará um tratado de paz entre Israel e seus inimigos no tocante
à disputa territorial (Dn 11.39).
v Na metade dos sete anos (isto é, após
três anos e meio), o príncipe romperá seu concerto com Israel, declarar-se-á
Deus, apoderar-se-á do templo em Jerusalém, proibirá a adoração ao Senhor,
conforme 2Tessalonicense 2.4 que diz: “O
qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de
sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.”
E assolará a Palestina. Reinará por três anos e meio (Ap 11.1,2; 13.4-6). O
Anticristo, também chamado o homem do pecado, colocará uma imagem dele mesmo no
templo de Deus, declarando ser ele o mesmo Deus. Seguem-se fato salientes a
respeito desse evento crítico:
a)
A “abominação
da desolação” marcará o início da etapa final da tribulação, que culmina
com a volta de Cristo à terra e o julgamento dos ímpios em Armagedom (Mt 24.21,29,
30; Dn 9.27; Ap 19.11-21). A importância profética da “abominação” da desolação
será conhecida somente pelos santos de Deus (Dn 12.10,11). Jesus disse que os
crentes devem estar atentos a esse sinal determinantes, pois assinalará o
começo da contagem regressiva de três anos e meio até a sua vinda em glória. Os
crentes do período da tribulação, por sua atenção a esse sinal, poderão
perceber quão próxima estará à volta de Cristo “Igualmente, quando virdes todas estas
coisas, sabei que ele está próximo, às portas.” (Mt 24.33). A vinda do Messias, (2Ts 2.8; Ap 19.11-20) ocorrerá
no fim dos sete anos, isto é, o segundo período de três anos em meio. O
Apocalipse confirma esta cronologia ao declarar duas vezes que o Anticristo,
isto é, a Besta, terá poder somente durante quarenta e dois meses (Ap 11.1,2;
13.4-6). Daniel declara, que haverá um período de três anos e meio entre o
começo da grande tribulação e o seu fim (Dn 12.7). Nesses três anos e meio
destinados ao anticristo, Jerusalém continuará a ser pisada pelos gentios.
b) Se os santos da tribulação atentarem para o fator tempo desse
evento (“Quando, pois, virdes”, Mt 24.13) poderão saber com bastante
aproximação quando terminará a tribulação, época em que Cristo voltará à terra
(Mt 24.33). O decurso de tempo entre esse evento e o fim dos tempos é
mencionado quatro vezes nas Escrituras como sendo três anos e meio ou 1260 dias
(Dn 9.25-27; Ap 11.1,2; 12.6; 13.5-7). Por causa da grande expectativa da volta
de Cristo, os santos daqueles dias devem acautelar-se quanto às informes
afirmando que Cristo já voltou. Tais informes serão falsos (Mt 24.23-26). A “vinda do Filho do Homem” depois da grande
tribulação será visível e conhecida de todos os que viverem no mundo (Mt
24.27-30; Ap 1.7) “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao
ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem. Pois onde estiver o
cadáver, aí se ajuntarão as águias. E, logo depois da aflição daqueles dias, o
sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as
potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do
homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem,
vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.” (Mt 24.27-30).
Outro sinal que ocorrerá, então,
será o dos falsos profetas que, a serviço de Satanás, farão “grandes sinais e prodígios” (Mt 24.24).
1)
Jesus admoesta a todos os crentes a
estarem especialmente alerta para discernir esses profetas, mestres e
pregadores, que se declaram cristãos sendo falsos, porém apesar disso, operam
milagres, curas, sinais e maravilhas e que demonstram ter grande sucesso nos
seus ministérios. Ao mesmo tempo, torcerão e rejeitarão a Palavra de Deus “Muitos me dirão naquele
dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não
expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?” (Mt 7.22). Jesus nesse versículo
declara enfaticamente que “muitos” que profetizam, pregam ou realizam milagres
em seu nome estão enganados, pensando que são servos de Deus, quando, na
realidade, Ele não os conhece. Para não ser enganado nos últimos dias, os
dirigentes da igreja, ou qualquer outro discípulos, deve apegar-se totalmente à
verdade e à justiça reveladas na Palavra de Deus, e não considerar o “sucesso
ministerial” como padrão de avaliação no seu relacionamento com Cristo.
2) Noutra parte, as Escrituras admoestam
os crentes a sempre testarem o espírito que atuam nos mestres, líderes e
pregadores “AMADOS, não creiais a todo o
espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos
profetas se têm levantado no mundo.” (1Jo 4.1). O motivo para provar todo
espírito, isto é, pessoa impelida ou inspirada por algum espírito, é que
“muitos falsos profetas” se abrigarão ou porque não afirmarmos que se abrigam
na igreja. Isso acontecerá, principalmente, pelo aumento da tolerância da
igreja quanto a doutrinas antibíblicas, perto do fim dos tempos (Mr 24.11). O
cristão deve testar todos que, sendo cristãos professos, são mestres,
escritores, pregadores e profetas, e mesmo todo indivíduo que afirma que sua
obra ou mensagem provém do Espírito Santo. O crente nunca deve crer que certo
ministério ou experiência espiritual é de Deus, somente porque alguém afirma
isto. Além, disso, nenhum ensinamento, nem doutrina, devem ser aceitos como
verdadeiros somente por causa de sucesso, milagres ou unção aparente da pessoa.
Qualquer ensino deve ser testado, comparando-o com a revelação da verdade de
Deus, nas Escrituras. Deve ser recusado qualquer ensino que alguém afirma ter
recebido do Espírito Santo ou de anjo, mas que não pode ser confirmada pela
exegese bíblica. Deve averiguar também a vida do mestre quanto ao seu
relacionamento com o mundo ímpio.
Deus permite o engano acompanhado de
milagres, a fim de testar os crentes no tocante ao seu amor por Ele e sua
lealdade às Sagradas Escrituras. Serão dias difíceis, pois Jesus declara em Mt
24.24, que naqueles últimos tempos o engano religioso será tão generalizado que
será difícil até mesmo para “os escolhidos”, isto é, os crentes dedicados,
discernirem entre a verdade e o erro. Podemos perceber que algumas coisas
semelhantes a essas já têm acontecido em nossos dias, como forma de preparação
do mundo para os últimos tempos.
3)
Quem entre o povo de Deus não amar a
verdade será enganado. Não terá mais oportunidade de crer na verdade do
evangelho, depois do surgimento do Anticristo, pois aquele que restringe o
pecado e convence o pecador estará de forma limitada na terra, o Espírito
Santo.
Finalmente, a “grande tribulação” será um período específico de terrível
sofrimento e tribulação para todos que viverem na terra. Observe:
- Será
de âmbito mundial: “... também eu te guardarei da hora da
tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na
terra.” (Ap 3.10). Essa hora inclui o tempo divinamente
determinado para provação, ira e tribulação que sobrevirá a “todo o mundo”
nos últimos anos desta era, imediatamente antes estabelecimento do reino
de Cristo na terra. A respeito desse tempo, a Bíblia revela as seguintes
verdades:
1. a) Esse tempo de tribulação envolve a ira de Deus sobre os
ímpios ( Ap 6-18; Dt 4.26-31; Is 13.6-13; 17.4-11; Jr 30.4-11; Ez 20.33-38; Dn
9.27; 12.1; Zc 14.1-4; Mt 24.9-31; 1Ts 5.2).
1. b) Esse período de provação também inclui a ira de Satanás
contra os fiéis, isto é, contra os que aceirarem a Cristo durante esse período
terrível. Para eles, haverá fome, sede, exposição às intempéries e muito
sofrimento e lágrimas (Ap 7.9-17; Dn 12.10; Mt 24.15-21). Experimentarão de
forma indireta as catástrofes naturais da guerra, da fome e da morte. Serão
perseguidos, torturados e muitos sofrerão martírio (Ap 6.11; 13.7; 14.13).
Sofrerão as assolações de Satanás e das forças demoníacas (Ap 9.3-5; 12.12),
violência de homens ímpios e perseguição da parte do Anticristo (Ap 6.9; 12.17;
13.15-17). Perderão suas casas e terão de fugir, aterrorizados. Será um período
terrivelmente calamitoso para quem tiver família e filhos (Mt 24.19); será tão
terrível que os santos que morrerem são tidos por bem-aventurados, porque
descansam da sua lida e ficam livres da perseguição (Ap 14.13).
- Será
o pior tempo de aflição e angústia que já ocorreu na história da
humanidade: “Porque haverá então grande aflição,
como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de
haver.” (Mt 24.21; Dn 12.1).
- Será um tempo
de terrível sofrimento para os judeus “Porque
assim diz o SENHOR: Ouvimos uma voz de tremor, de temor mas não de paz.
Perguntai, pois, e vede, se um homem pode dar à luz. Por que, pois, vejo a
cada homem com as mãos sobre os lombos como a que está dando à luz? e por
que se tornaram pálidos todos os rostos? Ah! porque aquele dia é tão
grande, que não houve outro semelhante; e é tempo de angústia para Jacó;
ele, porém, será salvo dela.” Jr 30.5-7). Esses versículos revelam que
Jeremias está a falar da tribulação futura do povo judeu; no período da
grande tribulação.
- O
período será controlado pelo “Homem do pecado” isto é, o Anticristo (Dn
9.27; Ap 13.12).
- Os
fiéis da igreja de Cristo recebem a promessa de livramento e “escape” dos
tempos da tribulação: “Como guardaste a palavra da minha
paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre
todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.” (Ap 3.10).
Quanto aos vencedores, Deus os preservará da tribulação, através do
arrebatamento, quando os fiéis encontrarão com o Senhor nos ares, antes de
Deus derramar a sua ira. Esse livramento é uma recompensa àqueles que
perseverarem em guardar a Palavra de Deus, mantendo a fé verdadeira.
- Durante o
período da tribulação, muitos entre judeus e os gentios crerão em Jesus
Cristo e serão salvos (Dt 4.30,31; Os 5.15; Ap 7.9-17; 14.6,7).
- Será
um tempo de grande sofrimento e de perseguição pavorosa para todos quantos
permanecerem fiéis a Deus “E o dragão irou-se contra a mulher, e
foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os
mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.” (Ap 12.7;
13.15).
- Será um tempo
de ira de Deus e de juízo seu contra os ímpios (1Ts 5.1-11; Ap 6.16,17).
- A declaração de
Jesus de que aqueles dias serão abreviados (Mt 24.22) não pressupõe a
redução dos três anos e meio, ou 1260 dias preditos. Pelo contrário,
parece indicar que o período é tão terrível que se não fosse de curta
duração a totalidade da raça humana seria destruída.
- A grande
tribulação terminará quando vier Jesus Cristo em glória, com sua noiva,
para efetuar o livramento dos fiéis remanescentes e o juízo e destruição
dos ímpios (Ez 24.34-38; Mt 24.29-31; Lc 19.11-27; Ap 19.11-21).
- Não devemos
confundir essa fase da vinda de Jesus, no fim da grande tribulação, com
sua descida imprevista do céu em Mt 24.42-44, isto é, quando Cristo na
primeira fase de sua segunda vinda arrebatará a igreja, ou seja, os fiéis,
que guardam a Palavra de Deus, a qual ocorrerá num momento diferente do da
sua volta final, no fim da tribulação.
- O trecho
principal das Escrituras que descreve a totalidade da tribulação de sete
anos é encontrado em Apocalipse do capítulo 6 ao 18. É melhor estarmos
preparados para o momento do arrebatamento que corrermos o risco de
passarmos por esse período de grande tribulação.
AMÉM!!!!!
Fonte: Bíblia de Estudos Pentecostal
Erivelton R. de Jesus
Nenhum comentário:
Postar um comentário