Gn 12.1-3 “Ora,
o Senhor disse a Abraão: Sai-te da tua terra, e da terá da tua parentela, e da
casa de teu pai; Para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande
nação, abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. E
abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; Em ti
serão benditas todas as famílias da terra,”
A chamada de Abraão, conforme a narrativa de
Gênesis 12 dá início ao propósito divino de redimir a raça humana. A intenção de
Deus era que houvesse um homem que o conhecesse e o servisse e guardasse os
seus caminhos. Foi com a chamada de Abraão que Deus estabeleceu o homem, ou
seja, o pai como responsável pela família, e para ensinar os filhos a guardarem
o caminho do Senhor. Foi também com a chamada de Abraão que Deus estabeleceu o
seu propósito de que, o homem seria um líder espiritual.
Dessa família surgiria uma nação escolhida,
de pessoas que se separassem das práticas ímpias doutras nações, para fazerem a
vontade de Deus. Dessa nação viria Jesus Cristo, o Salvador do mundo, o
prometido descendente da mulher “E porei
inimizade entre ti e a mulher e entre tua semente e a sua semente; Esta te
ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gn 3.15)
Este versículo contém a primeira promessa de
Deus para a redenção do mundo. É uma profecia do conflito espiritual entre a “semente” da mulher, Jesus Cristo, e a “semente” da serpente, Satanás e seus
seguidores.
Vários princípios importantes podem ser
deduzidos com a chamada de Abraão:
1) A SEPARAÇÃO:
A chamada de Abraão levou-o a separar-se da
sua pátria, do seu povo e dos seus familiares (12.1) para tornar-se estrangeiro
na terra. Em Abraão, Deus estava estabelecendo um princípio importante de que
os seus devem separar-se de tudo quanto possa impedir o propósito divino na
vida deles, ou seja, nossas vidas.
2) A PROMESSA:
Deus prometeu a Abraão uma terra, uma grande
nação através dos seus descendentes e uma bênção que alcançariam todas as
famílias da terra (12.2,3). O novo testamento ensina claramente que a última
parte dessa promessa, “Em ti serão
benditas todas as famílias da terra,” cumpre-se hoje na proclamação
missionária do evangelho de Cristo. Como está em At 3.25 “Vós sois os filhos dos profetas e do concerto que Deus fez com nossos
pais, dizendo a Abraão; Na tua descendência serão benditas todas as famílias da
terra.”
3) A PÁTRIACELESTIAL:
Além desses dois princípios citados, a
chamada de Abraão envolvia não somente uma pátria terrestre, mas uma celestial.
Sua visão alcançava um lar definitivo, na aqui na terra, e sim no deu. Apartir
dessa visão, Abraão desejava e buscava uma pátria celestial onde habitaria
eternamente com Deus em justiça, alegria e paz. (Hb 11.9,10, 14-16; Ap
21.1-4; 22.1-5) “Eu vi um novo céu e
uma nova terra, porque já o primeiro céu e a primeira terra, passaram e o mar
não existe. E eu, João vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que Deus descia do
céu, adereçada como uma noiva ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz
do céu que dizia: Eis aqui o Tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles
habitará, e eles serão o teu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.
á o seu Deus.”
4) COMPROMISSO:
A chamada de Abraão continha não somente
promessas, como também compromissos. Deus requeria de Abraão tanto a obediência
quanto a dedicação pessoal a Ele como Senhor para que recebesse aquilo que fora
prometido.
A obediência e a dedicação demandavam algumas
características:
a) Confiança: Na
palavra de Deus mesmo quando o cumprimento das promessas parecia humanamente
impossível. Por exemplo;
Quando Deus prometeu a Abraão que sua semente
seria como as estrelas do céu, e à areia da praia, ou seja, incontável, (Gn
15.1-6).
b) Obediência: À ordem de Deus para deixar a sua terra (Gn 12.1) “Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu,
indo para um lugar que havia de receber por herança; E saiu e sem saber para
onde ir.” (Hb 11.8)
c) Esforço: Sincero para viver uma vida de retidão. ”Sendo, pois, Abraão de 99anos, apareceu o Senhor a Abraão e disse-lhe;
Eu sou o Deus Todo-Poderoso; Anda em minha presença e sê perfeito.” (Gn
17.1)
5) A ESTENÇÃO DA
PROMESSA:
“A promessa de
Deus a Abraão e a sua bênção, estende-se, não somente aos seus descendentes
físicos, como também a todos aqueles que, com fé genuína aceitarem e seguirem a
Jesus Cristo, a verdadeira posteridade de Abraão.” Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por meio de Jesus
Cristo, e para que, pela fé, nós recebamos a promessa do Espírito. Ora as
promessas foram feitas a Abraão e á sua posteridade. Não diz: e ás
posteridades, como se falando de muitas, mas como de uma só: e à tua
posteridade, que é Cristo.” (Gl 3.14,16)
Todos os que são
da fé como Abraão, são “filhos de Abraão”
(Gl 3.7) e são abençoados juntamente com ele (Gl. 3.9). Tornam-se descendentes
de Abraão, herdeiros segundo a promessa (Gl 3.29) o que inclui receber pela fé “a promessa do Espírito Santo” em Jesus
Cristo.
6) A VERDADEIRA FÉ
SALVÍVICA:
Por Abraão
possuir uma fé em Deus, expressa pela obediência, dele se diz que é o principal
exemplo da fé salvívica (Gn 15.6; Rm 4.1-5; 16-24; Gl 3-9; Hb 11.8-19) “Por ventura Abraão, nosso pai, não foi
justificado pelas obras quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem
vês que a fé cooperou com as obras e que, pelas obras a fé foi aperfeiçoadas.” (Tg
2. 21,22)
Biblicamente,
qualquer profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador que não requer
obediência a Ele como Senhor, não é da classe que Abraão possuía e, portanto,
não é a verdadeira fé salvívica “Aquele
que crê no filho têm a vida eterna, mas aquele que não crê no filho não verá a
vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.” (Jo 3.36)
A palavra grega
traduzida por “não crê” é apeitheo e
significa “desobedecer ou não sujeitar a”.
O evangelho chega até nós como uma dádiva gratuita (Rm 5.15,16), mas uma vez
aceito, não nos deixa livres para fazermos aquilo que queremos, ele requer que
entremos no caminho da salvação ordenada por Deus e que nos sujeitemos à
Justiça de Deus (Rm 10.3).
AMÉM!!!!!!!!!!
Fonte: Bíblia de Estudos Pentescostal
Erivelton R. de Jesus
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