Lv 16.32,33:
“E o sacerdote... Fará a expiação... Expiará o santo santuário;
também expiará a tenda da congregação e o altar; semelhantemente fará expiação
pelos sacerdotes e por todo o povo da congregação.”
A NECESSIDADE DA EXPIAÇÃO
A palavra “expiação”
(heb. Kippurim, derivado de kaphar, que significa “cobrir”) comunica a idéia de cobrir o pecado mediante um “resgate” de modo que haja uma reparação ou restituição
adequada pelo delito cometido.
I.
A necessidade da expiação surgiu
do fato que os pecados de Israel, caso não fosse expiados, sujeitariam à ira de
Deus sobre eles. “Pelas quais coisas vêm
à ira de Deis sobre os filhos da desobediência.” (Col 3.6). Por
conseguinte; o propósito do Dia da Expiação era prover um sacrifício de
amplitude ilimitada, por todos os pecados e porventura não tivessem sido
expiados pelos sacrifícios oferecidos no decurso do ano que findava. Dessa
maneira, o povo seria purificado dos seus pecados do ano precedente, afastaria
a ira de Deus contra eles e manteria a sua comunhão com Deus.
II.
Porque Deus desejava salvar os
israelitas, perdoar os seus pecados e reconciliá-los consigo mesmo, Ele proveu
um meio de salvação ao aceitar a morte de um animal inocente em lugar deles,
isto é, o animal que era sacrificado); esse animal levava sobre si a culpa e a
penalidade deles e cobria seus pecados com seu sangue derramado “Porque a alma da carne está no sangue, pelo
que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela alma”. (Lv
17.11).
A CERIMÔNIA DO DIA DA EXPIAÇÃO
Levítico 16
descreve o Dia da Expiação, o dia santo mais importante do ano judaico. Nesse
dia, o sumo sacerdote, vestia as vertes sagradas, e de início preparava-se
mediante um banho cerimonial com água. Em seguida, antes do ato da expiação
pelos pecados do povo, ele tinha de oferecer um novilho pelos seus próprios
pecados. A seguir tomava dois bodes e, sobre eles, lançava sortes: Um
tornava-se o bode do sacrifício, e o outro tornava-se o bode expiatório.
Sacrificava o primeiro bode, levava o seu sangue, entrava no lugar santíssimo,
para além do vê, e aspergia aquele sangue sobre o propiciatório, o qual cobria
a arca contendo a lei divina que foram violadas pelos israelitas, mas que agora
estava coberta pelo sangue, e assim se fazia expiação pelos pecados da nação
inteira (Lv 1615,16). Como etapa final, o sacerdote tomava o bode vivo, impunha
as mãos sobre a sua cabeça, confessava sobre ele rodos os pecados dos
israelitas e o enviava ao deserto, simbolizando isto que os pecados deles eram
levados para fora do arraial para serem aniquilados no deserto (Lv 16.21,22).
1) O Dia da Expiação era uma assembléia solene; um dia em que o povo
jejuava e se humilhava diante do Senhor. Esta contrição de Israel salientava a
gravidade do peado e o fato de que a obra divina da expiação era eficaz somente
para aqueles de coração arrependido e com fé perseverante.
2) O Dia da Expiação levava a efeito a expiação por todos os pecados
e transgressões não expiados durante o ano anterior. Precisava ser repetido
cada ano da mesma maneira.
CRISTO E O DIA DA EXPIAÇÃO
O Dia da
Expiação está repleto de simbolismo que prenuncia a obra de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo. No NT o autor de Hebreus realça o cumprimento, no novo
concerto, da tipologia do Dia da Expiação. (Hb 9.6-10.18).
“Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um
maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta
criação, nem por sangue de bodes e bezerros , mas por seu próprio sangue,
entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.” (Hb 9.11,12)
I.
O fato de que os sacrifícios do
AT tinham de ser repetidos anualmente indica que eles eram provisórios.
Apontavam para um tempo futuro quando, então, Cristo viria para remover de modo
permanente todo o pecado confessado. “Assim
também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos,
aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação. Na qual
vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita
uma vez.” (Hb 9.28;10.10)
II.
Os dois bodes representavam a
expiação, o perdão, a reconciliação e a purificação consumados por Cristo. O
bode que era sacrificado representa a morte vicária e sacrificial de Cristo,
pelos pecadores, como remissão pelos seus pecados “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo
justificados gratuitamente pela sua graça, pala redenção que há em Cristo
Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para
demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a
paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para
que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.” (Rm 3.
23-26). O bode expiatório, conduzido para longe, levando os pecados da nação,
tipifica o sacrifício de Cristo, que remove o pecado e a culpa de todos quantos
se arrependem.
III.
Os sacrifícios no Dia da Expiação
proviam uma “cobertura” pelo pecado,
não a remoção do pecado. O sangue de Cristo derramado na cruz, no entanto, é a
expiação plena e definitiva que Deus oferece à raça humana; expiação esta que
remove o pecado de modo permanente. “Porque
é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire pecados” (Hb 10.4).
Cristo como sacrifício perfeito “Doutra
maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo;
mas, agora na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o
pecado pelo sacrifício de si mesmo.” (Hb 9.26), pagou a inteira penalidade
dos nossos pecados e levou a efeito o sacrifício expiador que afasta a ira de
Deus, que nos reconcilia com Ele e que restaura nossa comunhão com Ele.
IV.
O lugar santíssimo onde o sumo
sacerdote entrava com sangue, para fazer expiação representava o trono de Deus
no céu. Cristo entrou nesse “Lugar
Santíssimo” após sua morte e, com seu próprio sangue fez expiação para os
crentes perante o trono de Deus.
V.
Visto que os sacrifícios de
animais tipificavam o sacrifício perfeito de Cristo pelo pecado e que se
cumpriram no sacrifício de Cristo, não há mais necessidade de sacrifício de
animais depois da morte de Cristo na cruz.
AMÉM!!!!!!
Fonte: Bíblia de Estudos Pentecostal
Erivelton R. de Jesus
Nenhum comentário:
Postar um comentário