Atos 20.28: “Olhai,
pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constitui
bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que Ele resgatou com seu próprio
sangue.”
Nenhuma
igreja poderá funcionar sem dirigentes para dela cuidar. Logo, conforme esta
escrito em Atos dos Apóstolos 14.23. a congregação local, cheia do Espírito
Santo, buscando a direção de Deus em oração e jejus, elegiam certos irmão para
o cargo de presbítero ou bispo de acordo com as qualificações espirituais
estabelecidas pelo Espírito Santo, “E,
havendo-lhes por comum consentimento eleito anciãos em cada igreja, orando com
jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido.” (At 14.23).
Na
realidade é o Espírito Santo que constitui o dirigente da igreja. O discurso de
Paulo diante dos presbíteros de Éfeso 20.17-35, é um trecho básico quanto a
princípios bíblicos sobre o exercício do ministério de pastor de uma igreja
local.
PROPAGANDO A FÉ
Um dos
deveres principais do dirigente é alimentar as ovelhas mediante o ensino da
Palavra de Deus. Ele deve ter em mente que o rebanho que lhe foi entregue é a
congregação de Deus, que Ele comprou para si com o precioso sangue do seu filho
amado, “Porque fostes comprados por bom
preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais
pertencem a Deus” (1Co 6.20).
Em Atos
20.19-27, Paulo descreve de que maneira serviu como pastor da igreja de Éfeso;
tornou patente toda a vontade de Deus, advertindo e ensinando fielmente os
cristãos efésios. Daí, ele poder exclamar: “estou
limpo do sangue de todos” (At 20.26). Os pastores de nossos dias também
devem instruir suas igrejas em todo desígnio de Deus, que “pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas,
repreendas, exortes, com toda a loganimidade e doutrina” (2Tm 4.2) e nunca
ministrar para agradar os ouvintes, dizendo aquilo que estes desejam ouvir.
GUARDANDO A FÉ
Além de
alimentar o rebanho de Deus, o verdadeiro pastor deve diligentemente
resguardá-lo de seus inimigos. Paulo sabe que no futuro Satanás levantarás
falsos mestres dentro da própria igreja, e, também, falsários vindos de fora,
infiltrar-se-ão e atingirão o rebanho com doutrinas anti-bíblicas, conceitos
mundanos e idéias pagãs e humanistas. Os ensinos e influência destes dois tipos
de elementos arruinarão a fé bíblica do povo de Deus. Paulo os chama de “lobos cruéis”, indicando que são
fortes, difíceis de subjugar, insasiáveis e perigosos, “Porque eu sei isto; que depois da minha partida, entrarão no meio de
vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho” (At 20.29).
Tais
indivíduos desviarão as pessoas dos ensinos de Cristo e os atrairão a si mesmos
e ao seu evangelho distorcido. O apelo viemente de Paulo impõe uma solene
obrigação sobre todos os obreiros da igreja, no sentido de defendê-la e opor-se
aos que distorcem a revelação original e fundamental da fé, segundo o Novo
Testamento.
A igreja
verdadeira consiste somente daqueles que, pela graça de Deus e comunhão do
Espírito Santo são fieis a Jesus Cristo e à Palavra de Deus. Por isso é de grande importância na preservação
da pureza da igreja de Deus que os pastores mantenham a disciplina corretiva com
amor e reprovem com firmeza quem na igreja fale coisas perversas contrárias às
Palavras de Deus e ao testemunho apostólico.
Líderes
eclesiásticos, pastores de igrejas locais e dirigentes administrativos da obra
devem lembrar-se de que o Senhor Jesus os têm como responsáveis pelo sangue de
todos os que estão sob seus cuidados. Se o dirigente deixar de ensinar e pôr em
prática todo o conselho de Deus para a igreja, principalmente quanto à
vigilância sobre o rebanho, não estarás “limpo
do sangue de todos”. Deus o terá por culpado do sangue dos que se perderam,
por ele ter deixado de proteger o rebanho contra os falsificadores da Palavra.
É
altamente importante que os responsáveis pela direção da igreja mantenham a
ordem quanto a assuntos teológicos, doutrinários e morais nas mesmas. A pureza
da doutrina bíblica e de vida cristã deve ser zelosamente mantida nas
faculdades evangélicas, institutos bíblicos, seminários, editoras e demais
segmentos administrativos da igreja.
A
questão principal aqui é nossa atitude com as Escrituras inspiradas, que Paulo
chama “a palavra da graça”. Falsos
mestres, pastores e líderes tentarão enfraquecer a autoridade da Bíblia através
de seus ensinos corrompidos e princípios anti-bíblicos. Ao rejeitarem a
autoridade absoluta da Palavra de Deus, negam que a Bíblia é verdadeira e
fidedgna em tudo que ela ensina. A bem da igreja de Deus, tais pessoas devem
ser excluídas da comunhão.
A igreja
que perde o zelo ardente do Espírito Santo pela sua pureza, que se recusa a
tomar posição firme em prol da verdade e que se omite em disciplinar os que
minam a autoridade da Palavra de Deus, logo deixará de existir como igreja
neotestamentária.
AMEM!
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