domingo, 10 de fevereiro de 2013

07 - O DIA DA EXPIAÇÃO


Lv 16.32,33:
“E o sacerdote... Fará a expiação... Expiará o santo santuário; também expiará a tenda da congregação e o altar; semelhantemente fará expiação pelos sacerdotes e por todo o povo da congregação.”
A NECESSIDADE DA EXPIAÇÃO
A palavra “expiação” (heb. Kippurim, derivado de kaphar, que significa “cobrir”) comunica a idéia de cobrir o pecado mediante um “resgate”  de modo que haja uma reparação ou restituição adequada pelo delito cometido.
      I.        A necessidade da expiação surgiu do fato que os pecados de Israel, caso não fosse expiados, sujeitariam à ira de Deus sobre eles. “Pelas quais coisas vêm à ira de Deis sobre os filhos da desobediência.” (Col 3.6). Por conseguinte; o propósito do Dia da Expiação era prover um sacrifício de amplitude ilimitada, por todos os pecados e porventura não tivessem sido expiados pelos sacrifícios oferecidos no decurso do ano que findava. Dessa maneira, o povo seria purificado dos seus pecados do ano precedente, afastaria a ira de Deus contra eles e manteria a sua comunhão com Deus.
    II.        Porque Deus desejava salvar os israelitas, perdoar os seus pecados e reconciliá-los consigo mesmo, Ele proveu um meio de salvação ao aceitar a morte de um animal inocente em lugar deles, isto é, o animal que era sacrificado); esse animal levava sobre si a culpa e a penalidade deles e cobria seus pecados com seu sangue derramado “Porque a alma da carne está no sangue, pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela alma”. (Lv 17.11).

A CERIMÔNIA DO DIA DA EXPIAÇÃO
Levítico 16 descreve o Dia da Expiação, o dia santo mais importante do ano judaico. Nesse dia, o sumo sacerdote, vestia as vertes sagradas, e de início preparava-se mediante um banho cerimonial com água. Em seguida, antes do ato da expiação pelos pecados do povo, ele tinha de oferecer um novilho pelos seus próprios pecados. A seguir tomava dois bodes e, sobre eles, lançava sortes: Um tornava-se o bode do sacrifício, e o outro tornava-se o bode expiatório. Sacrificava o primeiro bode, levava o seu sangue, entrava no lugar santíssimo, para além do vê, e aspergia aquele sangue sobre o propiciatório, o qual cobria a arca contendo a lei divina que foram violadas pelos israelitas, mas que agora estava coberta pelo sangue, e assim se fazia expiação pelos pecados da nação inteira (Lv 1615,16). Como etapa final, o sacerdote tomava o bode vivo, impunha as mãos sobre a sua cabeça, confessava sobre ele rodos os pecados dos israelitas e o enviava ao deserto, simbolizando isto que os pecados deles eram levados para fora do arraial para serem aniquilados no deserto (Lv 16.21,22).
1)    O Dia da Expiação era uma assembléia solene; um dia em que o povo jejuava e se humilhava diante do Senhor. Esta contrição de Israel salientava a gravidade do peado e o fato de que a obra divina da expiação era eficaz somente para aqueles de coração arrependido e com fé perseverante.
2)    O Dia da Expiação levava a efeito a expiação por todos os pecados e transgressões não expiados durante o ano anterior. Precisava ser repetido cada ano da mesma maneira.

CRISTO E O DIA DA EXPIAÇÃO
O Dia da Expiação está repleto de simbolismo que prenuncia a obra de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. No NT o autor de Hebreus realça o cumprimento, no novo concerto, da tipologia do Dia da Expiação. (Hb 9.6-10.18).
“Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros , mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.” (Hb 9.11,12)
                      I.        O fato de que os sacrifícios do AT tinham de ser repetidos anualmente indica que eles eram provisórios. Apontavam para um tempo futuro quando, então, Cristo viria para remover de modo permanente todo o pecado confessado. “Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação. Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez.” (Hb 9.28;10.10)
                    II.        Os dois bodes representavam a expiação, o perdão, a reconciliação e a purificação consumados por Cristo. O bode que era sacrificado representa a morte vicária e sacrificial de Cristo, pelos pecadores, como remissão pelos seus pecados “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pala redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.” (Rm 3. 23-26). O bode expiatório, conduzido para longe, levando os pecados da nação, tipifica o sacrifício de Cristo, que remove o pecado e a culpa de todos quantos se arrependem.
                   III.        Os sacrifícios no Dia da Expiação proviam uma “cobertura” pelo pecado, não a remoção do pecado. O sangue de Cristo derramado na cruz, no entanto, é a expiação plena e definitiva que Deus oferece à raça humana; expiação esta que remove o pecado de modo permanente. “Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire pecados” (Hb 10.4). Cristo como sacrifício perfeito “Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas, agora na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.” (Hb 9.26), pagou a inteira penalidade dos nossos pecados e levou a efeito o sacrifício expiador que afasta a ira de Deus, que nos reconcilia com Ele e que restaura nossa comunhão com Ele.
                  IV.        O lugar santíssimo onde o sumo sacerdote entrava com sangue, para fazer expiação representava o trono de Deus no céu. Cristo entrou nesse “Lugar Santíssimo” após sua morte e, com seu próprio sangue fez expiação para os crentes perante o trono de Deus.
                   V.        Visto que os sacrifícios de animais tipificavam o sacrifício perfeito de Cristo pelo pecado e que se cumpriram no sacrifício de Cristo, não há mais necessidade de sacrifício de animais depois da morte de Cristo na cruz.

AMÉM!!!!!!

Fonte: Bíblia de Estudos Pentecostal
Erivelton R. de Jesus

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