domingo, 23 de agosto de 2020

53. OS PASTORES E SEUS DEVERES

 

Atos 20.28: “Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constitui bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que Ele resgatou com seu próprio sangue.”

            Nenhuma igreja poderá funcionar sem dirigentes para dela cuidar. Logo, conforme esta escrito em Atos dos Apóstolos 14.23. a congregação local, cheia do Espírito Santo, buscando a direção de Deus em oração e jejus, elegiam certos irmão para o cargo de presbítero ou bispo de acordo com as qualificações espirituais estabelecidas pelo Espírito Santo, “E, havendo-lhes por comum consentimento eleito anciãos em cada igreja, orando com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido.” (At 14.23).

            Na realidade é o Espírito Santo que constitui o dirigente da igreja. O discurso de Paulo diante dos presbíteros de Éfeso 20.17-35, é um trecho básico quanto a princípios bíblicos sobre o exercício do ministério de pastor de uma igreja local.

                        PROPAGANDO A FÉ

            Um dos deveres principais do dirigente é alimentar as ovelhas mediante o ensino da Palavra de Deus. Ele deve ter em mente que o rebanho que lhe foi entregue é a congregação de Deus, que Ele comprou para si com o precioso sangue do seu filho amado, “Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1Co 6.20).

            Em Atos 20.19-27, Paulo descreve de que maneira serviu como pastor da igreja de Éfeso; tornou patente toda a vontade de Deus, advertindo e ensinando fielmente os cristãos efésios. Daí, ele poder exclamar: “estou limpo do sangue de todos” (At 20.26). Os pastores de nossos dias também devem instruir suas igrejas em todo desígnio de Deus, que “pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a loganimidade e doutrina” (2Tm 4.2) e nunca ministrar para agradar os ouvintes, dizendo aquilo que estes desejam ouvir.

                        GUARDANDO A FÉ

            Além de alimentar o rebanho de Deus, o verdadeiro pastor deve diligentemente resguardá-lo de seus inimigos. Paulo sabe que no futuro Satanás levantarás falsos mestres dentro da própria igreja, e, também, falsários vindos de fora, infiltrar-se-ão e atingirão o rebanho com doutrinas anti-bíblicas, conceitos mundanos e idéias pagãs e humanistas. Os ensinos e influência destes dois tipos de elementos arruinarão a fé bíblica do povo de Deus. Paulo os chama de “lobos cruéis”, indicando que são fortes, difíceis de subjugar, insasiáveis e perigosos, “Porque eu sei isto; que depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho” (At 20.29).

            Tais indivíduos desviarão as pessoas dos ensinos de Cristo e os atrairão a si mesmos e ao seu evangelho distorcido. O apelo viemente de Paulo impõe uma solene obrigação sobre todos os obreiros da igreja, no sentido de defendê-la e opor-se aos que distorcem a revelação original e fundamental da fé, segundo o Novo Testamento.

            A igreja verdadeira consiste somente daqueles que, pela graça de Deus e comunhão do Espírito Santo são fieis a Jesus Cristo e à Palavra de Deus. Por  isso é de grande importância na preservação da pureza da igreja de Deus que os pastores mantenham a disciplina corretiva com amor e reprovem com firmeza quem na igreja fale coisas perversas contrárias às Palavras de Deus e ao testemunho apostólico.

            Líderes eclesiásticos, pastores de igrejas locais e dirigentes administrativos da obra devem lembrar-se de que o Senhor Jesus os têm como responsáveis pelo sangue de todos os que estão sob seus cuidados. Se o dirigente deixar de ensinar e pôr em prática todo o conselho de Deus para a igreja, principalmente quanto à vigilância sobre o rebanho, não estarás “limpo do sangue de todos”. Deus o terá por culpado do sangue dos que se perderam, por ele ter deixado de proteger o rebanho contra os falsificadores da Palavra.

            É altamente importante que os responsáveis pela direção da igreja mantenham a ordem quanto a assuntos teológicos, doutrinários e morais nas mesmas. A pureza da doutrina bíblica e de vida cristã deve ser zelosamente mantida nas faculdades evangélicas, institutos bíblicos, seminários, editoras e demais segmentos administrativos da igreja.

            A questão principal aqui é nossa atitude com as Escrituras inspiradas, que Paulo chama “a palavra da graça”. Falsos mestres, pastores e líderes tentarão enfraquecer a autoridade da Bíblia através de seus ensinos corrompidos e princípios anti-bíblicos. Ao rejeitarem a autoridade absoluta da Palavra de Deus, negam que a Bíblia é verdadeira e fidedgna em tudo que ela ensina. A bem da igreja de Deus, tais pessoas devem ser excluídas da comunhão.

            A igreja que perde o zelo ardente do Espírito Santo pela sua pureza, que se recusa a tomar posição firme em prol da verdade e que se omite em disciplinar os que minam a autoridade da Palavra de Deus, logo deixará de existir como igreja neotestamentária.

 

AMEM!

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